sábado, dezembro 24, 2011

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Crónica de Sto. Estevão

A volta do passado domingo ficou marcada pela queda do camarada Zé-Tó, à saída de Alverca, que lhe causou a fractura de uma vértebra lombar. Felizmente, apesar da gravidade da lesão, encontra-se bem e mentalizado/preparado para enfrentar um longo período de quase imobilização e de recuperação. Em nome de todos os companheiros destas andanças, fortíssimo desejo de rápidas melhoras.
À parte deste lamentável acidente, a jornada foi uma proveitosa experiência de ciclismo. Teve um pouco de tudo: pelotão numeroso, andamento moderado, andamento intenso. Chegou a rolar-se a 40 km/h a mais de 160 e também abaixo de 120 de pulso (ora à frente, ora no seio do pelotão). Mas, pare-se tudo! A 50 km/h... no plano – puxados por uma foguetão chamado Fábio Silvestre, jovem promessa do ciclismo nacional, recém-contratado por uma das melhores equipas do pelotão internacional, Leopard-Trek/Radio Shack, que nos honrou com a sua presença.
Uma experiência única, que, só por si, valeu a pena o esforço de 4 intermináveis minutos a 48 km/h e 175 de pulso de média. Impressionante a velocidade, e a ideia de estarmos a seguir àquele imposto por um veículo movido pela força humana. No fundo, uma demonstração de enormíssima capacidade atlética. Que o corredor português tenha sorte neste arranque de carreira ao mais alto nível mundial. O convite fica, para, em futuras ocasiões, voltar ao nosso convívio.
Mas os elogios não podem restringir-se ao Fábio. Seria uma injustiça a outro fenómeno da natureza: o Renato Hernandez, que não foi tão espectacular, não colocou, por alguns minutos, o andamento da estratosfera mas manteve-o, ao seu estilo, sempre vivo durante a esmagadora maioria do tempo. Com a disponibilidade de sempre, ele, sem dúvida, é a locomotiva.
Aliás, esta volta reuniu diversas «figuras» da nossa praça (ocasiões destas são comuns só no pico da época...), mas pelo que a maioria (excepção aos dois já visados) deu a parecer, cumprem escrupulosamente programas de pré-temporada e evitaram passar pela frente, tanto mais que, para tal, seria necessário estar ao nível do andamento imposto pelo Hernandez, o que - assegurou-o, porque fi-lo amiúde – implicava subir o regime cardíaco a patamares que, apenas em período de tempo muito breve, podem ser recomendáveis a esta altura do ano. Aliás, o exemplo do Fábio foi esclarecedor: curto e intenso! Quanto à locomotiva, já alguém o viu, alguma vez, passar voluntariamente a... carruagem?
As duas próximas voltas coincidem com os dias de Natal e Ano Novo, por isso, deverá haver um familiar interregno até à primeira semana de 2012, embora as voltas estejam marcadas. A próxima será a seguinte. E a inaugural do próximo ano, será, como sempre, a de Valada (Muge).
De resto, nos próximos dias será apresentado o calendário da época de 2012, com algumas novidades...                         

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Domingo: Sto. Estevão

A volta do passado domingo marcou presença apenas um pequeno grupo, um quinteto que arriscou sair para a estrada face às instáveis condições meteorológicas. E em boa hora o fez, já que, quanto ao clima, a não ser alguns pingos tímidos logo nos primeiros quilómetros, S. Pedro fez questão de dar tréguas e reteve a água lá por cima.
Por outro lado, foi uma volta subjugada ao «factor» Renato Hernandez, o que, como diz o outro, se sabe logo do que se está a falar. De qualquer modo, a locomotiva carburou em regime de pré-temporada e embora sem perder créditos, impondo o andamento em 99,9% do percurso e de em nenhuma ocasião ter descravado a talega (às tantas fiquei na dúvida se seria um 50, e se assim fosse ainda menos surpreenderia), só poucas vezes elevou o ritmo acima da fasquia do moderadamente intenso, permitindo desfrutar de longa boleia em regime de treino de aeróbio. Creio que os seus «passageiros», alguns adequando, com critério, o ritmo às suas pretensões/capacidades, de acordo os vários momentos da tirada, beneficiaram todos de uma manhã proveitosa.
As duas únicas fases de maior intensidade foram o último quilómetro da subida para o Forte de Alqueidão (de Bucelas) e na vertente oposta, desde a Seramena.

No próximo domingo, a volta é a Sto. Estevão. O percurso é sobejamente conhecido. Todavia, aqui se exibe.

quinta-feira, dezembro 08, 2011

Crónica das últimas voltas e a do próximo domingo

No passado domingo e hoje quinta-feira, feriado, realizaram-se duas voltas sob a égide do «defeso». Efectivamente, foi assim muito mais a recente do que a anterior. Esta, tradicional da Ota, e a segunda para Banavente com passagem pela estrada da lezíria até à antiga Estalagem do Gado Bravo (na Recta do Cabo).
De facto, para a Ota foi bem mais evidente o empertigamento, em especial de alguns elementos que atravessam momento de forma mais apurado ou, pura e simplesmente, estiveram mais predispostos a imprimir ritmos mais intensos em fases pontuais do trajecto. Um deles, o momento mais alto desta jornada, como habitualmente, a subida de Vale do Brejo, foi, imagine-se, «galgada» num tempo apenas 11 segundos superior à melhor passagem por ali já realizada (de 11 de Junho passado - tempo pessoal numa volta de grupo, esclareça-se). Até poderia, para alguns, o ritmo não ter sido «terminal», é verdade que já são tantas as vezes que se sobe com a faca nos dentes!, mas, afinal, o cronómetro não mente. Um dos colegas do Pedro Fernandes deu cartas no arranque fina. Por ser fino como um trepador e ter-se mostrado rápido como um sprinter numa subida de implica muito mais músculo que força-resistente, denota que tem... nível. 
Por seu turno, a volta de feriado foi novamente a rolar, mas para o Porto Alto, Samora, Benavente e atalho pela estrada da lezíria, e quase sempre ao sabor do vento: andou-se quando estava de feição, refreou-se quando estava... de banda. A excepção (com vento lateral) foi a primeira passagem na recta do Cabo, quando tomei a iniciativa de imprimir, à cabeça do pelotão, uma velocidade de cruzeiro de 35 km/h, por ser recomendável enfileirar, por motivos de segurança, naquela estrada, até aos feriados, sempre bastante congestionada.
De resto, quando o vento esteve de costas foi um deleite rolar a «bater» os 40 km/h, e ainda mais se tiver sido na... rodinha. Realce para a elogiável disponibilidade do Pedro Figueiredo e do Edgar (dos Ciclomoinas, dos quais alguns elementos brindaram-nos com o prazer da sua camaradagem nesta manhã fria e de densa neblina), que, em parceria, conduziram durante 10 km na estrada da lezíria o comboio à média de 38 km/h, permitindo aos seus «passageiros» uma excelente cruzada em bastante razoável conforto. A rapaziada, desinibida e, reforço, bastante disponível, demonstrou que chega e sobra para impor andamento num grupo que tem fama (e felizmente proveito!) de geralmente ser exigente e selectivo em relação quem o integra e mais ainda, em quem o comanda! Por isso, foi um sinal positivo, até para quebrar alguns mitos...   

No próximo domingo, as características da volta alteram-se, com a entrada em terreno mais acidentado. O percurso resume-se no seguinte: Loures-Bucelas-Sobral-Arruda-Carregado-Alenquer-Merceana-Sobral-Bucelas-Loures.             

terça-feira, dezembro 06, 2011

Feriado para Benavente - Estrada das Lezírias

A volta da próxima quinta-feira, feriado, é de Benavente - Estrada das Lezírias. Percurso totalmente plano com cerca de 90 km, para se fazer em menos de três horas. Ideal para este ainda início de pré-temporada. É o seguinte 

sábado, dezembro 03, 2011

Domingo: Ota

A volta de amanhã, domingo, é a da Ota. Início e regresso por Tojal e Vialonga (Variante). Distância: 113 km

quinta-feira, novembro 24, 2011

Domingo: Marginal-Alcoitão

A volta do próximo domingo é a da Marginal (Alcoitão). O percurso é o seguinte.

quinta-feira, novembro 17, 2011

Domingo: Santo Isidoro

No próximo domingo, a volta é a de Santo Isidoro, para as bandas da Ericeira. Vamos lá a ver se o tempo ajuda... O percurso é o seguinte.
Pontos de neutralização para (eventual) reagrupamento:
Venda do Pinheiro
Carapinheira (rotunda)
Alto de Santo Isidoro (cruzamento junto à estrada nacional)
Malveira

quarta-feira, novembro 09, 2011

Jantar de fim de temporada

No passado domingo, não pude comparecer à chamada para a volta de grupo, logo a crónica... só virtual. A não ser que entre os digníssimos participantes haja se predispusesse à narrativa. Porque há quem se ajeite e bem... Fica o repto!
Entretanto, já se aproxima o próximo fim-de-semana, infelizmente com prognósticos de mau tempo. Enfim, aguardemos... A volta é a de A-dos-Arcos, e eis o percurso.

IMPORTANTE: JANTAR DE FIM DE TEMPORADA

Convite a todos os interessados que este ano connosco «palmilharam» muitos quilómetros de estrada!
Dia 18 (sexta-feira), no restaurante Cantinho d'Arruda (perto do Sobral)
Marcações, com antecedência, na loja Pina Bike, ou através do telefone: 219820882

   

quinta-feira, novembro 03, 2011

Crónica de um feriado... torreense


A volta da passada terça-feira decorreu sob auspício de um «defeso»... musculado. Esperemos que não tanto! A ida e volta a Torres, com paragem para cafezinho, poderia ter sido inteiramente salutar se não se abrissem válvulas em determinados (demasiados!) momentos do percurso, que fizeram a intensidade subir a níveis pouco recomendáveis e a demonstrar, por outro lado, que os níveis de forma em final de temporada (quase início de próxima) estão bastante elevados. Pelo menos, a da maioria dos elementos do grupo que fez à estrada em dia de feriado e excelentes condições meteológicas para a prática da modalidade.
Com a presença do Renato Hernandez à partida havia desde logo a certeza que músculos, de facto, não faltariam. O grupo (porque não chegava a pelotão...) não se intimidou (ou, pelo menos, não deu parte fraca) e procurou passar o melhor possível a subida de A-dos-Melros, a ritmo fortemente progressivo imposto pelo ciclista da Carboom. O Ricardo Gonçalves ainda lhe fez companhia, à ilharga, mas às tantas percebeu que era dose demasiada...
Mais tarde, na aproximação ao Sobral, desde Arruda, o figurino não se alterou, agora com os desgastes infrigidos na primeira subida a causarem selecção no grupo, que chegou bem dizimado à entrada Este daquela localidade.

Até Torres, já se teve de temporizar nalguns topos (na Barreiralve, principalmente) para que alguns, já mais desgastados, não perdessem o comboio... Em Torres, sem o Renato e o Ricardo, e do Rui e do Mota, por esta ordem de «disposição» para enfrentar o regresso à base (compromisso de horário), cumpriu-se a promessa de aquecer a goela com cafeína e mandar umas larachas ao balcão.
O regresso foi menos musculado, mas nem por isso em passeio. Andamento bom à saída da cidade deu o mote para a subida para Catefica, sempre em grupo compacto e com esforços partilhados (por alguns mais disponíveis...), de tal forma que, no Turcifal, já dobrávamos o Rui e o Mota, este a cumprir zelosa gestão de energias. Dos dois RR’s, obviamente, nem sombras, embora algumas avistamentos-fantasma provassem que o cansaço não afectava a boa disposição. Ou já seria alucinação?!

Até ao início da subida para Vila Franca do Rosário rolámos a velocidade de cruzeiro bem embalada e naquelas inclinações houve tempo e espaço para diversos «clientes» mostrarem serviço. Primeiro, o António de Vialonga a liderar até à Parabólica (começo da fase mais dura), depois o Pedro da Amadora a levar até à saída de Vila Franca (sem dúvida, muito bom andamento!), passando a «bola» ao Capela, que imprimiu mais genica até ao topo do Vale da Guarda. Aí, com ele, apenas restavam eu e o Pedro, embora o Alexandre reentrasse na ligação à rampa final, onde se assistiu a uma típica aceleração de fraquinhos sem músculo: ou seja, de gente que não tem na capacidade de explosão o seu ponto forte. Os anti-sprintosos, portanto!
A partir da Malveira até Bucelas, favorecidos pela declive do terreno, finalmente deslizou-se a baixa intensidade, só se voltando a experimentar forças no «obrigatório» topo final da fábrica das rações.

A volta do próximo domingo é a seguinte.
Pontos de neutralização:
- Sobral (rotunda junto à Praça de Touros)
- Alenquer (sugerida paragem para café)
- Vila Franca (provavelmente após o... inevitável sprint)         

domingo, outubro 30, 2011

Crónica de uma fuga à antiga

Uma fuga à antiga! Ora que bela maneira de começar o «defeso»! A escapada do André e do Pedro Fernandes foi o ponto alto da volta deste domingo, que marcou a entrada no denominado «defeso» da pré-temporada, animando-a!
De qualquer modo, não foi esta que marcou, para a maioria dos participantes, os momentos de maior intensidade desta volta com relevo acessível e cerca de 120 km, que teve como epicentro o Cartaxo. O meu registo cardíaco pelo Polar não mente: foram as fases que se seguiram à anulação da fuga (após Azambuja, no topo da EN3, após o cruzamento de Aveiras, a caminho de Cruz do Campo) e entre Alenquer e Vila Franca, no regresso, duas ocasiões em que se deu, de facto, corda a alguns excessos.
Todavia, foi, como referi, a fuga duradoura e corajosa do André e do Pedro (principalmente deste, porque o André a estas aventuras chamas-lhe um figo...), como há muito não se via nesta etapas planas. Nasceu, com bastante aportunidade,
nas imediações da Castanheira, manteve-se em linha de mira do pelotão durante grande parte da sua duração, raramente ultrapassando 400 a 500 metros de vantagem, por isso, quase sempre controlada pelo grande grupo, que, todavia, nunca pôde dar tréguas. A demonstrá-lo, a média até à sua anulação (durou cerca de 20 km), foi de expressivos 37 km/h.Por isso, a iniciativa teve inteiro mérito e merece rasgados elogios.Mérito, igualmente, para a coordenação do pelotão, que geriu muito bem os esforços, embora apenas uma minoria dos seus elementos tenha contribuído efectivamente para o trabalho de perseguição. A natureza do do percurso, com longas rectas descampadas, que permitiram manter os fugitivos à vista, facilitou sobremaneira a tarefa. O objectivo, creio, seria anular a fuga antes da paragem (prevista) no Cartaxo. Aos fugitivos, faltou apenas um pouco mais.
Mas, reconheça-se, até para o André seria extremanente difícil resistir à caçada final do pelotão quando entraram os topos (suaves) a seguir à Azambuja. Talvez, por isso, tenha sido o primeiro a abdicar – e assim deixou o prémio da combatividade para o Pedro, que bem o mereceu! Está bruto, o homem!
Nota indispensável ao trabalho do Ricardo Gonçalves (Ricky): pertenceu-lhe a fatia de leão na condução do pelotão, a demonstrar que está em óptimo momento de forma.

A volta para a próxima terça-feira (dia 1, feriado) é para Torres. Percurso seguinte. Partida das bombas da BP às 8h30.

Neutralizações para reagrupamento:
- Alto de A-do-Barriga
- Sobral (jardim)
- Torres (centro: paragem para cafezinho)
- Malveira (alto de Vila Franca do Rosário)

sábado, outubro 29, 2011

Clássica Pina Pike: a crónica

A temporada 2011 despediu-se em grande com a 1ª. edição da Clássica Pina Pike, que cumpriu um percurso interessante e selectivo que serviu perfeitamente aos pressupostos do numeroso e motivado pelotão que arrancou de Loures à conquista da Serra Alta, em Matacães, e chegou, em «happy ending», no alto do Cabeço de Montachique, após 120 km de intenso ciclismo.
Mais uma vez, vários grupos e «individuais» de diversas proveniências aderiram à iniciativa, contribuíndo para reforçar o prestígio das Clássicas do nosso calendário. A todos, sincera homenagem.
De resto, o comportamento responsável, produdente e solidário de todos os participantes foi fundamental para que se cumprisse, em rigor, o andamento moderado nos primeiros quilómetros da jornada, até Alenquer, de modo a compatibilizar as diferenças de capacidade física dos intervenientes, permitindo a TODOS sentirem-se bem integrados num pelotão de nível.
De qualquer modo, não se pense que a fase inicial foi passeio. Com a ajuda do vento favorável, neste troço de 35 km atingiu-se média superior a 33 km/h – com inteiro mérito para a disponibilidade do Freitas e do Pina (grandes exemplos, em dia em que teriam presença breve), a conduzir o grande grupo sem atropelos ou nervosismos. No passo certo!
Em Alenquer, abriram-se as hostilidades, de acordo o estipulado – com o que seria previsível... O sinal de que o figurino iria mudar, e rapidamente!, foi a aproximação aos lugares de cabeça dos homens-fortes ainda no interior da cidade, sem perder mais tempo para meterem andamento selectivo no «comboio».
O primeiro foi o André, logo nos topos a caminho de Porto da Luz, a fazer a primeira selecção. O «puto» ainda se distanciou algumas dezenas de metros, mas o pelotão nunca lhe permitiu mais liberdade. Ainda eram muitas as forças de perseguição e o terreno não beneficiava os aventureiros.
De qualquer modo, na liderança das maioria das caçadas colocou-se, sem supresas, o Renato Hernandez, aqui ou ali, com a restrita colaboração. O ritmo não abrandou até a Atalaia, com o parcial desde Alenquer a subir para os 36 km/h de média. Já não era para todos, está a ver-se...
Sempre a subir, de Atalaia para as imediações de Vila Verde dos Francos, com o andamento em alta – ainda e sempre os mesmos protagonistas a «inflaccioná-lo» -, não surpreeendeu que, algures, o grupo cedesse perante apenas e só... os dois elementos que se previa serem os mais fortes: André e Renato. Distanciaram-se algumas dezenas de metros perante a imediata (e possível) reacção do pelotão, mas durante algum tempo a vantagem aumentou paulatinamente e chegou a parecer na iminência de se solidificar. Ou seja, a fuga prestes a pegar... Pensei, de facto, que a confirmar-se, estaria ali um bico de obra, uma situação que poderia a desenhar-se como definitiva. Tanto mais, que os perseguidores com capacidade para continuar a fazê-lo durante muito mais tempo pareciam estar a escassear à cabeça do pelotão.
No entanto, não houve entendimento entre o duo de fugitivos e depois de estarem controlados acabaram por ser rapidamente absorvidos depois de um esforço adicional do Duarte Salvaterra, a 65 km/h pela descida depois de Vila Verde – não voltassem os «perigosos» ter mais ideias... Estavamos prestes a dobrar a rotunda do Rodeio. Média desde a Atalaia: 36,5 km/h. O pelotão estava reduzido «à nata».
Viragem à esquerda para Torres e... vento de cara! Os ímpetos retraíram-se. O André «desapareceu» e deixou a dianteira ao Renato que, igual a si próprio, manteve um andamento moderado até Torres, com uma passagem «higiénica» pelo Sarge que não fez a «mossa» que se antevia. A média neste sector desceu para 33 km/h. (n.d.r. diversos elementos do Ciclismo2640 entram nesta ligação, entre estes, o camarada Paulo Pais, o Mário Fernandes, o Xico Aniceto, o Sérgio e o Pedrix).
Até Torres e daqui ao início da subida de Matacães (Zurrigueira), serviu apenas para reaquecer os motores antes de enfrentar o grande manjar desta Clássica - que não defraudou as expectativas!
Com o ritmo já lançado a 30 km/h em falso plano ascendente, logo que a estrada empinou, o André desferiu o seu golpe. Único, certeiro e decisivo. Levou apenas a companhia de um elemento (GesBES), com que se manteve até ao final, sem que mais fossem alcançados. Dois de outro campeonato!
Atrás, foi o desbarato total. Logo na primeira rampa pareciam setas apontadas ao céu, mas os rigores das pendentes que se acumulavam obrigou a maioria a refrear a violência com que carregavam os crenques. Permaneci, com surpresa minha, na roda do Renato – que, abrasado da Maratona de BTT de Santarém (Festibike) da véspera, teve de salvar os anéis e progredir com ponderação. Pena que essa ponderação não estivesse muito mais tempo ao alcance das minhas capacidades, e na segunda rampa da Zurrigueira tive de o largar. E fazer-me à vida, que tormenta!
Após 4,7 km à média de 4,5%, três passagens de 300/400 metros a mais de 18% e média de pulsação de 176, no alto da Ereira deparei-me na companhia do Pedrix e de outro elemento (laranja), com possibilidade de alcançar um grupo de 6/7 elementos. Ao longo da descida da vertente de Casais Brancos, até apanharmos à entrada da Merceana, tive de deixar a pele: 6,5 km a 43 km/h e 160 pulsações. Uff! E estava logo aí a longa subida para o Sobral!!
Recuperar, retemperar forças, proteger-me no semi-conforto do grupo e rezar para que este não estivesse... com ganas! Felizmente, não estava. Mas tinha elementos com enorme disponibilidade, casos do Xico Aniceto, do Sérgio (naturalmente mais «frescos») e dos Duros Vaqueirinho e Pinarello (soube depois que estes dois tinham atalhado e contornado a Zurrigueira – maldade!!).
À passagem por Carmões, avistámos o Jorge. Tinha descaído do primeiro grupo (o dos mau-maus!). Como foi possível? Estava em nítidas dificuldades, ao ponto de o termos ajudado a integrar o nosso. Onde o Pedro da Amadora estava a dar as últimas, vítima de um esvaziamento. Estes não perdoam, quando batem, deixam-nos a pé! Não me apercebi onde, mas ficou algures a caminho do Sobral e teve certamente penoso final de manhã.
Graças ao trabalho incansável dos referidos elementos do meu grupo (que era o segundo nesta fase), atingimos o Sobral com «elan», descemos a Cabeda e ligámos a Pêro Negro, onde os 2640 se despediram. Reforço-lhes o elogio: excelente trabalho desde a Merceana, que me menteve sempre no limiar anaeróbio, entre as 160 e as 170, excepto nas descidas. Valeu, malta rija do Mafra!
À chegada a Sapataria, entra o Renato que tinha parado com o Runa para abastecimento, e durante dois terços da subida que se guiu imprimi bom ritmo (ou o que podia...), apenas na derradeira fase assomando-se quem se esperava: o Hernandez.
Mas também este é... humano! No término de um fim-de-semana intenso, encontrava-se bastante desgastado e até ao Vale de S. Gião fez o favor de nos levar em conforto, ainda resistindo metade da subida final, até às mudanças bruscas de ritmo imprimidas pelos dois Duros, bem correspondidas pelo Eurico e o seu parceiro alverquense, e ainda melhor pelo renascido Jorge, que carimbou (neste grupo) no alto do Cabeço de Montachique. É assim mesmo Contador!
À nossa espera, o André (segundo o seu «relógio» há 10 minutos: não espanta!) e o Pina, que confirmou a passagem de alguns elementos do primeiro grupo perseguidor, entre eles, o Capela, que esteve em dia... sim!
Os demais chegaram a conta-gotas: alguns a queixarem-se dos valentes empenos. Mas quem não os teve!? Fazem parte. Eu tinha-o, mas também uma enorme satisfação por uma jornada de grande ciclismo!
Chegou o defeso, é hora de recarregar baterias! O ano já vai longo, e 2012 virá cheio de renovados desafios.
Média final 31,5 km/h.

Domingo entra o «defeso»

Amanhã, domingo, a volta é a do Cartaxo-Aveiras-Vale do Brejo-Ota (baptismo à pressão) e a primeira do denominado «defeso». O percurso é o seguinte (atenção: no gráfico, devido a erro informático, não está correcta a ligação entre Azambuja e o Cartaxo; e também a saída do Cartaxo em direcção a Aveiras de Cima, que se fará pela Variante, como nesta Clássica.

Os pontos de neutralização são os seguintes:

- Cartaxo (rotunda; paragem sugerida para café)

- Ota (se necessário)

ATENÇÃO: MUDANÇA DE HORA NO DOMINGO! OS RELOGIOS ATRASAM-SE 1 HORA

sábado, outubro 22, 2011

A menos de 24 horas da Clássica Pina Bike, vamos esperar que não... chova! Caso contrário, este seria um factor extremamente condicionador do bom desenrolar do evento, uma vez que há muito tempo que não há precipitação e as estradas ficariam do tipo... manteiga. Perigosíssimas! Enfim, aguardemos que não!

Por motivos de indisponibilidade, ainda não tinha tido oportunidade para actualizar a «prosa» sobre as incidências do passado fim-de-semana, em particular, o domingo «gordo». Em resumo, marcámos presença no evento do Paulo Pais (Livramento-Óbidos) - desde já agradeço o Dario pelo video! -, mas devido a outros compromissos (no meu caso), um grupo ficou-se pelo Bombarral, regressando, como tinha sugerido na véspera neste blog, por uma parte (importante) do percurso da Clássica de amanhã, com o objectivo de fazer o reconhecimento da secção nuclear do traçado: a passagem por Matacães e a Serra Alto (Zurrigueira).
Para informação a todos os participantes da Clássica, refira-se que a subida é, sem dúvida, difícil, bastante selectiva, com passagens de algumas centenas de metros a pendentes muito íngremes, claramente acima dos 15%. Sobe-se por patamares, com fases mais suaves e até a descer (num destes sectores o piso encontra-se algo degradado), e há três fortes inclinações, cada uma com cerca de 500/600 metros no máximo, mas, a maioria, bem duras. A zona é lindíssima!
Logo, na minha opinião, estaremos perante a Clássica da nossa temporada que tem a fase intermédia mais selectiva. E, por isso, recomenda uma abordagem cautelosa à fase anterior do trajecto e não menos zeloso critério na enfrentar a fase que se segue. É altamente recomendável não entrar na reserva na Zurrigueira e garantir que não se sai dela... isolado. Porque será suicídio (tentar) fazê-lo! - ou seja, procurar resistir, em solitário, à longa subida da Merceana para o Sobral e ligação final após a descida da Cabêda, ainda com os pontos quentes derradeiros para ultrapassar: Sapataria e Cabeço de Montachique.
Bom, o mais importante será desfrutar do magnífico percurso e do convívio, relembrando que, na fase inicial (como está estipulado) entre Loures e Alenquer, deve-se imprimir andamento moderado que permita cumprir a ligação sem nervosismos e promovr a sã convivência neste evento de final de época.

A hora da partida, recorda-se, é às 8h00.

Local: Posto de abastecimento (BP) de Loures
Que não chova!

sexta-feira, outubro 14, 2011

Clássica Pina Bike: o percurso!

A Clássica Pina Bike, que se realiza no próximo dia 23 (domingo), pretende ser uma referência do elevado nível que atingiram as lides velocipédicas puramente amadoras e não-federadas da nossa região. Mais que o estimulante percurso, a jornada que encerrá a temporada de Clássicas do calendário Pina Bike de 2011 terá como objectivo primordial congregar, em saudável convivência, participantes oriundos das mais diversas, grupos e equipas ou «individuais» que têm contribuído para dinamizar o ciclismo nos últimos tempos na nossa região – e cuja extraordinária evolução este evento pretende homenagear.
Por esse motivo, o trajecto da Clássica Pina Bike foi tido em especial conta (refira-se que será diferente todos os anos), integrando longa fase inicial em terreno plano, entre Loures e Alenquer (35 km), em que se pretende que o andamento seja adequado a preservar a coesão do pelotão durante o mais tempo possível, sem nervosismo e tensão que os ritmos elevados (mesmo a rolar) e os esticões sempre proporcionam. Refira-se que esta «ideia» partiu do camarada Tó Monteiros e dos seus Duros e foi muito bem recebida no seio do nosso grupo.
Como tal, conter o ímpeto da «alcateia» até Alenquer parece pretensão legítima e fácil de concretizar, sem prejuízo para o interesse e a filosofia própria das Clássicas. E partir de Alenquer, então, abrir-se-á a estrada ao ritmo livre.
O percurso segue em direcção à Merceana, em terreno ondulado, mas não se «chega» lá. Cortamos à direita no cruzamento de Olhalvo (45,5 km) e continuamos em topos cada vez mais prolongados para Atalaia (49,5 km) e Vila Verde dos Francos (55 km).
Após esta vila, passando ao lado da entrada para a subida de Montejunto, desce-se para Rodeio (rotunda, 57,6 km), voltando à esquerda para o Maxial (64 km), seguindo-se para o alto do Sarge (70,3 km) até Torres Vedras (73 km) à rotunda da A8, onde se gira à esquerda em direcção à EN9 (Ordasqueira).
Pouco depois desta localidade, sai-se da EN9 à esquerda para Matacães (atenção, cruzamento antes de lomba, com pouca visibilidade!), onde começa a fase nuclear desta Clássica, com inédita passagem pela Serra Alta (direcção Ribeira de Matacães) e o «muro» da Zurrigueira (81 km) atingindo-se o cume da famosa Ereira (84 km – a ligação vai confluir no interior desta localidade, junto às bombas de combustível, onde se vira à direita para a tradicional rampa final do trajecto habitual desta subida).
Depois, desce-se por Casais Brancos (atenção ao empedrado e curva perigosa no interior) até voltar a encontrar a EN9, em Paiol, rumando à esquerda, no cruzamento (perigoso!) para a Merceana, onde se inicia a longa subida que nos levará ao Sobral (100 km).
Nota: esta fase do percurso poderá revelar-se fundamental para encarar, em boas condições, o que ainda restará. Um desgaste descontrolado poderá invalidar a sua boa conclusão: a subida tem cerca de 10 km, não é selectiva e leva ao êngodo, por permitir «encaixar» mesmo em rodas velozes, o que leva a níveis de intensidade contínuos e elevados.
À saída do Sobral, desce-se pela Cabeda (e não directamente por Feliteira, para evitar mais um cruzamento sem visibilidade no final desta descida) até à N374, em direcção a Sapataria, Póvoa da Galega e Vale de S. Gião, aqui se iniciando a derradeira subida, para o Cabeço de Montachique (Alto do Andrade) - o grande final e local de neutralização (120 km).
Restará, então, descer para Loures e concluir a Clássica (128 km).
Refira-se que, em várias fases do percurso, há possibilidade de seguir por atalhos que encurtam a distância. Mais uma vez se recomenda que, cada participante, decida a abordagem à Clássica em conformidade com as suas condições físicas, apelando à consciência que todos (principalmente os que poderão desconhecer os «cenários» por onde iremos passar) deverão ter em relação à exigência do traçado/distância, que, sem o «factor» andamento, é perfeitamente acessível a um nível de condição física médio, desde que se adapte devidamente o esforço às capacidade próprias.
A hora de partida é às 8h00, e o local, o posto de abastecimento da BP, em Loures. A chegada, após a neutralização no alto do Cabeço de Montachique, será neste mesmo local.

quarta-feira, outubro 12, 2011

Cronica de Alenquer

Os equipamentos branco e negro eram mais que muitos, esbatendo a cor do extensa e esfomeado pelotão que se fez à estrada no domingo para a volta de Alenquer. Esfomeado, entenda-se como bem mais motivado e unido que nos últimos tempos, o que é sempre razão de elogio.


A fase inicial do percurso foi semelhante à da volta do fim-de-semana anterior (Belas) e foi abordada da mesmíssima forma: andamento moderado até passar o topo de Unhos, velocidade de cruzeiro estabilizada nos 35 km/h até Alenquer (naquele dia, a ligação pela EN10 interrompeu-se na rotunda dos Caniços, em Sta. Iria). E se há uma semana tinha sido maioritariamente o Freitas a impor o ritmo desde os primeiros quilómetros, este domingo foi o Ricardo Gonçalves que chamou a si essa tarefa, conduzindo com mestria o grande grupo, apenas a espaços curtos com colaboração (minha, do Capela, do Duarte – escassos para tão recheado pelotão). À excepção de mim, a disponibilidade dos restantes foi prova evidente de bom momento de forma.


Em Alenquer, a média fixa-se em apreciáveis 33 km/h, sem grande esforço para... os que não passaram à frente!


Após a rotunda de entrada na cidade, o Freitas tomou a dianteira e lançou a subida a um ritmo selectivo, na ordem dos 30 km/h. E logo que surgiu a primeira rampa (a mais íngreme de toda a ascensão) desmoronou-se a coluna, tocada pelo esforço adicional (e imprevisto) a que tinha sido submetida. Quando a estrada impinou destacou-se imediatamente um grupo de 6/7 unidades, de outro, de igual número, que procurou perseguir – ou atenuar as diferenças imprimindo seu próprio ritmo. No primeiro, sobressaiu o Mário Fonseca, com renovada BTT, em celebrada visita à capital com pontual regresso ao convívio do grupo que se habitou às suas façanhas com uma máquina «estranha» ao tipo de terreno. Não esteve diferente dos seus melhores dias, marcando presença na frente em todos os momentos de intensidade desta volta. Em Perrotes, não facilitou e foi dos poucos que não perdeu fulgor com a extensão imprevista (ou talvez não...) da subida. A verdade é que esta pareceu ter sido, por alguns, demasiado «atacada» no início.


Por isso, no alto as diferenças entre os que logo se adiantaram e os que geriram melhor o esforço foram quase irrelevantes. Houve, ainda, entre os que se lançaram em cavalgada madrugadora, alguns que vieram a perder bastante terreno...


A «subida» que mais surpreendeu foi a do Evaristo, que teve a ousadia de entrar com os primeiros e conseguiu manter andamento muito certo e constante até ao final. A prestação do Capela também foi positiva, mas partindo de trás, do grupo que eu integrava inicialmente para chegar ao topo a morder a roda dos mais rápidos. Já o Pedro da Amadora manteve as boas indicações da volta de Belas, e tal como o jovem João Silva, o Jorge «Contador» e o Ricardo Gonçalves, chegou entre os primeiros.


Ressalvo, igualmente, os esforços desenvolvidos pelo Alex e o Gonçalo, que se mantiveram durante grande parte da subida comigo, no grupo secundário, não perdendo muito após a necessidade de refrearem o ímpeto.


Depois da neutralização para reagrupamento e de uma ondulada ligação a Santana da Carnota, de novo... em subida. Andamento progressivo, a permitir de quase toda a gente se mantivesse perto da frente até muito perto do cume. De qualquer modo, às tantas o Duarte assumiu as rédeas e elevou o nível, abrindo a estrada para a aceleração final, em sprint, em que o jovem corredor João Silva «carimbou», após o Pedro da Amadora ter aberto as hostilidades, procurando surpreender. Todavia, era um final de subida para músculos mais explosivos.


Após a ligação ao Sobral e ao Alqueidão – esta com os mais frescos e em melhor forma a destacarem-se na subida: Duarte, João Silva, Jorge, Pedro, Ricardo Gonçalves, Capela, com este a causar impasse forçado ao furar a cerca de 300 metros do topo do Forte. Atrás, os restantes, já abatidos, não estavam para mais correrias... não houvesse ainda a descida para Bucelas como «happy ending». A média não atingiu os 50 km/h das mais rápidas, mas pouco faltou. Ainda, por cima, o grupo dividiu-se logo no início e o gato teve de se esforçar (muito...) para apanhar o rato.


No final, em Loures, a média da volta rondava os 32 km/h, fruto da motivação generalizada. Mas, contra ventos e tempestades, a verdade é que todos arrancaram juntos, fizeram-na e acabaram juntos. Ou quase...


No próximo domingo, o camarada Paulo Pais vai reunir as tropas no anual Caneira-Óbidos-Caneira (aprox. 110 km). A hora de partida é às 9h00.


PERCURSO DA VOLTA DO INFANTADO (DOMINGO, DIA 16)


Por cá, realiza-se a volta do Infantado, 100% a rolar, antes da Clássica Pina Bike, no dia 23. O percurso – que promete! – será apresentado na próxima sexta-feira.



sexta-feira, outubro 07, 2011

Domingo: Alenquer (Alto de Perrotes)

A volta do próximo domingo é a de Alenquer (Alto de Perrotes). A fase inicial do percurso é igual à da volta de Belas, do passado fim-de-semana, com passagem por Frielas, Unhos e Sacavém e ligação pela EN10, embora se continue pela EN1 até Alenquer, onde se inicia a principal subida do dia, para o Alto de Perrotes.
Os pontos de neutralização previstos são os seguintes:
- Alto de Perrotes (52 km)
- Alto de Santana da Carnota (60 km)
- Forte do Alquieidão (facultativo: 71 km)

quarta-feira, outubro 05, 2011

Crónica de Belas

Nota prévia: endereço votos de boas e rápidas melhoras ao Carlos (de Sta. Iria) e ao Cunha, que esta manhã foram vítimas de aparatosa queda no decurso do Cascais-Fátima. Apesar da imagem arrepiante, estão bem, felizmente.



A volta do passado domingo, Belas, superou as expectativas, quanto ao percurso, a adesão e o empenho dos participantes. Desde logo, em relação ao trajecto, a afirmação da sua «espectacularidade» por um dos participantes na volta que melhor poderiam avaliar do seu compromisso entre equilíbrio e grau dificuldade, o Hugo Ferro, foi o barómetro que faltava: 104 km e 1300 metros de acumulado não traduzem a exigência, mas quem conhece certamente reconhece-o como autêntico sobe e desce em forma de «parte pernas».



Para maior equilíbrio, uma longa parte inicial «rolante» (30 km), com o extenso pelotão a deslizar a uma boa média (32 km/h) maioritariamente sob o comando do Freitas, que exibiu disponibilidade inexcedível, e não apenas nesta fase madrugadora do percurso. A partir do Tojal, com a entrada nos «topos» e nas subidas, este «Pina» continuou a liderar as operações, impondo um ritmo bastante apropriado (reforce-se, apropriado!), com o pelotão bem escudado nas suas costas. De Bucelas ao Vale de S. Gião, em claríssimo ascendente, a média esteve sempre perto dos 30 km/h e, no alto, ainda em pelotão compacto, o que diz bem do nível global dos presentes, com apenas um elemento «sacrificado»: o Filipe, do Infantado.



Por ele, também eu me vi... sacrificado, fazendo a ligação Póvoa da Galega/Milharado/Venda de forma um pouco aziaga, em solitário, porque fui o único a cumprir a neutralização. Espera em vão: o homem libertou-me rapidamente por não estar em condição de acompanhar o grupo. Até à Venda, fiquei com menos energias e uma certeza: o pelotão não aliviou, pelo contrário, o andamento deverá ter engrossado! O facto de o Salvador ter descaído demonstra-o. Alcancei-o antes do ponto de neutralização, onde, então (e felizmente), todos aguardaram.



Entre a Venda e o alto da Carapinheira, os protagonistas mudaram. Assumiram-se, enfim, os trepadores. O Freitas começou a dar mostras (compreensíveis) de fadiga e foi o Hugo Ferro, o Cunha, o Capela e outros a intervirem na frente. Também à chegada à rotunda, o pelotão já mostrava sinais de menor coesão. De qualquer modo, a espera foi mínima, antes de reatar o andamento em direcção a Cheleiros.



A partir de Alcainça, um inesperado vento lateral fez-se sentir, afectando o avanço da grande coluna, onde os novos líderes continuaram a assumir as despesas. Com a entrada na subida de Cheleiros, primeiro ponto verdadeiramente selectivo do percurso, as diferenças foram relevantes. Destacou-se na dianteira um pequeno grupo composto por Hugo Ferro, Bruno Castro, Capela, Cunha, Jorge e Pedro Kuota. Atrás, eu reunia tropas do meu nível: Quim, Vidal, Pedro (Carboom) e Alex (Pina Bike). No final, ficámos com a convicção de que não fizemos uma subida que envergonhasse! Pelo contrário. Estavam estabelecidas as hierarquias para o que faltava percorrer.



Os restantes já aparentavam mais sofrimento e a maioria acabou por «atalhar» pelo eixo Pêro Pinheiro-Sta- Eulália, dando por finda a sua participação na volta – que, pela natureza do seu traçado, além da exigência física, acaba também por um interessante teste à resistência anímica. Um dos melhores exemplos disso foi o Capitão, que enfrentou, com galhardia, não menos complicada fase final de tirada nos «picotos» de Sabugo, Belas, Cabeças e Montemor.


Então, a cada inclinação mais acentuada do terreno, as águas separavam-se inapelavelmente. Os detrás, em que me incluia, sem capacidade para seguir os da frente (ainda e sempre o mesmo sexteto), concentravam-se em gerir e coordenar esforços. Os dois camaradas da Carboom estiveram em destaque, tal como o Alex, em boa forma e com uma enorme... atitude. Como ainda não lhe reconhecia! O Capitão idem... A todos a minha homenagem.



Na frente, o grupaço digladiava-se, com o Hugo Ferro e o Cunha a mostrar um must de capacidade. De qualquer modo, os demais só cediam em situações terminais – e apenas ligeiramente. Em Belas, os homens da frente tiveram de apenas refrear o andamento para que reentrássemos. Houve quem deixasse escapar alguma surpresa por nos termos despachado tão depressa, o que só abona em nosso favor. Serve como elogio «indirectos» que, quando se anda atrás, dá sempre mais algum alento...



A partir de Belas, o figurino manteve-se, embora eu tivesse experimentado uma passagem musculada pela dianteira, e logo à ilharga do Hugo(!), na aproximação a Caneças. Foi uma experiência interessante, intensa e fugaz, que serviu para sentir o gostinho dos ritmos altos de que ainda me sinto incapaz. Por isso, às primeiras centenas de metros das principais inclinações à entrada de Caneças abandonei o comboio bem embalado, e que se manteve a todo o vapor, rumo à estação final. Não sem que antes causasse uma (única) vítima na élite de seis (que já eram cinco, após a saída do Pedro da Kuota depois de Belas): o Capela, que cedeu nos metros finais, em Caneças, e ficou por sua conta...



Na abordagem à rampa de Montemor, acompanhava-me o Alex e o Pedro Carboom (creio...), mas este não resistiu ao rude quilómetro e já não estava connosco quando «encostámos» ao Capela na descida para Loures, após uma profícua colaboração... entre Pinas!



Média final superior a 29 km/h é de enaltecer.



A volta do próximo domingo é de Alenquer (Alto de Perrotes). O percurso é o seguinte. Descubram as semelhanças com o de Belas...



E recorda-se que a Clássica Pina Bike vai realizar-se no dia 23 de Outubro. O percurso (e que percurso!) será divulgado nos próximos dias.

Clássica Pina Bike: dia 23 de Outubro

O próximo dia 23 de Outubro é a data (enfim...) correcta da Clássica Pina Bike. Desculpem as «moléstias» com anteriores enganos...
Revelação do percurso nos próximos dias.

quinta-feira, setembro 29, 2011

Domingo: Belas

A volta do próximo domingo é a de Belas, uma das mais antigas mas, ao mesmo tempo, menos efectuadas do nosso calendário. E não por falta de interesse. Pelo contrário. Este ano acrescida de cerca de 30 km planos, na fase inicial (ver tabela e percurso), tem, a partir do Tojal em direcção a Bucelas (entrada no traçado original: 70 km), imparável sobe e desce... até ao último metro! Destaque para a pouco «batida» subida de Cheleiros e a ligação «parte pernas» entre Pêro Pinheiro e Belas, e as subidas finais de Caneças e de Montemor (1 km a 8%), antes de descer vertiginosamente para Loures. Conte-se com uma volta exigente, sem dúvida!

Por isso, os pontos de neutralização voltam a ser fundamentais (actualizado):
- Vale de S. Gião (rotunda)
- Venda do Pinheiro (rotunda)
- Carapinheira (rotunda)
- Alto de Cheleiros (Pêro Pinheiro)
- Belas (centro)

terça-feira, setembro 27, 2011

Oeste: a crónica

Há quem diga que a região Oeste tem os seus encantos... mesmo que, por vezes, escondidos. E não é que, quando mal se espera, ainda nos surpreende! A volta do passado domingo, para as bandas da Malveira, Torres Vedras e Mafra – no Oeste (quase) profundo -, trouxe inesperadas emoções, que (mais que) animaram o compacto e coeso pelotão de dez unidades que saiu de Loures.

Arrisco que nunca a testosterona atingiu «picos» tão elevados como nesta jornada saloia, e há ocasiões em que anda mesmo aos saltos! E não disparou pelos motivos custumeiros: o frenesim das grandes cavalgadas. Pelo contrário, a toada foi bem calma, a espaços apenas moderada para os melhores treinados e raramente fora do alcance dos que se apresentaram condicionados, de que sou exemplo. Mas há «outros» factores exógenos que fazem disparar as hormonas masculinas, está-se a ver quais. E que factores, meus amigos, que desplante, que atrevimento ainda regado por agitada noite saloia! Nada de mais ou de mal que os ciclistas, essa espécie respeitadora de brandos custumes, não soubesse controlar, e bem lidar. Sem qualquer espanto, os nossos estiveram à altura (não literalmente) das solicitações e preveniram-se de eventuais danos colaterais. Mas não sem tenaz resistência do inimigo, que parecia disposto a elevar o tom do confronto até consequências, senão últimas, muito perto de sê-las!

Os pormenores do que se passou ficam no segredo de compreensível espírito de «unidade», apenas se ressalvando que os que, por diversos e quiçá justificados motivos, deixaram de presenciar (e vivenciar) tal «experiência», algo de verdadeiramente incomum perderam...

Parante isto, (não, não me arrancarão mais nada!), diria que a volta foi monótona. Talvez, mas só por isso! Porque há muito (e descontando o trimestre em que tive ausente) não corria tão bem, em que tudo se passou de acordo com os cânones das «boas práticas» velocipédicas em grupo. Para tal, contribui a referida coesão do minipelotão (10 unidades à partida, nove à chegada com a ausência do ainda debilitado Morais, que «mandou seguir» os demais após a neutralização de Catefica).


De início, o ritmo foi tranquilo, para mim afrodisíaco (ai, ai) para tomar a liderança em toda a subida de Guerreiros – imagina-se, logo quando previa que daí dificilmente passaria integrado no grupo. Desde já agradeço aos demais elementos a oportunidade de fazer toda a volta a um excelente nível.


A máquina aguentou em Guerreiros, mas já não na subida para a Venda (Freixeira), mais íngreme e castigadora, em que «meti» rapidamente o meu andamento, observando, detrás, a tenacidade dos restantes em continuarem agrupados apesar do incremento paulatino do ritmo pelos mais disponíveis do momento. Entre os que estiveram presentes, destaco a boa forma e disponibilidade do Cunha e do Duarte, que, após o reagrupamento na Venda, fizeram uma ligação a ritmo fantástico entre a Malveira e o Turcifal, a uma média a roçar os 40 km/h, com momentos a 45 km/h, beneficiados pela quase ausência de vento. Esforço maior, só a eles coube, porque todos iam embalados nas suas rodas.


Na subida de Catefica, a minha falta de pernas voltou a manifestar-se, mas não o suficiente para demorar o grupo, a partir desta altura reduzido a nove elementos.


Tranquilamente atravessou-se Torres e desde a saída desta cidade até uma (tal) paragem (imprevista) para tomar café em Coutada, rolou-se em amena cavaqueira e... algo mais.


Regressando à estrada, deparou-se-nos Encarnação: óptimo ritmo de subida imposto, a «mielas», pelo Jony e o Duarte, a levar-nos rapidamente ao topo e a lançar-nos rapidamente para o vale da Picanceira. Uma vez na mais longa e empenhativa ascensão da jornada, o pelotão separou-se como ainda não sucedera até aí. Em dois: à frente, um grupo liderado pelo Rui Torpes integrava o inevitável Cunha, o Capela e o Filipe Arraiolos. Atrás, sem capacidade (ou interesse) de perseguição, o Jony, o Duarte e o Jorge permitiam que tanto eu como o Alex resistissemos a toda a subida. Ainda que, em ambos os (nossos) casos, com manifesta dificuldade e à custa de muito esforço – mas não demasiado exagerado.


Na rotunda da Barreiralva, altura para nova neutralização, a distância não era significativa. Mais uma prova do equilíbrio, harmonia e coesão com que se desenrolou a tirada.


Até ao final, a tradicional chegada «intensa» a Malveira, em que apenas eu claudiquei – apenas o Torpes, segundo ele, para «moralizar o seu chefe-de-fila»; e o Jony, solidário com as minhas limitações, permaneceram voluntariamente atrás -, ainda que a curta distância do pelotão. E a descida divertidíssima para Bucelas (pelo Freixial), a alta velocidade e constantes ataques, todos sem sucesso, e culminados com sprint massivo para o derradeiro topo. Tudo com cabeça, segurança e espírito aguerrido. Em Bucelas, mais cafeína, agora sem motivos externos, a não ser o adiantamento em relação ao horário previsto de passagem. Afinal, a média final superava os 29 km/h. Tranquilamente...


Para a semana, a volta é a de Belas. Excelente percurso, por caminhos pouco habituais!! Até ao final da semana, a será divulgado o seu traçado, bem como o da Clássica Pina Bike, marcada para o dia 23 de Outubro, no encerramento, em grande e são convívio, da temporada de 2011.

sexta-feira, setembro 23, 2011

Classica Pina Bike: grande fecho de temporada!

ATENÇÃO, ERRO NA DATA: JÁ RECTIFICADO!



Acertem as vossas agendas! A Clássica Pina Bike 2011 que encerrará o calendário deste tipo de voltas na presente temporada, prevista para dia 2 de Outubro, será adiada para o dia 16 seguinte, em parte, em virtude da realização, no dia 5, do tradicional Cascais-Fátima.



A primeira edição da Clássica Pina Bike (evento com traçado que será diferente todos os anos) tem um percurso aliciante, que, para já, ainda se mantém no segredo dos Deuses. A sua revelação, na íntegra, será feita em breve, neste blog, mas podemos adiantar que terá distância total de quase 130 km, com início e chegada a Loures (posto de abastecimento da BP), embora com os 10 últimos apenas de ligação (neutralizados).



A jornada, como referi, tem um percurso muito interessante, com «ponto alto» na passagem da Serra Alta, entre Matacães e a Ereira, e o seu famoso «muro» da Zurrigueira. Todavia, nesta altura ainda estarão cumpridos cerca de 80 km de um traçado que, uma vez mais, respeita a norma das Clássicas: misto com longa fase inicial plana, acentuação gradual das dificuldades e «grande» final! - no Alto do Andrade, vertente do Cabeço de Montachique.



Em breve, todas as informações sobre o percurso e horário.

quarta-feira, setembro 21, 2011

Domingo: Oeste

A volta do próximo domingo é a do Oeste, um prato bem condimentado, bem conhecido e que não prevê digestão fácil. Por isso, mais do que moderada deglutinação - entenda-se andamento -, impõem-se neutralizações para reagrupamento, importantíssimas para reunir maior número de comensais... durante mais tempo.
Pontos de neutralização para reagrupamento previstos:
-Venda do Pinheiro (alto da Freixeira)
-Catefica (rotunda da A8)
-Murgueira (café junto à estrada)


















segunda-feira, setembro 19, 2011

Crónica de Montejunto (Pragança)

O meu regresso às lides do grupo, após prolongada ausência foi do tipo, toca e foge. Ou melhor, toca e fica... logo pendurado! E nas primeiras dificuldades. Mais do que seria previsível, estava previsto. Além da completa incompatibilidade entre a minha condição física e o nível minimamente exigível para integrar, a «tempo inteiro», uma volta do grupo, o percurso era altamente selectivo. Nada menos que Montejunto, por Pragança. Olha que oportuno!


De qualquer modo, esta breve aparição – esperemos que seja, definitivamente, para retomar, devagarinho... – serviu, acima de tudo, para matar saudades do convívio com o pelotão, do matraquear dos carretos, dos esgares de esforço, da amena cavaqueira, ainda que debaixo do silvo do vento quase ciclónico que soprava na longa ascensão do Forte do Alqueidão. Factor que ajudou a precipitar o meu abandono, por alturas de Arranhó, altura em que não resisti à minha incapacidade actual de atender uma chamada e de manter o ritmo de um grupo de bom nível que começava a aquecer motores após alguns impasses iniciais devido a furo antes de Bucelas.


Ressalvo, a presença dos Duros do Pedal, do camarada Tó Monteiro, de alguns dos mafrenses do Ciclismo 2640, entre os quais o Xico Aniceto, o Sergio e o Pedrix (por relato de terceiro, já que não cheguei a durar até à sua entrada), e ainda do Vítor Mata-a-Velha, que, pelo segundo fim-de-semana consecutivo, veio ao nosso encontro (integrou a equipa Pina Bike no recente contra-relógio por equipas, Alverca-Reguengos).


Mas também alguns de habituais nas andanças domingueiras do nosso grupo, casos do Jorge «Contador», Alex, Cunha, Jony, Nuno Garcia, Capela, André, David, entre outros. Todavia, estes foram escassos, quando comparados com adesão massiva dos homens do conjunto de Algueirão – como é habitual e de louvar, não só quando jogam em casa, mas, principalmente, sempre que se deslocam a outro reduto. Eis grande exemplo para outros grupos!


Sobre as incidências da volta, sei pouco. E apenas, uma vez mais, por relato de terceiros, que a volta foi marcada pela oposição do vento e que a subida a Montejunto, pela dura vertente de Pragança, terá sido interessante, bem atacada por todos, mas naturalmente com os trepadores mais conceituados a imporem os seus galões, acompanhados dos restantes que se apresentarem em forma.


Espero na próxima crónica – já na jornada de domingo que vem - possa chegar um pouquinho mais longe no relato... Seria bom sinal!

sexta-feira, setembro 16, 2011

Domingo: Montejunto (Pragança)

No próximo domingo, dia 18, realiza-se a volta de Montejunto (Pragança), uma das jornadas mais emblemáticas do nosso calendário, com um percurso exigente que tem como principal «ponto quente» a subida mítica a Montejunto pela «rude» vertente de Pragança: 6 km a 7,5%, com a famosa rampa dos 15%.
A partida de Loures é às 8h30 (não é uma Clássica!) e o traçado, com 130 km, é o seguinte (clicar). Nesta volta teremos a companhia sempre apreciada dos camaradas dos Duros do Pedal. Recebam-nos como merecem...

Nota: homenagem à excelente prestação da equipa Pina Bike no recente contra-relógio Alverca-Reguengos (domingo passado). A formação composta por 11 elementos - incluíndo alguns outsiders de indiscutível mais-valia, como o caso do camarada Vítor Mata-a-Velha (bem haja!) -, e superiormente liderada pelos nossos homens-fortes, os mais assíduos e nucleares na estrutura do grupo - caloroso cumprimento para Pina, Freitas, Salvador, Alex, Gonçalo, Capitão, Zé Henriques, Evaristo «Fraquinho», entre outros -, realizaram a excelente média de 38 km/h, o que demonstra, além de elevado momento de forma individual, o colectivismo indispensável a esta especialidade do ciclismo. A todos, e aos que a cada domingo contribuem para o grupo Pina Bike continue a ser uma referência do ciclismo amador da nossa região, os meus parabéns. Espero, em breve, regressar ao vosso convívio.

quinta-feira, setembro 08, 2011

Clássica dos Campeões adiada

Por motivos a realização do contra-relógio colectivo Alverca-Reguengos, no próximo domingo, a Clássica dos Campeões, calendarizada para essa data, será adiada.

quinta-feira, agosto 25, 2011

Domingo: Ericeira (Carvalhal)

A volta do próximo domingo, dia 28, é a da Ericeira (Carvalhal), com o maior ponto quente na «dura» subida do Carvalhal (para Igreja a Nova). Mas é apenas o maior, pois os restantes pontos de interesse da tirada ada têm de mornos e são mais que muitos...
O percurso é um verdadeiro sobe e desce que tem na Ericeira, digamos, um mero ponto de passagem para relaxar por instantes e ver o mar... Desde já se antecipa que o nível do traçado é bastante exigente...
Sem dúvida, uma das voltas mais difíceis e espectaculares do nosso calendário!









sábado, agosto 20, 2011

Domingo: S. Julião

A volta de amanhã, domingo, é a de S. Julião (Parque Eólico)






quarta-feira, agosto 10, 2011

Clássica de S. Romão

No próximo domingo realiza-se a Clássica de S. Romão, com percurso que desde já classifico de bombástico! Simplesmente esmagador... São quase 126 km, num misto de planície e subidas altamente selectivas, com destaque para o «muro» da Ota, para Bugarréus; e o Alto do Agruela, de Vila Franca (a conhecida subida do hospital), antes de atacar a ascensão final, ao santuário de S. Romão (Trancoso/Lameiro das Antas), a partir de Alhandra- ponto culminante da tirada. Imperdível a , mas apenas ao «alcance» dos que estão em grande forma.
Hora de partida: 8h00
Local: Posto de abastecimento da BP (Loures)
Para visualizar percurso, clicar

sexta-feira, agosto 05, 2011

Domingo: Santana da Carnota

No próximo domingo, a volta é a de Santana da Carnota.



sábado, julho 30, 2011

Amanhã (dia 31): Carvoeira (Sra. do Ó)

A volta de amanhã, domingo (dia 31) é a da Carvoeira (Sra. do Ó).
O percurso e, em especial, a longa e inconstante subida da Sra. do Ó (Carvoeira) para Mafra são fantásticos...

quinta-feira, junho 23, 2011

Roteiro dos Muros fantástico; Clássica do Bombarral no domingo

O Roteiro dos Muros preencheu, uma vez mais, uma manhã extraordinária de ciclismo. Excelente grupo, recheadíssimo de trepadores, e alguma gente com créditos firmados na matéria. Acima de tudo, empenho, coragem, espírito de sacrifício e companheirismo. A minha homenagem a todos os participantes e, em especial, aos que, comigo, concluíram o clássico trajecto dos 13 «muros: André, Jorge «Contador», Carlos Cunha e Pedro «ex-Kuota»

E não há tempo para «desaceleramentos» (como diz o outro), pois já no próximo domingo há Clássica do Bombarral. Uma opinião pessoal: o percurso é fantástico (ver em cima), mas exigente... Partida de Loures (BP) às 8h00. Façam-no por mim, que estarei retirado algumas semanas, a... banhos.

domingo, junho 19, 2011

Rescaldo de Sintra e Roteiro dos Muros

Este domingo, realizou-se a volta de Sintra, Lagoa Azul.
Pelotão com poucas mas abnegados ciclistas, ritmo intenso, de muito bom nível, a colocar a média final nos 31 km/h - que, numa volta com este perfil, é assinalável. Subidas «atacadas», a ritmos elevados, e só o exigente encadeamento Lagoa Azul-Cabo da Roca fez diferenças mais significativas, entre dois pequenos em que se dividiu o pelotão na Lagoa Azul.
«Caliente» chegada a Sintra, com o Pedro ex-Kuota, agora Cannondale, a «carimbar» e a mostrar que a troca de montada constituiu, também, um up-grade ao seu rendimento.

Excelente preparação para o Roteiro dos Muros, na próxima quinta-feira.
Partida das bombas da BP, em Loures, às 8h00
O percurso tem 98 km e 13 célebres subidas. Para se irem riscando, conforme se forem ultrapassando, a aqui fica a lista:
1ª Serra da Alrota
2ª Bucelas (antenas)
3ª Santiago dos Velhos
4ª N. Sra. da Ajuda
5ª S. Quintino
6ª Casais de S. Quintino
7ª Molhados (Sapataria)
8ª Charneca
9ª Choutaria
10ª Alto da Urzeira
11ª Monte Gordo
12ª Salemas
13ª Ribas de Baixo (Fanhões)

Nota: esta é, por excelência, uma prova de superação extremamente exigente. A todos os participantes ressalva-se a importância de adequarem o seu ritmo às suas capacidades. As boas sensações que se poderão ter na primeira fase não, de todo, são fiáveis - a qualquer momento, tudo poderá mudar. É assim neste tipo de percurso, em que, ora se sobe (e de forma geralmente abrupta) ou se desce... da mesma maneira.
Como é tradicional, esta é uma prova marcada pela filosofia de interajuda, de incentivo. Durante o maior número de subidas deve respeitar-se neutralizações no alto para reagrupamento de eventuais retardatários. De qualquer modo, igualmente a estes se pede que tenham noção que não podem «atrasar» demasiado e sistematicamente os demais, bem como o normal desenrolar do evento. A todos, pede-se a consciência que, a qualquer momento, poderão ter de abdicar e seguir em autosuficiência, ou até, naturalmente, optar por não prosseguir.
O Roteiro dos Muros tem a sua mística muito especial - iremos respeitá-la e perpectuá-la!

sexta-feira, junho 17, 2011

Domingo: Sintra (Lagoa Azul)

Eis o percurso da volta do próximo domingo, Sintra (Lagoa Azul)

* e não esquecer: na quinta-feira Roteiro dos Muros. Info em breve





quarta-feira, junho 15, 2011

Crónica da Serra já disponível

A crónica da inesquecível edição de 2011 da Clássica da Serra da Estrela já está disponível em http://www.classicaserradaestrela.blogspot.com/
A todos os participantes, a merecida homenagem!

Entretanto, na passada semana e fim-de-semana, acumularam-se muito quilómetros, de treino e em saídas de grupo. Na sexta-feira, dia 10, bem composto pelotão fez a volta da Ota, a um ritmo muito bom, mas sem esticões e acessível à maioria - com oportunidade para «forçar» nos pontos apropriados. O único neste percurso é a «famosa» subida do Vale do Brejo, que foi realizada em tempo recorde (pessoal): 4m02s. Depois de um excelente trabalho do Carlos Cunha na ligação desde a Ota, passei a imprimir o ritmo, lançando a aceleração final. O Jorge «Contador» foi o mais rápido, destacando-se algumas dezenas de metros (e assim fez tempo ainda abaixo daquele que referi), mas teve o surpreendente Zé-Tó, a vir de trás, e a acabar a morder-lhe a roda. Como há muito tempo (anos!) não se via...
Depois, no regresso, os «limitados» em horário que prescindiram de paragem para café em Aveira de Cima imprimiram um andamento muito bom, com médias impressionantes: De Aveiras ao Carregado: 41,5 km/h; do Carregado a Vila Franca (calcule-se!), 43 km/h!

No domingo seguinte, cumpriu-se a volta da Abrigada dentro do mesmo registo: ritmo bom, mas certo durante a maior parte do percurso, a permitir ao imenso pelotão manter TODAS as unidades. Ressalvo a presença de alguns elementos que se têm tornado hábito não acompenharem o grupo principal e que estiveram de «corpo inteiro» nesta volta. De resto, só a partir da Merceana para o Sobral, e depois do Sobral para o Forte do Alqueidão, seguindo de descida alucinante para Bucelas, marcaram intensidades altas - mas ficou bem provado que este é o período em que o nível global do grupo está mais alto. Isso só contribui para que as voltas sejam mais concorridas... e os participantes se envolvam mais.
No domingo, há um bom pitéu: Lagoa Azul (Sintra). O percurso é bem conhecido, mas em breve será aqui publicado.
E marquem já nas vossas agendas: na quinta-feira, dia 23, feriado nacional, estão todos convocados para a edição de 2011 do celébre Roteiros dos Muros. Mais informações nos próximos dias.

quinta-feira, junho 09, 2011

Amanhã, feriado, volta da Ota

Amanhã, sexta-feira, feriado, haverá volta. A da Ota. Partida de Loures às 8h30.

Percurso: Loures-Tojal-Vialonga-Alverca-Vila Franca-Carregado-Alenquer-Ota-Vale do Brejo-Aveiras de Cima-Aveiras de Baixo-Azambuja-Carregado-Vila Franca-Alverca-Vialonga-Tojal-Loures.

sexta-feira, junho 03, 2011

quarta-feira, maio 25, 2011

Domingo: Carmões

No próximo domingo, a volta é a de Carmões, na sua versão mais «elaborada». O percurso ao lado.
nota: para os mais distraídos, recorde-se que estamos a menos de semana e meia do grande repto da temporada - ou, pelo menos, da primeira metade, porque ainda haverá muitos mais desafios por desbravar no ano. Refiro-me à 2.ª Clássica da Serra da Estrela, no próximo dia 4 de Junho, na Covilhã. Pelos ventos que sopram de vários quadrantes, o entusiasmo é crescente para o ataque à Torre pela interminável subida de Seia.

ATENÇÃO: os balneários no final do evento serão, como no ano passado, os do Complexo Desportivo Municipal da Covilhã (estádio). Eis o trajecto desde o parque de estacionamento do Pingo Doce/Mc Donald's (local de concentração, partida e chegada).

(todas as informações (actualizadas diariamente até ao dia do evento, em http://www.classicaserradaestrela.blogspot.com/)

sexta-feira, maio 20, 2011

Domingo: À Volta da Serra

Domingo, a volta é... À Volta da Serra. Eis o percurso

sábado, maio 14, 2011

Domingo: Barril

A volta do próximo domingo (dia 15) é a do Barril. O percurso interactivo é o seguinte:




quinta-feira, maio 05, 2011

Domingo: Clássica do Cartaxo

No próximo domingo (dia 8) teremos mais uma Clássica, a quarta da tempoada 2011: Cartaxo!
O percurso é o que foi realizado em 2009 e 2010
O horário de partida de Loures (BP) é, como habitualmente, nas Clássicas, às 8h00!

sábado, abril 16, 2011

Domingo: Ereira

Amanhã, domingo, a volta é a da Ereira. O percurso.

sábado, abril 09, 2011

Domingo:Clássica de Santa Cruz - 8h00

A Clássica de Santa Cruz 2011 realiza-se amanhã domingo. O terceiro evento do género nesta temporada tem partida e chegada a Loures (posto de abastecimento da BP, junto ao nó da A8) e distância de 125 km, com partida às 8h00

A Clássica de Santa Cruz tem um percurso muito interessante, suficientemente exigente. A morfologia do percurso desta Clássica nada tem a ver com o das anteriores já realizadas este ano (Santarém e Évora). Obviamente, é mais acidentado, com sucessão de subidas dignas de registo, como são os casos do Forte de Alqueidão (de Bucelas), Encarnação, Picanceira, Gradil (vertente Oeste) e Vila Franca do Rosário.

Como nas anteriores edições desta Clássica, a tirada será NEUTRALIZADA à chegada à MALVEIRA (km 103,3 - rotunda do nó da A21 Malveira-Ericeira), no final da subida de Vila Franca do Rosário, após o que se seguirá a conclusão do percurso estipulado até Loures. A neutralização tem como objectivo zelar pela segurança dos ciclistas – em especial no atravessamento sempre muito congestionado da Malveira e Venda do Pinheiro; e já perto do final, de Pinheiro de Loures e Barro - e não pressupõe, forçosamente, paragem para reagrupamento de elementos retardatários.




domingo, abril 03, 2011

Clássica de Évora 2011: a crónica

Um ano depois de a Clássica de Évora se ter «nacionalizado» - mercê de pontual integração no Desafio Audax da Federação de Cicloturismo –, o regresso às origens locais trouxe ao evento a confirmação de um estatuto intermédio: regional. Pelos indicadores verificados no domingo passado – mais de sete dezenas de participantes, responsabilidade colectiva pela segurança, velocidade, competitividade, desportivismo -, não parecem restar dúvidas de que a «nossa» Clássica das Clássicas reforçou saudável processo evolutivo, sem «muleta» federativa.

Outra prova da projecção e do interesse crescente desta tradicional jornada primaveril de ciclismo puramente amador, organizada pelo grupo Pina Bike, é a adesão cada vez maior de participantes de elevado nível (sem qualquer desprimor dos menos treinados; trata-se apenas de um indicador), facto que não deixa de ser curioso, tratando-se, indiscutivelmente, de um percurso acessível – em distância e desnível acumulado -, em que as superiores capacidades físicas dos atletas não sobressaem (tanto…) como noutros traçados com relevo mais acidentado e/ou maior quilometragem. A verdade é que, embora havendo protagonistas a destacar entre o extenso grupo que partiu de Loures (sob ameaça de chuva que, felizmente, não se confirmou), cada vez mais «gente que anda bem» adere a esta Clássica que tem vindo, ano após ano, a diluir as diferenças entre participantes. Pela terceira edição consecutiva, o evento teve final em pelotão compacto (cerca de uma vintena de ciclistas), ao sprint.

Antes de passar à habitual crónica, um ponto prévio: em resposta ao repto deixado pelo camarada Carlos Cunha em recente comentário, vou procurar voltar «ao registo antigo», empregando um tom mais opinativo, crítico, quiçá acutilante. Comprometendo-me mais, pois claro! Por isso, aos mais susceptíveis, peço que relevem a importância das minhas afirmações, porque, naturalmente, não passam disso mesmo... A ver.

O arranque da descrição pode, desde já, ser controverso. Creio que não! Tomei a decisão de destacar o «resultado final» da Clássica, sem olhar aos meios. Ou seja, valorizando a vertente competitiva. Por isso, dedico mérito maior ao Freitas (Pina Bike), que teve uma prestação perfeita para os seus assumidos intentos: ser o primeiro a cruzar a «passadeira» de meta, em Évora. Para tal, comportou-se como um verdadeiro sprinter, protegido durante todo o percurso (apesar de envolvido em queda) para surgir nos últimos metros a fazer a dificílima diferença para os demais, aplicando superior velocidade terminal, a sua explosão muscular.

Reforço: conseguiu o objectivo a que se propôs (reforço) e isso é indiscutível. Reforço ainda mais: as Clássicas não têm fins competitivos, mas há entre a elite de participantes quem procure ser o primeiro. Certamente, a maioria dos ciclistas que integravam o grupo principal à chegada ambicionava esse feito, mas sabia que só um poderia atingi-lo. Prova disso, o sprint massivo, concorrido e vigoroso!

Mas a história desta Clássica começou a ser ganhar contornos ainda na ponte de Vila Franca, quando o Hugo Ferro (Carb Boom), depois de passar o incómodo empedrado «dinamitou» o pelotão pela travessia acima. A velocidade a subir roçou os 40 km/h e a embalagem da descida mais de 70 km/h: dá para ter uma ideia! Foi o mote para disparar o ritmo da Clássica: a partir daí, o comboio nunca mais abrandou – e já vinha a cumprir a média muito simpática de 35 km/h...

Quem começou a meter «lenha», não posso precisar (eu estava longe da cabeça do pelotão), mas apercebi-me que por lá passaram alguns elementos da Carb Boom, talvez mais amiúde o Hugo e certamente já o Renato Hernandez, a irresistível locomotiva desta Clássica. Sobre o desempenho deste, todos os elogios não chegam, podendo resumir-se, para quem o conhece, numa frase esclarecedora: foi ao seu melhor estilo (ponto!).

Não sei se foi por alturas da passagem pela recta do Cabo, se um pouco mais à frente, o certo é que ele tomou o comando do imenso grupo e foram poucos os que ousaram (sequer!) partilhá-lo. Foi assim até Montemor! E mesmo depois, só rendido ao cansaço e à dureza dos ataques sucessivos, se viu forçado a baixar a guarda. Até então, rendê-lo foi impossível; ir simplesmente ao seu lado era demasiado castigador! Opção mais coerente: deixá-lo na sua tarefa hercúlea e continuar a rolar, na sua roda, a mais de 40 km/h na planície. Não será exagero considerar que a média final, superior a 39 km/h em 135 km, podia ter sido ele a estabelecê-la… em contra-relógio individual!

Mas houve quem não estivesse pelos ajustes. Quem? O João Aldeano, pois claro!, presença destacada na edição de 2011. Antes do Infantado, lança um ataque e ganha cerca de 200 metros. Mas só: o Renato não lhe permitiu mais liberdade. Houve quem discordasse, que devia tê-lo deixado ganhar terreno, criar a ilusão da fuga para o desgastar. Afinal, era um dos homens fortes, dos mais «perigosos». Não foi isso que aconteceu. Nem mesmo quando o Duarte (com as cores Pina Bike – dá para repetir!?) se juntou a ele, saltando bem nas barbas do pelotão. Não era para todos. Coisas de Masters…

Durante cerca de 5 quilómetros, o duo não teve mais de 300 metros de avanço do pelotão, sempre à vista (e como isso é importante para quem persegue...). O Renato foi tendo ajuda, principalmente do Hugo (Carb Boom), mas pertenceu-lhe sempre as maiores despesas. Até que a fuga foi anulada... coincidindo com a grande queda da jornada que envolveu meia dúzia de ciclistas, numa rotunda escorregadia, felizmente sem consequências graves. Apesar de algumas escoriações, todos os acidentados puderam retomar.

Montemor

Pelotão novamente compacto e a impressão geral que não havia possibilidades de escapar enquanto o Renato tivesse força (aquela toda...). Foi assim, mesmo depois de Pegões e a entrada em terreno mais ondulado (o vento favorável também foi seu bom aliado), prosseguindo até à famigerada subida de Montemor – por que todos esperavam...

Andamento rijo imposto pelo Aldeano e pelo Renato, mas suficientemente acessível aos mais fortes. Muitos! Creio que havia «espaço» para experimentar ataques, mas ninguém tomou a iniciativa. Certamente, estaria condenada ao malogro. O «Mata a Velha» ainda passou no alto com cerca de cinco metros de vantagem, sem grande esforço para o próprio e com total permissão do pelotão. Não seria ali, a 30 km de Évora, que as principais figuras iriam jogar os seus trunfos.

Mas também não foi muito mais adiante... Num dos topos à saída da cidade o Aldeano arranca, forte, decidido a fazer estragos. Quiçá a provocar um corte decisivo no grupo. Quebrava-se, finalmente, a ordem imposta pelo Renato, que partir daí sentiu muito mais dificuldades para manter o controlo das operações (entenda-se, a impor o ritmo). E não foi por não ter tentado… O protagonismo que exacerbou durante 100 km faltou-lhe nos derradeiros e decisivos 30. Com toda a naturalidade. Não é um reparo, muito menos crítica, apenas o desejo de saber se aquela força colossal, que parece inesgotável, teria capacidade de «triturar» a concorrência. Noutro tipo de terreno, estou convencido que sim. Talvez, já numa próxima Clássica…

Voltando à estrada: respondi, de pronto, à iniciativa do Aldeano e cheguei à sua roda nalgumas centenas de metros a grande intensidade. Uff… Mas, tal como eu, chegou a reboque todo o pelotão – ou o que já dele restava... Com isso, o Master abdicou, mas não voltou ao conforto do grupo, estava empenhado em desgastar, desgastar... e meteu o ponteiro muito acima dos 40, por vezes, 50... e tal! O Tiago Silva e o seu compadre Dario cooperaram. O primeiro estava a confirmar excelente prestação na segunda parte do percurso e o Dario o seu muito momento de forma.

E eis que, num dos topos mais extensos, houve uma movimentação estranha, casual, que deixou à frente do pelotão uma mancha amarela e negra: os Duros (Hélder e Francisco) e os Ciclomix (Hugo Arraiolos e Feijão). A situação foi bem aproveitada por ambas as formações, que lançaram pouco depois ataque forte, por intermédio do Hélder e do Feijão. Ao que o Francisco procurou juntar-se, com muito esforço e em vão (refira-se que estes dois Duros estiveram mais discretos que na Clássica de Santarém, pelos vistos porque iriam regressar a Loures de… bicicleta, mas acima de tudo pelo «factor» Renato-Aldeano).

Esta iniciativa também foi sol de pouca dura. Eu voltei a assumir as despesas à frente do pelotão, agora levando o Freitas na minha roda. A partir desta altura não podia haver descuidos, nem espaço aos mais fortes. De qualquer modo, quem fechou os últimos metros foi o Tiago Silva, igualmente a rebocar uma coluna que se formara atrás de si.

Até final, foi só… guiar, nada mais havia a fazer para tentar escapar ao grande grupo lançado a velocidade «pornográfica». A média entre Montemor e Évora foi de 43,2 km/h!, para um registo total de 39,4 km/h. Digno de provas de elite.

Na aproximação à chegada, o sprint foi antecipado – ainda a cerca de 500/600 metros do final, motivado pela necessidade de resposta a uma última cartada do Aldeano, sorrateiro junto à berma. Ganhou preciosos 10/15 metros sobre a cabeça do pelotão e parecia conseguir resistir à perseguição.

Disse quem o conhece das lides da competição, que é uma movimentação habitual do João que, por vezes, surpreende toda a gente, obrigando a um sprint menos clássico. Como neste caso, que quase resultava não fosse o derradeiro golpe de força do Freitas, explosivo e muito mais defendido ao longo de toda a jornada, e lançado a grande velocidade pelo seus «co-equipiers», com destaque para o Rui Torpes. São assim os finalizadores natos.

ATENÇÃO: No próximo domingo, Clássica de Santa Cruz (espectacular em 2010!!).

Partida de Loures: 8h00

Mais informações nos próximos dias