quinta-feira, dezembro 31, 2009

Descansa em paz, Daniel

Profunda tristeza e consternação nos invade: morreu o Daniel, o jovial XPTO. Vítima de acidente vascular cerebral (AVC), no último domingo, depois de mais uma tranquila saída de bicicleta, de que tanto gostava, lutou bravamente para resistir às graves sequelas da doença, mas infelizmente não conseguiu vencê-las, perdendo o «sprint» mais importante da sua vida. Perda irreparável para familiares, amigos e companheiros de estrada, estes últimos cativados desde o primeiro dia pela sua transbordante simpatia e sorriso perpétuo. Resta-nos prestar as mais sentidas condolências à família do Homem, pai, marido e camarada neste momento de dor e pesar.
O féretro estará hoje em câmara ardente no Igreja das Patameiras (Odivelas), a partir as 18h00, e o funeral sairá amanhã, pelas 15h00, para o cemitério de Odivelas.
Numa última homenagem, em nome de todos os seus companheiros e amigos que somou nas saídas domingueiras, dando a conhecer a sua energia imensa e elevadíssima personalidade, será junta ao cortejo uma coroa de flores por aqueles participada. Aos demais interessados, contactar o Pina através do telefone: 96.6628814

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Crónica de Santo Isidoro

No fecho de mais um ano de voltas domingueiras, mais uma com significativa adesão a demonstrar vitalidade e a prognosticar nova temporada extremamente prometedora. Este tema fez conversa em fases distintas da tirada de ontem.
Primeiro, pelo Mota, regresso saudado após muitos meses de outro meu conterrâneo alverquense que engrossa um grupo que já mete respeito, a atentar pelos indicadores deixados nos momentos de maiores intensidade desta e das últimas jornadas, nomeadamente pelo Capela, o Jorge e o Carlos Cunha. Mostrava-se, então, surpreendido o Mota, nos quilómetros iniciais, percorridos ainda a ritmo brando, com o tamanho e aparente motivação do pelotão. «A malta está a andar, e a querer andar mais desde já...», frisava. Concordei.
Depois, numa fase intermédia da volta, o assunto voltou à liça, enquanto debatia com o Hugo Maçã pontos de vista sobre as principais incidências de algumas das estreantes Clássicas do ano que agora finda: Santarém, Évora, Fátima... Num registo que deixa antever a continuidade da saudável competitividade nestes eventos «especiais», que deixaram cartel que extravasou o âmbito do próprio grupo e que prometem renovados momentos de interesse em 2010. A propósito, na volta de ontem registou-se outro regresso saudado após longa ausência: o Hugo «Garfield» Silveira, elemento em destaque nalgumas «conquistas» da equipa Ciclomix em 2009 – em início de preparação e bem a tempo de voltar a defender as suas cores nos pontos altos do próximo ano.
E por fim, talvez a opinião mais curiosa – porque de todo inesperada –, foi proferida pelo Carlos, dos Ciclomoinas, quando eu, o Jony e o André encontrámos o «seu» grupo já no regresso a Alverca. Pouco depois de nos cumprimentar, dirige-se a mim, embora espectador não presente mas como se adivinhasse o que se passara naquela manhã, sentindo dever fechar o tema do dia (e de final de ano) proferiu uma expressão eloquente e premonitória: «A próxima Primavera-Verão vai ser bem interessante!».
Como estamos ainda a alguns meses, concentremo-nos no presente e na breve história desta volta de Santo Isidoro, algo atípica porque desde cedo se verificaram «abordagens» bastante diferenciadas no seio do numeroso pelotão. Um lote muito restrito a dar corda aos seus ímpetos – enfrentando, principalmente as subidas, a elevada intensidade; e outro, muito reservado, a gerir esforços de uma quadra natalícia «carregada» de quilómetros ou, simplesmente, porque não se encontra (ainda...) em condições físicas de acompanhar os mais fortes neste momento em terreno selectivo. No primeiro lote, esteve o Capela, o Jorge, o André, eu (ontem senti-me em condições satisfatórias para experimentar meter-me entre os homens que têm dado cartas nos últimos dois meses), mas também o Ricardo (BH) ou o Gil.
Foram só estes que se apresentaram no grupo que chegou isolado ao topo da Venda do Pinheiro (vertente da Chamboeira) – além do Ruben, que pouco depois abdicou de continuar em prol da companhia do seu tio Barão.
O pelotão, como se percebe, fraccionou-se... em cada subida, rolando compacto por escassos períodos. Nem o longo falso plano descendente entre Mafra e Ericeira foi excepção!
A subida nuclear do percurso, Santo Isidoro, não fugiu à regra e cavou naturalmente o maior de todos os fossos do dia. Foram os mesmos da Chamboeira a participar, mas muito menos os que chegaram à frente, no alto. O andamento foi rijo desde a entrada, imposto, inicialmente pelo Capela, e após as rampas mais duras até ao final pelo Jorge. A cumplicidade destes dois (alverquenses) reforça-se cada vez mais, principalmente em subida, e foi fundamental para que ambos controlassem o ritmo da ascensão, desencorajando a eventuais iniciativas «contrárias», principalmente do André, que comigo completou o quarteto que se definiu a cerca de meio da ascensão. Apesar do bom ritmo, o tempo da subida (7m50s) ficou a 23 segundos do (meu) melhor registo, curiosamente, realizado em duas ocasiões, em fases distintas das temporadas e com dois «ajudantes» diferentes: em 30 Dezembro de 2007, sempre na roda do Renato Hernandez; e em meados de Julho de 2008, com boa colaboração do Freitas.
A parceria do duo Capela-Jorge, eficiente em Santo Isidoro, não foi, todavia, suficiente para resistir à mudança de velocidade do André, mais tarde, na curta mas inclinada rampa da Abrunheira (variante de Mafra). Primeiro, porque cedo o Jorge não se mostrou tão disponível como em Santo Isidoro; segundo, porque o Capela não conseguiu esconder o que foi, talvez, o seu primeiro momento de fraqueza desde a sua entrada em cena, em Novembro. Quando o André fez a mudança de velocidade, a cerca de 300 metros do alto, ultrapassando-o e depois acelerando o ritmo progressivamente deixando-o em dificuldades, abriu-se um espaço que só eu fechei... até escassos metros do alto, quando me saltou o pé do pedal esquerdo (tal como há algumas semanas na subida de Vila Franca do Rosário, à chegada à Malveira). Falta de aperto do «dito» foi hipótese, mas já em casa pareceu-me mais provável a tese de avaria. Despesas, ai, ai!
A partir da Abrunheira, não acompanhei mais a «cabeça» do pelotão – que não esperou pelo reagrupamento completo (faltava chegar o grupo do Abel). Terminavam, para mim, as secções de alta intensidade (e ainda bem, porque já foram suficientes!), mas, segundo soube, os mesmos protagonistas nas ocasiões que descrevi mantiveram o andamento «lá em cima», travando-se de razões, como seria previsível, no alto de Guerreiros.
Vem aí ano novo, e a coisa promete...

Nota: no decurso desta semana será oficializado (publicado aqui e afixado na loja Pina Bike) o calendário da temporada 2010.

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Domingo: Santo Isidoro

A volta do próximo domingo é a de Santo Isidoro e marca o regresso do nosso pelotão à interessantíssima zona de Mafra e Ericeira. O percurso é quase «ir e vir» pelo mesmo sítio, mas tem algumas «nuances» que esbatem qualquer ideia de monotonia.
Desde logo, a passagem pelo principal «ponto quente» da jornada, sensivelmente a meio do trajecto: a subida de Santo Isidoro (2,9 km a 5%) - tem um início duro, suavizando à medida em que se aproxima o topo. Após este, entra-se no percurso inverso, junto ao cruzamento de Fonte Boa dos Nabos (estrada Ericeira-Mafra) que tem relevo que transfigura, por completo, as sensações que se têm em sentido contrário (Mafra-Ericeira). Quem conhece... sabe ao que me refiro...
Por exemplo, além de o traçado de regresso a Mafra ser em falso plano ascendente, segue-se à cidade a difícil rampa da variante para a rotunda da Abrunheira. Complicada, quando batida a vento! E mais tarde a aproximação à Malveira, também em subida a partir de Alcainça. Duas passagens que, à ida, com as pernas ainda frescas e a alta velocidade, mal se dá pela dificuldade que impõe no regresso.
De qualquer modo, se a intensidade empregue ao andamento não destoar das últimas duas semanas, esta volta poderá constituir um excelente treino em agradável convivência de pré-temporada, para «queimar» as calorias da Consoada.

Feliz Natal a todos




terça-feira, dezembro 22, 2009

Os congelados em Carmões

Gélida manhã de domingo, com o mercúrio do termómetro a congelar (provavelmente...) entre os 1 e os zero graus centígrados durante a maior parte do percurso. A temperatura rigorosa levou a estado de quase hipotermia a alguns dos participantes na volta que teve, em Carmões, o seu ponto... menos frio. O Nuno Garcia foi um dos que mais sofreu. Mas não só, em retemperadora paragem, em Alenquer, para ingestão de bebidas quentes, também as queixas quase chorosas do Carlos Cunha sobre os dedos que não... sentia. Houve também os «apanhados» do frio: todos os que pretendiam, com os músculos do rosto congelados, articular mais de duas palavras em cima da bicicleta. Balbuciavam palavras enroladas, que se deram a algumas gargalhadas!
Quando o pelotão saiu de Loures, o termómetro do meu Polar marcava inéditos zero graus. Não me recordo de alguma vez ter baixado tanto. Por isso, urgia manter cadência de pedalada elevado, mas não elevar muito o ritmo cardíaco e de respiração.
A subida para o Forte de Alqueidão foi para isso ideal – principalmente da maneira morna (passe o termo) como decorreu. O Freitas tomou as rédeas do grupo até Arranhó, levando-o em ritmo confortável. Só veio a largá-las quando, entre alguns elementos do pelotão, se decidiu iniciar a perseguição a um pequeno grupo de fugitivos que paulatinamente se tinha destacado na Quinta do Paço. Entre estes, o Ricardo da BH, o Capitão, o Jorge e o André. Atrás, foi o Jony que conduziu a perseguição, impondo andamento em crescendo que acabou por estirar o pelotão. Como à frente também se acelerou bem, não houve junção até ao alto – só na neutralização do Sobral, como é hábito.
Todavia, os que pararam fizeram mal. Fomentaram a hipotermia, quando deveriam ter continuado a circular enquanto esperavam, para se manterem aquecidos. Assim, com a descida para Dois Portos a arrefecer ainda mais, não espantou que no início da estrada para Carmões os mais susceptíveis ao frio se apresentassem em claras dificuldades. Entre estes, o Nuno Garcia era o mais sofredor. Mas também o Filipe Arraiolos se mostrava afectado. E nem a subida de intensidade nas rampas de Carmões foram suficientes para os aquecer.
Mas aqueceu-se, e bem. Na curta e pouco inclinada ascensão (1,7 km a 5%) atingiram-se os níveis cardíacos mais elevados da jornada, com final a deixar um cheirinho aos períodos mais avançados de temporada. O Jony mostrou que está forte, mas também as presenças do Jorge e do André entre os primeiros não surpreenderam. O Freitas fez parte do troço ligeiramente destacado, até os principais perseguidores terem passado a um nível acima do andamento que vinham imprimindo. Outro que se mostrou bem, foi o Ricardo da BH, confirmando os bons indicadores das últimas semanas.
Com o final das subidas (tão suaves...), iniciou-se o longo trajecto plano (e descendente) de regresso a Loures. Praticou-se um andamento adequado para a época, proporcionando a que vários elementos passassem pela frente, o que traz sempre motivação adicional. Um dos mais activos na ligação a Alenquer foi o Pina, mas a aproximação à cidade – onde se fez o já referido «coffee break» – coube, em parceria, ao Freitas e ao Jony.
No reatamento, outros experimentaram as sensações de conduzir um pelotão de nível como o nosso. Realce para o Zé «Pai Natal» Henriques, que fez, a muito bom ritmo, grande parte do trajecto até Vila Franca.
À chegada a esta cidade houve o tradicional sprint – ou melhor, desta vez uma longa aceleração... sem explosão final. Já que o Jony fez o «favor» de se destacar logo no início da recta e não deixou sequer que lhe pudessemos agarrar a roda! Muito bom, porque é raríssimo (senão inédito) que alguém consiga isolar-se (sem permissão do pelotão) naquele local em que o pelotão geralmente vem lançado a alta velocidade (embora, não neste caso) e levou o esforço até ao final sem ser aglutinado pelos mais rápidos do pelotão. Mesmo que não surpreendendo pelas qualidades do autor, não deixa de ser mais uma demonstração de boa forma do próprio.

Treino dia 24
Na próxima quinta-feira, dia 24, gostaria de fazer 2 a 3 horinhas (no máximo) a ritmo calmo, a muito calmo, logo se não chover muito. Todos os que já tiverem despachado as compras de Natal, estão convidados a alinhar. Passagem no café Golo, no Tojal, às 8h00. A ideia é sair cedo para chegar também cedo para não beliscar eventuais compromissos familiares, que são tradicionais neste dia. O percurso não é plano (Tojal/Bucelas/Vale de S. Gião/Sapataria/Pêro Negro/Malgas - passagem de nível/Bispeira/Furadouro/Portela do Bispo/Ribaldeira/Dois Portos/Sobral/Bucelas/Tojal), mas a média prevista não deverá ultrapassar os 25 km/h.

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Domingo: Carmões

A volta do próximo domingo é a de Carmões. Primeira parte do percurso mais acidentado, com a longa subida do Forte de Alqueidão (Sobral) e a de S. Domingos de Carmões, esta bem mais curta, mas mais inclinada. A partir daí, desce-se para a Merceana/Aldeia Gavinha e inicia-se um longo percurso quase sempre a rolar, para Alenquer, depois Carregado, Vila Franca, Alverca e regresso a Loures. Trajecto sem grandes dificuldades, abaixo dos 100 km e equilibrado q.b.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Crónica de Torres

Terá sido por estar farto de percursos planos que foram impingidos, em antecipação ao final da última temporada, contra a fartura de subidas, que celebrei com especial satisfação o regresso ao carrossel da zona Oeste – na tradicional volta de Torres Vedras.
Custar-me dizer «farto», porque considero que são os vastos terrenos para rolar os mais indicados para criar as bases da boa forma física. Mas não da maneira como têm sido atravessadas as lezírias ribatejanas neste final de ano, quase sempre «prego a fundo», contra vento e tempestades.
E contra... a minha forma física, ainda debilitada. Não, porque a considero abaixo do normal para esta altura (pelo contrário!), mas por levar-me a sofrer com as elevadas intensidades (cujo treino não tem incidido minimamente) de tão pesadas cargas impostas por alguns poderosos do Inverno, que certamente pagarão a devida factura na próxima Primavera-Verão. As consequências do encadeamento de tareias nas planícies forçou-me mesmo a uma paragem preventiva no segundo fim-de-semana de feriados, impedindo-me de aproveitar boas oportunidades de acumular horas de selim, tão recomendáveis nesta fase.
Foi desse privilégio - de fazer quilómetros a ritmos moderados - que se pôde beneficiar no passado domingo, provando que, em terreno mais exigente, a intensidade das voltas tende a ser mais moderada. Ou melhor, são mais intermitentes os momentos em que aquela é forte. E isto, apesar de lá terem estado alguns dos homens que estão a dar cartas neste Inverno. Como o meu conterrâneo Capela, que desta vez esteve mais comedido e contou com muito freio, principalmente do camarada Freitas, que geriu, de forma exemplar, o andamento (o seu e o dos mais afoitos) em alturas primordiais do percurso.
Desde logo, na subida para o Forte do Alqueidão, onde manteve, à frente do pelotão, um passo que apesar de ser médio-alto (para mim, nesta altura) permitiu que todos chegassem agrupados ao topo da longa ascensão. Ainda houve algumas iniciativas para forçar o ritmo, mas o grupo preferiu manter-se na toada certa do Freitas, que, a espaços, contou com o apoio do Vítor Pirilo.
Depois da passagem no Sobral, relaxou-se até Dois Portos, elevando-se a intensidade na subida da Ribaldeira, o que faz partir o pelotão em dois grupos, que, todavia, se reuniram pouco depois, em Runa.
Então sim, entre Runa e Torres, o nível da cavalgada subiu a patamares ainda não atingidos, devido a acelerações nos pequenos topos de Matacães, da Ordasqueira e da variante dos Cucos, dividindo pela segunda vez o grande grupo. Foram momentos, digamos, que destoaram da globalidade. A ordem restabeleceu-se à entrada em Torres, possibilitando, em seguida, paragem pouco habitual para café no centro da cidade.
No reatamento, pelo tipo de relevo que se deparava, seriam previsíveis mais... dificuldades. A começar pela subida de Catefica, que, afinal, se passou a ritmo controlado, ainda e sempre marcado essencialmente pelo Freitas – mais disponível que nos últimos tempos.
Desceu-se, depois, para o Carvalhal e logo no primeiro topo do Turcifal os mais empertigados não quiseram continuar a refrear os ímpetos. Em destaque, o Capela (pois claro!), o André e o Ruben. Alguns procuraram responder, e ao esticar, o pelotão esfrangalhou-se. De qualquer modo, os fugitivos não quiseram ou não puderam insistir e deixaram-se absorver nem dois quilómetros volvidos.
Mas o ritmo vivo não esmoreceu, como que a anunciar a subida de Vila Franca do Rosário, onde se aguardariam as derradeiras intensidades mais altas. O Freitas tomou uma vez mais o comando – sempre com especial preocupação de controlar... o Capela. Fê-lo durante quase toda a subida, principalmente na sua fase mais complicada e perante o adiantamento prematuro do Carlos do Barro, que fez toda a ascensão isolado, tendo sido alcançado apenas nos metros finais, na Malveira – e só pelos mais rápidos ao sprint.
Grande desempenho do Carlos - surpreendente, numa atitude que há muito não se lhe via! Ainda mais meritória, já que o andamento do grupo principal, que se formou logo no início da subida, nunca foi baixo ou descomprometido com a perseguição (embora, às tantas, parecesse...). O fugitivo foi muito consistente e só não resistiu à aceleração do Jony, que levou o Capela e o André a ganhar ligeira vantagem ao grupo na última rampa que leva ao topo.
Outra nota de referência entre os homens do pelotão da frente: o Filipe Arraiolos, pelo facto de, na véspera, ter realizado mais de 200 km, de Tróia a Sagres, em BTT!
Da Malveira a Loures rolou-se depressa... E no topo de Guerreiros, nova surpresa! O Gil, a atacar! Sim, ele mesmo, que habitualmente prima pela discrição. Saiu muito bem e surpreendeu até o Capela, que teve apelar a ajuda. O próprio Jony teve de se aplicar para «carimbar» no alto. Neste reduzido grupo (porque muita gente se dispersou à saída da Malveira), ainda me ficou na retina a boa capacidade de aceleração do Zé-Tó – numa altura em já se fazia sentir, em todos, o peso dos quilómetros.
No meu caso, limitei-me a assistir, de trás, sem força para agarrar a «boleia» da cauda do grupo. Todavia, houve bons sinais de endurance, principalmente por as pernas não acusarem demasiado o esforço de 4 horas, no caminho de regresso a Alverca - na companhia do Jony, do Capela e do Jorge, que falou mais naqueles 15 km que em muitas centenas percorridas nos últimos quase dois meses que tem integrado as saídas domingueiras. A malta de Alverca é assim, prefere o serviço à conversa!

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Domingo: Torres

A volta do próximo domingo é uma das mais tradicionais: Torres. Vai-se pelo Sobral, regressa-se pela Malveira. A distância é acessível e o percurso, como se sabe, tem revelo irregular. Principalmente, as duas longas ascensões marcam o traçado: no primeiro terço, o Forte do Alqueidão; e no último, Vila Franca do Rosário.
Na passagem por Torres, fica por decidir: se cortar à esquerda para os Cucos, pelo centro da cidade, ou dar a volta pela Variante, por fora.
De qualquer modo, respondendo ao repto do Morales, no domingo, à partidas de Loures, a volta poderá sempre ser alterada ao gosto da maioria. Não vejo motivos para que não haja essa flexibilidade, acima de tudo nesta fase da temporada. Bom, logo se decidirá...

Nota: o camarada Paulo Pais volta a juntar a trupe para mais um treino-passeio entre o Livramento e o Bombarral, com regresso ao local de partida. Mais esta iniciativa, a terceira no espaço de uma semana, corresponde à boa realização das anteriores, que motivou, entre os participantes, a vontade de repetir. Como sempre, e a propósito referi, no anúncio do primeiro encontro (no domingo transacto), nos dois encontros prevaleceu o espírito de camaradagem e a consciência de treino... em qualidade. A hora (8h30) e o local (gimno do Livramento) são os mesmos.

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Crónica da Ota

Eis uma iniciativa totalmente voluntária e, por isso, ainda mais louvável! Uma vez que não estive presente na volta de ontem, da Ota, o camarada Morales (um dos participantes) tomou a liberdade de fazer a crónica, que, poderão constatar e sem falas modéstias, nada fica a dever, em acuidade e pormenor, às que são publicadas todas as semanas. Bem haja, camarada Morales! Espero que seja para continuar, pois poderás acrescentar sempre um ponto de vista diferente do meu... Tem a palavra o autor:

«Deixem-me dizer que ontem a volta da Ota, mais de 100 km, foi aquilo que podemos chamar a verdadeira essência para a qual nos juntamos domingo após domingo.
À partida 25 elementos o que anunciava alguma possível confusão durante a jornada. Espante-se, portanto, porque o grupo chegou compacto às cervejas de Vialonga - no regresso!, pois muitas vezes tal não sucede logo à ida...
A jornada foi pródiga em diversas e amenas cavaqueiras. Devo salientar que o grande obreiro da façanha de manter reunido o “rebanho” foi o “capitão” Freitas, o qual devo por todos os motivos considerar o “MVP” da jornada, com ele mais um camarada que infelizmente não sei o nome, mas que vestia de “Laranja”, este homem comandou o pelotão de inicio a fim da jornada, muitas das vezes com as instruções do “MVP”, mas sensivelmente a metade do percurso, tomou ele as rédeas do pelotão e nunca deixou que o mesmo ultrapassa-se limites que são razoáveis para este parte da época.
Só houve algum nervosismo, excessivo em meu entender, entre o Carregado e Vila Franca, talvez por causa do sprint, aí foi onde aconteceu a queda do “MVP Freitas”, tal a pujança do homem, que conseguiu partir o eixo do pedal a mais de 50km /h, felizmente só sofreu algumas escoriações e arranhadelas, quando o deixamos à espera da boleia estava mais ou menos recomposto. O problema é quando se arrefece. Um abraço e as melhoras.
Antes deste incidente, ainda tivemos tempo para parar em Aveiras para um cafezinho, momento sempre importante de convívio e de retempero das forças para o resto da jornada. De referir que, quando chegámos, a média rondava os 30km/hora, o que me parece bastante aceitável.
Devo ainda acrescentar que, se houver da parte de todos algum espírito de convivência e de amizade, não será nunca necessário haver saídas antecipadas, na medida em que, quando for necessário refrear o andamento, será sempre possível, desde de que haja vontade para o mesmo».

Um grande abraço e até Domingo...
Morales

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Ota ou... Paulo Pais (bis)


Para amanhã (feriado), está prevista a volta da Ota, com saída de Loures.

P.S. O Paulo Pais repete a iniciativa, no mesmo local (Livramento), à mesma hora (8h30).


quinta-feira, dezembro 03, 2009

Domingo: Paulo Pais convida...

No próximo domingo, dia 6, o camarada Paulo Pais vai reunir as tropas para uma saída de bicicleta de pré-temporada, entre Livramento, o Bombarral e regresso ao Livramento (por Sarge), na distância de 85 km. O mesmo é dizer, que todos os soldados estão recrutados!
Devido à previsão de chuva forte para esse dia, o Paulo Pais faz depender a realização do evento de quão más forem as condições climatéricas. A partir de «chuva torrencial», adia-se para a terça-feira seguinte, feriado, no mesmo local e horário. Creio que o ideal será entrar em contacto telefónico com a «base» (entenda-se, o Paulo Pais) se as condições meteorológicas – que até podem divergir de local para local – levantarem dúvidas. Deste modo, evitam-se deslocações em vão...
Aos mais cépticos neste tipo de ajuntamentos com ciclistas de múltiplos quadrantes e níveis, digo que é oportunidade a não desperdiçar para conviver, aprender e divertir-se. O conceito é sempre este, e não há motivos para que difira nesta ocasião. Não há, naturalmente, restrições ao andamento, mas a este prevalece o espírito de camaradagem – nunca de hostilização.
Pode aceder-se ao percurso detalhado através do comentário (da autoria do Dario) ao «post» com o título: «Domingo: Alenquer» - basta descer algumas páginas... A concentração está marcada para as 8h30, junto ao polidesportivo do Livramento, para arrancar às 9h00.

Para quem não tiver interessado em participar, cumpre-se a volta prevista no calendário: Ribafria. Com a habitual concentração em Loures e saída às 8h30. Percurso descrito abaixo.




quarta-feira, dezembro 02, 2009

Crónica de fim-de-semana... prolongado

Primeiro fim/início de semana com jornada dupla. No domingo, uma saída para destemidos contra a chuva, pela inspiradora lezíria de Valada e Reguengo; ontem, uma enorme romaria lá para as bandas de Alcochete.
Comum a ambas, o percurso totalmente plano, a proporcionar médias elevadas de acordo com as condições climatéricas. No fim-de-semana, os 30 km/h foram um «pontito» acima do recomendável para uma distância superior a 110 km com piso quase sempre escorregadio. Dois dias depois, uma média a rondar os 33 km/h já parece mais compatível com o que é capaz de fazer um pelotão com mais de 20 unidades, recheado de bons roladores, a deslizar sobre asfalto seco.
Na ronda do Reguengo, com grupo restrito a enfrentar a intempérie, foi fundamental preservar o aconchego para prevenir... resfriados. Não houve, mesmo se, no final da jornada, o corpo já acusasse o massacre de quilómetros a fio de rectas, a maioria a seguir o passo pesado do Capela – que, de qualquer modo, esteve bem mais comedido que nas duas semanas anteriores.
No entanto, não foram tantas rectas, tão longas e monótonas, como as da terça-feira seguinte, na grande volta do Infantado, onde, ao contrário da lezíria verdejante do eixo Cartaxo-Azambuja, a paisagem pouco se altera. A agravar, o tráfego rodoviário esteve particularmente perigoso, com condutores apressados (stressados...) até em dia feriado, e uma berma exígua que não dava abrigo ao pelotão.
Mas não só: três furos quebram o ritmo. Embora o primeiro tivesse causado, principalmente, demorada espera logo ao início da volta, no Tojal, que, afinal de contas, deu em desencontro. Os restantes foram provocados por um buraco na primeira passagem da recta do Cabo (Vila-Franca/Porto Alto). Duas vítimas: o Luís Novo, com uma roda esvaziada logo ali; a outra, eu, com furo lento até ao cruzamento do Infantado. E como odeio ter furos! E desta vez não foi no pneu com 11 anos; foi no outro, no chinês. Mas durante a operação retirou-se ilações: ficou a saber-se que vale a pena lavar a bicicleta de vez em quando, só para não ouvir reclamações de quem nos presta generosa ajuda sobre sujidade nas mãos. E os mesmos ciclistas a gabarem-se de que são à prova de... furo. Embora se acredite, pelo facto de os próprios desmontas não se quererem separar, de tão calcinados...
A partir daí, faltava-me tempo, sobrava-me cansaço, que me obrigou a permanecer na cauda do grupo e amiúde a esforçar-me por não o perder – principalmente na passagem de regresso pela recta do Cabo. No final, mais uma saída acima dos 110 km, mas esta mais «sofrida» que a anterior, no domingo, mesmo sem chuva ou roupinha molhada dessa manhã.