sexta-feira, julho 31, 2009

Imagens das Cachoeiras (parte 2)

Como os meus treinos actualmente são em ritmo de turismo, aproveitei a sessão de hoje para tirar umas imagens da subida das Cachoeiras, a tal que faz parte da volta do próximo domingo. Por lapso (que dava muito trabalho resolver...) a sequência de fotos e respectiva descrição, em legenda, está invertida. Desde já aceitem as minhas desculpas por eventuais transtornos, e peço que comecem a consulta pelo «post» imediatamente a seguir a este - «parte 1». E depois regressem a este, para concluir, naturalmente!

Logo a seguir ao tal cruzamento, eis que nos deparamos com mais uma dura rampa, esta a mais de 10%. E comprida... Estaremos na fase mais complicada da subida. Mas também a última...
Mais um esforço... pois o final está logo ali ao fundo. Repare-se que também o piso é «manhoso».

Uma vez no alto, a vista (sobre o nosso lado direito, zona de Arruda) é magnífica!
A subida acabou... mas ainda se sobe! Cerca de 1,5 km mais adiante, atinje-se o ponto mais alto da estrada, o mirador da Bela Vista. Aliás, como comprova a imagem... sobre o Monte Gordo, Vila Franca, o Tejo e a lezíria.

Imagens das Cachoeiras (parte 1)

Sim, é aqui que se deve começar a observar as imagens! (clicar em cima para abrir)

Primeiras rampas, suaves, entre os 2 a 3% de inclinação. Bom asfalto.

Logo a seguir entra-se numa fase em que a inclinação sobe para os 7-8%. Cerca de 1 km «rijo» até às portas da aldeia. Na foto, lá no alto.


À chegada ao centro da aldeia, a vista à nossa direita é esplêndida. No fundo do vale, avista-se Cadafais, de onde ainda há pouco saímos.


Dentro da aldeia de Cachoeiras, após uma curva fechada, a quase 180º à esquerda, entra-se no 1º sector de pararelo. Cerca de 300 metros, com inclinação suave. O muro da esquerda é do... cemitério!


Depois do 1º sector de «pavé», a inclinação volta a aumentar, em asfalto, até ao 2º troço de empedrado (na imagem), bem mais duro que o 1º. Acaba lá no alto!


No final do «pavé» é preciso muita atenção: a subida parece terminar, mas não! Não se deve seguir em frente (para onde vai a carrinha), mas sim à direita, no cruzamento que se vê na imagem (para Arruda/Alhandra).
A descrição segue no «post» imediatamente... anterior.

quinta-feira, julho 30, 2009

Próximo domingo: Cachoeiras



A volta do próximo domingo é, em minha opinião, excelente! Tem quilometragem respeitável (cerca de 120 km), terreno para todos os gostos (embora muito mais para roladores que para trepadores) e uma subida provavelmente desconhecida para muitos: Cachoeiras.
No entanto, até lá... muitas energias ainda se gastarão. Desde logo, numa longa ligação quase totalmente plana, entre Sacavém e Alenquer (ATENÇÃO: o início do trajecto faz-se pelo Infantado, Frielas e Unhos), seguindo-se não menos curta fase em terreno misto («valonné», como dizem os franceses; «rompe-piernas» à laia dos espanhóis), entre Alenquer, Olhalvo, Labrugeira, Abrigada, Ota, até à segunda passagem por Alenquer.
A ligação Alenquer-Carregado-Cadafais volta a ser mais suave, como que a preparar a única dificuldade, a sério, do percurso: a subida de Cachoeiras: 2,4 km a 6,5% de inclinação média. Uma ascensão interessante, com desnível irregular, uma ou outra rampa mais dura e, atenção: duas curtas passagens em empedrado.
Depois da subida, desce-se para Alhandra, por A-dos-Loucos, e regressa-se a Loures por Alverca, Forte da Casa, Caniços, Variante de Vialonga e Tojal – novamente na planície ou quase...
Acredite-se que o traçado é muito equilibrado. Na passada semana, em treino, tive a oportunidade de fazer o sector talvez mais importante, entre Alverca e... Alverca, e fiquei convencido.

A propósito da subida das Cacheiras, como é pouco conhecida, e mesmo para os que já lá passaram poderá causar algumas dúvidas, principalmente na sua parte final: por isso deixo uma espécie de descrição, em género de «road-book»:
Para se aceder à subida, deve-se sair à esquerda nos Cadafais (placa: Cachoeiras). Até à subida rola-se durante cerca de 2 km. As primeiras rampas são suaves (2-3%), mas rapidamente se entra no «miolo» da ascensão, cuja inclinação está quase sempre acima dos 7%, até ao interior da aldeia (Cachoeiras). Aqui, MUITA ATENÇÃO: mal se entra em empedrado, volta-se tudo à esquerda (quase a 180º), contornando o muro do cemitério/igreja. Nas centenas de metros seguintes nada tem de enganar, a não ser as pernas: estaremos numa das fases mais duras da subida.
Depois, eis novo sector em «pavé» (100/150 metros): ATENÇÃO: logo após sair do empedrado parece que a subida acaba: mas não! Só para quem segue em frente, as indicações Castanheira/Vila Franca. Os que chegarão mais cansados poderão pensar que seria melhor atalhar logo ali e acabar o esforço, mas não é muito encorajadora a visão de uma rampa dantesca após a primeira fase de descida (escondida).
Assim, o «nosso» trajecto, após o tal 2º empedrado, segue sobre a direita (seta Arruda/Alhandra) e desde logo se depara a rampa mais íngreme da subida, acima dos 10%. De qualquer modo, o final encontra-se pouco depois – embora o ponto mais alto só se atinja cerca de 1 km mais tarde, com a passagem junto ao mirador.

P.S. Recomenda-se a leitura da crónica da recente volta de Montejunto no blogo do camarada Vasa: http://voltasaooeste.blogspot.com/ Mas não liguem... ao video que ele publica, ok?




terça-feira, julho 28, 2009

Crónica de Montejunto

Montejunto foi uma óptima jornada de montanha, que motivou vasta romaria àquelas paragens, as mais elevadas da nossa região. A vertente de Vila Verde dos Francos, a mais acessível, foi eleita e nela ficaram evidentes as diferenças de rendimento entre os que beneficiam de genética adaptada ao esforço em longas subidas com grande inclinação, os que, mesmo sem a ter, gozam de bom momento de forma, e todos os outros que actualmente (ou sempre...) fazem pela vida!
À dificuldade da própria ascensão – embora como disse, a menos exigente das quatro da serra – junta-se a do trajecto até lá chegar. Mais ainda, quando se reúnem elementos empenhados em conduzir desde cedo o grupo em andamento moderado a forte, tal como o vento.
A subida para o Forte de Alqueidão – quando «negociada» nestes modos – causa os primeiros desgastes da tirada, revelando o poderio (ou a coragem...) dos mais fortes enquanto expõe as debilidades dos remediados. Entre os primeiros esteve (e está!) o Carlos Gomes, sem dúvida o mais activo de Bucelas às serranias do Sobral, ao levar a bom ritmo o pequeno grupo, que contava ainda comigo, com o Freitas, o Gil, o André, o Salvador e o «nosso» brasileiro.
Em Arranhó juntou-se o Rocha, e já depois do Alqueidão, o Paulo Pais, o Runa, o Vasa e o Xico. Estava composto o «ramalhete» que rumaria ao sopé da montanha, e que, a espaços, se deixou cair nalgumas picardias que, após a Atalaia, acabaram por destacar, na frente, o duo Gomes e Runa. E que, assim, entraram na montanha com substancial vantagem: cerca de 30 segundos sobre o Vasa que, entretanto, se «revoltara» com o estranho bailados de alguns esquemas tácticos individuais. Uns para a frente, outros para trás: o Salvador em decisivas dificuldades, logo à saída da Merceana.
A abordagem às primeiras, e duras, rampas de Montejunto poderiam ser suficientes para separar desde logo as águas no grupo perseguidor, mas só eu e o Rocha dele «transbordámos», ambos a léguas do andamento necessário para seguir, logo ali, com os principais protagonistas. E ele (Rocha) de uma forma ainda mais evidente...
Entre grupo de perseguidores, o André começava a ensaiar desde cedo as suas manobras de desgaste, com breves mais fortes acelerações, que, estranhamente, levaram o Freitas no engodo – o único a responder, à letra, com isso se desgastando. Todavia, após o primeiro quilómetro, a toada acalmou e o grupo passou a ser liderado, em andamento certo, pelo Chico e pelo Paulo Pais. O Vasa era, entretanto, reabsorvido, mantendo apenas o duo de fugitivos.
Depois da passagem pela zona sinuosa dos pinheiros, constatei (à distância, claro...) que, no grupo, o André se tinha adiantado definitivamente, partindo isolado ao encalço do Gomes e do Runa, duo que acabou por alcançar já numa fase em que o primeiro começara a descair – talvez pagando a factura do seu esforço adicional na subida do Alqueidão. O Runa e o André, segundo este, não se hostilizaram, acabando por chegar a par, e claramente destacados dos demais.
Atrás, e bem atrás, ganhava inesperada e conveniente boleia: do Zé-Tó, que acabava de «largar» o seu pai ladeira... abaixo. A sua presença foi «música» para as minhas fraquezas. Literalmente, pois fazia ouvir-se, alto e bom som, o som proveniente de um leitor que transportava no bolso. Insólito, mas para passar melhor as agruras da montanha tudo é permitido!
Seguimos (segui...) em ritmo pausado (o que foi possível) e acabámos por alcançar o Gil, que tinha perdido o comboio do grupo principal, este também já muito estirado no último sector, após o cruzamento. Tempo pessoal de subida: 29 minutos. Muitíssimo mau, considerando também a pulsação média de 170 bpm. Naquele registo, em condições normais, o coração não deveria bater a mais de 150/155 – dados reveladores do «poço» de forma em que estou imerso há quase dois meses, sem iminente salvação.
Salvaram-se as razoáveis sensações no percurso de regresso – por Abrigada/Alenquer/Vila Franca –, e de físico não ter acusado o esforço, em demasia, no final de 140 km e 5h00 de pedalada.

Foram muitos os ciclistas que, partindo de Loures, a horas distintas, subiram em Montejunto naquela manhã, e quase todos tocaram o... céu: ou o «obrigatório» portão do quartel, no cume, a 650 metros de altitude. Quando ascendíamos, já baixavam, entre outros: Steven, Samuel, o Polícia, João do Brinco, Zé Henriques. Mais uma vez a optar por anteciparem a sua saída de Loures para se prevenirem dos «maus-tratos» do «outro» pelotão. Opinião pessoal: creio que, neste domingo como em todos, não seria grande a diferença entre o grande grupo partir em simultâneo e eventualmente, mais tarde, se necessário, haver recomendável ou forçada adaptação de andamentos ao longo do trajecto (mesmo que logo nos primeiros quilómetros...), e o arranque desfasado, que acaba em encontros fugazes repetidos todas as semanas. Não se pode exigir consenso na abordagem ao ritmo das voltas (é causa perdida à nascença), mas sim o esforço, de todos, por não deixar perder definitivamente a unidade do grupo. Acima de tudo, numa altura em que é notório maior nivelamento entre as facções. Mais do que o agrupamento à chegada – que de resto nunca existiu desde que tenho memória de presença no grupo –, é a antiga e tradicional reunião, à partida das bombas, a poder representar o primeiro passo para a inversão dos acontecimentos. Mesmo que apenas... simbólico!

sexta-feira, julho 24, 2009

Comentário

O João do Brinco enviou este comentário:
«Mais uma semana quase sem treinar, na semana passada não treinei. Saí no sábado com o Steven, numa volta curta, mas comprometeu a volta de domingo. Esta semana sai na terça-feira de Loures até à Malveira p/ mostrar a uns amigos de BTT a pista, onde encontrei o Runa a fazer séries e a falar ao telefone com o Paulo Pais, a combinar o restante treino.
O número de quilómetros feito este ano até ao momento não é muito mau para mim, mas com tanta intermitência o resultado é: numa semana me sinto muito bem e com força, até para atacar no meio das feras, e na semana seguinte arrasto-me com a língua a bater no chão. Para não falar no eterno problema em recuperar do esforço e ficar todo empenado após cada saída. Sou de sempre por educação um desportista, mas não tenho condições para arranjar ajudas (recuperantes) exteriores, logo a recuperação é lenta. Lembro-me de quando fazia competição (atletismo/salto com vara) que treinava todos os dias e em certas alturas com treinos bi-diários, fazia-se recuperação activa, tirando agora a condicionante da idade (46) o descanso até é maior. Tenho que me deixar de nostalgias e encarar a treta da idade e as condicionantes de nem sempre conseguir treinar, e adoptar o ritmo e as voltas à minha medida, sem me desgastar demais, pois gosto muito de por cá andar».


Resposta
A volta de domingo não serviu de indicador, João. O ritmo foi quase sempre muitíssimo forte, apenas ao alcance dos melhores treinados. Por isso, nivela a tua auto-avaliação mais acima, porque, em condições normais, de acordo com as últimas semanas, deixaste indicações de boa forma. Porém, permite-me apenas uma ressalva: na minha opinião, a malta que tem menos carga horária, mesmo quando se sente em forma, deveria poupar-se ao máximo(!) durante as voltas, escolher as melhores rodas e «esconder-se» muito bem no meio do pelotão não só quando a velocidade é mais elevada.
Acredita, impressionou-me, na passada Clássica do Cartaxo, que tivesses trabalhado tão bem entre a Ota e o Carregado. Não foi pouco... foi muito, e já com muitos quilómetros percorridos. Mas por ter sido muito, poderia ter sido... menos. Deverias ter passado mais brevemente pela frente naquela altura e deixar o trabalho pesado para os «tubarões», como dizes. Sinceramente, a mim, impressiona-me mais ver um elemento da malta que tem menos km na parte finais das voltas, do que determinadas iniciativas de grande desgaste, no início ou a meio, que não raras vezes acabam por hipotecar, por fadiga (natural...), o restante.
Se me permites, considero o Zé-Tó bom exemplo: raramente se expõe ao desgaste e dura quase sempre mais. E fá-lo não apenas está em baixo (como é normal), mas, pelo contrário, quando se sente melhor. Por isso, vai atenuando muitos km de diferença, não apenas para os mais rodados, mas para os que têm praticamente o seu registo. E não raras vezes sobressai...»
Ricardo Costa

Recordo que, no próximo domingo, a volta é de Montejunto (Vila Verde dos Francos) Hora: 8h30. Creio que o regresso será por Abrigada/Alenquer.

Comentários devem ser enviados para ricardo.jxcosta@gmail.com

quarta-feira, julho 22, 2009

Enxara do Bispo: a crónica

A volta de Enxara do Bispo, do último domingo, foi «daquelas» em que os momentos de tranquilidade se resumem... aos reagrupamentos necessários a cada colapso do pelotão. E foram muitos! Tal foi o frenesim... Desta vez a intensidade da jornada foi além do habitual nos dias de forte picardia, havendo poucos momentos de acalmia, em que o andamento foi moderado, ao alcance do nível médio (e está bem alto nesta fase da temporada) dos elementos que alinharam à partida, que foram muitos!
O que, afinal, se passou foi resultado da presença de alguns elementos que, juntando à boa forma actual estavam na iminência de objectivos competitivos, e logo aproveitaram a ocasião para fazer um derradeiro apuro, em jeito de treino colectivo pudesse servir-lhes de barómetro. Tá'se a ver...
O mais empenhado nesse contexto foi, desde o início da tirada, o Carlos Coelho – na sua segunda semana consecutiva com o grupo, por certo satisfeito com a experiência da Clássica do Cartaxo. Foi metendo «passo» à frente do pelotão logo nos primeiros quilómetros à saída de Loures, prolongando-o em Guerreiros, Lousa e na Freixeira, isto na primeira fase do percurso em que se vai subindo gradualmente. O Jony seguiu-o sempre e culminou a maioria dos sectores com fortíssimas acelerações, evidenciando bem a sua capacidade explosiva.
Depois da descida de Vila Franca do Rosário – nem assim, tranquila... - logo à entrada da rampa das Frutas Sobrinho para a estrada da Enxara do Bispo ateou-se o rastilho, com o Freitas a explodir estrada acima, provocando inevitável selecção no pelotão. Se na Freixeira ainda houve pequena agitação, agora abriam-se definitivamente as hostilidades.
Apesar de posterior alívio de andamento, na Tourinha – só assim foi possível voltar a reunir o pelotão, tão cedo desmembrado – os novos encadeamentos de subidas Pêro Negro trouxeram mais do mesmo... De resto, o figurino manteve-se em Sapataria e na Tesoureira, porque o terreno, em constante sobe e desce, afigurava-se propício a experimentar as forças. De tal modo que, algures na subida para a Tesoureira, atingiram-se velocidades imprevistas, a bater nos 40 km/h! A aumentar o grau de selectividade, esteve o facto de, a rematar cada subida, haver uma aceleração brutal (o Jony lançava-a quase sempre de forma irresistível aos demais), que não permitia aos mais justos (como eu...) disfarçarem as limitações.
Refira-se que, no início da ligação Póvoa da Galega e Tesoureira, o Manso e o Salvador entraram em fuga, saindo bem da cabeça do pelotão, mantendo bom ritmo. A prová-lo está o facto de o grupo principal os ter alcançado apenas na fase final desse trajecto, depois de uma louca correria, sempre acima dos 30 km/h. Quando os fugitivos foram absorvidos, o Rocha, mesmo sem fôlego mas sempre com uma tiradas oportunas, dizia ao seu amigo Manso: «Meterem-se em fuga foi o melhor que vocês fizeram...»
Daí para o Alqueidão, na subida mais longa da jornada, o Carlos Coelho voltou a pisar forte nos crenques, levando apenas os que conseguiram aguentar uma média de 26 km/h até ao Alqueidão. Mas desta vez, a acumulação de esforços «pesou-lhe» no último quilómetro, cedendo, tal como eu, a mais uma forte mudança de velocidade do Jony, a que apenas seguiram o Freitas, o André e (creio...) o Carlos Gomes.
Na passagem pelo Sobral, os «guerreiros» pararam para se refrescar e para os resistentes do grande pelotão voltarem a reagrupar, antes de seguir para Arruda. Na descida, o Freitas tentou a sua sorte, mas os perseguidores não lhe concederam grande vantagem, reabsorvendo-o dentro da vila. Nesta fase rolou-se bem acima dos 50 km/h.
Restava a subida de A-do-Barriga. E desta feita fui eu a (tentar...) meter o ritmo, primeiro até ao topo do cemitério – onde parecia ser do agrado geral não fosse mais uma aceleração explosiva do Jony. Restabeleci-me na curta descida e voltei para a dianteira na subida final. Mas só nos primeiros metros, porque o Carlos Coelho dinamitou o grupo. Numa fase inicial, apenas o Freitas conseguiu corresponder. E muito bem! Mas o André, o Duarte e o Carlos Gomes «entraram» pouco depois, e logo a seguir o Jony, vindo de trás... de mim como uma bala. Galgou a desvantagem num ápice e entrou no grupo da frente, de onde começava a descair o Carlos Gomes.
Distanciado pelo grupo da frente na subida, recuperei até ao início da descida para Alverca. De resto, tal como um grupo perseguidor que contava, entre outros, com o Salvador, o Rocha, o Zé- e o Pina – que participaram nas despesas da descida, a grande velocidade (48 km/h de média), ainda e sempre sem destoar da toada dominante do dia!
Nas incidências descritas pouco ou nada mencionei, por exemplo, o Gil, o Zé- e os próprios Pina, Steven, João do Brinco, Samuel e Zé Morais, mas tive constata-se que, na generalidade, a sua boa forma contribui bastante para o que referi logo no início da crónica: para o nível médio do grupo estar alto nesta altura do ano. Infelizmente, para eles, no domingo foi, repito, daqueles dias em que se cavam as diferenças!
No próximo domingo, como é tradicional no feriado anual de Loures, vai-se a... Montejunto. Via Sobral e Vila Verde dos Francos.

sexta-feira, julho 17, 2009

Enxara do Bispo

Eis o perfil da volta do próximo domingo. Distância 105 km. Hora de saída 8h30 (BP de Loures)
O João do Brinco enviou este comentário:
«Mais uma crónica vista da frente, no entanto não foge à verdade. Gostava só de salientar que o Zé Henrique esteve presente, e nem sei o que lhe aconteceu?? Pois o empenho foi tanto que só se olha para a frente. No que toca à distancia e dureza, não se compadece com as minhas capacidades físicas, por muito que se goste de fazer as voltas todas. Nota ainda para a queda do Carlos Banana. e Para ele as melhoras. Volta depressa».
Resposta a este comentário:
Antes de mais, obrigado pelo comentário, João. Em relação à tua crítica, apenas posso referir aquilo que vejo, e como estive grande parte da volta à frente, foi aí que incidi o relato dos factos. Mas penso que correu tudo bem, e já agora, reitero que por aquilo que «vi» estás em boa forma. Abraço
O Rocha enviou este comentário:
«Queria só dizer-te (Ricardo) que a decisão que tiveste no teu blog só peca por tardia, porque, de resto, foi a mais acertada. Diálogos sem nexo só estavam a destruir aquilo que demoraste a construir, e só provocavam murmurinhos e desentendimentos no grupo. Bem, falando do que se gosta, aproveito para te dizer que domingo não fomos há clássica do cartaxo porque já tinhamos combinado (eu, Vaza e Manso) em fazer o Roteiro dos Muros, que é bem durinho como sabes. Em relação a domingo, a volta é aquela em que o ano passado apareceu o calado e o hugo é isso? Abraço»
Resposta a este comentário:
Correcto, Rocha. É a mesma volta, e deves lembrar-te bem, pois foste dos poucos que restaram connosco (eu, o Hélder Calado e o Hugo) após o Alqueidão. O Manso, creio, também. A ligação entre Arruda e A-do-Barriga (Alverca) foi bem rasgadinha. Mas não só. O Hélder e o Hugo já tinham metido ferro a volta inteira.
Ricardo Costa

quarta-feira, julho 15, 2009

Clássica do Cartaxo: a crónica


Entre virtudes e defeitos, parece haver uma qualidade unânime nas novas clássicas de 2009: o percurso. Já se tinham elogiados o traçados de Santa Cruz e do Bombarral, e creio que o do Cartaxo, corrido no passado domingo, merece iguais louvores.
As Clássicas (entre estas «novas» e as «velhas») têm por base o seguinte conceito: privilegiar o percurso, dando-lhe a exigência do relevo, selectivo mas não... demasiado, e dos quilómetros, acrescentando mais algumas dezenas às voltas domingueiras tradicionais.
Esse mesmo conceito regerá as derradeiras Clássicas da temporada, em particular, as que também serão inéditas: no dia 2 de Agosto, a que se chamava Peniche (ida e volta a esta cidade, pelo mesmo trajecto) vai ser alterada por uma etapa mais «razoável», equilibrada (mas igualmente exigente) e certamente mais interessante. Brevemente anunciada, de resto, como a Clássica de Óbidos (dia 27 de Setembro), que também tinha trajecto de ida e regresso semelhante, e que dará lugar a etapa com percurso diferente e, naturalmente, outra designação. Esperemos que reúnam o agrado da maioria.
A Clássica do Cartaxo correspondeu a todos estes pressupostos. Teve significativo número de participantes, acima de tudo, alguns bastante motivados em consequência da sua boa forma. Houve regressos e «regressados». Eis a diferença: regressos após prolongada ausência, do Capitão, por exemplo; e «regressados» ao convívio com o grupo principal, do Zé-Tó e do seu pai, do João do Brinco, do Zé Morais, do Carlos do Barro e do Samuel – embora com escolhas diversas em relação à conclusão do percurso.
Pelo seu maior destaque, saliento as prestações do João do Brinco e do Zé-Tó. Ambos com desempenho que há muito não exibiam. O João a mostrar-se mais activo que o ZT, mas este mais duradouro e persistente. O primeiro, passando amiúde e com muito contributo pela frente do pelotão numa fase de grande intensidade; e o segundo, por ter sido dos poucos elementos que fizeram o percurso completo (no seu caso, que tinham essa intenção, uma vez que foi interrompido pelo rebentamento de um pneu na descida para Alverca).
Mas esta Clássica teve mais: desde logo, muito bom andamento – média final a rondar 32 km/h. Após um início repousado (como deve ser...), a partir de Vila Franca a velocidade de cruzeiro subiu dos 30 km/h e raramente voltou a baixar. Primeiro, acelerada pela perseguição a um grupo de fugitivos que se destacou no empedrado daquela cidade: Freitas, João do Brinco, Carlos do Barro, Capitão e Salvador. Os três primeiros foram alcançados no Carregado sem grande desgaste do pelotão; e os segundos, mais empenhados, prolongaram mesmo a sua aventura até à saída do Cartaxo. Foram, aí, apanhados pelo grande grupo, que partir de Vila Nova da Rainha rolou, pela minha iniciativa, a 35 km/h de média, progressivamente reduzindo a vantagem e anulando a fuga. Além disso, desencorajou a mais iniciativas. A junção deu-se no início da variante nova Cartaxo/Aveiras e quem acabou por fechar foi o André, num «forcing» de algumas centenas de metros, que foi das fases que mais me custaram ao longo da tirada.
O meu «trabalho» na condução da coluna não se esgotava. Agora com pelotão compacto, puxei até Alcoentre, sempre em andamento certo, custando-me preciosas energias. Na verdade, submeti-me ao esforço porque me senti bem, mesmo sabendo que pagaria a factura, mais tarde, quando entrasse a fase mais dura do percurso - a partir do Carregado. Tanto mais que a forma física está longe de ser a ideal.
Em Alcoentre, após uma breve paragem para reabastecimento, houve novas situações na tirada. Enquanto acontecia o reagrupamento, o Capitão, o Salvador e o Freitas adiantaram-se ligeiramente – e quando eu e o Carlos Coelho chegámos ao pelotão, já o trio rolava com algumas dezenas de metros de vantagem, beneficiando de grande parcimónia. A liderança tinha sido entregue ao André, logo adivinha-se o empenho...
Assim, quando, enfim, se retomou marcha condigna, já o Freitas tinha deixado para trás a sua fugaz companhia, passando no alto da Espinheira com toda a distância da subida de vantagem sobre o grupo principal. Lançou-se, então, numa escapada que não teve... fim!
No pelotão, rolou-se bem, a espaços, até muito bem, com trabalho partilhado entre vários elementos que o compunham: o Carlos Coelho, o Duarte, o João do Brinco, eu e o Capitão. Fez-se uma média de 36 km/h até ao Carregado – mas sem se vislumbrar o fugitivo, o que deu ideia do que estaria a andar!
No Carregado, o grupo perseguidor ficou desfalcado. Apenas cinco elementos – eu, o Carlos Coelho, o Gil, o André e o Zé-Tó - continuaram para Arruda; os restantes seguiram directo para Vila Franca, perdendo a fase do percurso em que a Clássica fazia jus a esse estatuto.
Até já depois de Cadafais dei as últimas à frente do quinteto, e logo que o terreno empinou (e o Carlos Coelho acelerou...) ficaram evidentes as marcas de fadiga. O Carlos adiantou-se rapidamente, levando o André e o Gil na sua roda; eu fiquei para trás, na companhia do ZT.
Todavia, numa atitude de grande companheirismo, o Carlos «parou» e esperou por nós, os dois retardatários. Mesmo colocado à vontade para seguir no seu ritmo, insistiu em permanecer – quem sabe também em solidariedade com o meu trabalho anterior. Fez questão de me rebocar até Arruda, e daí até A-do-Barriga. Todos os outros seguiram o seu enorme exemplo.
Assim, a perseguição ficava altamente condicionada. E em definitivo ficou, quando o ZT rebentou um pneu em plena descida para Alverca, ficando apeado à espera de boleia... do pai.
Reduzidos a quatro, retomámos a marcha para enfrentar a última (e a maior) dificuldade da jornada: o Cabeço da Rosa. Subida muito lenta, para mim sofrida pelo cansaço que acumulava, embora com a atenuante de uma amena cavaqueira com o Carlos. Agradeço-lhe a ajuda e a simpatia.
No alto, estava o Salvador com as «últimas» do fugitivo. Segundo ele, o Freitas tinha passado há cerca de 8 minutos, em pedaleira grande. Não surpreende. Basta fazer as contas a cerca de 2 minutos que teria no Carregado – ou seja, não perdera nada ou quase nada desde a Espinheira (o que é excelente!) e acrescentar mais 3 ou 4 na paragem pelo furo do ZT. De 5/6 minutos até aos 8 referidos, são mais 2/3 ganhos entre o Carregado e o Cabeço da Rosa – o que nem sequer foram significativos, tendo em conta as grandes limitações impostas pelo meu andamento. Mas foi uma elevada performance do camarada Freitas, que atravessa, de facto, período de muito boa forma.

No próximo domingo, é a volta de Enxara do Bispo. Considero-a igualmente interessante. Falarei dela nos próximos dias. Por agora fica o percurso: Loures-Guerreiros-Lousa-Venda do Pinheiro-Malveira-Vila Franca do Rosário-Tourinha-Enxara do Bispo-Enxara dos Cavaleiros-Pêro Negro-Sapataria-Póvoa da Galega-Vila de Canas-Tesoureira-Arranhó-Forte de Alqueidão-Sobral-

Arruda-A-do-Barriga-Alverca-Vialonga-Tojal-Loures.

Distância: aprox. 105 km.

Nota: infelizmente por motivos que dispensam justificações, a partir de agora não serão permitidos comentários com publicação directa neste blog. Quem pretender fazê-los (além de todo o tipo de informações, dúvidas, etc.), basta clicar no ícone do envelope, nos finais das crónicas e enviá-los para o meu e-mail (ricardo.jxcosta@gmail.com). Também poderá enviar-me directamente, mail para mail. Só após validação poderão ser publicados, caso o autor (devidamente identificado) assim o desejar.

quinta-feira, julho 09, 2009

Domingo: Clássica do Cartaxo

No próximo domingo há Clássica. Logo, jornada com maiores exigências. É a Clássica do Cartaxo e é inédita!

O percurso é o seguinte:
Loures
Tojal
Alverca
Vila Franca
Carregado
Azambuja
Cartaxo (1ª rotunda à esq. p/ Aveiras)
Aveiras de Cima (dir. p/ Alcoentre)
Alcoentre (esq. p/ Alenquer)
Espinheira
Alenquer
Carregado (à dir. p/ Arruda)
Cadafais
Arruda (p/ Alverca)
A-do-Barriga
A-dos-Melros
Alverca (passagem pelo interior, no Bom Sucesso)
Cabeço da Rosa
Bucelas
Tojal
Loures

A distância total ronda 130 km e a hora de partida de Loures será às 8h00

sexta-feira, julho 03, 2009

Domingo: Carnota

Atenção: no alto de A-do-Barriga desce-se para Alhandra (à direita) e não para Arruda (esquerda), tendo este sido motivo de desencontro no grupo na edição do ano passado.