quinta-feira, dezembro 26, 2013

Calendário da temporada de 2014



Aí está o calendário para a temporada de 2014! Entre voltas, clássicas e «outras que tais», aguardam-nos mais de 6000 km de asfalto para «bater». Bastante!

A época que se avizinha tem poucas novidades, mantendo-se o esquema dos últimos anos, com as Voltas domingueiras, as mais competitivas Clássicas (as nossas e as de outros grupos...) e os Grandfondo que conquistaram lugar no alinhamento.

Renova-se, na próxima temporada (ano), o desafio ao grupo ou, em particular, aos seus elementos mais ativos – que são cada vez mais, realce-se! -, da participação em alguns eventos de caráter nacional (ou já um pouco internacionais...), como as provas de Granfondo. O pioneiro Skyroad da Lousã (em outubro), o estreante em 2013 Grandfondo do Gerês (15 de junho). Além destes, o Grandfondo o Challenge de Évora (dia 27 de abril, inscrições abertas com desconto até dia 31), a prometer níveis idênticos de organização e de espetacularidade. Fica, então, o repto, tanto mais que é importante ajudar a impulsionar este tipo de iniciativas de promoção do ciclismo amador, por que há tanto tempo ansiávamos em Portugal, e que, finalmente, parece começar a «pegar».   

A natureza do calendário-2013 mantém-se, embora com uma ligeira «nuance» logo à entrada: o mês de janeiro não será tão «plano» como nos últimos anos. O motivo deve-se ao início de preparação da maioria dos ciclistas, cada vez mais antecipado (muito para dentro do ano anterior) e com isso os níveis de forma a surgirem também mais precocemente. Não fará muito sentido prolongar a planície total» até fevereiro ou mesmo março. Assim, para os dois primeiros meses estão planeadas algumas Voltas novas, com percursos já estimulantes. Para a malta testar o trabalho desenvolvido há já alguns meses.

A primeira Clássica, a de Santarém, está marcada para o primeiro domingo de março (dia 2) e a Clássica de Santa Cruz três semanas depois (23), novamente a chegar antes da de Évora (6 de abril).

Ainda e em abril teremos o Roteiro dos Muros (13) e o Grandfondo de Évora (27), e em maio a Clássica de Montejunto, por Vila Verde (4) em parceria com os Duros do Pedal. Também por iniciativa deste grupo, a Clássica das Lezírias (25) - ou será o regresso do Tróia-Sagres Primaveril?!, segundo algumas sugestões tenho lido por aí... 

Julho abrirá com a Clássica Pina Bike, antecipada em relação a 2013 e com um percurso montanhoso. Motivo: a maioria das Clássicas são essencialmente planas (Santarém, Évora, Cartaxo) e os trepadores também devem tê-las com o seu terreno de eleição... Parece justo. Aliás, esta poderá muito bem servir para apurar a forma para o Grandfondo do Gerês (15).

No final de julho, a Clássica do Cartaxo (27) e a meio de agosto (feriado de dia 15), a Clássica de Montejunto, por Pragança, a terceira com os Duros. Setembro será de transição para um mês de outubro recheado, que trará o Skyroad da Lousã e a Clássica dos Campeões, antes do Livramento-Óbidos, organizado pelo camarada Paulo Pais, a encerrar, em grande, a temporada.

 

Aqui ficam, desde já, as Voltas novas (ou renovadas) de 2014:

Ericeira (Assafora/Sintra): 19 de janeiro

Carmões: 26 janeiro

Voltinha Saloia: 16 de fevereiro

Sobral da Abelheira: 18 de maio

Topos de Alenquer: 22 junho

A-dos-Loucos: 24 de agosto

Enxara do Bispo: 14 de setembro

Boas pedaladas!             

Domingo: Alcoentre

A Volta do próximo domingo, a última do ano, é de Alcoentre. O percurso é o seguinte (atenção que no calendário está Alcoentre-Aveiras-Ota, mas a ligação é Alcoentre-Aveiras de Cima-Aveiras de Baixo-Azambuja).

Nota: o calendário de 2014 será publicado durante o dia de hoje.  

segunda-feira, dezembro 23, 2013

Crónica de Santo Estevão


A última volta de Santo Estevão de 2013, e a penúltima do calendário do ano, já não foi, propriamente, um longo treino de endurance. Não, pelo menos, na sua extensão total. Após quase dois terços da sua duração em que cumpriu os requisitos, alinhada com as que se têm sucedido há várias semanas, algures, depois da rotunda do Infantado de regresso ao Porto Alto e a Vila Franca, o nível de intensidade subiu a patamares ainda inéditos esta temporada ou, pelo menos, tão duradouros. Talvez não tenha sido para a maioria dos participantes – ou mesmo a esmagadora maioria -, mas foi para um punhado, em que me incluo. Todavia, arrisco afirmar, foi um teste bastante positivo sobre o trabalho já assimilado.

De Loures a Santo Estevão (onde se parou para o tradicional cafezinho de Inverno), a média foi de 34 km/h. Ou seja, muito boa, embora para os que se resguardaram no conforto do numeroso pelotão não tenha representado dificuldades de maior. No meu caso, excetua-se a passagem, sempre incómoda, pela reta do Cabo.

Há que destacar quem mais trabalhou, entre eles, o Bruno, o Mário «Kiryienka» - que se revela, cada vez mais, um excelente e abnegado trabalhador -, o Jony, o Jorge e talvez alguns outros também, que não me foi possível observar devido à minha quase permanente posição na retaguarda do pelotão. Aliás, só a abandonei nos últimos quilómetros antes de Santo Estevão, acabando por finalizar o setor à frente do grande grupo, a uma intensidade já elevada. No topo à entrada da vila, o habitual sprint, com o Jony e o André em destaque.

No reatamento, após uma ligação tranquila até à rotunda do Infantado, tomei a liderança do grupo em parceria com o Mário, rolando na casa dos 35-38 km/h. E eis que o Hugo Arraiolos se adianta, com algum ímpeto, não em esticão, o suficiente para ganhar algumas dezenas de metros que foi progressivamente aumentando. Perante a inércia dos restantes, mantivemo-nos na dianteira, movendo a perseguição, que se arrastou durante «longos» 13 km, a uma média de 40 km/h, praticamente até ao Porto Alto. Entretanto, ainda a meio deste troço, o Ricardo Afonso decide saltar no encalço do fugitivo, alcançando-o com muito esforço, que custou a incapacidade de o ajudar. Só na última fase, com a fuga já controlada (uff...) contámos com ajuda – e de muitos poucos, no fundo, efetivamente, só o Jorge...  - e ainda tivemos de lidar com o estorvo de outros, cuja intervenção só serviu para desestabilizar e que só se assomaram à frente quando faltava apenas fechar meia dúzia de metros.

Com o pelotão novamente compacto, nem por isso o Arraiolos deixou a dianteira, mantendo um ritmo fortíssimo, que a partir daí impressionava ainda mais pela sua longa duração. Está, sem dúvida, em forma, após a preparação e participação no Troia-Sagres. Na reta do Cabo, teve a colaboração do Tiago Pereira. Mas, a cerca de 1-2 km da Ponte de Vila Franca, quando, por fim, o incansável homem do dia deixou a dianteira, e o Tiago aliviou ligeiramente, o André atacou, ganhando alguns metros. Terá pretendido dar seguimento ao pseudo-trabalho que o já seu habitual «parceiro» Arraiolos desenvolvera (embora não creia que fosse a intenção deste) e capitalizar o desgaste que causara aos seus perseguidores. Em mim, sem dúvida, pois já não tinha energia para mover nova caçada.

No entanto, o Tiago acelerou e anulou a iniciativa do André, que fez questão de lhe «agradecer»... crendo nele mais um aliado contra a armada Pina Bike. Julgo que, na ponte, o André voltou a atacar, no que consegui aperceber-me à distância, após ter tirado o pé, recuperando até final daquela saturante perseguição, mantendo-me na causa do pelotão depois de Vila Franca, altura em que o Zé-Tó impunha a «lei da cabra». A assiduidade deste sénior do nosso grupo tem sido elevada esta pré-temporada. Será que o teremos de volta aos bons velhos tempos em 2014? Os Pina Bike precisavam...

Nota: recorde-se que o calendário de 2014 será anunciado aqui no próximo dia 26.                

sexta-feira, dezembro 20, 2013

Domingo: Sto. Estevão

A volta do próximo domingo, dia 22, é a de Santo Estevão. Percurso bem conhecido, inteiramente plano, manter a toada nesta pré-temporada

quarta-feira, dezembro 18, 2013

Crónica do Reguengo


O pelotão do Pina Bike continua a acumular quilómetros nesta pré-temporada. Fá-lo como tradicionalmente, em terreno plano, mas agora com surpreendente ineditismo: a ritmos moderados, muito mais recomendáveis do que os habituais inícios de época musculados e a intensidade alta.

A volta do passado domingo, do Reguengo, foi mais uma que confirmou a nova tendência desde o reatamento dos treinos. Rolou-se quase sempre a ritmo de endurance, umas vezes mais baixo, outras mais elevado, promovendo-se a camaradagem e, tal como tem sucedido amiúde – e com aplauso -, exercitou-se alguns movimentos de cooperação à cabeça do pelotão, que estimulam igualmente o coletivismo. Aguardemos pelos proveitos quando a próxima temporada entrar. Ela está logo ali...

Desde Loures a Alverca, andamento tranquilo, mas até Vila Franca houve diversos elementos a quererem estimulá-lo. Dois ou três km/h mais, e perante o relaxe dos que comandavam as operações não tardou a que o grupo se fracionasse. Primeiro, apenas quatro ou cinco unidades a adiantarem-se, mas não demorou a que os «principais» saltassem de trás. A esmagadora maioria deles, uns para a roda dos outros... Atravessávamos a zona de Alhandra.

Dois grupos com claríssimas diferenças de «peso». Por isso, não convinha que se separassem demasiado numa fase tão madrugadora da volta, impondo uma perseguição, nem que fosse para controlar. Mas, após o empedrado de Vila Franca, era certo que o reagrupamento ficaria dependente da vontade dos poderosos da frente. Se decidissem «carregar» (e ainda mais colaborar entre si) dificilmente os veríamos mais. Não quiseram, felizmente. E eu e o Richie Porte levámos os de trás até ao convívio dos da frente, ainda passávamos pela Castanheira - e sem grande esforço...

Daí em diante, velocidade de cruzeiro de 35 km/h até Cruz do Campo, com intervenção partilhada, entre outros, eu, Jony, Tiago Pereira, Bruno e o Zé-Tó, com a sua «cabra». Os topos antecedentes não fizeram mossa, e depois da reta da Valada, cafezinho retemperador nesta vila. Ao belo solinho...

No reatamento, eu e o Jony, em parceria, levámos o grande grupo ainda àquela velocidade, pela pitoresca estrada da lezíria de regresso à Azambuja. Endurance! Pouco depois de reentrar na EN3, a caminho do Carregado, o Renato Ferreira tomou as rédeas e o andamento passou a um nível acima – para os 40! O jovem bucelense teve a colaboração de mais três ou quatro elementos, entre eles, o Carlos Santos, mantendo o ritmo. Por curiosidade, agora que eu estava na roda, o pulso continuou como quando estava com o peito ao vento. A partir do Carregado até Vila Franca, dos 40 de média passou-se aos 42, com algum estímulo extra, por exemplo, do Freitas, que tinha ido ao nosso encontro.

E então, pelo segundo fim de semana consecutivo houve sprint em Vila Franca. Bem-haja! Bem lançado (pelo Freitas) e melhor terminado pelo Jony, a fazer jus à sua superioridade neste tipo de situações e a impor-se ao Hugo Arraiolos (os três tinham feito o Troia-Sagres na véspera!...) e ao André. Eu, sem sprintar, apenas mantendo a cadência e escolhendo a boas rodas, cheguei pouco atrás. No registo do indesmentível Strava, num segmento de 900 metros (cerca de 100 metros após a rotunda da A1 e até 50 metros antes dos semáforos), estabeleceu-se o segundo melhor tempo dos stravianos (Arraiolos), com uma média de 51.5 km/h, a apenas 4 segundos (apenas é relativo...) do mais rápido, o «pro» António Barbio (55.2 km/h). Uma marca que ao Jony, no seu melhor, não deverá escapar.

Até Loures não se baixou muito a bitola: 35 km/h (quando dei a volta no Tojal), experimentando-se, inclusive, uma aceleração no final da subida da Sagres (Cabo). Quiçá, já a pensar na Clássica de Santarém...                  

sexta-feira, dezembro 13, 2013

Volta do próximo domingo (dia 15): Reguengo

A volta do próximo domingo é a do Reguengo. O percurso é o seguinte.

quinta-feira, dezembro 05, 2013

Crónica da Marginal-Alcoitão e volta do próximo domingo


A volta do último domingo foi a demonstração de como se pode rolar durante dezenas de quilómetros a muito bom ritmo, sem o stress das correrias desenfreadas e promovendo ainda «situações» interessantes de ciclismo, como fuga e perseguição. Tudo isto, apenas na primeira metade do percurso e em cenário aprazível: a longa ligação entre Loures e o Estoril, pela zona ribeirinha de Lisboa e a belíssima Marginal.

No entanto, a «situação» «deu-se» de uma forma que considero casual (não premeditada) Explico: logo nos primeiros quilómetros após a saída de Loures, em Ponte de Frielas, já havia um elemento adiantado ao enorme pelotão. O Ricardo Gonçalves, com andamento acima dos restantes, pôs-se em fuga, creio, sem realmente querer. Simplesmente, foi... Porque ninguém no grande grupo pareceu importar-se, contrariando o que é habitual, com o terreno plano, em que «situações» destas nem sequer se concretizam. A maioria morre à partida, por falta de «autorização» de um impulsivo e pouco paciente pelotão.

E eis a virtude. Pelo facto de o grande grupo tê-la permitido não acelerando imediatamente ao mesmo ritmo, preferindo manter-se tranquilo (talvez a fase inicial da época tenha tido a sua influência), a um andamento que possibilitava não perder demasiado tempo para o homem da frente, experimentou-se a referida «situação», em que foi demonstrado, cabalmente, a capacidade de uma coluna, bem organizada e com músculos fortes e disponíveis, para gerir e anular (com mais ou menos dificuldade) qualquer iniciativa, mesmo de um ciclista de nível, exímio rolador, como o Ricky Gonçalves -, que, a bem da verdade, não estaria na dianteira preocupado para aí manter-se a todo o custo.

Cá atrás, o lote era extenso e igualmente capaz de, num esforço concertado, alcançar o fugitivo, embora, também no pelotão, não parecesse haver especial interesse no fugitivo que, amiúde, era avistado a cerca de 300-400 metros, sempre em boa pedalada, por vezes, a perder-se de vista, às tantas, também da memória...

No comando do pelotão poucos mas empreendedores. Entre os mais assíduos, salvo alguma omissão: Jony, Freitas, Nuno Mendes e eu.

Foi preciso uma mudança imprevista e, por sinal, bastante forte de ritmo no grupo, após o cruzamento da Cruz das Oliveiras até perto de Carcavelos, imprimida pelo Jorge (acima dos 45 km/h nesse troço), para relembrarmo-nos que existia alguém escapado. Num ápice, passou a estar a não mais de 100 metros. A partir de então, até ao Estoril, onde o cenário e o terreno mudariam, não voltou a ganhar vantagem, e sim, agora parecia estar a ser controlado e até a haver um esforço para a sua anulação.          

 

A partir do Estoril, mudança de perfil, alteração de figurino. Desde o início da longa ascensão (mais um falso plano) até à rotunda de Ranholas, adaptaram-se os andamentos: foram ou ficaram os que puderam ou quiseram. Em número inferior a dez. De início, a parte mais inclinada, todos a seguir (ainda) o Ricardo Gonçalves, que se manteve incólume, impávido e sereno após ter sido alcançado pelo pelotão.

Até ao alto, com ritmo vivo, não demasiado intenso, mas ainda assim castigador, tal como a oposição do vento, o comboio perdeu cerca de metade das suas peças, depois de tanto eu, como o Bruno e o Ricardo Afonso (que forma!) terem passado pela frente. Em S. Pedro de Sintra, além destes, apenas o André (com mais de 200 km e a Arrábida nas pernas na véspera). Após a descida para Sintra, paragem retemperadora para café.

No reatamento, outra toada, mais incaracterística, com menos elementos, vento frontal e um andamento um pouco de sacrifício. Do tipo de deixar andar até ao fim...

Volta que valeu essencialmente até Sintra e acima de tudo pelas ilações a retirar do comportamento do pelotão perante um elemento em fuga (mesmo que sem querer), e o seu poder aglutinador em terreno plano, mesmo perante um fugitivo de bom nível. Para ponderar em futuras ocasiões, em prol de benefícios diversos.

 
A volta do próximo domingo é a da Ota (com início do Sacavém). PERCURSO

quinta-feira, novembro 28, 2013

Domingo: Marginal-Alcoitão

A volta do próximo domingo é a da Marginal-Alcoitão. O percurso é o seguinte.

quinta-feira, novembro 21, 2013

Crónica de A-dos-Arcos e domingo para a Lezíria do Tejo

A reter da volta do passado domingo, A-dos-Arcos: pelotão bastante numeroso, a refletir interesse igualmente de muitos na preparação da próxima temporada e ritmo mais uma vez adequado à pré-época.

Andamento de cruzeiro que não foi de passeio na primeira metade do percurso até ao Carregado (km 35), imprimido desde o início e quase sempre pelo Jony, apenas com algumas parcerias esporádicas. Pedalada consistente e duradoura, a deixar todos os outros a beneficiarem do seu muito bom ritmo. Será que teremos, em breve, de volta o homem mais rápido?

Após o «coffee break» no Carregado, relevo mais acidentado, para Arruda, com a necessidade de se proceder a recolagem devido a saída antecipada e/ou arranque tardio do local. Eu nestes últimos, a «experimentar» boas sensações. Antes de Arruda, pelotão compacto.

A caminho de Pontes de Monfalim, pequenos cortes a demonstrar as diferenças de estado de forma ou/e mais empertigamento de uns nesta fase prematura da temporada, mantiveram a intensidade num patamar superior ao da primeira metade do trajeto. Na entrada na subida para A-dos-Arcos o Freitas impôs um ritmo muito bom, levando-me na roda (já o fazia desde a reta da Fresca), antes de ser rendido já depois da aldeia da Batalha (fase em que a subida de acentua) pelo Carlos do Barro, também com muito bom nível (seria a volta do regresso das antigas glórias?!).

E eu na roda deste, o que acabou por ser uma espécie de doce com sabor... a fel, quando também este concluiu o seu desempenho. Digo-o, sem críticas! Pelo contrário, com saudosismo da minha parte pelos intervenientes em questão. (Nem mais a propósito, ao início da manhã o Carlos recordara-me com satisfação algumas cavalgadas em tempos idos do grupo que ficaram gravadas na memória. Ai aquela «tática» para Montejunto!...).

Com o pelotão cada vez mais estirado, o trepador do Barro deixou-me com o «andamento nas mãos», pois estava longe de ser pretensão minha elevar a intensidade, pelo menos durante o tempo que restaria até ao alto. Mas nestas coisas...

Levei até cerca de 1 km do cume, quando o André saiu de trás e adiantou-se, levando na roda o Tiago Pereira, outro jovem com muito «pedal». O Bruno, sempre lá, tentou ir no encalço do duo (e ainda me desafiou a segui-lo, mas rapidamente o esclareci que já tinha sido demais...) e ficou em posição intermédia. Acabámos por nos juntarmos até ao alto, onde os dois da frente também não chegaram com grande vantagem, não mais de 15 segundos – e o Tiago a parecer (a mim) mais fresco do que o André.

Igualmente a mostrar os níveis de forma díspares num pelotão tão numeroso como aquele, foi a chegada a conta-gotas dos restantes e o significativo atraso dos mais demorados. No entanto, reforço (admitindo...) que muito mais do que a boa disponibilidade física, normal por não ter feito pausa invernal, não estava nos meus planos para o dia elevar tanto a pulsação. Portei-me mal e já me castiguei. À escola antiga. Dando a mão à palmatória!

Neste fim de semana (dia 24) iremos para a lezíria do Tejo, por Benavente. Refiro-me à estrada campestre que liga esta vila à reta do Cabo, junto à antiga estalagem do Gado Bravo. Eis o percurso     

quinta-feira, novembro 14, 2013

Domingo: A-dos-Arcos

Para «queimar» as calorias do jantar-convívio de sexta-feira, a volta do próximo domingo é a de A-dos-Arcos, quase sempre a rolar... O percurso já é conhecido de outros anos e tem como particularidade dar-se a volta na Azambuja (1.ª rotunda), além, é claro, da subida para A-dos-Arcos, com cerca de 3,5 km a uma inclinação suave (apenas o piso não está muito famoso), após a ligação Carregado-Arruda.

sexta-feira, novembro 08, 2013

Jantar de final de época no dia 15

O jantar de convívio de final de época vai realizar-se no dia 15 de novembro, sexta-feira, no restaurante Cantinho d'Arruda.
Inscrições até ao dia 13, incluíndo sinal de 10 euros (na loja Pina Bike).

quarta-feira, novembro 06, 2013

Crónica da Volta do Camarnal e Volta do próximo domingo

No último domingo, voltinha «higiénica» com passagem pelo Camarnal. Terreno plano e ritmo bastante moderado que só após a Arruda e principalmente na descida de A-do-Barriga para Alverca foi mais do que isso... Então, à maneira de quem gosta de altas velocidades, numa descida que exige pedal e pouca técnica (minimizando os riscos).
Nota-se que a maioria da malta (ainda ou já...) tem carga nas pilhas, mas conteve-se, permitindo que o pelotão, bastante numeroso rolasse compacto quase toda a tirada, com diversos elementos que o integravam «seduzidos» pela perspetiva de que o andamento fosse acessível ou conforme as suas pretensões.
E assim se aproveitou tranquilamente cerca de 3h30 de uma manhã ensolarada com direito a paragem para café no Carregado.

Volta para o próximo domingo, dia 10. Percurso: Tojal, Bucelas, Forte de Alqueidão, Sobral, Merceana (Aldeia Gavinha), Alenquer, Carregado, Vila Franca, Alverca, EN10 até Sacavém, Apelação, Frielas, Loures

quinta-feira, outubro 31, 2013

Crónica do «Livramento-Óbidos»


O evento Livramento-Óbidos-Livramento (chamemos-lhe apenas Óbidos para simplificar), organizado pelo meu amigo e camarada destas andanças, Paulo Pais, desde a sua primeira edição (e como me recordo de a ver ainda com uma ideia na incubadora!) tem a particularidade, quase exclusiva entre iniciativas do género, de resumir em pouco mais de 100 km e de 3 horas na estrada toda uma temporada de ciclismo. Nele, confluem todos os anos, correspondendo à convocatória/convite do popular anfitrião, dezenas de praticantes entusiastas do ciclismo, numa amostra do que é, atualmente, esta atividade na nossa região, arrisco dizer, no país. Alinham «gentes» de diversas proveniências, distintos historiais na modalidade e níveis de competitividade díspares. De antigos profissionais como o impagável Carlos Marta a discretos «domingueiros»; a alguns dos mais reputados corredores amadores destas bandas (inclusive ao nível nacional, como a Taça de BTT, Masters, Sub-23) e a muitos que fazem da paixão pelo ciclismo uma extensão importante do seu quotidiano, treinando afincadamente (diariamente, como profissionais), só porque sim...; ou para participar (e querer fazer boa figura) nas já célebres Clássicas promovidas por diversos grupos (Pina Bike, Duros do Pedal, R-Bikes, Passarada) e nos entretanto (finalmente!) criados e emergentes Granfondo (Gerês, Lousã, Évora). Fazem-nos num espírito de são convívio e com uma predisposição sem condicionalismo para uma refrega competitiva final, como que a celebrar o encerramento de uma época longa e recheada. O Óbidos tem tudo isso, e muito mais...

E a edição deste ano não fugiu à regra! Pelotão com cerca de 30 unidades e a aumentar na primeira fase do percurso até à «mui formosa» vila de Óbidos, em que, de acordo com o «regulamento da «prova», que vigora deste sempre, respeita-se um «acordo de cavalheiros-ciclistas» para manter andamento moderado a fim de manter o grupo compacto e promover a (tal) convivialidade que torna este evento tão especial.

No regresso, a partir do Bombarral (os derradeiros 40 km), então sim, abrem-se as hostilidades e acrescenta-se à parte lúdica a (tal) componente competitiva que muitos dos participantes experienciaram ao longo da temporada. E não há contemplações, faz-se (ou reproduz-se o efeito de) uma autêntica corrida, sem efetivamente o ser... Disse-se, no final, que fora menos exigente do que em anteriores edições. Houve quem a considerasse demasiado tática. Mas ninguém deve discordar que teve todos os condimentos que se reconhece à (saudável) competição. A velocidade média elevada, os ataques, até a referida estratégia, a adrenalina, a vertigem e... a noção de chegada/meta.

Como habitualmente, soltaram-se as feras logo a seguir ao Bombarral a caminho do Outeiro da Cabeça. É verdade que não foi uma abordagem desenfreada como já sucedeu noutro anos, mas os 37 km/h de média à passagem pelo topo final, após o falso plano ascendente que se conhece (7 km a 1%), desmente a «tese» da facilidade. Talvez o andamento certo, sem grandes oscilações ou ataques, terá contribuído para acentuá-la (a «tese»). Mas, como sempre, serviu para se ficar a saber (os que não sabiam...) que, a partir daí, a cavalgada estava lançada e pararia... só no final!

Após isto, sim, começaram os ataques, embora, naquele terreno (tão rápido), todos condenados à partida. Por volta desta altura, assumiram-se os que traziam mais pretensões ou... força. Entre todos, destacou-se o Tiago Silva, que foi, sem dúvida, o homem do dia, pela constância à frente do grupo e o contributo para o ritmo elevado. Mas, acima de tudo, porque apesar deste desgaste, teve capacidade para ser manter entre o muito selecionado grupo da dianteira no final, e de o discutir com os mais fortes e (claramente!) mais poupados/frescos. Entre estes, o André, que, ao seu estilo, carimbou no alto do Livramento, à chegada, sem antes ter passado um milímetro sequer pela frente do pelotão/grupo. De qualquer modo, não o «condeno», pois considero (opinião pessoal) que traz um fator adicional a estas iniciativas, o da pura competitividade, e que obriga os restantes - que tiverem interessados -  a procurar formas de o contrariar. O que não é fácil. Ou melhor, é extremamente difícil, dada a sua enorme capacidade. Contudo, (novamente opinião pessoal) valorizo muito mais (neste caso) o desempenho do Tiago Silva.

Mas este dois não foram os únicos a mostrar serviço nesta jornada. Ficou na retina, desde logo, a disponibilidade do anfitrião PP, em crescendo de forma desde a mini preparação para o maxi desafio do Grandfondo da Lousã. Esteve sempre a espreitar os primeiros lugares e, quando pôde, deu um ar da sua graça – como muito gosta de fazer... Também o João Aldeano, embora ainda em recuperação da forma física após a longa paragem devido a queda grave, não perdendo o ensejo de, a espaços, emprestar mais vivacidade ao andamento. O Marquinhos (após uma «falta» imperdoável na Lousã), que liderou as operações na complicada e exigente passagem pela variante de Torres até Catefica. Interrompido, na subida para o nó da A8, pelo ataque forte do Tiago Silva, que foi rapidamente anulado após uma perseguição consistente que fez a seleção definitiva no grupo. A primeira, embora ainda ténue, fi-la no topo do Ameal – não sei porquê, mas nas minhas participações tem sido frequente sentir-me bem nesse local -, onde meti um «Tempo» de intensidade alta (para mim). No resto, para mim, foi só! Tanto mais, que não houve mais descanso e já foi uma tarefa suficientemente difícil permanecer entre o cada vez mais espremido grupo da frente.

Outra das figuras do dia foi o Filipe Arraiolos, a dar continuidade ao seu excelente momento no Skyroad. Esteve sempre entre os primeiros e deu claramente a ideia (arrisco, a certeza) de estar a trabalhar para o André. E melhor não poderia fazê-lo – a não ser levá-lo ao colo até à chegada. Fundamental a manter carga no andamento, a fechar espaços e, cereja no topo do bolo, a desferir um magnífico ataque na Freixofeira que deixou autenticamente o seu «chefe-de-fila» num sofá... Motivo: entre os 7-8 elementos do grupo da frente já estavam todos muito justos, e o esforço que se requeria ao Tiago Silva para a perseguição deixava-o automaticamente fora da discussão final. Mas, «eis senão quando», surge o João Rodrigues (Ciclismo 2640) a dar o peito ao vento e, num esforço louvável (e impressionante de força) acabou por deixar à mercê, à passagem pelo cruzamento da Azueira, o fugitivo que já parecia inalcançável.

Depois, na rampa final gastaram-se as últimas balas (quem a tinha, porque eu...), com o jovem promissor do ciclismo nacional, João Silva (outro bem resguardado), pronto a apresentar os seus argumentos, mas, tal como sucedeu numa célebre edição anterior ao Marco Almeida, enganou-se e seguiu em frente junto ao jardim da igreja, abrindo caminho ao André, o mais explosivo dos restantes. Mas o Tiago (ainda ele) ficou com o mesmo tempo do «vencedor». Lá está...

P.S. No elitista grupo da frente à chegada, não poderia deixar de mencionar a presença (em destaque) do Pina Bike Nuno Mendes, em extraordinário final de temporada.                                 
 

Domingo: Alenquer-Camarnal-Arruda

Domingo, planura... Mas não só, para não entrar demasiado cedo na monotonia. Por isso, se não contarmos o «carolo» inicial de Frielas para Unhos, depois de uma longa planície até Alenquer  (EN10/EN1), com passagem inédita na «pró-desportiva» vila do Camarnal, segue-se uma incursão por terreno ondulado (Carregado-Arruda-Alverca), antes de um final novamente rolante.
Não só planura, mas sim só, intensidade moderada (no meu caso pessoal) para cumprir, a preceito, a primeira saída de grupo do defeso da  temporada.

O percurso é o seguinte

segunda-feira, outubro 28, 2013

Final de temporada (a minha)

Livramento-Óbidos-Livramento - 2013: o ambiente especial que caracteriza os eventos organizados pelo camarada Paulo Pais. Grande manhã de ciclismo, com um pelotão numeroso e bastante animado. Como mandam as «regras», no regresso, desde o Bombarral, andou-se «à séria», com diversos momentos de bastante animação e ainda maior intensidade. Para final de época, o empenho foi apreciável O PP merece-o! No próximo ano lá estaremos. Desde logo, na volta do Arroz Doce.
A crónica surgirá logo que a minha disponibilidade permita...

Entretanto, desde ontem, após o Óbidos-Livramento-Óbidos, está «oficializado» o defeso da minha temporada. Depois de 15.500 km e quase 600 horas de «pedal», o merecido descanso. Mas este ano resistirei afincadamente à atração da paragem total... Para 2014, o objetivo é subir um degrauzinho mais que seja, e à falta de mais tempo/disponibilidade/capacidade há que dar mais atenção aos pormenores, melhorando o que poderá ser possível melhorar face aos condicionalismos do quotidiano. Entre aqueles, a pretensão, a cada ano repetida mas nunca concretizada, de aliviar o pé aos domingos com o grupo e/ou fazer algumas «folgas». Este «pormaior» é, sem dúvida, um dos que refiro, e um dos mais importantes. Todavia, para quem não tem objetivos competitivos (oficiais) é difícil ceder ao «pragmatismo programático», mas com a entrada (finalmente) dos Granfondo em Portugal (em 2014 já serão três) pode ser que encontre a motivação que tem faltado para resistir às cavalgadas ineterruptas, domingo após domingo. E que dão tanto gozo ao fim de uma semana de trabalho e de treinos solitários...

sábado, outubro 26, 2013

Programa para este domingo

Para os que não forem ao Óbidos-Livramento-Óbidos, organizado pelo camarada Paulo Pais (no Livramento, junto ao pavilhão gimnodesportivo; concentração a partir das 8h30; partida às 9h00; cerca de 100 km), a volta deste domingo é a de Runa. Eis o percurso:

quarta-feira, outubro 23, 2013

Crónica da Clássica dos Campeões


Clássica dos Campeões, a última da temporada, foi de bom nível mas acusou as limitações da sua posição tardia na época. Alguns concluem-na (a época) em excelente forma, entre estes a maioria que participou no Skyroad ainda há uma semana; outros já em declínio, natural, devido ao «peso» dos muitos quilómetros. Todavia, comum a todos, o desejo do merecido período de defeso - que, para mim, virá logo após o Livramento-Óbidos, do camarada Paulo Pais, no próximo domingo.

Por isso, os participantes não foram em número tão elevado como é habitual nas Clássicas. De qualquer modo, foram entre as 15 e 20 unidades, e com «pedal» suficiente para se ter cumprido uma média muitíssimo interessante e para diversos momentos de enorme animação.

A saída de Loures foi tranquila e só a partir de Alverca a velocidade média ultrapassou mais largamente os 31 km/h que se registavam à passagem pela cidade. Entre esta e Alenquer, média de 35,5 km/h, com o pelotão compacto e a rolar em ritmo certo.

A entrada no sobe e desce, que culminou com o carrossel da Espinheira só aqui trouxe novidades. Após a Abrigada, adiantou-se um quarteto de respeito (Nuno Mendes, os Brunos, Felizardo e de Alverca, e o Carlos Santos) – que rapidamente se reduziu a trio com a saída deste último -, que não demorou a ganhar vantagem nas vertentes da Espinheira, perante a «autorização» do pelotão comandado pelo Ricardo Gonçalves, o «puto» André, o Filipe Arraiolos, eu e o Jony.

Ultrapassado este parte-pernas, na descida final, o Arraiolos embala o grupo, desencadeando a perseguição, a que correspondeu, numa primeira fase, o Jony, que fez a subida até à rotunda do Cercal (muito bom ritmo, sempre acima dos 30 km/h), e após esta, o primeiro momento de grande intensidade: o André mete um passo fortíssimo na subida do Cercal (5 minutos com o coração à média de 170 ppm!). Resultado: no alto, pelotão altamente selecionado. Na frente, apenas eu, o André, o Ricky, o Arraiolos e o... Ricardo Afonso (excelente forma!). Creio que o Carlos Santos não demorou a reentrar. Todos os restantes ficaram «cortados». Tal como não demoraram os fugitivos a serem alcançados.

Durante alguns quilómetros, houve dois grupos, mas à passagem pelo Vilar o pelotão estava novamente compacto – momento que coincidiu com a chegada (ao nosso encontro) do Paulo Pais e do Runa. Após isso, rolou-se moderadamente até à Ermigideira, início da subida do Sarge. Na aproximação, porém, o Nuno Mendes elevou o andamento, estimulando para uma transposição muito mais do que «ligeirinha» - embora não «terminal» -, e com o Paulo Pais e o Runa já a mostrarem serviço. Contudo, foram o Ricky e o Arraiolos os mais fortes na aceleração final, embora sem forçar a fuga. O pelotão voltou a formar-se logo à saída de Torres para Runa, ligação tranquila, sob o meu comando.

Deixaram a meu cargo a abordagem à rampa (íngreme) que se segue a Runa, e foi o seu homónimo (o Runa...) a «mexer» - e de que maneira! Passou direto, ganhou cerca de 50 metros – e ninguém parecia responder. Decidi forçar e mantive-o a uma distância recuperável, até que o Ricardo Gonçalves passou à perseguição, alcançando-o e ultrapassando-o pouco antes do topo, com o escapado em perda. Franqueámos (os três) o cume praticamente juntos e destacados do pelotão, onde o Ricardo Afonso voltava a sobressair. Todavia, os restantes não demoraram a reunir-se a nós, antes de Dois Portos e da abordagem à subida que se esperava decisiva para o Sobral.

E assim foi. No entanto, os primeiros dois quilómetros foram, estranhamente, tranquilos, com o Ricky e o André a liderarem em andamento lento, perante a expectativa dos demais. Foi então que decidi meter o ritmo, e fi-lo até cerca de 700-500 metros do alto, já com o grupo reduzido à expressão mínima. Nessa altura, o André acelerou com o Ricky na sua roda, e ganharam alguns metros, inevitavelmente. Tardou a resposta, que veio o Carlos Santos e do Arraiolos, aos quais me agarrei, num final de grande sofrimento. Após o alto, os dois da frente estavam a cerca de 100 metros. Mas no centro do Sobral decidiram virar à direita para a descida da Feliteira para apanhar o cruzamento mais à frente, para nova subida em direção à rotunda da praça de touros. Que ideia? Era suposto seguir-se em frente (pela rua em empedrado). Com esta baralhação, perdi as rodas dos meus dois parceiros... e não mais as apanhei, entrando em claríssima perda, que apenas consegui atenuar na ascensão final, para o Forte de Alqueidão, onde os dois perseguidores alcançaram o duo de fugitivos, lançando-se para a longa descida para Bucelas.

A mim, restava deixar-me ir , e em breve tive companhia. Primeiro do surpreendente Ricardo Afonso, depois do Nuno Mendes e do um dos (apenas dois presentes) Duros (o outro foi o Vaqueirinho, que esteve em elogiosa representação do seu grupo, um dia depois de ter vencido a sua categoria na maratona de Santarém), e um pouco mais tarde, também o Bruno de Alverca. Até ao Tojal, apenas se ressalva a ligeira saída de estrada do Mendes, numa das curvas da descida do Alqueidão, felizmente sem queda.

Do que se passou no quarteto da frente não sei. De qualquer modo, os seus elementos demonstraram que foram os mais fortes nesta Clássica que encerrou, com chave de ouro, a temporada de 2013. Para o ano voltarão a pontificar no nosso calendário, consagrando estes eventos de ciclismo com o mesmo elevado nível que se lhes reconhece!
 
Nota: no próximo domingo, o camarada Paulo Pais reúne as tropas para mais um Livramento-Óbidos-Livramento (cerca de 100 km). Concentração no Livramento (junto ao pavilhão gimnodesportivo, pelas 8h30), e partida às 9h00.         

terça-feira, outubro 15, 2013

Domingo: Clássica dos Campeões

No rescaldo do memorável Skyroad Grandfondo da Lousã, e para os que nele participaram, ainda com o motor quente, no próximo domingo a última Clássica do ano, a dos Campeões.
Percurso com cerca de 130 km, à medida de um «happy-ending», com relevo para (quase) todos os gostos. Primeira fase, longa, de planura, seguido de um carrossel chamado Espinheira e uma ligação novamente rápida (e longa) a Torres. A partir daí, mais «parte-pernas» até Dois Portos, onde se inicia a fase mais seletiva do traçado, com a subida para o Sobral e, logo a seguir, para o Forte de Alqueidão. Antes da ligação a Loures, pelo Tojal, a longa descida, com muito pedal, para Bucelas.    

Partida às 8h00, das bombas da BP, em Loures. 
 
Nota: em breve a crónica do Skyroad  

quarta-feira, outubro 09, 2013

Crónica do Infantado


No dia seguinte ao último treino duro, de preparação para o Skyroad da Lousã, a volta domingueira com o grupo, num percurso totalmente plano, para as intermináveis retas da lezíria ribatejana, o famoso «Triângulo das Bermudas» do Infantado (como alguém o apelidou...), não surpreendeu quem, contrariando a lógica que as facilidades do terreno pudessem ser sinónimo de facilidades na intensidade imprimida ao andamento, já está acostumado a que aconteça precisamente o contrário - que planura rime com tortura!

Enfim, sem exageros. A saída que, no (meu) total, ultrapassou os 140 km, não foi bem ao encontro das minhas pretensões, mas, à exceção da ligação Alverca-Vila Franca, a uma média de 42 km/h, imposta pelo Hugo Ferro – que acabou por terminar aí a sua presença nesse dia -, e de, logo a seguir, na reta do Cabo até Porto Alto, a 40 km/h sob vento lateral, o resto da jornada não foi mais aziaga. Bom, se não contarmos que também dispensaria – e estava longe de prever – ter feito cerca de 60 km a puxar, ainda que em ritmo moderado, apenas na companhia do camarada Paulo Pais. Mas já lá vamos...

Antes, destaque para a extraordinária ligação entre o Porto Alto e o cruzamento do Campo de Tiro de Alcochete, a uma louca média de 43 km/h durante 17 km. Embora auxiliados pelo vento, foram apenas três os responsáveis «maiores» pela proeza: Os Brunos Felizardo e de Alverca, e o Carlos Santos. Num coordenado revezamento, levaram o pelotão nas suas rodas, sem momento de descanso. De qualquer modo, para os elementos protegidos, a intensidade foi moderada. Apenas a velocidade – algumas ocasiões a roçar os 50 km/h, foi causa de algumas vertigens...

Então, logo após o cruzamento, quando o vento voltou a bater de lado e o ritmo parecia não baixar, surpreendentemente o Paulo Pais abdicou. Eu tinha feito os últimos quilómetros na sua roda e felizmente apercebi-me da sua decisão. Esta deveu-se, certamente, ao treino de véspera também duro, em Montejunto, e a sentir que o esforço além do recomendado. No entanto, «largar» naquele ponto do percurso, talvez o mais distante – constatei pouco depois que ele não conhecia a localização -, não seria nada agradável fazer todo o restante «a solo». Por isso, não hesitei em ficar na sua companhia, imprimindo um andamento muito mais moderado que nos permitiu completar a volta sem estragos. Ainda assim, daí até Vialonga, 32 km/h de média. De qualquer modo, as retas infindáveis daquela planície não são propriamente a melhor motivação para um esforço individual e já algo condicionado – e ainda menos para mim, que «convivo» mal com este tipo de relevo...

Muito mais à frente, antes de chegar, de novo, ao Porto Alto, alcançámos o Zé Correia – igualmente deixado, por sua conta e risco, pelos seus parceiros (outro grupo que seguia desde o início adiantado ao nosso), e pouco depois o seu filho, Zé-Tó, que, o aguardava. Dos restantes sabe-se que mantiveram o ímpeto que traziam até à nossa despedida...

Este domingo, a volta continua «a rolar»... Agora desde Sacavém (com início por Frielas e Unhos) até Azambuja, e regresso pelo caminho inverso (volta na 1.º rotunda) até Alverca, onde depois se seguirá por Vialonga e Tojal, de regresso a Loures.

 Recorde-se: no domingo, dia 20, realiza-se a Clássica dos Campeões, de encerramento da temporada. Todos as informações durante a próxima semana.        

quinta-feira, outubro 03, 2013

Crónica da Clássica Pina Bike


A Clássica Pina Bike, do último domingo, foi sem dúvida a melhor do ano. Percurso interessante e seletivo, pelotão numeroso e bem recheado, e uma «atitude» extremamente positiva dos participantes que prestigia este tipo de eventos. Fica a faltar a Clássica dos Campeões, no encerramento da temporada, dia 20 de outubro – que se espera de celebração de mais uma temporada cheia de atividade, em que voltou a eleva a fasquia do nível qualitativo e de participação!

À partida de Loures, o pelotão estava bem composto, com cerca de 20-25 unidades, para o que contribuiu a integração de diversos camaradas dos Duros do Pedal – sempre assíduos - e dos Roda28 – também a tornarem-se «habitués» nas nossas lides -, que se juntaram a uma representação forte e numerosa do Pina Bike – o que se saúda!

Saída em direção ao Tojal e Bucelas, desde logo a bom ritmo, com diversos elementos a passarem pela frente do grande grupo, prevalecendo a formação Pina Bike, mantendo uma toada «certinha» que se prolongou aos primeiros quilómetros da subida para o Forte de Alqueidão. Nesta fase o andamento foi relativamente moderado, só se «inflacionando» cerca da Quinta do Paço, quando começou a haver pequenas movimentações, sem grande expressão, mas animadoras. Uma das últimas, sob iniciativa de um Roda28, a que se juntou o «nosso» Bruno Felizardo, foi a mais consistente e durava há alguns minutos com cerca de 100 metros de vantagem sobre o pelotão comandado mais amiúde pelo Ricardo Gonçalves – que parecia agir em «coordenação» com o Renato Ferreira. Mas, não foi preciso esforço para anular a fuga, uma vez que o Roda28 furou no último km da subida, levando a que a maioria dos seus companheiros parasse em seu auxílio (não é a primeira vez que esta equipa da zona de Sintra demonstra forte coletivismo, num excelente exemplo de camaradagem). Perante isso, todo o pelotão reduziu substancialmente o andamento, o que não invalidou que o tempo de subida se tenha ficado por muito apreciáveis 24.15 m.

A «espera» continuou nos quilómetros seguintes, na descida para Seramena e Cabêda, e prolongou-se, inclusive, na ligação a Sapataria, na subida subsequente e até início do troço Milharado-Roussada. No entanto, sem que os Roda28 voltassem a reentrar. A ligação Milharado-Venda do Pinheiro já foi mais rápida (principalmente a subida final), e após esta, até à Malveira, voltou-se ao andamento de cruzeiro de Clássica – e ainda sem sinal dos retardatários acidentados. Com o ritmo imposto na longa descida para Vila Franca do Rosário seria agora difícil que voltassem a reintegrar-se.

Chegava, então, o Gradil, com o pelotão compacto e os músculos novamente bem quentinhos. Contudo, quando se esperava uma entrada de leão, foi de... sendeiro. Para as minhas pretensões (de mais uma etapa de preparação para o Skyroad da Lousã), não servia, por isso passei a impor o andamento, em parceria do Nuno Garcia até à entrada da vila e depois sozinho até às últimas centenas de metros da primeira subida, quando alguns saíram de trás, acelerando o ritmo. No topo, o grupo estava «partido», mas a maioria reentrou na descida, mesmo antes da segunda ascensão, a mais longa e complicada.

Nesta, a mesma parcimónia da anterior. À cabeça, o ritmo era deixado à responsabilidade do «Ricky» Gonçalves, que o mantinha em lume brando perante a passividade dos demais, na sua roda. Assim, voltei a assumir as despesas, a uma intensidade que me convinha. Fi-lo uma vez mais até às derradeiras centenas de metros, quando se repetiu o figurino da primeira subida. Só que, agora, com uma mudança de ritmo muito mais forte (do Carlos Cunha), ao que os mais poderosos corresponderam. Perante esta, fiquei a «abanar» na cauda do grupo de elite e cheguei a temer por perdê-lo. Não aconteceu. Na Murgueira, o pelotão estava já bastante selecionado. E definitivamente. Tanto mais, que a caminho da rotunda de Barreiralva, o Ricardo voltou a assumir o comando, mas agora impondo um grande andamento.

Desceu-se, então, para Monte Bom e Santo Isidoro, sempre com precaução redobrada devido ao piso húmido. Antes, integraram-se alguns elementos dos Viveiros de São Lourenço, com um deles a «meter o passo», ao lado do Ricardo, no início da subida de Sto. Isidoro. Aí, mais uma vez ritmo demasiado baixo para os meus intentos. Pelo que voltei a repetir a dose «dupla» do Gradil. O meu trabalho voltou a ser «interrompido» já perto do final da ascensão, agora por uma extraordinária aceleração de um dos «Viveiros» (creio que o ex-profissional Serafim Vieira), que rapidamente ganhou uma centena de metros até final, forçou a uma perseguição «violenta» conduzida pelo Ricardo (creio que demasiado forte para as «necessidades»), mas o fugitivo, ótimo rolador, foi alcançado já perto de Paz (onde se juntaram os Roda28, em sentido contrário, vindos da Murgueira; e com eles, também o Felizardo).

De Mafra a Alcainça, a vivacidade aumentou ainda mais, mercê de um empertigamento entre os Viveiros e os Roda28 (todos muito mais frescos!), deixando os poucos que restavam com o «percurso completo» na expectativa. Eram estes (posso falhar algum): eu, o Ricardo, Arraiolos, Bruno de Alverca, Carlos Cunha, Capela, Carlos Santos, André (que perdeu o comboio antes de chegar a Alcainça).

Na dura subida final, para a Ribeira dos Tostões, o Bruno e um Roda28 entraram destacados, tendo sido alcançados a meio da rampa, na parte mais íngreme. O grupo fracionou-se, com não mais de meia dúzia à cabeça no topo, sem que alguém fizesse a diferença. A partir daqui, os Viveiros e os Roda28 seguiram para Pero Pinheiro, enquanto os resistentes dos «100%» (eu, o Ricardo, Arraiolos, Bruno de Alverca, Carlos Cunha, Capela, Carlos Santos) completaram o trajeto mantendo um bom ritmo até Sta. Eulália.

No final, em Loures: 3h20m para 106,2 km, à média de 32 km/h.

No dia 20 há mais, na Clássica dos Campeões. Recordo: pretende-se que celebre o encerramento da época. Mas dela falaremos a seu tempo.
 
No próximo domingo, rolar, rolar para o Infantado (no sentido inverso)
 

 

terça-feira, setembro 24, 2013

Clássica Pina Bike - antevisão


No próximo domingo é a Clássica Pina Bike, a penúltima da temporada. O PERCURSO, como se sabe, todos os anos é diferente, sendo, que este, não deixará de ter todos os condimentos para uma interessantíssima jornada domingueira.

Não se espere grande distância, mas apenas 105 km. De qualquer modo, com cerca de 1400 metros de acumulado num trajeto para todos os gostos, o mais completo possível. No último sábado, eu e o Jorge metemo-nos à estrada para o «validar» e confirmaram-se as melhores expectativas. Verificou-se que é um traçado exigente mas ao mesmo tempo rápido, uma vez que, apenas os dois, realizámos uma média superior de 29 km/h a bom ritmo, por isso um pelotão forte irá superar, com certeza, a barreira dos 30 km/h.

Em linhas gerais, o percurso arranca em direção a Bucelas e subida para o Forte de Alqueidão (a primeira do dia), desce imediatamente por Cabêda para a estrada da Sapataria, e logo após esta subida (2.ª), à direita para o Milharado até à Venda do Pinheiro (3.ª subida). Prossegue para a Malveira, desce para Vila Franca do Rosário e para o Gradil (4ª e 5ª subidas). Uma vez no alto, na Murgueira, vira-se à direita para a estrada da Picanceira, até à rotunda nova (da via rápida), seguindo em frente para Monte Bom/Sto. Isidoro. Descida lindíssima até ao vale e nova ascensão a partir de Sto. Isidoro (6.ª), para a estrada da Ericeira/Mafra – à esquerda para esta vila. De Mafra para a Carapinheira e Alcainça, onde se segue EM FRENTE para a ESTAÇÃO, e continuando, até à Ribeira dos Tostões, para a derradeira subida (7.ª), talvez a única desconhecida da maioria: 1,2 km a uma inclinação média de 6,2% mas com a primeira metade bem dura: a mais de 10%. A subida «entronca» na estrada Pero Pinheiro/Negrais (à esq.) para esta localidade e em frente até Sta. Eulália. Restará descer para Ponte de Lousa e subir o topo de Guerreiros, para «baixar» de novo em direção a Loures.

Recomenda-se que todos os esforços intensos terminem no topo de Guerreiros, para evitar «correrias» na perigosa e congestionada descida para Pinheiro de Loures/Barro/Loures. Esta deve ser feita... tranquilamente.

A hora de partida será às 8h30 (não há necessidade de antecipar), no posto de abastecimento da BP, em Loures.

Boa Clássica!  

quinta-feira, setembro 19, 2013

Crónica de Torres-Matacães e próximo domingo, Oeste


A adesão à volta do passado domingo foi condicionada pelo rescaldo doloroso da ultramaratona Caneira-Vieira-Caneira (240 km), na véspera, e pela realização, nesse dia, do contra-relógio por equipas Alverca-Reguengos. Por isso, grupo pouco numeroso, mas com bom nível geral. A registar, presença dos dois Masters alverquenses, Capela e Cunha, em boa forma de final de temporada. Além destes, eu, o Jorge, o Bruno de Alverca, o Jony, o Jorge Damas, o Carlos Santos, um elemento que pressupus também ser da zona de Alverca (foi uma espécie de volta à moda da casa...), equipado com uma (míni) Jorbi com o nome de Ricardo Mestre (ter-lhe-á pertencido), e o Nuno Mendes.

Saída em direção ao Tojal e a Bucelas com o vento a soprar de cara. Ritmo imposto por mim, que permitiu desde logo concluir que seria uma tirada fortemente marcada por aquele «fator». Pelo menos, enquanto rumássemos a norte (até Torres).

Como tal, desaconselhava-se, de todo, o andamento que se passou a imprimir desde a base da subida do Alqueidão. O mote foi dado pelos Masters, mas também o Jony, o Carlos Santos e o Jorge contribuíram para que, no topo, o cronómetro marcasse abaixo dos 25 minutos! Obra, com tanto vento. Mas o efeitos foram nefastos. Forte desgaste, grupo «partido». No alto, apenas os mais fortes nesse dia: Capela, Cunha, Jorge e Carlos Santos. Eu a descolar nos últimos 500 metros –, por «culpa» do Contador de Alverca, que pegou no grupo quando este parecia estar, finalmente, a parar...

Reagrupamento no Sobral, descida rapidíssima para Dois Portos e ligação a Matacães, Sarge e Torres sempre em bom ritmo, mas sem a intensidade do Alqueidão. Em Torres, «Hora Coca-Cola...».

A saída, num terreno difícil, não foi... fácil. Até ao topo de Catefica (nó da A8) puxei para fazer a recolagem a «uns» apressados no arranque. Mas no Carvalhal, quando o grupo se aprestava a ficar de novo compacto (nota: à exceção do rapaz da Jorbi, que ficou algures no Alqueidão), comecei a sentir dificuldades (musculares). Ai, o fortíssimo treino da véspera, a ser castigador! Felizmente, o Cunha ofereceu-me a sua roda e permitiu recolar-me quando a vontade já não era muita... Até à base da subida de Vila Franca do Rosário, rolou-se moderadamente (35 km/h).

E a subida não trouxe grandes amargos. Ainda bem... Apenas, quando o terreno inclinou mais, à passagem pela vila, a intensidade subiu uns patamares, sempre sob a batuta dos Masters, mas com a maioria a resistir estoicamente, e aparentemente sem dificuldades nas suas rodas – só o Jony e o Nuno Mendes cederam. O sprint final, todavia, voltou a revelar os mais poderosos: Capela, Cunha, Jorge e Carlos Santos. Pouco atrás, mas «pregados», eu e o Bruno.

Mas houve mais... diversão! Na descida da Venda para Bucelas, velocidade ligeirinha, curvas com estilo e topos musculados. Média de 45 km/h. Não foi propriamente para «desenrolar» as pernas. No final, no meu pecúlio 5h00 «redondas». A acumular para o Skyroad.

 
No próximo domingo, a volta é a do Oeste, num dos mais interessantes percursos do calendário.

Neutralizações sugeridas para reagrupamento, em caso de necessidade.

- Venda do Pinheiro (rotunda da Venda do Valador)

- Catefica (rotunda do nó da A8)

- Murgueira (junto ao café)
 
Percurso da Clássica Pina Bike (dia 29) em fase final de elaboração. Promete ser empolgante!      

quarta-feira, setembro 11, 2013

Clássica dos Campeões adiada para dia 29

Por lapso, a informação que foi publicada sobre as alterações nas próximas voltas estava errada. A correta é a seguinte

Devido à realização do contra-relógio por equipas, Alverca-Reguengos, no próximo domingo, dia 15, a Clássica dos Campeões, que estava marcada para esse dia será adiada para dia 29 de setembro (domingo). Assim, a Clássica Pina Bike, que estava marcada para este dia, transita para o dia 20 de outubro, encerrando deste modo, e um pouco mais tarde, a temporada de 2013. 
Para este domingo (15), marca-se então a Volta de Torres (Matacães), cujo percurso é o seguinte. 

sexta-feira, agosto 30, 2013

Domingo: Ericeira - Carvalhal

A volta do próximo domingo é da Ericeira - Carvalhal, com «epicentro» na belíssima subida que se inicia nesta localidade. O percurso, exigente, é o seguinte.

Pontos de neutralização, se necessário:

- Venda do Pinheiro (ou rotunda de Venda do Valador/Malveira)
- Final da subida de Quintas/Valongo (no cruzamento com a EN 247)
- Pobral (final da subida)
- Igreja Nova (final da subida do Carvalhal) 

sexta-feira, agosto 23, 2013

Domingo: Serra de S. Julião/Parque Eólico da Carvoeira

No próximo domingo, a volta é a do Parque Eólico da Carvoeira, já apresentada (com o respetivo percurso) no «post» anterior. Faltavam referenciar os pontos de neutralização para reagrupamento, se necessário. São eles:
- Vale de S. Gião
- Parque Eólico (alto)
- Sobral

quinta-feira, agosto 22, 2013

Cronica da Abrigada; e domingo... Parque Eólico/Carvoeira


Quem estaria à espera que a volta da Abrigada, no passado domingo, fosse mais acessível, em virtude do perfil pouco acidentado, enganou-se. Principalmente, pelo andamento imprimido na fase (inicial) do percurso em que, curiosamente, o terreno é plano. Ou quase. Desta vez, como em outras ocasiões, a responsabilidade pertenceu exclusivamente (ou quase!) a apenas um homem. Obrigatoriamente, com a capacidade do Rui Torpes, que, ao arranque de Loures, denunciou desde logo algum empertigamento com a pressa de se meter à estrada. Estava visto que tinha muito para gastar...

E assim foi, praticamente ele, sem pedir colaboração, que levou o bem recheado pelotão até Alverca a uma média bastante considerável (35,5 km/h) e até Vila Franca ainda mais (38 km/h)... Apesar de o terreno ser favorável a quem se protegia no seio do grande grupo, ninguém esteve a salvo de alguns picos de intensidade e de desconforto, e de ter de rolar com atenção constante ao «serviço». Facilidades «zero»!

Eu pensava com os meus botões: conhecendo bem o Torpes, esta toada não iria demorar toda a volta. Ou, talvez, nem muito mais. Apesar de ser um ciclista de grande nível e não lhe faltar capacidade para uma exposição ao desgaste tão duradoura, do tipo Hernandez, esta é-lhe contranatura. E para mim, inédita. Ou quase... Dito e feito. Após, Vila Franca, reduziu a sua presença na dianteira e com isso também o ritmo do pelotão. Até ao Carregado, bem mais desafogados 33,5 km/h, com condução agora partilhada com o Jony e um jovem ciclista com equipamento do Louletano, que viria, a partir daqui, a revelar grandes qualidades.

A partir do Carregado, voltaram a crescer as dificuldades. Já não tanto pelo «fator» Torpes, mas pelo fator... vento. Na variante de Alenquer, uma passagem pela frente do Bruno de Alverca causou o primeiro corte no grupo, ao estilo «abanico». Dizia-me, quando o «acusei» do estrago: «Mas ia só a 35 à hora!...» Com o vento lateral que se fazia sentir foi o quanto baste para deixar algumas peças pelo caminho. Após o topo da variante, um compasso de espera permitiu que reentrassem.

Na Abrigada e depois de uma subida «mexida» para as Marés, seguiu-se o setor de Paúla e Labrugeira, também muito exposto ao vento, e agora com o jovem «Louletano» a impor um ritmo muito certo, com o Torpes e eu na sua roda. A fase final, até ao cruzamento Olhalvo/Atalaia, foi particularmente acelerada pela iniciativa do Jony durante e depois do topo, na descida que o seguiu - 70 km/h de velocidade máxima!

Acabava-se aí o terreno mais acessível, entravam as subidas. Desde logo, a primeira, para Atalaia, com o «Louletano» a meter um passo rijo; depois para a Merceana, com o Nuno Mendes a prolongá-lo.

Até que, no centro desta vila, o acidente esteve por um triz... Na descida, eu o Jony a alta velocidade antes de abrandarmos (felizmente!) para uma passagem cautelosa no cruzamento (Carvoeira/Torres), mas imediatamente a seguir, curva cega e... uma família com uma criança pequena a atravessarem a estrada. Fora da passadeira e, pior, sem visibilidade. Ambos, travões a fundo, roda traseira a derrapar, atropelamento iminente... Mas, enfim, no último instante evitou-se o acidente, que teria consequências imprevisíveis. Para todos.

Ainda mal refeitos do susto, atacou-se a longa subida para o Sobral. Entrada moderada, até tranquila, com o «Louletano» a comandar. Alívio? Nunca fiando... E não demorou muito. Quando a pendente aumentou, foi o próprio a aumentar a toada, ainda que distante de um andamento «terminal». No entanto, quem vinha mais justo meteu o seu ritmo.

Na Corujeira, mantinha-se o figurino, com o Torpes na roda do jovem, eu na dele. Então, passei para a frente, para dar tudo! Nos próximos 3 km, 35 km/h de média, coração a 176. Na frente, além de nós os três, apenas o Bruno de Alverca. Após isto, fui ao limite e sai para o lado. Os demais seguiram, juntos. Com o jovem a liderar. O Bruno só mais tarde viria a ceder. Juntei-me a ele praticamente no Sobral. O duo da frente não se desfez, creio. Excelente subida. Ainda assim, (a minha) com mais 28 segundos do que melhor até hoje – mas contando-se com uma entrada que foi mais doce do que o habitual e eu ter ficado «a pé» nos últimos 3 km, estaria muito perto daquele registo – que o jovem e o Torpes devem ter superado.

À saída do Sobral, já depois do reagrupamento, decido esperar pelo Jorge, que ficara para trás (dizem-me naquela altura...) desde a Labrugeira. Definitivamente, não estava nos seus dias.

Este domingo, volta da Serra de S. Julião (Carvoeira/Parque Eólico). Percurso seletivo, com ponto alto na terrível subida para as ventoinhas, final de etapa decisiva do GP Joaquim Agostinho. Mas até lá, como dizia o outro, não doam as pernas... E depois também! Por isso, a minha semana foi a menos de meio gás. Têm sido um mês duro, muito duro... e o estágio na Foia está à porta!           

sexta-feira, agosto 16, 2013

Montejunto por Abrigada e domingo... de volta

Depois da interessante Clássica de Montejunto pela dificílima subida da Abrigada, voltam as voltas... Este domingo, curiosamente para a... Abrigada, num percurso que tem muito ou quase tudo daquele da Clássica do último feriado - excepto o mais importante, a subida...
O percurso é o seguinte
Hora de saída de Loures (bombas da BP): 8h30

Ponto de neutralização para reagrupamento, se necessário, será apenas um: Sobral, no regresso

Entretanto, deixo aqui alguns apontamentos mais relevantes sobre a Clássica de Montejunto.
- Ritmo moderado até à subida, mas sem facilidades, principalmente na subida para o Sobral e descida para a Merceana, a maior parte sob liderança dos Duros, Roda 28 e Pina Bike.
- Secção seletiva a partir da Merceana bem «trabalhada», com presença de um Pina entre os que lideravam o pelotão, o Salvador, que surpreendeu pela boa disponibilidade física. Chapeau!
- Depois, subida duríssima e muito bem disputada, com um grupo de cerca de 6/7 unidades na perseguição ao camarada Runa, que se adiantou logo no primeiro quilómetro, muito ao seu estilo, tendo sido alcançado ainda antes do cruzamento de Pragança.
- O André a desferir um ataque sem resposta a meio da rampa dos 15%.
- Eu, o abnegado Nuno Mendes e um Duro a alcançarmos esse grupo antes do cruzamento do quartel.
- Alguns desse primeiro grupo a ficarem neste mesmo local, não subindo ao cume.
- O meu esforço por tentar alcançar os quatro primeiros, mas sem sucesso.
- O André a controlar a «concorrência» a seu bel-prazer.
- Eu, apesar dos «males» das pernas, a fazer a minha melhor subida de sempre: 28m54s.
- O pior foi o regresso, a rolar direito à EN1 e EN10, que dor! Valeu-me as poderosas rodas do Nuno Mendes, do Bruno de Alverca, do Nuno Garcia e do Pedro Fernandes.
- Objetivo: recuperar para o fim-de-semana.        

quarta-feira, agosto 14, 2013

Mudança de percurso para Montejunto: agora Abrigada!

O percurso da Clássica de Montejunto, de amanhã, foi alterado devido a obras em Pragança. Assim, a subida à serra far-se-á pela vertente da Abrigada. O trajeto mantém-se pelo Sobral, Merceana e Atalaia, mas aqui, muda, seguindo para Labrugeira, Paúla, Eiras e Abrigada.
O percurso é o seguinte
A hora de partida de Loures mantém-se às 8h30 

terça-feira, agosto 13, 2013

Crónica de Santana da Carnota - feriado Montejunto!


Que sensação, foi subir A-dos-Melros à média de 32 km/h! Para mim, inédita! - e tão vertiginosa quanto asfixiante. Foi assim, no último domingo, o «prato» de abertura da volta de Santana da Carnota, com pouco mais de 15 km percorridos desde Loures. Nunca a ligação entre Alverca e aquele topo, de 6,7 km a 2,3%, tinha sido feita tão depressa (por mim, esclareça-se). Menos 1m30s do que a (minha) anterior melhor subida, o que não deixa de ser relevante! E tal como a anterior (e muitas outras, enfim...), fi-lo à boleia de um comboio liderado por dois ou três «maquinistas», os únicos que foram capazes de o meterem a tanto vapor. Destaco um, porque foi o que mais me impressionou: o jovem estreante de equipamento laranja, como as nuances da decoração da sua KTM, que aí iniciou a série de demonstrações de grande nível da jornada. Em quase todas as secções seletivas: depois de A-dos-Melros, Carnota, Forte de Alqueidão (da Seramena) e finalmente, na Tesoureira. Deixou cartel e passou com toda a distinção no crivo do grupo Pina Bike. Ou seja, tem visto para voltar. Como os seus dois companheiros, não tão exuberantes mas muitíssimo consistentes. Que trio de treino! E tão ou mais importante: afáveis, discretos e simpáticos.

Curta mas igualmente impressionante foi a presença do Rui Torpes. Nele, todavia, grandes performances já não surpreendem. Foi outro dos que estimularam o andamento nessa subida. Só que noutro estilo, em mudanças bruscas de ritmo – justificadas por algum desagrado por não se ter esperado por ele, após a partida, moderando-se a pedalada nos primeiros quilómetros. Quando chegou, já em plena subida, reclamou – e com alguma razão. Mas, assumida da minha parte, só a responsabilidade de não ter «pedido» para manter o passo moderado depois da passagem por Vialonga, que até aí marcara em parceria com o Jorge - a um nível que para o (excelente) atleta em causa permitir-lhe-ia recuperar sem grande esforço. Só que, naquele local, picaram-me. E quando me picam... Não foi alguém, mas algo. Um inseto, talvez uma abelha, pela dor intensa. Entrou-me no capacete e ferrou-me o cocuruto. Estrebuchei e passei para a retaguarda do pelotão, e logo senti que o ritmo tinha embalado – talvez pela descida da Sagres...

A seguir, A-dos-Melros e a cavalgada. Os primeiros a meterem-se ao serviço foram o Nuno Mendes e o Bruno Felizardo. Antes de serem rendidos pelo trem «Laranja da KTM». O primeiro pagou a fatura; o segundo deu mais uma prova de ótima forma - uma das várias nesse dia. Um grupo ainda numeroso manteve-se até ao alto, mas cerca de metade ficou disperso pela vertente.

Eu aguentei-me... mal. Pernas pesadas para esta jornada, sem comparação com as da semana anterior, em N. Sra. da Ajuda. Este primeiro choque volta foi apenas o primeiro dos fulminantes. Nos últimos 300 metros estoirei. Aliviei. Mas ainda agarrei a cauda do grupo. No alto estava previsto aguardar pelos retardatários. Fi-lo. Os restantes continuaram. Detrás, chegavam aos poucos e também foram seguindo... Os derradeiros demoraram mais seis minutos. Seis! Mas estavam lá e com intenção de continuar. Quando assim é, não custa aguardar.

E foi um grupo de cerca de meia dúzia de unidades (Freitas, Pina, Salvador, Xico e outros) a meter-se no encalço do da frente, embora com a certeza que só reentraria se este aguardasse. De qualquer modo, rolamos bem até aos Cadafais, a 37 km/h de média, onde, enfim, lá estavam os restantes.

De imediato, subida para Santana da Carnota. Primeiros 8 km a 2% e a... 30 km/h. Os mesmos a marcarem o ritmo (à exceção do Torpes, que seguiu outro rumo). À entrada do troço final, a subida propriamente dita (3,1 km a 3,5%), permaneciam só os mais rijos. Entre eles, o Gonçalo, que perante a abordagem moderada à subida, ironizou: «Olha, que a este passo eu aguento!». Mas sabia-se que não duraria muito essa toada. Alguém haveria de a disparar. Primeiro, foi o Jorge, depois um dos estreantes, e finalmente, já em modo de seleção, o suspeito do dia, o Laranja KTM. De qualquer modo, o Jorge mostrou-lhe que estava para o desse e viesse e colocou-se à sua ilharga até ao alto. E alto ia o meu pulso, a atingir o pico da jornada. Tal como em A-dos-Melros, nos derradeiros metros, explodi. Ainda assim, mais tarde do que antevia. Tempo da subida: mais 23 segundos do que o melhor (meu). Forte, de facto. Voltei a aguardar. A maioria voltou a seguiu. Encontro-os já no Sobral, no chafariz. Os que comigo depois vinham pararam antes, no café do jardim. Mas estava a fim...

E assim foi um grupo já reduzido (com os da frente, os poderosos) que se fez à subida para o Forte de Alqueidão (da Seramena). Tréguas, nada! O Jorge mostrava serviço (subida de forma evidente) e impunha o passo, mas os forasteiros, principalmente dois deles, não estavam pelos ajustes e colaboraram. Não demorou a fazer-se nova seleção, agora até entre os mais fortes. O Jorge e o Bruno de Alverca com estes. Desde cedo fiquei descaído. Meti o meu passo e mantive a distância na parte final. Juntei-me ao Felizardo. Levei-o até ao topo e ele retribuiu na descida. Antes das bombas de Arranhó reentrámos. Ele ainda seguiu direto, mas depois abdicou.

Tesoureira para final de festa. Uma semana antes pulverizaram-se recordes do Strava (segundo o Felizardo, menos 32 segundos do que o melhor tempo). Eu e ele. Desta vez, impensável repetir ou sequer aproximar-me. De qualquer modo, na primeira rampa animo-me e fico apenas na companhia do Laranja KTM. Relaxamos na descida e somos alcançados antes de entrar na subida «real». Embalo até onde a pernas permitem. O KTM não demora a mostrar-se. Passo à sua roda. Obviamente! Mas, eis que o Bruno de Alverca arranca de trás, em grande estilo, e só tem resposta dos dois mais fortes dos «visitantes». Eu e o Felizardo tentamos minimizar as «percas», como diz o «outro» do canal desportivo. Repete-se a fórmula de cooperação do Alqueidão. Primeiro eu na subida, depois ele na fase mais suave. Em Casais da Serra reentramos. Estamos a entender-nos..., é um bravo. «Crono» da subida: e que surpresa!, só mais 10 segundos do que há uma semana. O referido trio da frente deve ter ficado a muito poucos segundos de novo recorde do Strava...

Bom, daí até Bucelas e, em seguida, rumo a Alverca (para os que comigo seguiram), foi um passeio. Não podia ser de outra coisa... Pelo menos para mim. As pernas, bom, tentarei recuperá-las, ao máximo, para quinta-feira, para a Clássica de Montejunto (Pragança) com os camaradas dos Duros. Mas pelas sensações (hoje) não vai ser fácil. De qualquer modo, lá estaremos. Pelas nossas cores!

Hora de partida de Loures às 8h30