quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Domingo: Carvoeira (Sra. do Ó)

A volta do próximo domingo é a da Carvoeira (Sra. do Ó), com «epicentro» na interessante subida desde a Carvoeira até Mafra (centro). O percurso, de cerca de 95 km, como qualquer traçado na zona oeste, é desnivelado. Grau de dificuldade... longe de ser baixo!

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Crónica de Santiago dos Velhos

(Parece) redundante afirmar que nesta pré-temporada o nível global da rapaziada (parece) está num ponto de elevação que (não parece, é verdade) sem precedentes nos últimos anos. Por diferentes motivações e objetivos, na globalidade, os participantes nas voltas domingueiras têm evidenciado os resultados de exponencial empenho nos treinos semanais. Sem falsas modéstias ou jogos escondidos, admito fazer parte deles! E muito devo ao estímulo e a motivação ímpares transmitidas pelo meu colega de treinos madrugadores: o Jorge.
Depois dos indicadores prestados no primeiro mês de 2012, fevereiro tem confirmado esse apuro de forma generalizado, mas ainda mais nos ainda mais aplicados. A volta de Santiago dos Velhos seguiu-se a uma bastante animada de Manique do Intendente e foi a mais exigente e seletiva já realizada este ano, a contar para o nosso calendário. E se, na primeira, privilegiou os roladores de exceção, que confirmaram os seus créditos, na segunda, mais que propriamente trepadores, sobressaiu quem está realmente em melhor forma. Foi o primeiro grande indicador a sério para o momento da época.

À nossa espera estava um extenso pitéu, com subidas e descidas para todos os gostos. De terreno plano, muito pouco! Assim, depois do andamento moderado, ideal para aquecer os motores, de Loures até ao início da subida da Venda do Pinheiro (por Guerreiros e Lousa), este trouxe as primeiras intensidades da jornada. E logo grandes! Tempo-canhão entre os primeiros, sem reservas ou poupanças. E desde logo uma profunda seleção no pelotão, entre os mais empenhados (a cumprirem plano de treino estabelecido e/ou a colocarem-se à prova) e os que ainda estão algo distantes de tais capacidades e ambições.

Nesta primeira subida, da Venda, a mais curta mas mais íngreme (2,1 km a 7,5%) destacou-se o grupo que acabou por cumprir a maioria das restantes na referida toada. A saber: Hugo Ferro e Bruno Castro (Carboom), Ricardo Gonçalves, eu, Jorge e o Pedro (Odivelas). O «trepador» (de facto!) mostrou estar alguns bons furos acima dos demais, que procuraram nele uma referência de andamento.
Foi o que sucedeu, durante a longa e irregular subida de Santiago dos Velhos, depois de o próprio ter atacado muito cedo, no final da rampa (de 1 km), a seguir a Bucelas. Arrancou e cavou imediatamente uma vantagem que oscilou entre os 100 e os 200 metros em toda a ascensão, enquanto os perseguidores (os demais já referenciados) se iam «consumindo» um a um, resistindo, no final, àquela distância máxima apenas eu e o Bruno. Em seguida, a conta-gotas, surgiram os restantes, e só alguns bons minutos depois o «grupetto» com cerca de 15 unidades. Tranquilamente... 
De qualquer modo, para estes elementos acabavam aqui as poupanças, uma vez que, imediatamente a seguir, no setor final subida para o Forte do Alqueidão (de Arranhó), contra um vento castigador, revelaram muito maior abnegação em seguir o andamento dos primeiros. Por isso, no Sobral, o pelotão estava compacto. Ou quase. Neste: Jony, Pina, Alex, Felizardo, Vieira e Jorge Damas marcaram presença.

E fizeram o mesmo na ligação a Arruda e aos Cadafais, em ambiente de relaxe e amena cavaqueira, a saborear a manhã solarenga, quase primaveril, antes de se enfrentar novo «prato» do dia: Santana da Carnota. Primeiro troço em suave pendente, mas a bom ritmo, pautado quase sempre pelo Hugo Ferro, a que apenas a espaços, tanto eu, como o Jorge, emprestámos algum contributo. O pelotão preservou a maioria dos seus elementos até ao início da secção final (3 km), para o alto do Casal do Vento, ainda e sempre com o Hugo a meter o passo e a aumentá-lo em cada vez mais árdua progressão. Até que, ele próprio, lançou uma vez mais um ataque, à semelhança do que fizera em Santiago dos Velhos. Desta vez só marcou distâncias à segunda tentativa e não partiu isolado, mas na companhia do seu colega de equipa e de treino, Bruno Castro, também em excelente forma na iminência do início da temporada de maratonas de BTT. Os dois distanciaram-se cerca de 50 metros e consolidaram essa vantagem já depois do final da subida, para um duo de perseguidores constituído por mim e pelo «Ricky» Gonçalves, outro ciclista em nítido ascendente. A situação de ratos e de gatos manteve-se até ao Sobral, a muito boa intensidade, e sem que os roedores fossem alcançados. Para mim, era a segunda perseguição infrutífera do dia! Mas igualmente boa. O meu parceiro não concordava. «Boa, boa era se os tivéssemos apanhado!».

Finalmente, após novo reagrupamento, restava a subida da Seramena para o Alqueidão. E desta vez, para quase todos já foi a fadiga a pesar na decisão de fazê-la ainda a um andamento intenso. O Hugo convidou-me a segui-lo na sua roda e eu aceitei. Agora sem esticões, garantiu. Mas não invalidou de me ter levado ao limite para não o largar, em mais uma extraordinária «série»... quase a ver estrelas! No alto, não surpreendeu estarmos enormemente distanciados dos demais, que aguardámos para uma descida bem lançada (mas sem a cavalgada de outras) até Bucelas.                     

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Domingo: Santiago dos Velhos

A volta do próximo domingo é a de Santiago dos Velhos, com uma distância de 109 km. E já bem exigentes! O percurso inclui diversas ascensões, algumas com níveis de dificuldade mais altos, como é o caso da que dá nome à volta.
De resto, desde a saída de Loures que o trajeto se complica, com a longa ascensão por Guerreiros, Lousa até à Venda do Pinheiro (alto da Freixeira). Depois, a descida para Bucelas e segunda longa (e irregular) subida para Santiago dos Velhos (alto do Lameiro das Antas), para logo voltar a descer para N. Sra. Ajuda (rotunda para variante que segue pelos ferro-velhos até às bombas da BP (depois de Arranhó) e fazer o troço final da ascensão ao Forte do Alqueidão.
Do Sobral para Arruda e daqui para os Cadafais, onde se inicia a terceira longa subida do dia, para Santana da Carnota, mais suave, e depois os três quilómetros finais para o alto da Cruz do Vento e ligação de novo ao Sobral. Finalmente, a subida de Seramena para o Alqueidão e a descida para Bucelas e Loures.

P.S. A crónica da volta de Manique do Intendente não está esquecida. Falta-me é disponibilidade. E que interessante que foi! Procurarei, em breve, publicá-la! 

sábado, fevereiro 11, 2012

Clássica das Lezírias


Elogie-se a decisão dos Duros do Pedal em «descontinuar» a Clássica Tróia-Sagres Primaveril e substitui-la pela estreante Clássica das Lezírias, de características idênticas, mas muito menos implicativa em termos de logística.
Em meu nome pessoal, terei todo o gosto em participar, não só pelo interesse do evento, como também para honrar as presenças assíduas daquele grupo nos maiores eventos do nosso calendário de temporada.     

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Domingo: Manique do Intendente

A volta do próximo domingo é a de Manique do Intendente. Conte-se com quilometragem já de meter respeito (acima dos 125 km) e alguns desníveis que inflacionam a exigência do percurso, como a passagem no carrosel da Espinheira e o topo da Massuça. De resto, o traçado é praticamente plano. 

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

A crónica da Volta do Arroz Doce

Ainda bem que o nosso camarada Paulo Pais faz jus ao nome da volta que promove no início de temporada, servindo aos participantes uma deliciosa sobremesa de arroz do doce no final de uma refeição fortemente condimentada, por vezes até indigesta. Refiro-me à toada da jornada saloia, ao seu pesado andamento, principalmente a partir da segunda metade do percurso que liga a Caneira ao Bombarral (ponto de inversão do sentido de marcha), com regresso ao ponto inicial. Ou seja, as hostilidades (no bom sentido do termo) que se seguiram à saída do Bombarral, onde se cumpriu uma paragem para tomar café, e que só contribuiu para estimular para a cavalgada após uma primeira parte do trajecto em que se respeitou escrupulosamente uma velocidade de cruzeiro acessível. A média de 32 km/h em terreno favorável, apesar do vento moderado, demonstra-o.
O que há para contar, e muito, aconteceu após o reatamento. E foi um deleite para quem gosta de praticar ciclismo a um nível mais elevado, que não deprecia e até aproveita o ensejo de integrar um grupo com um punhado de bons desportistas em atmosfera de companheirismo e competitividade saudável. Mas, acima de tudo, apenas ao alcance de quem se aplica nos treinos. De facto, só mesmo a esses!
O primeiro momento do dia foi o andamento fantástico que o João Aldeano imprimiu desde a saída do Bombarral, pela estrada ondulada campestre de Pêro Moniz e Vilar. Uma exibição de gala até à base da ascensão do Sarge, durante 24 km, à extraordinária média de pouco menos de 40 km/h! O pelotão com cerca de 40 unidades enfileirou-se na sua poderosa roda, procurando manter o maior número de peças, o que, naturalmente, foi uma tarefa hercúlea. Impossível, corrija-se. Inevitável, sem dúvida...
Quando se entrou na subida do Sarge, suave a propiciar altas velocidades, a locomotiva Aldeano abrandou, como que a retemperar forças (não é de ferro...) e deu o protagonismo a outros. Que não se fizeram rogados, diga-se. Eu fui o primeiro a impor o andamento, não deixando cair a intensidade da longa ligação, com uma passo certo. Depois, foram vários a renderem-me, já numa toada mais irregular, com mudanças de ritmo bruscas, ataques e contra-ataques a sucederem com o avanço na ascensão, que provocaram desde logo profunda e definitiva seleção no pelotão.
Um esticão final do Filipe Arraiolos, muito ativo nesta fase, resultou na fuga de quatro elementos – além dele, os jovens André e João Silva, e o João Rodrigues (Carboom), que e destacaram nos últimos metros da ascensão, lançando-se a todo o gás pela descida em direção a Torres Vedras.
Surpreendido e incapaz de seguir o quarteto, integrei-me num trio de perseguidores, com o Estrangeiro e Mário Fernandes, este a juntar-se mais tarde, antes da passagem pelas rotundas de acesso à A8, quase no final da descida. Com estes dois insuperáveis parceiros, fui numa boleia privilegiada, a altíssima rotação, no encalço dos fugitivos. Que sufoco! Para trás, o fosso cavou-se irremediavelmente. Perante o ímpeto fortíssimo dos meus parceiros, não tive outra possibilidade se não manter-me nas suas rodas, resistindo.
O quarteto da frente, entretanto, perdia o João Rodrigues na variante de Torres e passava a trio, com total equilíbrio de forças - isto se também houvesse naquele algum elemento que, tal como eu, não colaborasse. De qualquer forma, algo começava a jogar a nosso favor: na rampa final da variante observámos o início das hostilidades na frente, com o André a querer deixar os companheiros para trás – ou a massacrá-los... Mas teve resposta a contendo, embora repetisse a dose na subida para Catefica. Então deixou de haver condições de cooperação, e cada vez mais próximos, nós agradecemos...
Por isso, com o impressionante trabalho do Mário nas subidas e do Estrangeiro (com a sua «cabra») nas parte mais planas e a descer, aproximamo-nos bastante dos fugitivos, a ponto de, à entrada do acidentado troço final, entre Catefica, Casal de Barbas e Caneira, estarem em linha de mira. Nesta fase, planeava colaborar finalmente no esforço da perseguição, previsivelmente quando as forças dos seus companheiros começassem a escassear com o agravar do sobe e desce. Mas, numa viragem mais apertada, perdi-lhes a roda e deixei a abrir cerca de 30 metros, enquanto também os dois se desagregavam, com o Estrangeiro a destacar-se e o Mário a entrar em perda. Foi pena, porque recuperei bem e, num primeiro momento, alcancei o Mário e dei-lhe a minha roda, e depois, até ao ponto mais alto, juntámo-nos aos homens da frente, que, entretanto tinham deixado escapar o João Silva, que arrancara decidido para o final – apesar de, antes, ter tomado uma direção errada e perdido o rumo!
Depois, enfim, o merecido arroz doce. E que bem que soube! A repetir... a dose.       

sábado, fevereiro 04, 2012

Domingo: à escolha...

A volta de amanhã é a de S. Pedro da Cadeira e marca a reentré nos percursos mais acidentados, após a fase inicial da temporada em que estes foram quase totalmente planos.

Também amanhã, o camarada Paulo Pais vai reunir as tropas na sua terra, Caneira, para a já tradicional Volta do Arroz Doce. Concentração às 8h45, início às 9h00. O percurso será mais ou menos este...