segunda-feira, agosto 22, 2005

Voltinha saloia

A saída do último domingo foi diferente. Para variar. Desta vez, implicou uma deslocação a Torres Vedras para uma volta exclusivamente saloia. A composição do grupo também era quase, por inteiro, desconhecida, à excepção do Luís Freitas e do Steven. Supostamente, seriam elementos da equipa da Bicigal. No entanto, o programa ficou aquém das expectativas. Primeiro, porque a maioria dos elementos do grupo não tinha grande andamento, obrigando, logo nos primeiros quilómetros, a esperas que cortam sempre o ritmo. De qualquer modo, o percurso foi bem escolhido, rumo ao Bombarral (a única estrada que já conhecia) e regresso pela Lourinhã, num total de cerca de 80 km. O relevo foi quase sempre plano ou ligeiramente ondulado, à parte de uma pequena subida mais exigente de apenas 1 km e a 3-4 km de Torres, até ao topo do acesso à auto-estrada. Andou-se bem, sem recuos, só a partir da Lourinhã, após o que apenas um elemento do grupo se manteve com os «convidados». O final até foi animado, proporcionando uma chegada a Torres em boa pedalada.
À parte disso, continua a contagem decrescente para a subida à Serra da Estrela (dia 18 de Setembro). Sabe-se, de fonte segura, que Luís Freitas treinou a última semana acompanhado, seguindo um programa específico com que pretende melhorar em montanha, apontando como objectivo «não sofrer muito» na subida à Torre, segundo afirmou.
Por seu turno, Miguel Marcelino, de acordo com as últimas informações, rumou ao Algarve para recuperar física e mentalmente da Clássica Pedro Delgado, onde, como relatou neste blog, foi vítima de distúrbios gástricos que prejudicaram a sua prestação. Não se sabe se o ciclista aproveitou os dias de férias para descansar ou se mantém a actividade.
Completamente incontactável durante este último fim-de-semana esteve Nuno Garcia, desconhecendo-se se o seu destino foi mesmo a praia ou se aproveitou o recolhimento para cumprir mais um treino metódico com Simões.

sexta-feira, agosto 19, 2005

De arrepiar...

Vista arrebatadora do Mirador del Fito (Astúrias) - Montanha de 1ª categoria da Clássica Lagos de Covadonga Posted by Picasa

segunda-feira, agosto 15, 2005

Ao sprint... nada!

A saída do último domingo voltou a ter muito bom ritmo. Apesar do calor, cumpriu-se a uma média superior a 29 km/h para quase 100 km, entre Loures (para mim Alverca), Bucelas, Sobral de Monte Agraço, Arruda, Carregado, Vila Franca e regresso a Loures. O terreno pouco acidentado e o vento fraco também eram propícios a velocidades elevadas, com a subida do Sobral a constituir a única dificuldade «montanhosa» do percurso, que, tal como na semana transacta, se voltou a subir a bom ritmo – desta vez, em perseguição ao Freitas a partir da Quinta do Paço. De resto, ficou demonstrado que, em condições normais, só neste tipo de terreno é que possível evitar que aplique a sua superior capacidade de sprintar, aliás, como ficou expresso em todos os restantes «pontos quentes», em plano. De qualquer maneira, penso que numa subida como a do Sobral – longa mas pouco inclinada —, ele não deveria perder tempo mesmo para os que teoricamente sobem melhor, a não ser que, como sucedeu no domingo, tenha acumulado algum desgaste ao adiantar-se ao pelotão muito cedo. Ele queixa-se de fadiga.
Neste mesmo dia, o Miguel Marcelino cumpriu a sua participação na Clássica Pedro Delgado, em Espanha. Sem saber ainda, pela sua boca, que incidências teve a prova – e quem me dera lá ter estado! –, consultei a classificação através do site do Pedro Delgado . Aqui fica: classificação: 682 entre 1700; tempo: 5h23m01m para 144 km em alta montanha – parece-me bom!
Finalmente, a pouco mais da Subida à Serra da Estrela reparo, com satisfação, que a lista de aderentes do nosso grupo está a caminho de ser maior que a do último ano. O contrário não seria de esperar. A serra é um repto aliciante, mas relembro ser determinante estar bem preparado para escalar os terríveis 21 km da Covilhã à Torre. Apesar das merecidas férias, ainda há muito tempo para apurar a forma. E ao que me parece, este ano vai estar mais gente bem!
Mais actualizações em breve

domingo, agosto 07, 2005

Bom ritmo, sim senhor!

Definitivamente, Agosto é o mês do lazer e do relaxe. Daí se explique a forte ausência na saída domingueira de ontem. Pela minha parte, foi um regresso após longo afastamento… por motivo de férias.
Enfim, os que se fizeram à estrada foram poucos mas bons. Não mais de sete. E o percurso Loures-Sobral-Merceana-Alenquer-Alverca-Loures não é novidade.
A subida do Sobral fez-se a bom ritmo, sem vento, o que é sempre de salientar, e com ataques, que são sempre inevitáveis. Primeiro facto positivo: o grupo manteve quase sempre compacto e resistiu bem ao aumento gradual da velocidade, além de que os últimos a chegarem ao alto do Forte de Alqueidão registaram pouco tempo de atraso – sinal de bom forma.
Quem esperava tréguas a partir daí enganou-se. Andamento sempre vivo, sem demorados momentos de recuperação, com todos (ou quase todos) a suportarem bem o ritmo, atingindo-se rapidamente uma média superior a 30 km/h. No regresso, pela Nacional 10, à chegada a Vila Franca sprintou-se com vigor, e na ausência do Freitas foi o Pina o mais rápido (o homem nunca esteve tão forte, digo eu, muito mais leve, sempre rolador de respeito!) Aliás, tão forte, tão forte, que arrancou… o selim. Para ele, foi um enorme esforço para as pernas não poder sentar-se mais, mas, por outro lado, foi um regalo… para a nossa vista, obviamente!
P.S. Boa sorte para o Miguel Marcelino na Clássica Pedro Delgado, que vai disputar no próximo domingo (dia 14), em Segóvia. Com esta será a sua quarta prova no estrangeiro este ano, e ainda lhe faltará a subida à Serra da Estrela – onde certamente vai querer estar bem melhor que no ano passado.
Por falar nisso, a mobilização tem de ser geral. Estão desde já abertas as inscrições. Este ano vai ser ainda melhor do que em 2004, por isso toca a treinar, a fazer séries, pois há quem já tenha montado o 38x26. Vai ser bom, vai…

quarta-feira, agosto 03, 2005

Sacavém-Vila de Rei: 165 km!

No último domingo (dia 31), fomos cinco de Sacavém a Milreu (lugarejo a cerca de 8 km de Vila de Rei, exactamente no centro geográfico de Portugal continental). Sete horas da manhã de um dia ventoso de Norte, para tornar o esforço de 165 km ainda mais exigente. A estratégia ficou bem definida logo nos primeiros quilómetros – revezamento à frente, ao estilo de contra-relógio por equipas, para melhor enfrentar o vento e diminuir os desgastes. A máquina bem oleada, mesmo sem experiência na difícil especialidade, permitiu manter um ritmo regular, entre 30 e 33 km/h, para fixar rapidamente a média acima dos 30 km/h, com a ajuda imprevista de dois tractores de caixa alta da apanha do tomate ribatejano, já depois de Almeirim.
De facto, o vento acabou mesmo por ser o pior adversário, causando desgaste adicional, que veio a pesar bem nas pernas depois dos 130 km e mais tarde, nos últimos 15, a partir de Abrantes, quando o relevo começou a ficar mais acidentado. Por outro lado, embora as passagens pela frente à vez tivessem tido as vantagens que já enumerei, também tornaram mais escassas as fases de relaxamento, obrigando a manter um ritmo sempre certo e a intensidade média - bom para os roladores (como o Marco ou o Freitas), um pouco mais difícil para mim, para o Nuno Garcia e o Miguel Marcelino. Ainda recebemos, de bom grado, a ajuda de dois companheiros de estrada durante alguns quilómetros, que nos interceptaram perto da Carregueira – e que nos chamaram malucos depois de saberem de onde vínhamos! Os quilómetros acumulavam-se e começavam a pesar, de tal forma, que, no meu caso, as pernas já doíam ainda antes do Tramagal, quando se atacou a primeira subida (embora curta e pouco inclinada), transformando os últimos 15 km, de sobe e desce, numa tarefa complicada, principalmente quando se sabia que a coordenação do grupo acabaria e a pedalada tornaria mais rija.
O Freitas foi o primeiro a ceder na segunda subida a valer, nem dois quilómetros tinham passado desde Abrantes. O Marco impressionou pela boa forma e pela frescura que demonstrou nesta fase final do percurso. As despesas estavam entregues ao Miguel e, algumas vezes, ao Nuno. Eu ficava na expectativa, «rezando» para que não houvessem mudanças fortes de ritmo. O Marco adiantou-se com a ajuda de um triciclo a motor e o Miguel segui-o, mas não foram longe, sintoma que as forças também estavam curtas para eles. O Nuno optava por se manter atrás, ao meu lado. Todas as tentativas para fazer a diferença foram ténues e os quatro atacaram a última subida (2 km a 8%) juntos. O Miguel forçou uma vez, forçou duas, mas agora dificilmente alguém cederia com o final à vista. O Marco ainda viu o seu elástico ceder a meio da subida, perdendo pouco mais de 30 segundos e o Freitas chegou cerca de 3,5 minutos depois. Chegámos três na frente a Milreu, após 5 horas e 23 minutos de pedalada.
Muito duro, mas valeu a pena! Melhor para quem teve a felicidade de ficar a banhos de rio e de farta comezaima, que eu tive de regressar de imediato a Lisboa, para ir trabalhar… até às 3 da matina! É preciso ser doido varrido!
Reconhecimento, ainda, para o contributo do carro de apoio, fundamental no abastecimento de água nos derradeiros quilómetros, quando a temperatura foi mais alta.