quinta-feira, junho 28, 2012

Crónica de Alenquer


O meu regresso às lides do grupo, após mais de um mês de ausência por motivos de intervenção cirúrgica para debelar «doença de idosos» - entenda-se, varizes... – foi mais positiva do que estaria à espera. Não que a malta me tivesse poupado a esforços impróprios, mas porque, voluntariamente, expus-me àqueles (aos impróprios, sim!) mais do que seria expectável. Tal como o foram as sensações e o rendimento, permitindo-me suportar as cargas e até colaborar com razoável atividade na dianteira do pelotão na fase inicial do percurso, quase totalmente plana (Loures-Alenquer). E nem por isso a velocidade média foi baixa ao ponto de facilitar. Pelo contrário, naquele troço fez-se 33 km/h, sendo que entre Sacavém e Alenquer superou-se mesmo os 34 km/h.

Aí, até onde consegui permanecer no grupo principal, antes de iniciar a zona mais acidentada com a subida para o Alto de Perrotes (Alenquer), houve muita animação, com o Renato Ferreira a estimular o andamento para «valores» sempre muito próximos dos 40 e sempre com companhia interessada em aproveitar a sua roda. Entre as várias alterações de velocidade (sempre progressivas, nunca acelerações violentas), algures próximo de Alhandra destacou-se um trio encabeçado pelo Renato e que se completava com o Felizardo e o Pedro. A esta rutura não foi alheio alguma displicência de alguns elementos que seguiam nos primeiros lugares do pelotão, que por diversas ocasiões deixaram abrir «buracos» proibidos em condições em que o andamento era forte e o vento soprava desfavoravelmente. De qualquer modo, não foi, de todo, uma atitude voluntária, mas sim, segundo me pareceu, resultado de algum «desconforto» em suportar o andamento à frente. Nestes casos, é recomendável passar-se para o seio do grupo – porque na maioria destes casos as consequências são as que sucederam... Adiante.  

O referido trio de fugitivos manteve, com consistência, uma vantagem entre os 100 e os 300 metros para o pelotão, que não facilitou na perseguição. O excelente cooperação entre ambos – embora fosse previsível que com participação mais profícua do campeão nacional de BTT – permitiu-lhe entrar na subida de Perrotes destacados do pelotão, embora já com mais dois elementos, o Pedro da Amadora e o André, que se juntaram aos da frente após o Carregado, saindo do pelotão em condições meio esquisitas (houve um carro que se interpôs, que insistia em oferecer abrigo... sem se perceber a intenção).

Bom, a partir do início da subida, a minha história foi... outra, definitivamente retardatário até ao final da volta. Primeiro, na (agradável) companhia do Alexandre, cuja parceria com um bom tónico para ultrapassar a primeira subida sem grande esforço (e não em solitário, mas em amena cavaqueira sobre as peripécias da recente Clássica da Serra da Estrela), e em seguida, com mais alguns elementos: o Salvador, o Pina (a partir de Santana da Carnota) e ainda um grupo de cerca de uma dezena de unidades que nesta localidade se encontrava parado a retemperar forças, junto a um café. Assim, só o incentivo da presença de todos permitiu-me completar a totalidade o trajeto numa tranquila gestão controlada de esforço, que, de resto, era fundamental após a referida parte inicial em que me excedi...

Este regresso ao grupo, todavia, foi, por ora, fugaz, uma vez que nas próximas duas semanas estarei uma vez mais ausente, mas por motivos bem melhores que os anteriores... De qualquer modo, a atividade não para, e já no domingo cumprir-se-á mais uma volta do calendário: N. Sra. da Ajuda, que é um belo pitéu! (clicar para ver o percurso).                  

1 comentário:

Nuno Mendes disse...

Amigo Ricardo espero que estejas a recuperar da operação e a recuperar a forma quero fazer uma rectificação na fuga Renato,Felizardo e o Nuno Mendes.Abracos que amanha vou estar no raid de Bucelas boa volta