sexta-feira, agosto 30, 2013

Domingo: Ericeira - Carvalhal

A volta do próximo domingo é da Ericeira - Carvalhal, com «epicentro» na belíssima subida que se inicia nesta localidade. O percurso, exigente, é o seguinte.

Pontos de neutralização, se necessário:

- Venda do Pinheiro (ou rotunda de Venda do Valador/Malveira)
- Final da subida de Quintas/Valongo (no cruzamento com a EN 247)
- Pobral (final da subida)
- Igreja Nova (final da subida do Carvalhal) 

sexta-feira, agosto 23, 2013

Domingo: Serra de S. Julião/Parque Eólico da Carvoeira

No próximo domingo, a volta é a do Parque Eólico da Carvoeira, já apresentada (com o respetivo percurso) no «post» anterior. Faltavam referenciar os pontos de neutralização para reagrupamento, se necessário. São eles:
- Vale de S. Gião
- Parque Eólico (alto)
- Sobral

quinta-feira, agosto 22, 2013

Cronica da Abrigada; e domingo... Parque Eólico/Carvoeira


Quem estaria à espera que a volta da Abrigada, no passado domingo, fosse mais acessível, em virtude do perfil pouco acidentado, enganou-se. Principalmente, pelo andamento imprimido na fase (inicial) do percurso em que, curiosamente, o terreno é plano. Ou quase. Desta vez, como em outras ocasiões, a responsabilidade pertenceu exclusivamente (ou quase!) a apenas um homem. Obrigatoriamente, com a capacidade do Rui Torpes, que, ao arranque de Loures, denunciou desde logo algum empertigamento com a pressa de se meter à estrada. Estava visto que tinha muito para gastar...

E assim foi, praticamente ele, sem pedir colaboração, que levou o bem recheado pelotão até Alverca a uma média bastante considerável (35,5 km/h) e até Vila Franca ainda mais (38 km/h)... Apesar de o terreno ser favorável a quem se protegia no seio do grande grupo, ninguém esteve a salvo de alguns picos de intensidade e de desconforto, e de ter de rolar com atenção constante ao «serviço». Facilidades «zero»!

Eu pensava com os meus botões: conhecendo bem o Torpes, esta toada não iria demorar toda a volta. Ou, talvez, nem muito mais. Apesar de ser um ciclista de grande nível e não lhe faltar capacidade para uma exposição ao desgaste tão duradoura, do tipo Hernandez, esta é-lhe contranatura. E para mim, inédita. Ou quase... Dito e feito. Após, Vila Franca, reduziu a sua presença na dianteira e com isso também o ritmo do pelotão. Até ao Carregado, bem mais desafogados 33,5 km/h, com condução agora partilhada com o Jony e um jovem ciclista com equipamento do Louletano, que viria, a partir daqui, a revelar grandes qualidades.

A partir do Carregado, voltaram a crescer as dificuldades. Já não tanto pelo «fator» Torpes, mas pelo fator... vento. Na variante de Alenquer, uma passagem pela frente do Bruno de Alverca causou o primeiro corte no grupo, ao estilo «abanico». Dizia-me, quando o «acusei» do estrago: «Mas ia só a 35 à hora!...» Com o vento lateral que se fazia sentir foi o quanto baste para deixar algumas peças pelo caminho. Após o topo da variante, um compasso de espera permitiu que reentrassem.

Na Abrigada e depois de uma subida «mexida» para as Marés, seguiu-se o setor de Paúla e Labrugeira, também muito exposto ao vento, e agora com o jovem «Louletano» a impor um ritmo muito certo, com o Torpes e eu na sua roda. A fase final, até ao cruzamento Olhalvo/Atalaia, foi particularmente acelerada pela iniciativa do Jony durante e depois do topo, na descida que o seguiu - 70 km/h de velocidade máxima!

Acabava-se aí o terreno mais acessível, entravam as subidas. Desde logo, a primeira, para Atalaia, com o «Louletano» a meter um passo rijo; depois para a Merceana, com o Nuno Mendes a prolongá-lo.

Até que, no centro desta vila, o acidente esteve por um triz... Na descida, eu o Jony a alta velocidade antes de abrandarmos (felizmente!) para uma passagem cautelosa no cruzamento (Carvoeira/Torres), mas imediatamente a seguir, curva cega e... uma família com uma criança pequena a atravessarem a estrada. Fora da passadeira e, pior, sem visibilidade. Ambos, travões a fundo, roda traseira a derrapar, atropelamento iminente... Mas, enfim, no último instante evitou-se o acidente, que teria consequências imprevisíveis. Para todos.

Ainda mal refeitos do susto, atacou-se a longa subida para o Sobral. Entrada moderada, até tranquila, com o «Louletano» a comandar. Alívio? Nunca fiando... E não demorou muito. Quando a pendente aumentou, foi o próprio a aumentar a toada, ainda que distante de um andamento «terminal». No entanto, quem vinha mais justo meteu o seu ritmo.

Na Corujeira, mantinha-se o figurino, com o Torpes na roda do jovem, eu na dele. Então, passei para a frente, para dar tudo! Nos próximos 3 km, 35 km/h de média, coração a 176. Na frente, além de nós os três, apenas o Bruno de Alverca. Após isto, fui ao limite e sai para o lado. Os demais seguiram, juntos. Com o jovem a liderar. O Bruno só mais tarde viria a ceder. Juntei-me a ele praticamente no Sobral. O duo da frente não se desfez, creio. Excelente subida. Ainda assim, (a minha) com mais 28 segundos do que melhor até hoje – mas contando-se com uma entrada que foi mais doce do que o habitual e eu ter ficado «a pé» nos últimos 3 km, estaria muito perto daquele registo – que o jovem e o Torpes devem ter superado.

À saída do Sobral, já depois do reagrupamento, decido esperar pelo Jorge, que ficara para trás (dizem-me naquela altura...) desde a Labrugeira. Definitivamente, não estava nos seus dias.

Este domingo, volta da Serra de S. Julião (Carvoeira/Parque Eólico). Percurso seletivo, com ponto alto na terrível subida para as ventoinhas, final de etapa decisiva do GP Joaquim Agostinho. Mas até lá, como dizia o outro, não doam as pernas... E depois também! Por isso, a minha semana foi a menos de meio gás. Têm sido um mês duro, muito duro... e o estágio na Foia está à porta!           

sexta-feira, agosto 16, 2013

Montejunto por Abrigada e domingo... de volta

Depois da interessante Clássica de Montejunto pela dificílima subida da Abrigada, voltam as voltas... Este domingo, curiosamente para a... Abrigada, num percurso que tem muito ou quase tudo daquele da Clássica do último feriado - excepto o mais importante, a subida...
O percurso é o seguinte
Hora de saída de Loures (bombas da BP): 8h30

Ponto de neutralização para reagrupamento, se necessário, será apenas um: Sobral, no regresso

Entretanto, deixo aqui alguns apontamentos mais relevantes sobre a Clássica de Montejunto.
- Ritmo moderado até à subida, mas sem facilidades, principalmente na subida para o Sobral e descida para a Merceana, a maior parte sob liderança dos Duros, Roda 28 e Pina Bike.
- Secção seletiva a partir da Merceana bem «trabalhada», com presença de um Pina entre os que lideravam o pelotão, o Salvador, que surpreendeu pela boa disponibilidade física. Chapeau!
- Depois, subida duríssima e muito bem disputada, com um grupo de cerca de 6/7 unidades na perseguição ao camarada Runa, que se adiantou logo no primeiro quilómetro, muito ao seu estilo, tendo sido alcançado ainda antes do cruzamento de Pragança.
- O André a desferir um ataque sem resposta a meio da rampa dos 15%.
- Eu, o abnegado Nuno Mendes e um Duro a alcançarmos esse grupo antes do cruzamento do quartel.
- Alguns desse primeiro grupo a ficarem neste mesmo local, não subindo ao cume.
- O meu esforço por tentar alcançar os quatro primeiros, mas sem sucesso.
- O André a controlar a «concorrência» a seu bel-prazer.
- Eu, apesar dos «males» das pernas, a fazer a minha melhor subida de sempre: 28m54s.
- O pior foi o regresso, a rolar direito à EN1 e EN10, que dor! Valeu-me as poderosas rodas do Nuno Mendes, do Bruno de Alverca, do Nuno Garcia e do Pedro Fernandes.
- Objetivo: recuperar para o fim-de-semana.        

quarta-feira, agosto 14, 2013

Mudança de percurso para Montejunto: agora Abrigada!

O percurso da Clássica de Montejunto, de amanhã, foi alterado devido a obras em Pragança. Assim, a subida à serra far-se-á pela vertente da Abrigada. O trajeto mantém-se pelo Sobral, Merceana e Atalaia, mas aqui, muda, seguindo para Labrugeira, Paúla, Eiras e Abrigada.
O percurso é o seguinte
A hora de partida de Loures mantém-se às 8h30 

terça-feira, agosto 13, 2013

Crónica de Santana da Carnota - feriado Montejunto!


Que sensação, foi subir A-dos-Melros à média de 32 km/h! Para mim, inédita! - e tão vertiginosa quanto asfixiante. Foi assim, no último domingo, o «prato» de abertura da volta de Santana da Carnota, com pouco mais de 15 km percorridos desde Loures. Nunca a ligação entre Alverca e aquele topo, de 6,7 km a 2,3%, tinha sido feita tão depressa (por mim, esclareça-se). Menos 1m30s do que a (minha) anterior melhor subida, o que não deixa de ser relevante! E tal como a anterior (e muitas outras, enfim...), fi-lo à boleia de um comboio liderado por dois ou três «maquinistas», os únicos que foram capazes de o meterem a tanto vapor. Destaco um, porque foi o que mais me impressionou: o jovem estreante de equipamento laranja, como as nuances da decoração da sua KTM, que aí iniciou a série de demonstrações de grande nível da jornada. Em quase todas as secções seletivas: depois de A-dos-Melros, Carnota, Forte de Alqueidão (da Seramena) e finalmente, na Tesoureira. Deixou cartel e passou com toda a distinção no crivo do grupo Pina Bike. Ou seja, tem visto para voltar. Como os seus dois companheiros, não tão exuberantes mas muitíssimo consistentes. Que trio de treino! E tão ou mais importante: afáveis, discretos e simpáticos.

Curta mas igualmente impressionante foi a presença do Rui Torpes. Nele, todavia, grandes performances já não surpreendem. Foi outro dos que estimularam o andamento nessa subida. Só que noutro estilo, em mudanças bruscas de ritmo – justificadas por algum desagrado por não se ter esperado por ele, após a partida, moderando-se a pedalada nos primeiros quilómetros. Quando chegou, já em plena subida, reclamou – e com alguma razão. Mas, assumida da minha parte, só a responsabilidade de não ter «pedido» para manter o passo moderado depois da passagem por Vialonga, que até aí marcara em parceria com o Jorge - a um nível que para o (excelente) atleta em causa permitir-lhe-ia recuperar sem grande esforço. Só que, naquele local, picaram-me. E quando me picam... Não foi alguém, mas algo. Um inseto, talvez uma abelha, pela dor intensa. Entrou-me no capacete e ferrou-me o cocuruto. Estrebuchei e passei para a retaguarda do pelotão, e logo senti que o ritmo tinha embalado – talvez pela descida da Sagres...

A seguir, A-dos-Melros e a cavalgada. Os primeiros a meterem-se ao serviço foram o Nuno Mendes e o Bruno Felizardo. Antes de serem rendidos pelo trem «Laranja da KTM». O primeiro pagou a fatura; o segundo deu mais uma prova de ótima forma - uma das várias nesse dia. Um grupo ainda numeroso manteve-se até ao alto, mas cerca de metade ficou disperso pela vertente.

Eu aguentei-me... mal. Pernas pesadas para esta jornada, sem comparação com as da semana anterior, em N. Sra. da Ajuda. Este primeiro choque volta foi apenas o primeiro dos fulminantes. Nos últimos 300 metros estoirei. Aliviei. Mas ainda agarrei a cauda do grupo. No alto estava previsto aguardar pelos retardatários. Fi-lo. Os restantes continuaram. Detrás, chegavam aos poucos e também foram seguindo... Os derradeiros demoraram mais seis minutos. Seis! Mas estavam lá e com intenção de continuar. Quando assim é, não custa aguardar.

E foi um grupo de cerca de meia dúzia de unidades (Freitas, Pina, Salvador, Xico e outros) a meter-se no encalço do da frente, embora com a certeza que só reentraria se este aguardasse. De qualquer modo, rolamos bem até aos Cadafais, a 37 km/h de média, onde, enfim, lá estavam os restantes.

De imediato, subida para Santana da Carnota. Primeiros 8 km a 2% e a... 30 km/h. Os mesmos a marcarem o ritmo (à exceção do Torpes, que seguiu outro rumo). À entrada do troço final, a subida propriamente dita (3,1 km a 3,5%), permaneciam só os mais rijos. Entre eles, o Gonçalo, que perante a abordagem moderada à subida, ironizou: «Olha, que a este passo eu aguento!». Mas sabia-se que não duraria muito essa toada. Alguém haveria de a disparar. Primeiro, foi o Jorge, depois um dos estreantes, e finalmente, já em modo de seleção, o suspeito do dia, o Laranja KTM. De qualquer modo, o Jorge mostrou-lhe que estava para o desse e viesse e colocou-se à sua ilharga até ao alto. E alto ia o meu pulso, a atingir o pico da jornada. Tal como em A-dos-Melros, nos derradeiros metros, explodi. Ainda assim, mais tarde do que antevia. Tempo da subida: mais 23 segundos do que o melhor (meu). Forte, de facto. Voltei a aguardar. A maioria voltou a seguiu. Encontro-os já no Sobral, no chafariz. Os que comigo depois vinham pararam antes, no café do jardim. Mas estava a fim...

E assim foi um grupo já reduzido (com os da frente, os poderosos) que se fez à subida para o Forte de Alqueidão (da Seramena). Tréguas, nada! O Jorge mostrava serviço (subida de forma evidente) e impunha o passo, mas os forasteiros, principalmente dois deles, não estavam pelos ajustes e colaboraram. Não demorou a fazer-se nova seleção, agora até entre os mais fortes. O Jorge e o Bruno de Alverca com estes. Desde cedo fiquei descaído. Meti o meu passo e mantive a distância na parte final. Juntei-me ao Felizardo. Levei-o até ao topo e ele retribuiu na descida. Antes das bombas de Arranhó reentrámos. Ele ainda seguiu direto, mas depois abdicou.

Tesoureira para final de festa. Uma semana antes pulverizaram-se recordes do Strava (segundo o Felizardo, menos 32 segundos do que o melhor tempo). Eu e ele. Desta vez, impensável repetir ou sequer aproximar-me. De qualquer modo, na primeira rampa animo-me e fico apenas na companhia do Laranja KTM. Relaxamos na descida e somos alcançados antes de entrar na subida «real». Embalo até onde a pernas permitem. O KTM não demora a mostrar-se. Passo à sua roda. Obviamente! Mas, eis que o Bruno de Alverca arranca de trás, em grande estilo, e só tem resposta dos dois mais fortes dos «visitantes». Eu e o Felizardo tentamos minimizar as «percas», como diz o «outro» do canal desportivo. Repete-se a fórmula de cooperação do Alqueidão. Primeiro eu na subida, depois ele na fase mais suave. Em Casais da Serra reentramos. Estamos a entender-nos..., é um bravo. «Crono» da subida: e que surpresa!, só mais 10 segundos do que há uma semana. O referido trio da frente deve ter ficado a muito poucos segundos de novo recorde do Strava...

Bom, daí até Bucelas e, em seguida, rumo a Alverca (para os que comigo seguiram), foi um passeio. Não podia ser de outra coisa... Pelo menos para mim. As pernas, bom, tentarei recuperá-las, ao máximo, para quinta-feira, para a Clássica de Montejunto (Pragança) com os camaradas dos Duros. Mas pelas sensações (hoje) não vai ser fácil. De qualquer modo, lá estaremos. Pelas nossas cores!

Hora de partida de Loures às 8h30      

quinta-feira, agosto 08, 2013

Domingo: Santana da Carnota

A volta do próximo domingo é a de Santana da Carnota. Curiosamente, o percurso tem alguns setores que são idênticos aos da volta do último fim-de-semana, da Nossa Sra. da Ajuda, como a subida de A-dos-Melros (de Alverca) e a passagem na Tesoureira (da descida do Sobral para Casais da Serra).

Sugerem os seguintes pontos de neutralização para reagrupamento (se necessário)
- Final da subida para A-dos-Melros
- Final da subida de Santana da Carnota

Atenção: após a subida de A-dos-Melros desce-se para Alhandra (à direita).
Já houve enganos em edições anterior, descendo-se para Arruda.  

quarta-feira, agosto 07, 2013

Crónica de Nossa Sra. da Ajuda


A volta do último domingo, de Nossa Sra. da Ajuda, foi ao estilo forte e compacto. Ou seja, compacto, pelo reduzido grupo que se fez ao relativamente curto percurso; e forte, porque os seus participantes foram-no, no empenho e na entrega face às exigências de um traçado com desnível forte, com isso elevando a intensidade a um nível que, durante a maior parte do tempo, pode não ter sido forte, mas sim... «mais-do-que-forte»! Por falar em tempo: em menos de 3 horas estavam despachados os 80 km e os 1200 metros de acumulado positivo da jornada (para mim: 3h33m para 109 km). Pulso médio de 148. Forte!

À saída de Loures, poucos. Não mais de cinco: eu, Jorge, Bruno de Alverca e dois «Carrega e Puxa» plenos de motivação. Arranque em direção a Frielas e Sacavém, comigo a dar o mote logo nos primeiros quilómetros de que o ritmo deveria ser ligeirinho, uma vez que tinha imposições familiares, com apresentação no domicílio, sem atraso, por volta das 11h30. Logo, pedaladas contadas... Desde já, os meus agradecimentos aos demais pela colaboração – que não precisei de pedir. Refiro-me, logo!

O quinteto, que passou septeto já em plena EN10, com a integração do Bruno Felizardo e do Gonçalo, cedo se empenhou a manter o andamento vivo. Assim, em Alverca, no início da subida de A-dos-Melros, a média nos 35 km/h. Alguns instantes antes, perante o «cenário» que se deparava, o Gonçalo exteriorizou alguma falta de «entusiasmo»... Tratei de o motivar. Naquela altura, até ver, tive êxito. Mas a subida foi intensa desde o sopé, e chegou a ser um pouco asfixiante na sua fase mais íngreme (junto ao cruzamento do Calhandriz), muito exposta ao vento. Todavia, não foi o Gonçalo a ceder, mas sim os dois estreantes do Carrega e Puxa. Ou um deles, e o outro terá ficado para o ajudar. Perante isso, também aliviámos, cumprindo a fase final da subida (mais suave) em andamento moderado. No topo, o grupo estava de novo compacto.

Desceu-se para Arruda e aí o Felizardo não facilita. É um todo-o-terreno, mas quando este é mais acessível (descidas incluídas) é fortíssimo e raramente deixa de assumir a dianteira. Assim, não houve descanso até à base da Mata. Aqui, o Gonçalo automotiva-se: «Se esperarem dois minutos no alto, continuarão com a minha companhia». Nenhuma dúvida.

Agora, o setor era mais exigente. As minhas boas sensações impeliram-me a imprimir andamento respeitável. Rapidamente ficaram comigo apenas os Brunos. E só o de Alverca a partir do casario (meio da subida) até final. Muito bom tempo de subida (para mim), embora com pulso «solto». Os restantes não demoraram. E o Gonçalo, a cumprir o prometido: 2 minutos exatos. Aqui, os Carrega e Puxa deixaram-nos. Esperemos que seja até breve (já o próximo domingo).

Nova descida, para Santiago dos Velhos, e entrada na rampa de Nossa Sra. da Ajuda. Dura, com vento de frente. Toda a gente a passar (relativamente...) bem. Na aldeia, paragem para «meter» água... santa!

E bem necessária, perante o acidentado do percurso que restava e o prolongamento dos níveis de intensidade altos. Tesoureira, musculada. Primeiro troço em subida, fico sozinho na frente perante a «falta de vontade» do Felizardo. Na descida, deixo-me deslizar. Os restantes reentram pouco antes da ascensão final. O Bruno de Alverca impõe excelente ritmo e não demora a ficar apenas comigo e com o seu homónimo. Mas aquele (o de Alverca) cede ligeiramente na parte final, quando o rendo na dianteira. No alto, o Felizardo demonstrava que neste tipo de relevo, suave, ainda é o seu... Poderoso!

Finalmente, Ribas. Novamente, o grau de exigência a disparar. O Gonçalo volta a lançar o repto: «agora 3 minutos à minha espera...» Nada que nos faça demorar. O «Félix Froome» lança-se na primeira rampa, muito íngreme. Sigo-o na roda e quando a inclinação alivia, passo para a frente. Ele abdica. Sigo por minha conta. Alcanço e passo um pequeno grupo que seguia adiantado (com o Jorge de Vialonga e o Pedro Fonseca). Continuo com boas sensações, mas as pernas já doridas. Giro o esforço desde os tanques até ao topo. O Bruno de Alverca chega a seguir, passou o «FF», cuja boleia aproveitou o Pedro Fonseca. Pouco depois o Jorge, na sua melhor subida do dia (exceção a A-dos-Melros, cujo esforço pagou pela sua ainda curta forma). Por fim, o Gonçalo. Mas desta vez sem cumpriu a promessa do tempo de atraso. Antecipou-se! Apenas 2 minutos. Temos homem!

No regresso pela longa descida de Fanhões/Casaínhos, estou (mais do que) em cima do horário. Agora sim, tenho de pedir colaboração para a ligação a Alverca. Ao Félix nem precisava; e ao Bruno, meu conterrâneo, idem. Entretanto o Gonçalo e o Jorge entram em «modo» de recuperação. Quem me dera. Lançámo-nos os três à Variante e a 35 km/h de média estávamos em Vialonga. Na rotunda do Cabo começo a ceder. É muito! Pago o esforço da tirada. Os meus dois companheiros aguardam na descida da Sagres. Despedimo-nos no seu final, na rotunda do Alambique. Não alivio até casa (não posso!) e chego a casa com 5 minutos de atraso. Nada de tenha alterado humores familiares...

Missão cumprida. Fortíssimo treino. Enormíssima companhia. Este domingo há mais. Para a Carnota. Logo esta! Amanhã, o percurso e outras informações.

sexta-feira, agosto 02, 2013

Domingo: Nossa Sra. da Ajuda

Relembra-se que a volta do próximo domingo é a da Nossa Sra. da Ajuda, e que o percurso é o seguinte.
Sugerem-se ainda os seguintes pontos de neutralização para reagrupamento, se necessário:

- Alto da Mata
- Nossa Sra. da Ajuda (final da subida)
 

quinta-feira, agosto 01, 2013

Crónica da Clássica do Cartaxo


Uma Clássica das grandes, a do Cartaxo, realizada no último domingo. «Pico» do verão e de forma (ou lá perto) para muitos dos quase trinta de participantes que arrancaram de Loures. Uma adesão que superou as expectativas, não pela tradição do evento, que é um dos que regista maior entre as Clássicas, mas porque ultimamente as voltas domingueiras têm andado um tanto «desligadas».
 
Para tal, regista-se (e agradece-se) a presença de muitos ciclistas de outros grupos/outras paragens, com destaque para os sempre assíduos Duros do Pedal (embora o camarada Tó Monteiro tenha lamentado a limitação em número [talvez se estivesse a referir mais à «qualidade»], os Roda28 (que formam um coletivo cada vez mais coeso e de bom nível), alguns Ciclismo2640 (com realce para o Senhor Dario) e para alguns Pássaros, com o também «habitué» Vítor Mata à Velha em plano de evidência. Menção, ainda, para os Masters (sob as mesmas cores), Duarte Salvaterra e Pedro Capela, e o aplaudido regresso do meu amigo Jony às lides. Bem haja.

Entre os nossos «Pinas», representação sem motivo para acanhamento. As figuras de proa, Rui Torpes e Ricardo Gonçalves «Ricky», bem secundadas por lote respeitável: os Bruno’s (com o de Alverca a equipar a preceito – bem-vindo!), o Nuno Mendes e o Gonçalo. O Jorge e o Freitas (embora neste o equipamento de outras cores possa significar... «transferência») também marcaram presença, mas curta. E ainda eu... a recear que tivesse de seguir pelo mesmo (encurtado) caminho, mas, afinal (e felizmente) a «cumprir» a Clássica até muito mais tarde do que esperava.

Aliás, esse receio desde cedo se dissipou (ou pelo menos atenuou), ao sentir que a forma física, ainda limitada com apenas duas semanas de treino a seguir a um interregno prolongado, resistia ao exame madrugador que foi o andamento imposto praticamente desde a partida pelo Ricky. Logo em Alverca (16 km): 35,5 km/h de média. Este foi o figurino da Clássica até muito tarde. O possante rolador da Pina Bike a comandar o extenso pelotão, apenas amiúde ajudado/substituído na sua ação. Um trabalho louvável e de grande nível, à imagem do que faz, por norma, o (ausente) Renato Hernandez, mas que nada ficou a dever-lhe. E nem sequer faltaram figuras com qualidade/capacidade para o render, mas que terão preferido (e nada se incomodado) fazer bom aproveitamento da excelente boleia.

Às custas quase exclusivamente daquele líder, o grande grupo percorreu a ligação Alverca-Cartaxo à impressionante média de 39,3 km/h e do Cartaxo-Alcoentre em 38,2 km/h. Média total: 38,1 km/h. Obra! No seio do pelotão, o Dario manifestava um misto de perplexidade com elogio perante a intransigência do seu «instruendo»: «o Ricardo não sai da frente, tem nível 4 para hoje», comentava a um parceiro que parecia cético sobre a intensidade do exercício. Mas o «técnico» esclareceu: «sim, é a nível 4 que ele vai!». A confirmar-se, que resistência!

Chega a Espinheira, e a primeira dificuldade do relevo. Curta, mas quase sempre fortemente atacada... E a regra confirmou-se. No alto, primeiro corte no pelotão, que não demorou a ser fechado. Ultrapassado, sim, mas com marcas que ficam! Para mim, nos metros finais da rampa, o pico de pulso do dia: 182 bpm, e o ritmo embalava, finalmente com outros protagonistas. Até Alenquer e Carregado (onde se registou uma queda de dois elementos devido ao piso molhado numa rotunda, felizmente sem consequência maiores), assomaram-se à dianteira os Roda28 e o Duarte, entre outros que ajudaram a estabelecer uma média de 40,5 km/h desde a Espinheira. Total: 38 km/h!!

Após o Carregado, mais dificuldades. Suave ascensão para Arruda, onde os «principais» começaram a posicionar-se. O Torpes toma a iniciativa à frente do já encurtado grupo (cerca de 20 unidades), mas foi rapidamente rendido por um Roda28, que parecia ter missão específica: forçar o andamento nas partes em subida. Em consequência, o nível de exigência subiu, ainda que a patamar (para mim) suportável.

Após Arruda, então, as cartadas decisivas. O Mata-a-Velha lança-se a caminho do cimo de A-do-Barriga, motivando a primeira grande reação do pelotão após a Espinheira – mas agora já com uma triagem muito mais fina. Começo a vacilar sem surpresa. Mas alguns companheiros Pinas (Nuno Mendes, Bruno de Alverca, Gonçalo) que passam por mim encorajam-me a seguir-lhes a roda, e à passagem pelo cruzamento de Vila Franca (ponto baixo, após a primeira subida) recolo e com a embalagem passo direto...
 
Era tempo de gastar as forças que me restavam – que desde logo se confirmaram fracas e pouco duradouras. No topo de A-do-Barriga, ataca detrás o Capela e fico novamente (e perecendo definitivamente) descolado. Repetem-se os incentivos. Voltou a entrar. E a passar novamente para a frente no início da descida de A-dos-Melros para Alverca. Agora mobilizo o Gonçalo. Inclusive, puxo por ele! Descemos à média de 50 km/h – pulso a 170. O grupo de não mais de 15 unidades esticado atrás de nós. O meu depósito quase na reserva. Mas não desarmo no objetivo final: não deixar o andamento baixar até à entrada do Cabeço da Rosa, onde o Torpes poderia jogar o seu trunfo de trepador.

No entanto, descoordenação ou mal-entendido! Na estrada da Proverba, já em ligação à subida, deparo-me destacado, na companhia de um Duro, dos poucos que resistiam (creio que, além deste, apenas o medalhado Vaqueirinho - no Granfondo Gerês - e o Nuno TDI). Aquele lança-me o repto para insistirmos na ação. Nem lhe respondo (por ser tão óbvio para mim...). Mas o próprio também não estava muito melhor, como se conformaria no C. da Rosa, onde o último a passar por mim...

Retomando: deparo-me, então, destacado, com o grupo principal a cerca de 50 metros e liderado pelo... Ricky! Não era suposto... Enfim, agora não havia volta a dar, senão ir até onde desse. Que foi logo a primeira rampa do Cabeço, a mais rude, quando por mim passa o Mata-a-Velha em grande andamento. Mas não demorou muito tempo para ter resposta de um quarteto, composto pelo André, Tiago Silva [creio], um Roda28 [seria para este o trabalho do seu companheiro em Arruda] e o Torpes, e que na última vez em que tive contacto visual (à saída do viaduto) já era liderado pelo homem-forte da Pina Bike, também ele consagrado no Gerês. O que se passou depois, bom, fica para quem lá esteve contar. O topo do Cabeço da Rosa foi mais do que suficiente para mim naquele dia!

A todos, até 15 de setembro, na Clássica dos Campeões! Com o seu percurso para... «campeões»!

Esta semana, a volta é a de Nossa Sra. da Ajuda, ótima para trepadores, com A-dos-Melros, Mata, «muro» da Sra. da Ajuda, Tesoureira e Ribas no cardápio. Tão-só 80 km, mas certamente q.b. Início por Frielas-Unhos-Sacavém. Hora de partida 8h30. Epá, e com atenção, pelo menos, a 5 minutinhos de tolerância!