quinta-feira, maio 15, 2008

De cara ao vento!

A Clássica da Marginal, realizada no passado domingo, acabou por ser algo atípica, mas constituiu, no meu caso, excelente treino. Assim, depois de o ritmo ter sido bastante moderado à Avenida 24 de Julho, a partir de Alcântara várias alterações de andamento ameaçaram, desde logo, fraccionar o pelotão. A última das quais, na passagem pelo Alto da Boa Viagem, dividiu definitivamente o grupo. O elemento mais activo nestas iniciativas foi o Jony, a afinar as baterias para os objectivos que se avizinham, forçando «aqui e ali», fazendo com que, em Paço de Arcos, já fosse um pequeno grupo a resistir à aceleração (de cerca de 1 minuto) do Carlos Coelho, com velocímetro acima dos 45 km/h. Desse grupo faziam parte: eu, Jony, Duarte, Rui Scott e o Quim. O Salvador viria a descair, nessa altura, em virtude deste impressionante «forcing» do Carlos contra o vento.
A partir daí, iniciou-se bem conseguido revezamento entre todos os elementos do grupo da dianteira, que durou até S. Pedro do Estoril, cavando nesses quilómetros ainda mais o fosso para os de trás: Freitas, Paulo Pais, Abel, Steven, Zé-Tó e João do Brinco – que voluntariamente não se esforçaram por tentar recolar.
À frente, na passagem pelos topos do Estoril, isolei-me, sem forçar quase nada, e rapidamente ganhei enorme vantagem (ajudado pelo facto de atrás ter-se parado em Cascais para «mudar a águas às azeitonas»), levando a que tivesse percorrido toda a Estrada do Guincho sozinho, de cara ao vento, e também as subidas para a Malveira da Serra e Penina, onde tive de aguardar cerca de 6 minutos primeiro pelo Carlos Coelho e mais 4 para o restante grupo.
Com o que restava da segunda metade do pelotão só nos voltámos a reunir, à saída de Sintra – onde eu, o Jony e o Salvador cumprimos uma paragem para reabastecimento. Entretanto, o Rui Scott, o Quim, o Carlos Coelho e o Duarte já tinham seguido.
Daí até Loures, já com o Freitas, o Paulo Pais, o ZT e o Abel (sempre rijo!), rolámos moderadamente, exceptuando a aceleração fortíssima do Paulo Pais nos topos de Guerreiros, levando o Freitas na roda... a ter de cerrar os dentes. Aos demais, cá atrás, doeu-nos só de ver... A mim não restavam forças para sequer tentar seguir ao longe aquele «disparo».
De Loures quase a Alverca, eu e o Jony voltámos a ter a companhia dos dois homens de Salvaterra.

No próximo domingo, a volta é a da Abrigada e no feriado de quinta-feira (dia 22) estão todos convidados para a reedição das 3 subidas de Montejunto. Que em breve abordarei com mais pormenor.

terça-feira, maio 06, 2008

Domingo há clássica... belíssima!

A volta do próximo domingo (dia 11) é a belíssima Marginal-Sintra (Penina), que, na edição de estreia, em 2007, registou enorme adesão de participantes e interesse incontestável. Foi «acesa» a luta na subida com alguns federados, como o Paulo Pais, o Rui Rodrigues, dois «Janotas» que se juntaram ao pelotão já no Guincho, além do intragável Rui Scott – que mostrou a sua classe de trepador.
Recorde-se a maluqueira que foi o andamento no início subida, com o Hélder (nas suas raras aparições do ano) a entrar à morte, não fazendo mais que largar as feras, deixando rapidamente fora de combate alguns elementos, entre estes, ele próprio, e obrigando outros, como eu, a atenuar os prejuízos ao longo da subida, após recuperar do choque.
Pela negativa, recorde-se, a volta do ano passado ficou marcada pela queda do Polícia na descida da Penina para os Capuchos.
De resto, quem nela participou certamente lembra-se do traçado: uma primeira fase totalmente plana, de Loures a Sacavém e do Parque das Nações até ao Guincho, pela Marginal, e depois a montanha, subindo-se para a Malveira da Serra e cruzamento do Cabo da Roca, onde se toma o caminho para a ascensão final, à direita, para o alto da Penina - 3,2 km, com inclinação média de 6%. Segue-se, depois, em direcção aos Capuchos e Sintra (centro), por Seteais, mesmo no «coração» da Serra. O regresso é o tradicional, por Lourel, Pêro Pinheiro e Negrais. A distância total é de aproximadamente 115 km.
Não haverá melhor aliciante: uma volta que tem tudo: longo trajecto inicial sempre a rolar (60 km), com a Marginal como aliciante, e depois as difíceis vertentes da serra de Sintra, que se apresenta com uma subida que, ao todo, desde o Guincho até ao alto da Peninha, tem quase 11 km.

Nota importante: tal como em 2007 haverá neutralização após a subida da Penina, sendo que esta deverá ser cumprida não no final da subida, mas no cruzamento dos Capuchos, descendo cerca de 2 km, onde o local é mais amplo. Recorde-se que a descida é PERIGOSÍSSIMA (vide o acidente do ano passado) e por isso deve ser feita com precaução máxima. De resto, não há necessidade de arriscar, uma vez que o principal «ponto quente» acabou de ser alcançando – precisamente no alto da Penina.
A partir da neutralização e reagrupamento deve seguir-se o exemplo do ano passado, seguindo em ritmo moderado até Sintra – visto que a descida do Castelo dos Mouros não é menos perigosa que a da Penina. Pelo contrário!. Aí poderá parar-se na mesma fonte (a caminho de S. Pedro) para reabastecer antes de enfrentar a fase final do percurso.

quinta-feira, maio 01, 2008

Semana de extremos

De domingo a quinta-feira feriado, as lides velocipédicas passaram de um extremo ao outro do relevo do percurso - das rampas de Montejunto às planícies da Ota. No passado fim-de-semana, os 8 km de Vila Verde dos Francos ao alto de Montejunto foram percorridos, por mim, em tempo recorde pessoal (24.48 m), tendo, por isso, justificado motivo para particular satisfação.
Mesmo assim, esse desempenho inédito naquela vertente não chegou para ser o primeiro a cruzar a «meta», lá no alto, onde todos comemoram. O camarada Carlos Coelho (da equipa de Salvaterra) foi mais forte nos metros finais, culminando uma excelente recuperação que confirma os seus dotes de trepador.
Entre os demais que participaram nesta jornada, penso que foi praticamente unânime o sentimento de dever cumprido de ter vencido a montanha – alguns juntando-lhe ainda a aferição de indicadores importantes para os seus objectivos pessoais.

Hoje, dia 1 de Maio, o cenário foi radicalmente diferente – embora Montejunto tivesse, a certa altura, tão perto. Percurso rolante, no sentido contrário ao da Ota, realizado pelo grupo (de cerca de 15 aunidades) à apreciável média de 34 km/h! Aqui, na planície, as diferenças diluem-se e com isso ganha a coesão do grupo. Principalmente que vai animado e participativo, em muito bem conseguido exercício de contra-relógio por equipas durante grande parte do traçado, certamente a preparar a participação de domingo, em Ponte do Rol. Boa sorte!

Nota: Já agora fica o registo da excelente média realizada nalguns sectores da tirada:
Carregado-Cruzamento de Aveiras/EN3 (15 km): 37 km/h
Cruzamento de Aveiras/EN3-Alenquer (29 km e com as principais dificuldades): 35,5 km/h