sexta-feira, junho 27, 2014

Domingo: Gradil

A volta do próximo domingo é a do Gradil. O percurso é o seguinte

quinta-feira, junho 19, 2014

Domingo: Topos de Alenquer

A Volta do próximo domingo não podia fazer melhor rescaldo do Grandfondo do Gerês. Ou então, não... É inédita no nosso calendário e denomina-se, de forma quase insuspeita, de Topos de Alenquer. Diz-se insuspeita, porque de topos... têm pouco.
Espere-se, por isso, dureza na altimetria, que a acrescentar à distância, no limiar dos 120 km, elevam o nível de exigência para o de «digestão difícil» da jornada minhota da semana passada. E como ela tem sido difícil... (no meu caso pessoal!).
O percurso é o seguinte; e inclui cinco «Topos» na zona de Alenquer - refira-se que o pensei a «pedido» do camarada Pedro Fernandes no defesa da último temporada -, a maioria bastante «picante», como a Serra da Ota, Casais de Marinela, a subida dos Bombeiros de Alenquer, além da subida para Canados e as Cachoeiras. A primeira parte do trajeto, todavia, é praticamente a rolar, de Loures a... Alenquer!
Tem tudo para ser uma grande jornada, para alguns já a preparar o Grandfondo da Serra da Estrela     

quinta-feira, junho 05, 2014

Crónica da Clássica Pina Bike


Que proveitoso foi ter sido o elemento mais fraco (ou quase) do grupo que se destacou a partir da primeira subida maior da Clássica Pina Bike de 2014, realizada no último domingo, talvez uma das mais interessantes e mais exigentes dos últimos tempos, reunindo um extenso lote de participantes de indiscutível craveira e proporcionando uma jornada excelente de ciclismo. Digo-o, porque serviu de teste quase perfeito de preparação para o Grandfondo do Gerês, que é já no próximo dia 15.

O percurso desta clássica foi a condizer com estes objetivos e o nível qualitativo e motivacional da maioria dos elementos que esteve presente compôs o resto. Um recheado pelotão zarpou de Loures para um desafio de quase 140 quilómetros e mais de 2000 metros de desnível positivo acumulado, por apanhado de algumas das subidas mais exigentes e simbólicas da nossa região.

Na fase inicial do trajeto, todavia, cerca de 50 km em terreno mais acessível, quase sempre plano, até Alenquer, e depois em suave ondulado até Ribafria, onde se iniciou a primeira subida do dia: Pereiro de Palhacana. Até lá, muita disponibilidade na condução do pelotão, embora com a moderação que o traçado montanhoso lá mais para a frente recomendava. O Freitas foi um dos que mais se destacaram no trabalho no seu terreno predileto, mas não foi o único a colaborar para que a média em Ribafria se situasse em apreciáveis 35 km/h. De resto, a partir de Alenquer, e principalmente do cruzamento da Espiçandeira, para o falso plano ascendente que liga a Ribafria, o andamento subiu um bom nível, para disparar na rampa íngreme de entrada na subida de Palhacana (3,6 km a 4,5%).

Então, aqui, a separação definitiva. Ao contrário do que tinha sugerido/aconselhado na apresentação da Clássica, mas previsível pelo contingente de nível que nela figurava, logo na primeira rampa o andamento foi forte ao ponto de separar desde logo as águas... Mesmo entre os que se destacaram formaram-se dois grupos, que a irregularidade da vertente ajudou a reunir no derradeiro quilómetro da ascensão. No cume, talvez menos de um terço dos que integravam o pelotão no sopé: eu, Rui Torpes, Renato Ferreira, Tiago Silva, Ricardo Gonçalves, Augusto Vitorino, André, Ricardo Afonso, Capela, Duarte Azenha, Carlos Santos e, entrando mais tarde, Tiago Martins. Para mim, 175 de pulsação média. Uff...

Na ligação ao Sobral, recuperação. Mas a acalmia não chegou sequer à vila. Pelo menos, para mim, vítima (ou afortunado) de mim próprio... Ainda para mais tinha acabado de «ordenar» ao Afonso que não passasse mais pela frente (fê-lo por breves instantes no início da subida que terminara), que nos poupássemos para as (muitas) agruras que ainda se seguiriam. Mas eu aprecio quando o ritmo nas transições é morno e por isso passei para a frente para o estimular. Mas só isso. Ainda acenei para que me seguissem, e o que ganhei foi... a parceria do Torpes. Ui! Abeirou-se e lançou-me o desafio da fuga algo dissimulado (para meio entendedor...) e eu não podia fazer-me rogado. O mais que se disse foi: «queres lixar-me!». Presente envenenado! Mas muito proveitoso. A partir daí metemos um ritmo forte, em colaboração, embora sentindo-o sempre a não entrar em sobre-regimes. Eu nem tanto, principalmente desde que entrámos na subida da Cabeda (178) até ao Alqueidão (177). Não vislumbrarmos o grupo de perseguidores encorajava-nos. Estariam a ser permissivos. O Torpes alertava: «já vi fugas resultarem assim...»

No entanto, a resposta tardou mas foi eficaz. Pelos vistos, começou ainda na Cabeda e culminou já em plena descida da Louriceira. Nestas coisas há sempre «estranhezas», como a de o esforço da perseguição ter sido exclusivamente do Tiago Silva, num grupo tão bem composto. De qualquer modo, o facto de nos ter retirado quase 1 minuto no setor Cabeda-Alqueidão! Por esse motivo, apesar de ter durado cerca de 40 minutos (e muitas forças preciosas!), a nossa aventura não foi mais longe...

Então, para mim, era tempo de ver como era «recebido» no grupo. Não foi com hostilidade, o que agradeci, aproveitando para recuperar algumas forças na descida para Monfalim e Arruda. Mas a fuga tinha sido um estímulo e na abordagem à Mata voltei a encabeçar o grupo, no que tive rápida parceria do Augusto. Aí fiquei até ao primeiro gancho, quando o Tiago tomou as rédeas, fazendo grande parte das despesas até perto do alto, quando houve uma mudança de velocidade que deixou em dificuldades alguns elementos, entre eles, eu... (após 177 de batidas médias). Mas houve quem perdesse o comboio. Não definitivamente, porque a descida foi «sem pedalar» e seguiu-se uma paragem para reabastecimento na N. Sra. Da Ajuda.

A partir daí (já com as ausências do Afonso, Capela, Duarte e do Paulo Pais que nos intercetou na subida para o Alqueidão) e com o Tiago Martins reintegrado, rumámos à Tesoureira.

E novamente, para mim, o mesmo figurino (ou figurinha...). Entrei cheio de alma, como um lobo, como se não houvesse amanhã, com o ímpeto de manter todos aqueles poderosos na roda, mas apesar de não ter tido saída de sendeiro, tive de suar as estopinhas para me agarrar na fase final da subida (172). Nova baixa: André.

Seguiu-se Ribas, e pelas sensações que vinha a ter, não esperava que após a rampa de entrada, com o andamento estimulado por uma iniciativa do Torpes e do Augusto, não tivesse mais capacidade para seguir o grupo. As pernas não respondiam e tive de meter andamento de contenção, sempre a perder terreno. Na dianteira, só via o grupo perseguidor com o Tiago Martins em evidência – renascido das cinzas e mais dinâmico do que nunca! Os primeiros, não sei quanto tempo fizeram, mas o melhor registo do Strava foi o do Ricardo Gonçalves com 8m42s. O 3.º melhor! Muito bom! O Tiago, o último contabilizado, 9m17s, excelente! Eu, mesmo assim, 10m02s.

No Alto do Andrade, embora sem grande esperança de voltar ao grupo, não abdiquei e lancei-me a caminho de Lousa, para Montemuro. À entrada, o local incentiva-me: «eles vão mesmo aí à frente!». E iam... Após o cemitério, estavam a 200 metros e pareciam tranquilos. Por isso, carreguei (o que podia...). Só que... a pouco menos de 50 metros, (pareceu-me) o Tiago mexeu na frente (enormíssima parte final de Clássica: temos homem para o Gerês!) e levou o Torpes e o Augusto. Os restantes ainda hesitaram, mas creio que preferiram aguardar por mim. De qualquer modo, as forças já iam justas para todos. O Carlos Santos recuou e deu-me a sua roda para me recolocar. Mas a aproximação ao topo foi rapidíssima e levou-me a energia que restava até à reserva.

Resultado, logo que entrou a subida (e é suave) das Galés não deu mais, fiquei definitivamente sozinho, limitando-me a gerir o (pouco) que restava, porque ainda me faltava... chegar a Alverca!

Em Loures, 4 minutos de atraso para os primeiros. Mas, à chegada a casa, total de 170 km e 5h45m de grande treino – e estimulante ciclismo!

O TPC está feito, agora recuperar bem, e que venha o Gerês!

Alteração à Volta do próximo domingo

Novamente a pedido de «várias famílias» interessadas no Grandfondo do Gerês, altera-se a volta do próximo domingo, que seria a de Belas. Em sua substituição uma menos «áspera»: Ota que, por hábito, desenrasca este tipo de situações, embora na sua versão mais longa, com 116 km, com início por Frielas, Unhos e Sacavém. O percurso.
Fica então a alteração.

Já para a próxima terça-feira, feriado, a volta eleita é a do Reguengo. O percurso