quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Recordar a edição de 2007



A Clássica de Évora tem um percurso praticamente plano que atravessa o baixo Ribatejo até ao alto Alentejo, é talhado à medida de roladores fortes e possantes e a distância longa (140 km) não permite contemplações aos menos bem preparados.O perfil altimétrico do percurso é bastante curioso. Ao contrário do que se poderia supor, vai subindo gradualmente de Vila Franca a Évora, com alguns picos mais acentuados antes e depois de Montemor-o-Novo, já nos últimos 30 km, tornando o final da tirada bem mais selectivo, tanto mais que, nessa altura, o cansaço se vai acumulando. Depois, como diz a velha máxima ciclista, «as dificuldades também se ditam pelo andamento» e tradicionalmente há que contar com um adversário adicional: o vento.
Eis o resumo da edição de 2007, retirando alguns excertos da crónica publicada nessa altura:

No final da Recta do Cabo o Fantasma parou para «tirar peso» e o Freitas lançou ataque inesperado. A acção surpreendeu por ter sido tão madrugadora e teve o ensejo fracturar o pelotão, isolando um grupo de cinco unidades, que contava, entre outros, com o Salvador e o Isidoro. Objectivo óbvio de quem tomou a iniciativa (o Freitas) era óbvio: causar desgaste lá atrás. O andamento dos fugitivos começou por ser bastante bom, permitindo-lhes ganhar vantagem de algumas centenas de metros, mas o pelotão não tardou a reagir e graças ao trabalho de três a quatro unidades a fuga foi anulada após 6-7 km, ainda muito antes do cruzamento de Pegões.

A espaços houve pequenos grupos que se isolaram, como o que se formou após o cruzamento de Pegões, liderado pelo Salvador (um dos mais activos, como sempre), cuja aventura terminou à passagem por Vendas Novas.
Eis o local habitual da primeira grande selecção. Após a subida, sob passo rijo do Freitas (embora menos que se previa pela boa forma que vinha evidenciando naquela altura da temporada) restavam apenas cinco elementos na frente: Freitas, Jony, Nuno Garcia, eu e o Fantasma, este cumprindo, desde já, grande parte do que seria o seu objectivo: passar Montemor no grupo da frente.

No primeiro topo à saída de Montemor, depois de o Freitas ter aliviado o passo, fui eu a acelerar com ímpeto, restringindo a liderança a apenas quatro. No entanto, o vento e a falta de colaboração no quarteto refrearam o andamento, possibilitando ao que restava do pelotão reentrar após alguns quilómetros de intensa perseguição, mas ainda a cerca de 15 km de Évora. Ou seja, ainda muito cedo!
Depois de mais um ataque, e outro, e da tomada de iniciativa definitiva da minha parte, a selecção voltou a fazer-se, mas agora com o Fantasma, o João e o Isidoro dando mostras de estóica resistência. Todavia, o esforço, o vento e o topo mais longo daquele último sector «vitimara» os dois últimos e até o Nuno Garcia, mantendo-se ainda o Fantasma – que acabou por «morrer na praia», precisamente no último topo antes da descida final para Évora (derradeiros 5 km). Obra do Freitas, com «killer instinct» de se lhe tirar o chapéu. Apercebendo-se das dificuldades do Fantasma na cauda do grupo tomou a imediatamente a iniciativa à cabeça, forçando o andamento ao limite. O elástico esticou e partiu definitivamente.
A partir daí, o trio da frente «picou» em direcção ao final a mais de 45 km/h. Uma vez isolado, para o perseguidor tornava-se impossível a tarefa de recuperar. E em menos de 5 km perdeu, sem surpresa, cerca de 3 minutos. Curiosamente, os mesmos que em 2006... mas desde Montemor!O Jony acabou por ser mais forte no sprint final, superiorizando-se com grande classe ao Freitas, que perdia a sua longa hegemonia neste tipo de chegadas.

Não muito depois do «derrotado» Fantasma, chegaram o João e o Isidoro, e logo a seguir o Zé, todos eles senhores de excelentes prestações. O pelotão chegou a conta-gotas...



Como será em 2008?

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Pela Marginal com Évora no horizonte

Como se previa, a volta deste domingo pôde ser, para muitos, aproveitada para ultimar a preparação para a Super-Clássica de Évora, já no próximo fim-de-semana. Percurso quase sempre plano, com alguns sectores mais selectivos, bem ao jeito do que se vai apanhar a caminho da cidade alentejana. Além disso, o fascínio do cenário da Marginal dá sempre um estímulo adicional, mesmo em manhã que nasceu tristonha.
O piso molhado impôs um desvio ao percurso na subida de Frielas para evitar o empedrado de Unhos, levando o grupo até ao alto da Apelação. Logo aí, apesar do andamento moderado cavaram-se diferenças anormalmente acentuadas – desde logo, o Steven e o Salvador começaram a ressentir-se de indisposições, que, mais tarde, lhes provocaram estados de grande debilidade: o Steven, com o pequeno almoço às voltas acabou por dar meia-volta já no Estoril, decidindo enfrentar sozinho o vento (não se sabe com que resultado); e o Salvador, a partir daí, arrastando-se penosamente até Loures, também a contas com uma forte indisposição. Para eles, não foi definitivamente o melhor ensaio para Évora.
Quanto aos restantes, contribuíram para uma tirada interessante. O Jony, por exemplo, mostrou-se empenhado no trabalho específico, fez várias «saídas» do pelotão em bom estilo e deixou, na retina, uma passagem de registo pela frente do «comboio», em Belém, conduzindo-o a mais de 45 km/h durante 3 minutos, revelando confiança e apuro de forma. A 15 dias de iniciar nova etapa desportiva, na competição, sabe-se que a sua presença no seio do nosso grupo será menos assídua. Compreende-se, embora se lamente, pois é sempre privilégio contar com ele, principalmente quando se apresenta «solto» como neste domingo.
A partir de Pêro Pinheiro, os seus «ataques» não voltaram a ficar sem resposta, mas revelou-se muito complicado estar ao nível da sua capacidade explosiva. Eu que o diga, no regresso a Alverca, já depois de Loures: foi engraçada a nossa «brincadeira» em cada topo – com o Capitão a não querer ficar de fora!
O momento mais selectivo do percurso foi a ligação entre o Estoril (ao deixar a Marginal) e S. Pedro de Sintra, primeiro em subida quase até à saída do Estoril e depois em falso plano ascendente ao final. O Freitas tomou a dianteira e meteu um passo intenso que fez imediatamente a selecção nas primeiras centenas de metros. Com ele, apenas eu, o «Paulo Ferreira» (pelas suas parecenças com o antigo ciclista profissional, como bem frisou o Grande Abel), eu e o Evaristo. Apesar de sentir as pernas pesadas, passei para frente ainda antes de terminar a primeira subida e depois de Alcoitão permaneciam na roda apenas o Freitas e o Evaristo.
A partir do Autódromo, a velocidade manteve-se sempre na ordem dos 30 km/h, mas com muita dificuldade imposta pelo vento. A cerca de 500 metros da rotunda de S. Pedro, o Freitas passou para a frente e forçou o ritmo procurando aproveitar «fraquezas» alheias e o... Evaristo acusou-as, perdendo o contacto após poucos metros. Castigo ingrato para quem tinha demonstrado tanto empenho em seguir os primeiros, fruto de indiscutível indicação de boa forma.
Mas estas situações são mesmo assim, camarada! A diferença entre resistir só mais 400 metros e partir imediatamente a corda foi aquele «forcing» que alterou o ritmo. De tal modo, que só nessa curta distância perdeu mais de 100! Apesar disso, o «homem dos extensores» deu um sinal de aviso à navegação para Évora!
Mais animação só na aproximação a Negrais – quando, como disse, as simulações do Jony deixaram de ficar sem resposta. No sempre áspero topo do campo de futebol saltei e a resposta não se fez esperar. O Jony deu-a com prontidão e passou logo ao contra-ataque, mas também se juntou o Freitas e o Capitão (acabadinho de chegar ao convívio e ainda fresquinho). No topo à entrada de Negrais, o Jony dispara mais uma vez. Agora sou eu que fecho o espaço! Ele não desarma na frente e havia que recuperar o fôlego na sua roda. Andamento estava vivíssimo na aproximação à recta final para Santa Eulália, até que... a passar por um buraco furei, invalidando o que seria «le grand finale»!
Eu, reconheço, já vinha curto de forças para me bater ao sprint com concorrência tão especializada. Mas suaria as estopinhas para limitar a desvantagem. Todavia, fica por saber o desfecho daquela árdua cavalgada: o Jony, que apesar de se ter dado ao desgaste na frente do mini-grupo tem sempre aquela chispa final a que poucos resistem; ou o Freitas, em vantagem por ter beneficiado das rodas naquela fase e sempre muito forte neste tipo de situações...

Na contagem decrescente para Évora, fica o perfil altimétrico do percurso para aguçar o apetite. (para aumentar a imagem clicar em cima). Já somos pelo menos 30 à partida e o clima parece que vai finalmente colaborar: a previsão é céu azul e 21 graus. Grande!!


sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Domingo: Marginal-Alcoitão

No próximo domingo, logo o tempo ajude – o que não parece muito certo dadas as previsões meteorológicas -, o pelotão do Pina Bike volta a fazer-se à longa marginal do Tejo, de Sacavém ao Estoril que, por ser um cenário pouco habitual e de inegável beleza acaba sempre por ganhar um cunho especial, sinónimo de maior adesão e empertigamento.
O percurso previsto é, pode assim dizer-se, radicalmente diferente da Super-Clássica da Marginal, que tem «epicentro» na Serra de Sintra. Este, pelo contrário, a partir do Estoril, ruma à directa em direcção a Alcoitão e recta do Autódromo, para chegar à rotunda do Borel, em S. Pedro de Sintra. Desde Sintra, ruma-se a Lourel, Pêro Pinheiro, Negrais, Sta. Eulália e de regresso a Loures. Ou seja, montanha só vê-la!

Sem dúvida, será uma excelente oportunidade para limar as últimas arestas da preparação para Évora, já no próximo fim-de-semana. A propósito, a partir da próxima semana, abre-se neste blog o «Especial» Évora, com a antecipação, todas as informações e o lançamento da Grande Clássica alentejana, a realizar no dia 2 de Março.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Domingo «maior»

Este domingo acabou por ser «maior» do que previa. Sob ameaça de chuva desde as primeiras horas da madrugada, já me tinha resignado a uma sessão higiénica de rolos. Mas embora o dia tenha amanhecido cinzento, da prevista intempérie... nada!
Abriam-se, então, duas alternativas. A primeira – que logo exclui – era meter-me no carro e fazer-me ao caminho para a Caneira, onde às 9h00 arrancaria o (tão aguardado) treino organizado pelo Paulo Pais, que durante a última semana passou a ser uma miragem por não me encontrar em condições físicas para enfrentar a exigência de um treino que se previa intenso, devido à paragem com gripe.
A segunda - a que optei - era decidi sair de casa e, enquanto não começasse a chover, fazer «piscinas» nas imediações, sempre pronto para regressar rapidamente à base, onde me recolheria, em conforto, sobre os rolos. Assim fiz, a pensar que iria dar a volta ao quarteirão. Mas a verdade é que os minutos passavam e teimava em não chover.
Às tantas, depois das 9h00 já tinha quase 1h30 de treino, e foi, nessa altura, que, após subir a Cervejeira para Vialonga, me cruzei com um pequeno grupo de resistentes do Pina Bike: Pina, o Steven, o Zé Morais e o Salvador, aos quais me juntei. O Pina fez as honras da casa: «os profissionais foram para a «corrida» da Caneira, os nacionais tiveram medo da chuva e nós, os fraquinhos, vamos dar uma voltinha a... Santarém».
A ideia de alinhar pareceu-me despropositada, pela ameaça de chuva, pela distância, pelo vento forte, mas o quarteto estava decidido a meter quilómetros e eu já começava a duvidar que chovesse naquela manhã. Entre continuar sozinho e juntar-me, a segunda pesou naturalmente bem mais. Em Alverca, o Evaristo engrossou o grupo. E foi um sexteto que deu «cordinha» para Santarém. Onde, porém, não fazia tenção de chegar!
Os quilómetros iniciais foram complicados. O grupo estava animado e demorei a entrar no ritmo... definitivamente perdido na semana horribilis. Escondi-me o melhor que pude e a primeira vez que passei pela frente fui quase «obrigado» e já foi depois de Vila Nova da Rainha. Andou-se relativamente bem até Santarém, apesar do vento forte que soprava quase sempre de cara, cumprindo-se uma média a rondar os 30 km/h. Entretanto, antes do Cartaxo, o Zé Morais sucumbia às dores nas pernas e deu meia volta. Estive quase a fazer-lhe companhia, mas os restantes companheiros demoveram-me. Devia tê-lo feito!
O grupo rolou sempre compacto, mas com a aproximação a Santarém, e o acumular de topos na zona do Cartaxo a disponibilidade já não era a mesma de até aí. Sentia-se cada vez mais aversão ao vento – que, felizmente, passaria a favor a partir de Santarém. A subida a entrar na cidade cavou algumas diferenças... mas escassas.
À saída, sobre a ponte velha, o vento tornou-se ainda mais forte. Ainda seria assim até Almeirim. Entretanto, o Evaristo fura e eu, completamente fora do horário para o regresso, não tive outra alternativa que continuar sozinho. Até Almeirim disse mal à vida por não ter voltado para trás com o Zé Morais. E a partir daquela cidade, meti a velocidade de cruzeiro, finalmente embalado pelo vento. De qualquer modo, não foi sempre a favor e por vezes vinha em rajadas.
Rodei bem, mas sempre limitado de forças e a baixa rotação. Ainda assim fiz média de 34 km/h até Vila Franca – abaixo das possibilidades em condições normais (em boa forma, entenda-se) considerando a força do vento a favor.
Antes, porém, na estrada da lezíria começou a chover e bem! À medida em que avançava, a ver pelo alagamento da estrada, apercebia-me que ia ao encontro da intempérie. Não demorei a ficar também encharcado. Degradavam-se rapidamente as condições para a prática do ciclismo e Alverca nunca mais chegava. Quando, enfim, cheguei a casa reparei na contabilidade: 5 horas de treino e 155 km. Largamente fora da previsto!

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Regresso aos treinos

Regressei tranquilamente aos treinos após uma semana completa de inactividade devido a doença. Naturalmente as sensações são «outras», mas o que interessa é ir reentrando no ritmo, sem forçar, e assim evitar recaídas.

A previsão meteorológica para o próximo domingo é terrível - tempestade! Daí não deve haver grandes esperanças de se realizar o evento da Caneira, organizado pelo Paulo Pais. A ser assim, será mais um adiamento devido ao mau tempo. Talvez na semana seguinte, quem sabe?

Faltam pouco mais de duas semanas para Évora. Os próximos 10 dias serão decisivos para apurar a forma para a muito aguardada Super-Clássica alentejana. Este ano prevê-se a presença de um cartel de luxo. Aguardemos...

domingo, fevereiro 10, 2008

Ai a virose!

Ao sexto fim-de-semana do ano, pegou-me a virose... O sábado e a noite de domingo de febres e dores mostraram como o sistema imunológico fica debilitado quando os níveis de forma sobem e a percentagem de gordura corporal... desce. Além disso, tendo dentro de nossa própria casa uma fonte de contágio, linda e ternurenta, com 4 anos, o «choco» é certo!
Baixa, então, com muita pena para a volta de hoje, para a Ericeira, que, segundo informações, contou com pelotão numeroso e a presença de alguns «poderosos» das lides federativas, como os camaradas Paulo Pais, João Aldeano, o Duarte e Runa e, este ano, também do «nosso» Jony. Não admirando, pois, que a tirada conhecesse diversos momentos de elevadíssima intensidade.

De resto, terá sido uma espécie de ensaio para o treino do próximo domingo, em que alguns elementos do Pina Bike irão participar, em Caneira, e organizado pelo Paulo Pais. O percurso é de aproximadamente 80 km e o andamento determinará, como sempre, a exigência da sessão. Eis o trajecto: Caneira, Turcifal, Catefica, Torres Vedras, Ameal, Outeiro da Cabeça, Bombarral, Pêro Moniz, Vilar, Maxial, Sarge, Torres, Catefica, Turcifal e Caneira.

Nota: Também soube que o João do Brinco voltou à estrada, totalmente recuperado da lesão. Bem-vindo!

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Bonança de Carnaval

Enfim, a bonança de Carnaval, depois da tempestade de domingo, proporcionou uma animada manhã de ciclismo. Ponto prévio: nota-se, desde já, o «efeito» Évora no apuro de forma de alguns elementos do pelotão, embora a retracção, evidente nalguns sectores com relevo mais acidentado, não seja a melhor maneira de preparar a longa e plana clássica alentejana, mas certamente muitíssima intensa nos momentos decisivos. Mas sim, enfrentando sem constrangimento as dificuldades que se colocam, acima de tudo as que se impõem em terreno desfavorável.
Depois de bom aquecimento até Bucelas, o início logo intenso da subida para o Forte de Alqueidão apanhou «a frio» o duo acabado de chegar, Pina e Salvador. Principalmente ao Salvador, que, em condições normais, não prescindiria de acompanhar os mais fortes. Mas foi o que fez... não sem demonstrar que acordara especialmente contestatário.
Ainda voltando à questão da retracção, convenhamos que o facto de o grupo principal ter acumulado nada menos de 7 minutos (!) de atraso no Forte do Alqueidão não se justifica pelo andamento do quarteto da frente (eu, Renato, Carlos do Barro e Nuno Garcia) ter sido realmente selectivo até ao alto. Tanto mais que, nesse grupo, havia elementos interessados em tirar «azimutes» para Évora e não só, e outros em nítido crescendo de forma. Impunha-se andamento mais «digno». O Fantasma tem desculpa porque cometeu «haraquiri» ao parar em Bucelas para despir o impermeável.
O Carlos do Barro, de resto, foi o primeiro a dar o mote, ainda na Bemposta, juntando-se a ele o Renato e mais tarde, o Nuno Garcia e eu. A partir daí, a velocidade não voltou a baixar, pelo contrário foi aumentando paulatinamente até ao Alqueidão, onde se deu a (tal) demorada espera pelos retardatários.
Entre estes, dois passaram rapidamente a fugitivos. Salvador e Fantasma lançados a pique em direcção ao Sobral e depois para a Feliteira. Todavia, o pelotão não estava pelos ajustes e empenhou-se na perseguição, mesmo à custa de umas curvas bem «cortadas». Antes do cruzamento de Dois Portos, o duo estava «caçado».
Rolou-se, então, a caminho de Carmões, cuja subida estava exposta ao vento, obrigando a esforço adicional. Fiz a subida ao meu ritmo, sentindo que a bicicleta só penetrava o ar com muita força nos crenques. Desta feita, não houve o «corte» quase generalizado do Alqueidão, mas o Salvador – perdoa-me a insistência, camarada, mas é só picardia! – voltou a cara à luta.
Acabando as dificuldades do relevo começaram as escaramuças. Muitos participaram com desapego ao ácido láctico, mas poderiam ter sido mais... Finalmente apareceu o Salvador, mas também, o Pina, o Samuel, o Fantasma e o Zé Morais participaram activamente, experimentando algumas mudanças de ritmo que pareciam lançar a correria. Contudo, como o pelotão estava atento e a planura do terreno facilitava a sua missão, rapidamente se retomou a velocidade de cruzeiro – sempre bem viva, esclareça-se! –, que se manteve durante muitos quilómetros, até Alverca, sempre com muita gente a passar pela frente. Entretanto, no sprint de Vila Franca, o Zé Morais demonstrou que, à falta dos especialistas, era o mais «explosivo», mas a aceleração acabou por ficar algo curta, destacando-se, então, o Fantasma... menos exuberante mas mais consistente. Eu fiquei pelas intenções logo que as pernas não corresponderam ao primeiro pique.

domingo, fevereiro 03, 2008

Domingo de chuva

Domingo de chuva não é sinónimo de domingo sem bicicleta!
Este foi, para mim...
O treino da Caneira, organizado pelo Paulo Pais, foi logicamente adiado.
Por cá, os Pina Bike desafiaram a intempérie?
Para os que preferiram - e bem - o conforto do lar, nos próximos dias será tempo de recuperar os «quilómetros perdidos». Parece que o clima vai ajudar. Aproveite-se bem o feriado carnavalesco!
Fevereiro é crucial para enfrentar os desafios dos próximos meses.