quinta-feira, dezembro 26, 2013

Calendário da temporada de 2014



Aí está o calendário para a temporada de 2014! Entre voltas, clássicas e «outras que tais», aguardam-nos mais de 6000 km de asfalto para «bater». Bastante!

A época que se avizinha tem poucas novidades, mantendo-se o esquema dos últimos anos, com as Voltas domingueiras, as mais competitivas Clássicas (as nossas e as de outros grupos...) e os Grandfondo que conquistaram lugar no alinhamento.

Renova-se, na próxima temporada (ano), o desafio ao grupo ou, em particular, aos seus elementos mais ativos – que são cada vez mais, realce-se! -, da participação em alguns eventos de caráter nacional (ou já um pouco internacionais...), como as provas de Granfondo. O pioneiro Skyroad da Lousã (em outubro), o estreante em 2013 Grandfondo do Gerês (15 de junho). Além destes, o Grandfondo o Challenge de Évora (dia 27 de abril, inscrições abertas com desconto até dia 31), a prometer níveis idênticos de organização e de espetacularidade. Fica, então, o repto, tanto mais que é importante ajudar a impulsionar este tipo de iniciativas de promoção do ciclismo amador, por que há tanto tempo ansiávamos em Portugal, e que, finalmente, parece começar a «pegar».   

A natureza do calendário-2013 mantém-se, embora com uma ligeira «nuance» logo à entrada: o mês de janeiro não será tão «plano» como nos últimos anos. O motivo deve-se ao início de preparação da maioria dos ciclistas, cada vez mais antecipado (muito para dentro do ano anterior) e com isso os níveis de forma a surgirem também mais precocemente. Não fará muito sentido prolongar a planície total» até fevereiro ou mesmo março. Assim, para os dois primeiros meses estão planeadas algumas Voltas novas, com percursos já estimulantes. Para a malta testar o trabalho desenvolvido há já alguns meses.

A primeira Clássica, a de Santarém, está marcada para o primeiro domingo de março (dia 2) e a Clássica de Santa Cruz três semanas depois (23), novamente a chegar antes da de Évora (6 de abril).

Ainda e em abril teremos o Roteiro dos Muros (13) e o Grandfondo de Évora (27), e em maio a Clássica de Montejunto, por Vila Verde (4) em parceria com os Duros do Pedal. Também por iniciativa deste grupo, a Clássica das Lezírias (25) - ou será o regresso do Tróia-Sagres Primaveril?!, segundo algumas sugestões tenho lido por aí... 

Julho abrirá com a Clássica Pina Bike, antecipada em relação a 2013 e com um percurso montanhoso. Motivo: a maioria das Clássicas são essencialmente planas (Santarém, Évora, Cartaxo) e os trepadores também devem tê-las com o seu terreno de eleição... Parece justo. Aliás, esta poderá muito bem servir para apurar a forma para o Grandfondo do Gerês (15).

No final de julho, a Clássica do Cartaxo (27) e a meio de agosto (feriado de dia 15), a Clássica de Montejunto, por Pragança, a terceira com os Duros. Setembro será de transição para um mês de outubro recheado, que trará o Skyroad da Lousã e a Clássica dos Campeões, antes do Livramento-Óbidos, organizado pelo camarada Paulo Pais, a encerrar, em grande, a temporada.

 

Aqui ficam, desde já, as Voltas novas (ou renovadas) de 2014:

Ericeira (Assafora/Sintra): 19 de janeiro

Carmões: 26 janeiro

Voltinha Saloia: 16 de fevereiro

Sobral da Abelheira: 18 de maio

Topos de Alenquer: 22 junho

A-dos-Loucos: 24 de agosto

Enxara do Bispo: 14 de setembro

Boas pedaladas!             

Domingo: Alcoentre

A Volta do próximo domingo, a última do ano, é de Alcoentre. O percurso é o seguinte (atenção que no calendário está Alcoentre-Aveiras-Ota, mas a ligação é Alcoentre-Aveiras de Cima-Aveiras de Baixo-Azambuja).

Nota: o calendário de 2014 será publicado durante o dia de hoje.  

segunda-feira, dezembro 23, 2013

Crónica de Santo Estevão


A última volta de Santo Estevão de 2013, e a penúltima do calendário do ano, já não foi, propriamente, um longo treino de endurance. Não, pelo menos, na sua extensão total. Após quase dois terços da sua duração em que cumpriu os requisitos, alinhada com as que se têm sucedido há várias semanas, algures, depois da rotunda do Infantado de regresso ao Porto Alto e a Vila Franca, o nível de intensidade subiu a patamares ainda inéditos esta temporada ou, pelo menos, tão duradouros. Talvez não tenha sido para a maioria dos participantes – ou mesmo a esmagadora maioria -, mas foi para um punhado, em que me incluo. Todavia, arrisco afirmar, foi um teste bastante positivo sobre o trabalho já assimilado.

De Loures a Santo Estevão (onde se parou para o tradicional cafezinho de Inverno), a média foi de 34 km/h. Ou seja, muito boa, embora para os que se resguardaram no conforto do numeroso pelotão não tenha representado dificuldades de maior. No meu caso, excetua-se a passagem, sempre incómoda, pela reta do Cabo.

Há que destacar quem mais trabalhou, entre eles, o Bruno, o Mário «Kiryienka» - que se revela, cada vez mais, um excelente e abnegado trabalhador -, o Jony, o Jorge e talvez alguns outros também, que não me foi possível observar devido à minha quase permanente posição na retaguarda do pelotão. Aliás, só a abandonei nos últimos quilómetros antes de Santo Estevão, acabando por finalizar o setor à frente do grande grupo, a uma intensidade já elevada. No topo à entrada da vila, o habitual sprint, com o Jony e o André em destaque.

No reatamento, após uma ligação tranquila até à rotunda do Infantado, tomei a liderança do grupo em parceria com o Mário, rolando na casa dos 35-38 km/h. E eis que o Hugo Arraiolos se adianta, com algum ímpeto, não em esticão, o suficiente para ganhar algumas dezenas de metros que foi progressivamente aumentando. Perante a inércia dos restantes, mantivemo-nos na dianteira, movendo a perseguição, que se arrastou durante «longos» 13 km, a uma média de 40 km/h, praticamente até ao Porto Alto. Entretanto, ainda a meio deste troço, o Ricardo Afonso decide saltar no encalço do fugitivo, alcançando-o com muito esforço, que custou a incapacidade de o ajudar. Só na última fase, com a fuga já controlada (uff...) contámos com ajuda – e de muitos poucos, no fundo, efetivamente, só o Jorge...  - e ainda tivemos de lidar com o estorvo de outros, cuja intervenção só serviu para desestabilizar e que só se assomaram à frente quando faltava apenas fechar meia dúzia de metros.

Com o pelotão novamente compacto, nem por isso o Arraiolos deixou a dianteira, mantendo um ritmo fortíssimo, que a partir daí impressionava ainda mais pela sua longa duração. Está, sem dúvida, em forma, após a preparação e participação no Troia-Sagres. Na reta do Cabo, teve a colaboração do Tiago Pereira. Mas, a cerca de 1-2 km da Ponte de Vila Franca, quando, por fim, o incansável homem do dia deixou a dianteira, e o Tiago aliviou ligeiramente, o André atacou, ganhando alguns metros. Terá pretendido dar seguimento ao pseudo-trabalho que o já seu habitual «parceiro» Arraiolos desenvolvera (embora não creia que fosse a intenção deste) e capitalizar o desgaste que causara aos seus perseguidores. Em mim, sem dúvida, pois já não tinha energia para mover nova caçada.

No entanto, o Tiago acelerou e anulou a iniciativa do André, que fez questão de lhe «agradecer»... crendo nele mais um aliado contra a armada Pina Bike. Julgo que, na ponte, o André voltou a atacar, no que consegui aperceber-me à distância, após ter tirado o pé, recuperando até final daquela saturante perseguição, mantendo-me na causa do pelotão depois de Vila Franca, altura em que o Zé-Tó impunha a «lei da cabra». A assiduidade deste sénior do nosso grupo tem sido elevada esta pré-temporada. Será que o teremos de volta aos bons velhos tempos em 2014? Os Pina Bike precisavam...

Nota: recorde-se que o calendário de 2014 será anunciado aqui no próximo dia 26.                

sexta-feira, dezembro 20, 2013

Domingo: Sto. Estevão

A volta do próximo domingo, dia 22, é a de Santo Estevão. Percurso bem conhecido, inteiramente plano, manter a toada nesta pré-temporada

quarta-feira, dezembro 18, 2013

Crónica do Reguengo


O pelotão do Pina Bike continua a acumular quilómetros nesta pré-temporada. Fá-lo como tradicionalmente, em terreno plano, mas agora com surpreendente ineditismo: a ritmos moderados, muito mais recomendáveis do que os habituais inícios de época musculados e a intensidade alta.

A volta do passado domingo, do Reguengo, foi mais uma que confirmou a nova tendência desde o reatamento dos treinos. Rolou-se quase sempre a ritmo de endurance, umas vezes mais baixo, outras mais elevado, promovendo-se a camaradagem e, tal como tem sucedido amiúde – e com aplauso -, exercitou-se alguns movimentos de cooperação à cabeça do pelotão, que estimulam igualmente o coletivismo. Aguardemos pelos proveitos quando a próxima temporada entrar. Ela está logo ali...

Desde Loures a Alverca, andamento tranquilo, mas até Vila Franca houve diversos elementos a quererem estimulá-lo. Dois ou três km/h mais, e perante o relaxe dos que comandavam as operações não tardou a que o grupo se fracionasse. Primeiro, apenas quatro ou cinco unidades a adiantarem-se, mas não demorou a que os «principais» saltassem de trás. A esmagadora maioria deles, uns para a roda dos outros... Atravessávamos a zona de Alhandra.

Dois grupos com claríssimas diferenças de «peso». Por isso, não convinha que se separassem demasiado numa fase tão madrugadora da volta, impondo uma perseguição, nem que fosse para controlar. Mas, após o empedrado de Vila Franca, era certo que o reagrupamento ficaria dependente da vontade dos poderosos da frente. Se decidissem «carregar» (e ainda mais colaborar entre si) dificilmente os veríamos mais. Não quiseram, felizmente. E eu e o Richie Porte levámos os de trás até ao convívio dos da frente, ainda passávamos pela Castanheira - e sem grande esforço...

Daí em diante, velocidade de cruzeiro de 35 km/h até Cruz do Campo, com intervenção partilhada, entre outros, eu, Jony, Tiago Pereira, Bruno e o Zé-Tó, com a sua «cabra». Os topos antecedentes não fizeram mossa, e depois da reta da Valada, cafezinho retemperador nesta vila. Ao belo solinho...

No reatamento, eu e o Jony, em parceria, levámos o grande grupo ainda àquela velocidade, pela pitoresca estrada da lezíria de regresso à Azambuja. Endurance! Pouco depois de reentrar na EN3, a caminho do Carregado, o Renato Ferreira tomou as rédeas e o andamento passou a um nível acima – para os 40! O jovem bucelense teve a colaboração de mais três ou quatro elementos, entre eles, o Carlos Santos, mantendo o ritmo. Por curiosidade, agora que eu estava na roda, o pulso continuou como quando estava com o peito ao vento. A partir do Carregado até Vila Franca, dos 40 de média passou-se aos 42, com algum estímulo extra, por exemplo, do Freitas, que tinha ido ao nosso encontro.

E então, pelo segundo fim de semana consecutivo houve sprint em Vila Franca. Bem-haja! Bem lançado (pelo Freitas) e melhor terminado pelo Jony, a fazer jus à sua superioridade neste tipo de situações e a impor-se ao Hugo Arraiolos (os três tinham feito o Troia-Sagres na véspera!...) e ao André. Eu, sem sprintar, apenas mantendo a cadência e escolhendo a boas rodas, cheguei pouco atrás. No registo do indesmentível Strava, num segmento de 900 metros (cerca de 100 metros após a rotunda da A1 e até 50 metros antes dos semáforos), estabeleceu-se o segundo melhor tempo dos stravianos (Arraiolos), com uma média de 51.5 km/h, a apenas 4 segundos (apenas é relativo...) do mais rápido, o «pro» António Barbio (55.2 km/h). Uma marca que ao Jony, no seu melhor, não deverá escapar.

Até Loures não se baixou muito a bitola: 35 km/h (quando dei a volta no Tojal), experimentando-se, inclusive, uma aceleração no final da subida da Sagres (Cabo). Quiçá, já a pensar na Clássica de Santarém...                  

sexta-feira, dezembro 13, 2013

Volta do próximo domingo (dia 15): Reguengo

A volta do próximo domingo é a do Reguengo. O percurso é o seguinte.

quinta-feira, dezembro 05, 2013

Crónica da Marginal-Alcoitão e volta do próximo domingo


A volta do último domingo foi a demonstração de como se pode rolar durante dezenas de quilómetros a muito bom ritmo, sem o stress das correrias desenfreadas e promovendo ainda «situações» interessantes de ciclismo, como fuga e perseguição. Tudo isto, apenas na primeira metade do percurso e em cenário aprazível: a longa ligação entre Loures e o Estoril, pela zona ribeirinha de Lisboa e a belíssima Marginal.

No entanto, a «situação» «deu-se» de uma forma que considero casual (não premeditada) Explico: logo nos primeiros quilómetros após a saída de Loures, em Ponte de Frielas, já havia um elemento adiantado ao enorme pelotão. O Ricardo Gonçalves, com andamento acima dos restantes, pôs-se em fuga, creio, sem realmente querer. Simplesmente, foi... Porque ninguém no grande grupo pareceu importar-se, contrariando o que é habitual, com o terreno plano, em que «situações» destas nem sequer se concretizam. A maioria morre à partida, por falta de «autorização» de um impulsivo e pouco paciente pelotão.

E eis a virtude. Pelo facto de o grande grupo tê-la permitido não acelerando imediatamente ao mesmo ritmo, preferindo manter-se tranquilo (talvez a fase inicial da época tenha tido a sua influência), a um andamento que possibilitava não perder demasiado tempo para o homem da frente, experimentou-se a referida «situação», em que foi demonstrado, cabalmente, a capacidade de uma coluna, bem organizada e com músculos fortes e disponíveis, para gerir e anular (com mais ou menos dificuldade) qualquer iniciativa, mesmo de um ciclista de nível, exímio rolador, como o Ricky Gonçalves -, que, a bem da verdade, não estaria na dianteira preocupado para aí manter-se a todo o custo.

Cá atrás, o lote era extenso e igualmente capaz de, num esforço concertado, alcançar o fugitivo, embora, também no pelotão, não parecesse haver especial interesse no fugitivo que, amiúde, era avistado a cerca de 300-400 metros, sempre em boa pedalada, por vezes, a perder-se de vista, às tantas, também da memória...

No comando do pelotão poucos mas empreendedores. Entre os mais assíduos, salvo alguma omissão: Jony, Freitas, Nuno Mendes e eu.

Foi preciso uma mudança imprevista e, por sinal, bastante forte de ritmo no grupo, após o cruzamento da Cruz das Oliveiras até perto de Carcavelos, imprimida pelo Jorge (acima dos 45 km/h nesse troço), para relembrarmo-nos que existia alguém escapado. Num ápice, passou a estar a não mais de 100 metros. A partir de então, até ao Estoril, onde o cenário e o terreno mudariam, não voltou a ganhar vantagem, e sim, agora parecia estar a ser controlado e até a haver um esforço para a sua anulação.          

 

A partir do Estoril, mudança de perfil, alteração de figurino. Desde o início da longa ascensão (mais um falso plano) até à rotunda de Ranholas, adaptaram-se os andamentos: foram ou ficaram os que puderam ou quiseram. Em número inferior a dez. De início, a parte mais inclinada, todos a seguir (ainda) o Ricardo Gonçalves, que se manteve incólume, impávido e sereno após ter sido alcançado pelo pelotão.

Até ao alto, com ritmo vivo, não demasiado intenso, mas ainda assim castigador, tal como a oposição do vento, o comboio perdeu cerca de metade das suas peças, depois de tanto eu, como o Bruno e o Ricardo Afonso (que forma!) terem passado pela frente. Em S. Pedro de Sintra, além destes, apenas o André (com mais de 200 km e a Arrábida nas pernas na véspera). Após a descida para Sintra, paragem retemperadora para café.

No reatamento, outra toada, mais incaracterística, com menos elementos, vento frontal e um andamento um pouco de sacrifício. Do tipo de deixar andar até ao fim...

Volta que valeu essencialmente até Sintra e acima de tudo pelas ilações a retirar do comportamento do pelotão perante um elemento em fuga (mesmo que sem querer), e o seu poder aglutinador em terreno plano, mesmo perante um fugitivo de bom nível. Para ponderar em futuras ocasiões, em prol de benefícios diversos.

 
A volta do próximo domingo é a da Ota (com início do Sacavém). PERCURSO