quarta-feira, julho 25, 2012

Crónica Sto. Estevão; Domingo: Clássica do Cartaxo

A volta de Sto. Estevão, no passado domingo, mostrou que o pelotão está num dos melhores momentos de forma na temporada – senão o melhor! -, e evidenciou quão em baixo está a... minha! De qualquer modo, foi por uma conjugação de fatores adversos (a mim...) que se agravou essa diferença – ao ponto de atingir a incompatibilidade (de níveis de rendimento, entenda-se). Foram aqueles (os fatores): o percurso em terreno rolante propiciador de todos os excessos, principalmente os que se desencadeiam desde logo bem cedo... e nunca se sabe quando é que pararão; a presença de um lote de elementos de primeira linha, no pleno das suas capacidades; e ainda em relação ao fator «eu», a fadiga no final da primeira semana de treinos, após o interregno.
Mas, afinal, o que sucedeu? Bom, à parte de logo no Tojal o andamento se ter tornado massacrante, ao ponto de eu ter decidido, com um pragmatismo de que não tenho memória, abdicar de continuar no seio do grupo ainda não tínhamos chegado sequer ao Porto Alto..., pouco ou nada mais há a esclarecer. Mas há números que podem ajudar a perceber melhor: 36 km/h de média desde o Tojal até à ponte de Vila Franca e - acredite-se! - 45 km/h desde aí até... eu sair para o lado da longa fila indiana que o pelotão tinha formado na reta do Cabo, a cerca de 300 metros do Porto Alto, resignando-me a vê-lo desaparecer num ápice, à minha frente, a caminho do Infantado.
Todavia, houve quem também ficasse, o Nuno Mendes, a que me juntei, felizmente, assegurando o cumprimento da totalidade do trajeto da volta, ainda tão pouco estava percorrido. Ele até rolava perto de mim, acabou igualmente por descolar (não sei de voluntariamente ou não; uma vez que me parece em boa forma) e passou, comigo, a formar um duo que em breve se tornou um pequeno grupo com a inclusão do Capitão e do Gonçalo, e de outros mais quatro elementos, que também não resistiram ao ritmo do pelotão.
Neste, enquanto estive presente, destacaram-se o Renato Hernandez, ainda oxigenado pelos ares dos cumes pirenaicos, o Rui Torpes e o Jony, que até (eu) ver... não pareciam querer aliviar os crenques. Reforço o andamento imprimido na reta do Cabo que me fez temer pela integridade física se nele continuasse. O Torpes ainda rendeu o passo castigador do Renato a meio da reta e eu pensei que poderia ser uma questão de resistir mais um bocadinho. Mas quando já estava a ser um... bocadão, eis que o Jony meteu «um dente abaixo» e levou o meu sacrifício a ultrapassar os limites do (des)aconselhável. Então, decidi (pragmaticamente, como disse) abandonar o comboio que continuou a todo o vapor, pelo menos enquanto o avistei - e não foi por muito tempo... Pois, se desde que aliviei até à rotunda do Infantado, o nosso grupo fez 38,5 km/h de média, imagine-se o pelotão!

 E imagine-se... este domingo, a Clássica do Cartaxo. Partida às 8h00 da BP de Loures e o percurso tradicional (clicar para ver). Os camaradas dos Duros do Pedal estão confirmados. Recorde-se que o andamento é livre e não estão programadas paragens – embora estas acontecem logo que se justificar.

ATENÇÃO: sugere-se que o pelotão role neutralizado até à última rotunda do Tojal (Transportes Costa e Baleia), que seria o chamado quilómetro zero. Boa Clássica!

sexta-feira, julho 20, 2012

Domingo: Sto. Estevão-2 (sentido inverso)

A uma semana do regresso das Clássicas, com a do Cartaxo, que tem vindo a motivar crescente interesse e popularidade desde que passou a fazer parte do nosso calendário, realiza-se mais uma edição de uma das mais tradicionais voltas: Sto. Estevão, em segunda versão. Ou seja, o percurso (clicar para ver) faz-se no sentido inverso do habitual (para desenjoar...), seguindo em frente no Porto Alto até à rotunda do Infantado, onde se vira à esquerda e depois, volvidos algumas centenas de metros, após o viaduto (em descida), novamente à esquerda para a estrada de Sto. Estevão até Benavente. Nada que possa enganar!    

quinta-feira, julho 19, 2012

Notícias do Pedal - TV

Já está no ar a edição experimental do Notícias do Pedal - TV, este novo espaço tem como objectivo apresentar as fotos em slide show dos melhores momentos dos eventos de cicloturismo.
Para os utilizadores do MEO, basta carregar na tecla verde e inserir o nº 531450.


 
Revista Noticias do Pedal
Tudo sobre Ciclismo em:
www.noticiasdopedal.com


terça-feira, julho 17, 2012

Crónica de Torres


Antes de mais, pretendo homenagear os nossos «companheiros» que se têm aventurado em provas velocipédicas por terras estrangeiras, prestigiando não só os «nossos», por serem presenças assíduas nas nossas lides domingueiras, como a sua própria nacionalidade. Refiro-me aos que participaram este ano em eventos tão afamados de ciclismo de estrada, como o Quebrantahuesos ou a Etapa do Tour, ou noutros de bicicleta de montanha. Entre eles, Freitas, Filipe Arraiolos, Hugo «Feijão», Ricardo Gonçalves, Pedro Vieira, Edgar Felizardo, Renato Hernandez (honrosa classificação [163.º] na etapa de 200 km que teve «só!» os Col’s do Aubisque, Tourmalet, Aspin e Peyresourde – a não perder hoje, a etapa dos profissionais) – ou a forte delegação dos nossos camaradas dos Duros do Pedal no «Quebra» -, com desempenhos extremamente positivos, de acordo com os seus objetivos e ambições.
No meu caso pessoal, estas numerosas participações muito bem conseguidas «tocam» especialmente, uma vez que desde 1998, ano da minha primeira «internacionalização», tenho estado presente ou, então, assistido com enormíssimo interesse à crescente de adesão de gente conhecida, que quem partilhamos regularmente a estrada. Neste último, caso, sempre com reconhecida mágoa de não estar presente nestas grandiosas clássicas que são, sem dúvida, expoentes máximos do que desportistas como a maioria de nós poderão almejar em termos puramente amadores/não federados.

Regressando às nossas lides domingueiras, no último domingo realizou-se a volta de Torres, por Matacães, que marcou o meu regresso após interregno para férias. Período que, por ter significado também a quase inatividade com bicicleta, resultou, como seria previsível, num retrocesso de forma, que já não era muito famosa desde a paragem em meados de Maio, por motivos de intervenção cirúrgica. A contrastar, o grupo que se apresentou ao serviço era mais do que bem composto. E a forte nortada foi outro «adversário»...
Nos primeiros quilómetros, uma parceria pouco comum assumiu as despesas a caminho de Bucelas e do Sobral, o André (acabadinho de, na véspera, ter dado cartas numa prova em Torres Vedras) e o João Santos (Jony) partilharam esforços à cabeça de um grupo de cerca de 20 ciclistas, enfrentando o vento que soprava a desfavor, a muito bom ritmo. À passagem por Bucelas, já eu fazia contas às agruras por que iria passar na subida do Forte do Alqueidão para permanecer no míni pelotão. Mas ainda antes de a pendente se elevar, na Bemposta, um furo (Nuno Mendes) levou a que eu parasse para a devida assistência. Comigo, mais uns quantos... mas poucos!
Quando retomámos a estrada, o andamento nem por isso foi brando, «obrigando-me» a pedir por diversas vezes ao Jony para refrear o ímpeto da sua plena forma. No Alqueidão, finalmente... lá estavam os restantes, a aguardar.
Agradecimentos feitos, eis-nos a caminho de Torres, pelo desvio de Matacães e Monte Redondo, a ritmo moderado até ao cruzamento de ligação a Sarge, onde surgiram protagonistas que até aí ainda não se tinha assumido, casos dos «masters» Capela e Duarte. Com estes a contribuírem para avivar o andamento, o grupo estirou-se para se manter unido antes de se iniciar a descida para Torres, a velocidade vertiginosa. Ainda assim, apenas o Capitão perdeu o «comboio», tendo sido reintegrado após neutralização à entrada da cidade.
A partir da Variante (Torres) e em quase 20 km seguintes houve, sem dúvida, o momento alto da jornada. Aproveitando o vento agora favorável, o Freitas e o Jorge Damas alinharam à frente do grupo, levando-o a uma média muito próxima dos 40 km/h até à base da subida para Vila Franca do Rosário/Malveira, num desempenho demonstrativo de enorme disponibilidade e excelente momento de forma. De Torres ao início da subida, a média foi de 37,1 km/h; desde Catefica foi 41,3 km/h! Os restantes permaneceram, alguns a custo (em que me incluo), bem encaixados na roda, e têm a agradecer a preciosa boleia. Fantástico trabalho daquele também improvável duo (o camarada Damas, mais forte do que nunca) num terreno que não é propriamente (só) plano!
O resultado óbvio foi a acentuação do desgaste e das diferenças motivadas por estados de forma igualmente díspares na subida de V. F. Rosário, onde o grupo se «partiu» definitivamente, numa inevitabilidade antecipada pelo ataque madrugador do Duarte, a que os mais aptos tiveram de reagir e sem não demorassem algum tempo fechar o espaço. Algo a que já não assisti! Na peugada do fugitivo: André, Capela, Jony e Pedro da Amadora.
O Jorge Damas, desgastado pelo esforço anterior, e o Tiago (novo jovem recruta que se integrou bastante bem: saúda-se!) descaíram, tendo sido alcançados por mim. Após o topo do Vale da Guarda formávamos um trio que cumpriu o que faltava até à Malveira em amena cavaqueira, e a que ainda tiveram tempo de se juntar, na rampa final, para a rotunda da autoestrada, o Jorge e o Salvador (este também num pico de forma nesta temporada), vindos de trás em animado sprint.
Retardatário apenas o Freitas, que subiu no seu ritmo após ter largado ao serviço, e o Capitão, «distanciado» logo que o primeiro o «pegou» em Torres.
Para a semana há muita planura, para Sto. Estevão (versão em sentido inverso), a preparar a Clássica do Cartaxo.            

quarta-feira, julho 11, 2012

Clássica de Fátima adiada! Torres em substituição

Por motivos de logística, a Clássica de Fátima-2012 foi adiada. Em sua substituição, realiza-se a volta de Torres (por Matacães/Sarge), na distância de 93 km (ver gráfico do percurso). Basicamente é o trajeto tradicional para Torres Vedras, com ida pelo Forte de Alqueidão/Sobral e regresso por Vila Franca do Rosário/Malveira. A única alteração é o desvio por Matacães, à direita entre Espera e Ordasqueira, seguindo em frente para Lapas Grandes/Monte Redondo até confluir com a N115, virando à esquerda para Sarge/Torres Vedras. A partir de Torres, o caminho é o conhecido, com passagem pela cidade e saída através da Variante. 
Sugerem-se os seguintes pontos intermédios de neutralização para (eventual) reagrupamento:
1- Sobral de Monte Agraço (rotunda da praça de touros)
2- Torres (Rotunda Norte, após o Torres Shopping)
3- Malveira (rotunda da A8)