domingo, fevereiro 27, 2005

Só para profissionais!

Este fim-de-semana, regressou a chuva depois de longo interregno. Voltou a cair... não muito forte mas fria, bastante fria. O esquema de treino foi semelhante ao da semana passada - concentração de treinos nos últimos quatro dias (quinta, sexta, sábado e domingo) devido a indisponibilidade nos primeiros - mas desta vez a intensidade foi mais baixa... ou a minha força-resistência está a aumentar. Destaque para a saída de sábado, que era para ter sido na companhia do Nando, mas a chuva fê-lo renunciar logo nos primeiros quilómetros... Ainda ponderei seguir o seu exemplo, mas felizmente o Hélder apareceu, a chuva parou e o treino acabou por ser muito produtivo: 4 horas e 110 km. A primeira metade foi percorrida a ritmo moderado, mas como o «homem» não sabe andar devagar, pelo menos durante muito tempo, houve chispa nas subidas de Frielas e da Serra de Sta. Iria (feitas por sugestão minha!). Em ambas fiquei satisfeito por lhe ter seguido a roda - mas impressionou-me quando ele desferiu um fortíssimo ataque em Frielas, após o gancho do cruzamento de Unhos(supostamente apanhar boleia de um camião) deixando-me pregado durante 200/300 metros. Ainda bem que o camião «deitava muito fumo dos escapes» (embora me tivesse parecido que a velocidade era muito alta mesmo para fazer meio-fundo).
No domingo, a saída de grupo acabou previsivelmente anulada devido à chuva. E só os «profissionais» (ou os maluquinhos) ousaram enfrentá-la. Eu e o... Miguel Marcelino, quem mais!? Embora encharcados e com os pés enregelados, acabámos por aproveitar bem a persistência, subindo primeiro o Sobral (forte, forte e com muito vento) e depois de Arruda para o alto de A-dos-Melros. Em suma, além da chuva e frio não me poderiam ter calhado companheiros mais fortes nestes dias. Mas a «coisa» vai melhorando...

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Subir o Gradil no red line!

O último fim-de-semana (quinta, sexta, sábado e domingo... uff!!) foi deveras desgastante. Primeiro, logo na sexta-feira senti, com algum espanto, os efeitos do esforço do treino, curto algo intenso, da véspera. Prenúncio que o fim-de-semana (habitualmente dedicado a maiores distância e a saídas de grupo) iria ser duro... E foi muitíssimo! No sábado, saí com o Nuno e o Nando para uma volta de cerca de 120 km, por Bucelas/Malveira/Mafra/S.P. da Cadeira/regresso pela EN8/V.F. do Rosário/Venda do Pinheiro/Bucelas/Cabeço da Rosa. Ainda com a «tareia» da semana passada na memória, resolvi impor o ritmo a maior parte do percurso, sem forçar mas também sem períodos de descanso. A únicas excepções foram a subida de Alcainça, onde o Nuno decidiu endurecer o passo, demasiado, digo eu, e nas rampas de Encarnação, onde foi o Nando a comandar... desta vez sem grandes sobressaltos. Felizmente a subida de V. F. Rosário - já com a companhaia do Freitas - passou-se tranquilamente. Após a Venda do Pinheiro fiquei sozinho e já com o peso dos quilómetros, arrastei-me praticamente até Alverca (ainda com a fava do Cabeça da Rosa no final) Em suma: foi um treino fatigante mas muito produtivo.
E foi carregando nas pernas o peso dos quilómetros dos três dias anteriores que enfrentei a tradicional saída de grupo no domingo. Dados principais a reter: Primeira confirmação: o Miguel Marcelino está muito bem. Puxou o grupo Sobral acima com a cara ao vento e deu uma impressionante demonstração de força no Gradil, onde surpreendeu inclusive o Hélder. Pela minha parte, escondi-me no Sobral e fiquei bastante satisfeito com a boa resposta no Gradil - a primeira subida em grande intensidade esta temporada. Resumo: quando o Hélder acelerou (era previsível!) ainda muito cá em baixo, arrisquei agarrar-lhe a roda e não a largar senão em caso de... força maior. À segunda aceleração, percebi que muitos poucos ainda nos seguiam. Um deles, o Miguel M., acabou com as minhas ténues esperanças de conseguir chegar com os primeiros ao alto, quando acelerou ainda mais o passo, obrigando, inclusive, o Hélder a seguir-lhe com muito esforço a roda. Fiquei para trás a cerca de 400 metros do alto (chegando 25/30 segundos depois deles), embora muito satisfeito por ter resistido durante tanto tempo a tamanha «violência». E claro, com o gostinho da primeira subida feita... ao máximo.

domingo, fevereiro 13, 2005

O Nando está bruto!

O treino do último sábado terá sido um dos mais produtivos desta temporada. Quase 4 horas sempre a rolar, entre Alverca, Tojal e o Cartaxo (e regresso a Alverca), com períodos prolongados de intensidade bastante próxima do limiar anaeróbio (160 bpm), e alguns, curtos, acima. O grande responsável deste tratamento de choque foi o Nando, que conduziu o trio (com o Nuno Garcia) em passo rijo, sem baixar de 35/40 km/h, apesar do vento que soprou a desfavor. Mérito lhe seja dado, por ter quase sempre a cara ao vento, com isso provando estar a atravessar um bom momento de forma. Na primeira metade do percurso, cheguei a desejar que o ritmo abrandasse um pouco, especialmente nalguns topos, mas o regresso foi mais relaxado e ainda experimentei as forças à entrada de Azambuja. Resultado: este ano ainda não tinha ficado com os músculos tão doridos depois de um treino.
E foi assim maçado que enfrentei a saída de grupo, no domingo. Para mim, a volta da Ota ficou mais curta devido à escassez de tempo, mas mesmo em ressaca da véspera deu para liderar uma forte perseguição a um grupo de respeito que se isolou na frente após Alenquer e ainda restaram forças para um sprint com o Freitas no final da subida do bosque. Esperava pior!
A propósito, aproveito para dizer como o nosso grupo domingueiro está transfigurado! No início de 2004, quando me juntei a ele, a velocidade média era bastante inferior e havia diferenças muito maiores entre o meu rendimento e o da maioria dos seus elementos. Aliás, os domingos eram, por mim, geralmente aproveitados para recuperar dos esforços da semana. Agora, nada disso acontece! As pessoas mantém-se quase todas, mas o nível geral é bastante superior ao de outrora. Aliás, alguns, como o Freitas, tiveram subidas de rendimento vertiginosas; outros, como por exemplo o Nando (cuja capacidade nunca enganou!), dão sinais de já estarem muitos fortes nesta altura da época, ou o Nuno Garcia, sempre muito regular, com uma abordagem à preparação da temporada muito díspar da minha. Actualmente, os termos de comparação mudaram radicalmente e, por isso, está tão realmente difícil fazer a avaliação do estado de forma/altura da temporada.

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Provar o asfalto!

Pois é, o dia Carnaval pregou mesmo uma partida. Felizmente, para mim têm sido raras as quedas, mas na última terça-feira voltei a provar a dureza do asfalto. Dir-se-ia que são ossos do ofício, mesmo para um amador, mas a sensação não é nada agradável. A última vez que tinha tido um acidente de bicicleta, foi em Novembro de 2003, quando, em Alcaínça, um carro se atravessou à minha frente num cruzamento. Então, as consequências foram mais graves. Fiquei de braço ao peito durante duas semanas.
Desta vez, não foi tão... mau. Em comum com a queda que descrevi, esta teve apenas o pouco consolador facto de não ter sido por minha culpa... Passávamos no interior da Venda do Pinheiro e fechava um grupo de três ciclistas, quando o segundo (o Freitas) tocou a roda do primeiro (o Nando), perdendo o controlo da bicicleta e caíndo à minha frente. Eu não consegui evitar passar-lhe literalmente por cima, e dei um valente trambolhão, valendo a roupa mais resistente de Inverno para poupar-me de muitas feridas e o capacete (bendito seja!) que protegeu a cabeça no embate contra o muro que ladeava a estrada. Felizmente, não rodávamos muito depressa, mas mesmo a 25/30 km/h o aparato da queda foi enorme. Resultado: uns arranhões sem importância no braço esquerdo e um traumatismo bastante doloroso na zona superior da perna (abdutor), do mesmo lado. O Freitas também não teve mazelas graves, e o pior foram os estragos na bicicleta, que o obrigaram a regressar a casa... de táxi.
Diagnóstico clínico pessoal: um dia de repouso forçado (quarta-feira), porque a dor é muito incomodativa, esperando regressar aos treinos já amanhã (quinta-feira).
Melhores dias virão!

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

A Mata... ainda tão cedo!

Assinalo com especial satisfação o regresso das subidas - ou melhor a sua estreia neste ano que ainda vai curto. Destaco a Mata, subida clássica da região, palco privilegiado para aprimorar, em treino (habitualmente mais tarde na temporada), as capacidades individuais neste tipo de terreno, e onde são irresistíveis saudáveis despiques entre os trepadores do grupo. Primeiro, a surpresa, porque esta subida não estava no programa da volta domingueira (estava previsto ir à Ota) e, depois, o agrado, por ter proporcionado um interessante despique nas alturas (parabéns ao Miguel Marcelino pela sua descrição fiel e pormenorizada em comentário neste blog!).
Pessoalmente, serviu para testar a capacidade, no momento, para mudanças de ritmo em subida (o M.M. descreve-as como ataques. É assim que se fala, amigo!), sendo a falta de força-resistente para manter o ritmo após as acelerações bastante previsível - mas muito aceitável nesta altura. Por outro lado, o andamento foi quase sempre rijo e percebeu-se que as «feras» têm as garras bem afiadas e estão a caminho da boa forma...
P.S. Lamento para a ausência de muitos habitués de domingo, provavelmente em rescaldo de folia carnavalesca ou (menos aceitável) com receio da chuva! Amanhã, lá nos encontramos, à hora (9h00) e no local (BP de Loures) de sempre.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

A Ota... engana

No próximo domingo, é dia da já tradicional volta da Ota (Loures/Alverca/Alenquer/Ota/Aveiras de Cima/Azambuja/Carregado/VFXira e regresso...). À partida, apesar de ser uma das mais longas (mais de 100 km), seria também das menos complicadas, considerando o percurso pouco acidentado. Todavia, é uma perspectiva enganosa. Por não ter as dificuldades de outras, é habitualmente uma das menos «tranquilas», já que produz um efeito preverso do ponto de vista psicológico. Ou seja, como não há subidas duras e longas, rola-se quase sempre, resguarda-se menos as forças, permitindo a mais ciclistas «aparecerem» dispostos a animar o ritmo. Também, porque é muito mais fácil «agarrar» a roda, além de que há sempre mais gente no pelotão da frente, com ganas para mudanças de velocidade. A passagem pelo bosque (é a única maneira que tenho para identificar o local, depois de sair à esquerda da EN1) é o palco das hostilidades preferencial, onde se custumam experimentar as forças (se já não tiverem sido testadas entre as rotundas de Alenquer!), mas deve-se contar com surpresas até final, por exemplo nos dois topos antes de Azambuja. Particularmente, não é dos percursos que mais aprecio, e já sei que a intensidade não vai ser baixa. Principalmente, se o pelotão estiver bem recheado :). Além disso, poderá ser uma boa oportunidade para aferir melhor o meu estado de forma. Já penso no Nuno Garcia a dizer: «isto está muito competitivo!».

Grande abraço, e até domingo!

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

O primeiro mês já lá vai!

Mais parece que o ano começou ontem e já estamos em Fevereiro. O primeiro mês de bicicleta a sério chegou ao fim e o balanço é, no mínimo, atípico. Depois de analisar os registos de treino de Janeiro, e comparando com os de épocas anteriores, não há dúvida que o mês fica marcado pela intensidade das saídas de grupo ao domingo. Nunca, nesta altura do ano, mesmo em treinos isolados, forcei tanto, mesmo em «picos» intervalados, como geralmente se caracterizam essas voltas. Em suma, a questão é saber se não existirão malefícios futuros, como entrar em forma demasiado cedo ou pagar mais tarde por um planeamento de treino desadequado. A verdade é que, neste particular, o corpo ainda não deu sinais suficientemente perceptíveis, para, se for o caso, evitar os regimes anaeróbios que caracterizam os domingos. Apenas registo, com agrado, progressos ao nível da resistência e que a pulsação média vai baixando, lentamente, mas vai...