segunda-feira, dezembro 31, 2012

Olá 2013!

(clicar na imagem para aumentá-la)

Aí está o calendário para a temporada de 2013! Entre voltas, clássicas e «outras que tais», aguardam-nos mais de 6000 km de asfalto para «bater». Bastante!

A época que se avizinha tem grandes novidades, apesar de se manter o esquema dos últimos anos, com as voltas «normais» domingueiras, as mais competitivas Clássicas e as ditas «especiais» que, pelas suas características e interesse, conquistaram lugar no alinhamento tradicional. Mas já lá iremos.

O que será novo na próxima temporada (ano) é uma espécie de desafio ao grupo ou, em particular, aos seus elementos mais ativos, e que consiste na participação em alguns eventos de caráter nacional (que estão confirmados) fora do âmbito das saídas normais, organizados por empresas certificadas e especializadas. Ou seja, a sério! São os casos das provas de Granfondo, como o pioneiro Skyroad da Lousã, realizada em outubro deste ano (com indiscutível sucesso) e que voltará em 2013 sensivelmente na mesma data. Além deste, outro Grandfondo está igualmente certo, o do Gerês (dia 16 de junho; ver http://geresgranfondo.com), a prometer níveis de organização e de espetacularidade idênticos (pelo menos) aos do da Lousã. Ou ainda o igualmente interessante Póvoa de Varzim-Srª. da Graça, Memorial Bruno Neves (dia 5 de Maio) (ver www.bikeservice.pt). Fica então o repto, tanto mais que é importante ajudar a impulsionar este tipo de iniciativas de promoção do ciclismo amador, por que há tanto tempo ansiávamos em Portugal, e que, finalmente, parece começar a «pegar».   

A natureza do calendário-2013 privilegia a primeira metade do ano, em que se concentra a maioria dos eventos mais populares e estimulantes. O motivo desta preferência deve-se à tendência, verificada nos últimos anos, para muito maior atividade naquela fase da temporada, que resulta de níveis superiores de motivação e se repercute no de participação. A este facto não será alheio as datas da Clássicas de Santarém e Évora - entre março e abril, e a imporem necessário período de preparação desde janeiro; com a novidade de a Clássica de Santa Cruz (24 março) chegar primeiro do que a de Évora (7 abril), e também a da Serra da Estrela (2 junho), praticamente a encerrar aquele período de maior euforia, que se espera dure, pelo menos, até ao dia 16 seguinte, ao Granfondo do Gerês. Espere-se, pois, entre março e junho, três meses de grande atividade e intensidade!

De resto, julho tem marcado a transição da época (até essa altura está também a Clássica do Cartaxo, que tem vindo a aumentar de popularidade), com agosto a revelar-se mês sabático, ou quase, e setembro a marcar o pico desta fase (Clássicas dos Campeões e Pina Bike) e outubro, dependendo das condições meteorológicas, a refletir uma motivação decrescente e também menor adesão que advêm, em grande parte, do cansaço e da saturação física e anímica que exige o ciclismo, mesmo no «nosso», puramente amador.

As lides voltarão a intensificar-se a partir de setembro, com mais voltas interessante, as duas Clássicas finais (Campeões e Pina Bike) e, por fim, o Granfondo da Lousã, previsto para 12 de outubro.

Regressando às voltas ditas «especiais», serão duas e como a sua denominação indica constituirão jornadas com características peculiares. São elas: o já célebre Roteiro dos Muros e a Supertrepadores. Distinguem-se, assim, das Clássicas, em virtude destas terem, no seu formato, andamento livre de início (ou quase) ao fim. Não se pretende que privilegiem a performance e a competitividade (que todos apreciamos, apenas a dose varia), mas outras componentes essenciais da nossa modalidade de eleição. Com a sua filosofia pretende-se, definitivamente, aproximá-las o mais possível do conceito de superação individual ou de treino, conforme as preferências e objetivos de cada participante, com percursos exigentes, longos e de «montanha», para se irem fazendo..., e estão estrategicamente calendarizadas, entre finais de abril e meados de maio para poderem constituir oportunidades para apurar a forma para a Clássica da Serra da Estrela, para o referido Grandfondo do Gerês, ou para as «internacionais» Quebrantahuesos ou Etape du Tour, e outras, entre junho e julho.

Os desafios estão lançados, desde já com a certeza de mais uma temporada bem preenchida!
Boas pedaladas!

sábado, dezembro 29, 2012

Volta de amanhã, domingo

A volta de amanhã, domingo, a última de 2012 é a seguinte:

segunda-feira, dezembro 24, 2012

Crónica de Alcoentre


Na volta do último domingo acusei um ligeiro retrocesso de forma no rescaldo de uma semana aziaga, marcada pela acumulação de fadiga após as primeiras três semanas de pré-temporada de bicicleta e, reconheçamos, uma certa dose de preguiça. Como alguém disse sabiamente: «o nosso corpo é mandrião!». Assim, resolvi compensar, castigando-o para aliviar a alma, expondo-me a trabalho mais extensivo do que o habitual, a espaços até intensivo, à frente do pelotão. Ou melhor, do grupo mais numeroso de dois que, uma vez mais, se formaram desde muito cedo em consequência de percalços (avarias e furos e não de andamentos díspares) que ocorreram nos primeiros quilómetros da jornada que nos levou até lá para às bandas da Espinheira, Alcoentre e Aveiras, na respeitável distância de 120 km.
Destaque-se, em mais uma semana consecutiva, a adesão numerosa, com a presença de participantes dos mais diversos «quadrantes» e com objetivos diametralmente opostos, desde os competidores aos domingueiros. O camarada Rocha (não é que faça parte destes últimos!!) foi agradável surpresa, proveniente das profundezas saloias, e o Renato Hernandez (este, claramente os primeiros!) lá estava também, à partida de Loures, tendo sido dos poucos (apenas mais o Ricardo Gonçalves) que aguardaram pela minha saída tardia (e a do Jony) devido a um café que demorou dois ou três minutos para lá das 8h30. Ao quarteto juntaram-se o Carlos do Barro e o Filipe Arraiolos, também com atraso na chegada à concentração. De qualquer modo, o grupo numeroso que saiu, em ponto, manteve-se a um ritmo lento q.b. que permitiu, sem necessidade de forçar a perseguição, a recolagem no final da Variante de Vialonga.

O reagrupamento foi, todavia, breve e fugaz. No início da descida da Cervejeira uma avaria (corrente partida) originou o primeiro impasse. Os que acabavam de chegar (exceto eu) imediatamente partiram (definitivamente devido ao atraso provocado pela reparação), levando com eles um ou outro elemento do grupo que acabávamos de alcançar. Lamenta-se, mas compreende-se. Está difícil partilhar a saída domingueira em pelotão único, principalmente com o Renato, que, realça-se, tem marcado presença assídua às voltas nesta pré-temporada, o que também se saúda.

Cá atrás, após o reatamento, não demorei a assumir as despesas, ainda que com as pernas presas e ainda maçadas de um trabalho aturado de musculação (por eletroestimulação). Estava em plena labuta, até que à passagem por Castanheira deparámo-nos com o Jony: furado. Mais uma paragem, demorada, e o subsequente retomar da pedalada, ainda com a minha predisposição para o sacrifício (entenda-se, generosidade... – afinal é Natal!) na liderança de um grupo com cerca de 15 unidades, que se satisfazia com o andamento que eu impunha. O Jony, entretanto, também não demorou a emparceirar. A ele, tal como a mim, também faltam quilómetros neste início de época.

A abordagem ao carrossel da Espinheira foi moderada, com o Norberto a surgir à dianteira, tal como o Jony e o Freitas, este último a fechar, lá no topo, um espaço criado pelo ligeiro adiantamento do Zé, que apareceu empertigado para esta volta e não perdeu ensejo de, amiúde, espicaçar o ritmo – e a ordem vigente. Sangue na guelra, que se espera e recomenda que corra nas veias da maioria, mas, de preferência, lá mais para a frente... De qualquer modo, o andamento nunca foi baixo, com a média a rondar, desde o início, 30/32 km/h (Espinheira, à parte, mas ainda assim com 28,5 km/h), e a atingir já apreciáveis 35 km/h entre Alcoentre e Aveiras, onde se parou para tomar retemperador café.

E para não quebrar o ritmo de intensa queima de calorias para compensar as mesas fartas desta quadra, continuou-se a pedalar com empenho na longa planície de regresso, com o esforço um pouco mais (mas não muito...) partilhado entre os elementos do pelotão. Alguns puxados quase pelas... orelhas. 
 
Boas Festas e Boas Pedaladas                        

sexta-feira, dezembro 21, 2012

Domingo: Alcoentre

A volta do próximo domingo é a de Alcoentre, na distância de 119 km. O percurso é maioritariamente plano, logo acessível, embora a referida «quilometragem», já respeitável, possa vir a impor maiores dificuldades, em especial aos que ainda carecem de endurance nesta fase de pré-temporada. De resto, os maiores desníveis do traçado encontram-se na passagem pela Espinheira.
Por esse motivo, sugere-se um ponto de neutralização para eventual reagrupamento
- Rotunda antes de Alcoentre
    

terça-feira, dezembro 18, 2012

Crónica de Santo Estevão


A última incursão de 2012 a Santo Estevão foi a duas velocidades. Ou seja, desde muito cedo se estabeleceram dois grupos com andamentos distintos, que rolaram separados durante todo o percurso, com mais de uma centena de quilómetros. Inevitável, a lei dos diferentes estados de forma e/ou das pretensões de treino dos vários participantes nesta fase da pré-temporada. E quando se acrescenta algum espírito/regime pré-competitivo entre os mais aptos – não se aliviar um ritmo elevadíssimo durante, pelo menos, 70 km, o que é senão precoce nesta altura do ano –, as diferenças tornam-se impossíveis de conciliar ou mesmo de atenuar.

Por isso, bastou dois ou três quilómetros (ainda o pelotão, mais uma vez numeroso, mal saía do Tojal), já o andamento à cabeça causava o primeiro e definitivo corte. Quem quis ou pôde, agarrou-se à dianteira; os que não... (em que me incluía), resignaram-se a um grupo de retaguarda, cujo ritmo era bem mais moderado. Mas que não era lento! E mais vivo se tornou quando, ainda na Variante de Vialonga, passei a assumir as despesas, conduzindo o «grupetto» de cerca de uma dezena de unidades à bem razoável média de 35 km/h até Vila Franca. Fi-lo «desprendido» de uma perseguição efetiva, mas com a fundada esperança que, com um abradamento à frente, não demoraríamos a reagrupar-nos. Serve, isto, para demonstrar que a decisão, voluntária, de temporizar atrás naquela fase inicial não traduziu qualquer «desprendimento» com a preservação do pelotão. Mas, estabelecido o corte, seria impossível a recolagem com o andamento que se imprimiu à frente.   
E assim, infelizmente, não mais se avistou os homens da dianteira. E nem com a reposição do andamento ao mesmo nível até Benavente - após uma passagem serena pelo empedrado e a ponte Marechal Carmona -, e daí em diante, pela vasta lezíria de Sto. Estevão, houve outro desfecho. Então, com o contributo repartido entre os elementos que compunham o grupo, destando-se o Jorge, o Freitas, o Nuno Garcia e o Pina, este após Sto. Estevão (onde nos aguardava para tomar café). Na dianteira rolava-se, com certeza, muito mais depressa – e sem aliviar.

Embora bastando algum alívio do andamento à frente para, como se percebe, ter permitido que o pelotão reagrupasse (antes da paragem em Sto. Estevão, obviamente), há que reconhecer que o mesmo seria desnecessário face às discrepâncias (de forma física, de abordagem à saída de grupo, ao treino que esta poderá constituir) referidas no início desta crónica, pois não originaria mais do que uma breve e fugaz «reconciliação» entre grupos. Tanto mais que, segundo rezam também as crónicas dos que foram sendo recolhidos no terreno, lá para os lados de Sto. Estevão instalou-se entre os mais fortes (Renato Hernandez, Renato Ferreira, André e João Silva - ou em alguns destes), o tal regime pré-competitivo que igualmente mencionei.

Por esse motivo, à passagem por Alverca, na dianteira, já só restavam mesmo aqueles quatro! Os outros (muitos!) foram peças que se foram desmontando ao longo do trajeto, que se tornou ainda mais seletivo devido ao vento frontal desde Benavente e, depois, lateral, desde o cruzamento do Infantado até Vila Franca (média inferior a 32 km/h), agravando desgastes aos que ainda estão pouco rodados nesta fase madrugadora da época.
 
Anúncio do calendário da temporada 2013: na próxima sexta-feira, dia 21       

quinta-feira, dezembro 13, 2012

Domingo: Sto. Estevão

A volta do próximo domingo é clássica sem ser uma... Clássica: clássica, porque é uma das mais antigas, tradicionais e quase sempre mais participadas do nosso calendário, e que tem algumas reedições no mesmo ano, estatuto que só a Ota (outra já clássica) partilha.
O percurso é bem conhecido de quase toda a gente, com os seus 113 km totalmente planos e no sentido mais «batido», e é o seguinte.
Pontos de neutralização para reagrupamente... só em casos de necessidade!

Já tinha falado sobre o calendário de 2013..., e já figuram nele os (meus) principais objetivos!  

quarta-feira, dezembro 12, 2012

Crónica de Sobral-Merceana-Alenquer


A volta do último domingo cumpriu os requisitos de um bom treino de pré-temporada, com algum sobe e desce à mistura para estimular o «cardio», para a maioria ainda pouco musculado. O percurso teve a maior parte do desnível acumulado no primeiro terço, com a ligação entre o Tojal e o Forte do Alqueidão (Sobral), principalmente a longa subida desde Bucelas, cumprida a um ritmo que, no meu caso, ainda com a condição física debilitada pela escassez de treino neste arranque de época, foi de endurance alto.

De qualquer modo, os primeiros quilómetros após a saída de Loures foram brandos e marcados por resquícios ainda da volta do domingo anterior (Ota), nomeadamente sobre algumas incidências por mim relatadas na crónica e posterior comentário do Pedro Fernandes. O contraditório partiu do Zé-Tó, o que se destaca pela positiva, por vir de uma das personalidades mais antigas do grupo, por isso com responsabilidades atribuídas e que devem ser (e creio que são) por ele reconhecidas. Foi uma elogiável troca de opiniões, amiúde divergentes em alguns pontos de vista mas unânimes em prol do interesse coletivo. Sinal de vitalidade, à atenção de outros elementos com semelhante peso no seio do grupo, a quem se pedia maior intervenção.

Voltando ao relato da volta, como se previa o Alqueidão foi seletivo e desde logo muito cedo provocou a formação de dois grupos, com andamentos distintos. No primeiro, comandava o Renato Hernandez (que, pelo segundo fim de semana consecutivo escolheu a nossa voltas domingueiras para cumprir o seu plano de preparação nesta fase, o que se ressalva), a impor um ritmo, ainda que pausado, suficiente para criar a cisão no pelotão, e com ele levando cerca de uma dezena de elementos. Atrás, foi o Freitas, até a Arranhó, a liderar o grupo mais lento, em que me incluía e que passei a encabeçar a partir daquela localidade. Numa e noutra posição, o meu registo cardíaco, como já referi, oscilou entre patamares sempre abaixo do limiar anaeróbio, e obviamente na segunda, em que assumi as despesas, esteve muito perto deste.

Após o reagrupamento no Sobral (ainda havia mais elementos que se encontravam para trás), o pelotão desceu rapidamente para as proximidades da Merceana (Aldeia Gavinha) mas no topo da «Quinta», antes do cruzamento de Ribafria, uma aceleração do Jony voltou a quebrar a coluna. Para trás, voltei a ficar eu (as pernas, se bem que «rolam» relativamente à-vontade, ainda não correspondem quando o terreno inclina...) e mais uns quantos: Freitas, o Pedro, o Zé-Tó, e mais tarde integrámos o Jorge e o João Silva, que se tinham «soltado» da dianteira.

Para a frente, num grupo que mantivemos quase sempre à vista até Alenquer, embora sem o conseguirmos alcançar (as despesas estiveram-me quase sempre entregues, e apesar das boas sensações que este facto reflete, não senti disponibilidade física para esse esforço, e admito que preferi não insistir...). À parte do inevitável Renato, no espevitamento do andamento entre os mais rápidos parece ter-se destacado também o Capitão, que está a rentabilizar, sem dúvida, um momento de forma superior à maioria dos demais.

Em Alenquer, a paragem para tomar café separou, em definitivo, os dois grupos, tendo o nosso rolado moderadamente de regresso, agora sob a batuta do Freitas e do João Silva, outro corredor repetente no segundo domingo de dezembro.

 
Próxima saída (dia 16), Santo Estevão, para cumprir mais uma etapa da estação Outono/Inverno.
Em meados da semana que vem será também publicado o calendário da temporada de 2013, com todas as voltas, as famosas clássicas e restantes desafios da época!

sexta-feira, dezembro 07, 2012

Domingo: Sobral-Merceana-Alenquer

Embora já tenha sido divulgada no «post» da crónica da volta do último domingo (Ota), não é demais relembrar que a jornada do próximo domingo, que sofreu uma alteração ao percurso para torná-lo mais curto e, acima de tudo, mais acessível. Esclareça-se que é apenas uma sugestão que, de qualquer modo, creio que será bem aceite pela maioria dos participantes.
Então, o trajeto definitivo é o seguinte. E mais uma nota: a parte final, a extensão entre Alverca e Sacavém (EN10), fica igualmente dependente da vontade de cada um e/ou do coletivo. Obviamente, a alternativa seria o regresso direto pela Variante de Vialonga e Tojal.
Uma vez que a saída é em direção a Bucelas e Sobral, mesmo que o andamento seja moderado, como se recomenda nesta fase de pré-temporada, é provável que a subida do Forte de Alequeidão se torne seletiva e haja quem se atrase ou quem pretenda adiantar-se (o que é perfeitamente natural), sugere-se uma neutralização à chegada ao Sobral (rotunda da Praça de Touro) para eventual reagrupamento. A partir daí parece-me que só se justificaria (e bem) mais uma paragem em Alenquer, mas para tomar café!

P.S. São atitudes como a que o Pedro Fernandes preconiza no seu comentário (crítico) à crónica da Ota que promovem a coesão, organização e espírito de camaradagem que se pretende para os grupos ditos domingueiros, e que, no nosso em particular, como o próprio refere e elogia, é reconhecida como bom exemplo, tanto dentro como fora do grupo, o que é ainda mais relevante e meritório para todos os que para essas virtudes contribuem. Bem hajam!   

quinta-feira, dezembro 06, 2012

«Quebraossos»-2013: pré-inscrições a decorrer!

Desde dia 3 de dezembro até 4 de janeiro, está a decorrer a fase de pré-inscrição para a próxima edição da Quebrantahuesos, a rainha das clássicas para ciclismo amador (ciclodesportivas) em Espanha, que se irá realizar no dia 22 de junho de 2013. Como nos últimos anos, o processo é ingrato, com a confirmação da participação a depender de sorteio (por números) até ao limite determinado pela organização, cerca de 8000 participantes.

Este ano, os espanhóis estão a abusar nos custos. Só para fazer a pré-inscrição, «nuestros hermanos» exigem 4 euros por candidato e, imagine-se, 60 euros para formalizar, posteriormente, a inscrição. Os organizadores asseguram que irão compensar este inflacionamento dos preços – que já justificou uma nota explicativa no site oficial da prova, pudera! - com o aumento do IVA no seu país, a drástica redução das subvenções estatais e a subida em geral das despesas. Resumindo: os reflexos da crise também lhes chegaram... Garantem, por outro lado, compensar os participantes com mais e melhores préstimos.

Eis a mais uma prova que é momento de oportunidade para os organizadores deste género de eventos de ciclismo de estrada em Portugal, e de que o recente Sky Road Granfondo, da Lousã foi um óptimo exemplo!   

Datas do processo de inscrição para o «Quebraossos»:
3 dezembro: início da fase de pré-inscrições
4 janeiro: fim da fase de pré-inscrições
8 janeiro: sorteio dos lugares
11 janeiro: início do período de inscrições
12 fevereiro: fim do período de inscrições

Outras provas internacionais com interesse:
Clássica Lagos de Covadonga (Cangas de Onis, Astúrias, Espanha): 18 de Maio (inscrições a partir de meados de fevereiro)
Etapa do Tour (Annecy-Semnoz, Alpes, França): 7 de julho (inscrições abertas no site da prova)

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Crónica da Ota


A primeira saída simbólica do início da pré-temporada foi bom augúrio para o que nos espera em 2013. Desde logo, uma numerosa participação, numa manhã ensolarada que convidava a experimentar as primeiras pedaladas mais duradouras para muitos e, para outros, já mais vigorosas. De qualquer modo, ao arranque de Loures surpreendeu que o pelotão tivesse menos bicicletas do que as que estavam paradas minutos antes, no ponto de encontro matinal. Estranho? Razão simples: houve saídas antecipadas, logo no primeiro dia, o que, neste caso, é mau pronuncio... Tanto mais, que os adiantados juntaram-se a outros que aguardavam mais adiante e formaram um segundo pelotão que rolou destacado durante quase o percurso, nunca se reunindo com o primeiro. Enfim.

De qualquer modo, o grupo (diga-se principal) em que estive integrado durante a primeira metade da volta era bem recheado o suficiente para se cumprir os objetivos desta inicial saída de grupo no inverno. Passo certo, moderado, sempre sob o comando do Renato Hernandez, já num nível de forma que dá para os gastos de locomotiva, mesmo a meio vapor, e perfeito para mim, que estava ali a completar as primeiras duas centenas quilómetros. Os restantes, na ordem da dezena, também não tiveram grandes dificuldades em seguir o ritmo de... pré-temporada. E devem ter agradecido a boleia, sem oscilações, avanços ou recuos bruscos: 100% recomendável para esta fase do ano. Aliás, não se esperava outra coisa num grupo em que pontificava a experiência: Torpes, Ricardo Gonçalves, João Silva, Freitas, Jorge, Arraiolos, Nuno Garcia, e ainda o jovem Tiago, o Pedro Ricardo, regressado (bem-haja) Carlos do Barro, entre outros. O único momento em que o grupo perdeu algumas peças foi na subida do Vale do Brejo, que não propriamente... a passar apenas. Mas logo a seguir voltou a reunir-se.

Entretanto, a malta que rolava adiantada parou para café na Ota, desviado da rota, e a partir de então inverteram-se as posições na estrada, ainda e sempre sem fusão dos grupos. Contudo, eu, o Freitas e o Jorge deixámos o nosso, em Aveiras, e aguardámos pelos restantes, que incluíam a esmagadora maioria dos habituais domingueiros: Pina, Capitão, Felizardo, Pedro Mendes, Gonçalo, Jony, Bruno e outros mais.

Porém, que esperar de um grupo sem ditos poderosos?! Andamento ainda mais tranquilo? Puro engano. Precisamente o contrário. As qualidades que elogiámos ao andamento do primeiro grupo passaram a defeitos do segundo, e desde logo que o integrámos, ainda mal saíramos de Aveiras. Esticões, acelerações... e as consequentes fraturas. A partir de Azambuja, só restávamos 4 ou 5 (eu, Jorge, Freitas, Jony, Pedro...) a fechar a estrada. Menos, quis dizer mais esforço, e daí ao Carregado gastei mais energia do que em toda a volta...

Até final, acentuou-se o desgaste, naturalmente, pela insuficiência de forma nesta altura, culminando uma primeira sessão de pré-temporada que, no meu caso, teve duração/km (3h45/108 km) acima do recomendável. Felizmente que a intensidade foi mais adequada. À chegada a Alverca as perninhas já estavam bambas...
 
ATENÇÃO: a volta do próximo domingo tem uma alteração no percurso. Será Sobral-Merceana-Alenquer-Vila Franca-Alverca e opcionalmente Sacavém (EN10) ou logo para Vialonga-Tojal. O percurso é o seguinte.        

sábado, dezembro 01, 2012

Amanhã, arranque da pré-temporada de 2013

Chegou finalmente o dia! Acabou-se, para mim, a preguiça e o ócio já duradouros neste defeso calão. Amanhã arranca a pré-temporada de 2013, com simbólica volta domingueira (por ser a primeira de dezembro). Para alguns também deverá sê-lo; para outros apenas mais uma saída numa fase de preparação que já vai longa. Destes, bom exemplo para alento dos primeiros.
A volta de amanhã é a Ota, uma das mais tradicionais do nosso calendário. O percurso é bem conhecido: Loures-Tojal-Vialonga-Alverca-Vila Franca-Carregado-Alenquer-Ota-Vale do Brejo-Aveiras-Azambuja-Carregado-Vila Franca-Alverca-Tojal-Loures.
Distância: aprox. 105 km
Sugere-se uma paragem para tomar café (típica de pré-temporada) no sítio do costume, à saída de Aveiras.
E ainda, tão ou mais importante: andamento moderado durante toda a volta! A cavagalgas ainda vêm longe. Endurace, endurance... recomenda-se!

Bom regresso camaradas!   

sábado, novembro 24, 2012

Domingo: Marginal-Alcoitão

Para os que se arriscarem a enfrentar a intempérie, aqui fica a volta do próximo fim-de-semana: Marginal-Alcoitão. Alguns devem recordar-se da mesma volta, em 2011? Pois é, este ano S. Pedro está impiedoso! Mas não se pense que a malta se detém. O defeso já ficou para trás e não se poupam esforços nesta pré-temporada. São cada vez mais e mais empenhados. Basta vê-los, aos molhos, debaixo de chuva e vento. Bom sinal para o ciclismo que se faz por aí! Para o ciclismo amador. 2013 promete elevar ainda mais o «nível». 

quinta-feira, novembro 15, 2012

Domingo: Sto. Isidoro

A volta do próximo domingo é a de Santo Isidoro. O percurso é o seguinte

sábado, novembro 10, 2012

Domingo: A-dos-Arcos

A volta do próximo domingo, dia 11, é a de A-dos-Arcos. O percurso é o seguinte

quarta-feira, outubro 24, 2012

Domingo: Livramento-Óbidos-Luvramento


A «Concentração de Ciclistas Livramento-Óbidos-Livramento» de 2012, uma vez mais organizada pelo camarada Paulo Pais – com maior competência, a cada ano que passa... -realiza-se este domingo, dia 29, com concentração às 8h30 - ATENÇÃO OS RELÓGIOS ATRASAM-SE UMA HORA NESTE DIA!! -  e partida às 9h00 do Livramento (Azueira), junto ao pavilhão gimnodesportivo, local que coincidirá com a chegada após percurso e ida e volta à lindíssima vila de Óbidos.

Como é apanágio desta iniciativa anual que já se tornou uma clássica do ciclismo amador da nossa região, está prevista a adesão de várias dezenas de ciclistas de diversas paragens, entre competidores e meros praticantes entusiastas da modalidade, uns mais empenhados, outros menos, e ainda outros que tais...

Na primeira metade do trajeto o andamento será (mais) moderado (ou melhor, controlado) em pelotão compacto para promover a convivência – que é, sem dúvida, o «espírito» que preside a este evento -, ao que se seguirá breve pausa programada em Óbidos e o regresso em ritmo livre, após o Bombarral e até à chegada ao Livramento. Então, sim, a complementar a jornada velocipédica com a indispensável e sempre salutar dose de competitividade – sempre, como desde o início -, com respeito às regras do desportivismo.
 
Entretanto, a partir de  Loures, realiza-se mais uma volta domingueira, com arranque às 8h30. O percurso é o seguinte  

quarta-feira, outubro 17, 2012

Skyroad Granfondo: a crónica


Nota prévia: no próximo domingo realiza-se a Clássica Pina Bike, que encerra a temporada. O percurso é o seguinte. Hora e local de partida: 8h00, nas bombas de BP de Loures.
Reviver uma grande clássica internacional de ciclismo amador. O ambiente próprio e o aparato de toda a logística que envolve um evento de grande dimensão desta modalidade, o percurso serrano muitíssimo interessante, enquadrado numa beleza paisagística arrebatadora, a elogiável competência dos organizadores (portugueses...), a forte adesão de participantes de diversas paragens - não terá faltado aliciantes à edição de 2012 do SkyRoad Aldeias do Xisto. Eis o que poderá (e deverá) ser o embrião de novas iniciativas deste tipo no nosso país, por que há tento tempo se (des)esperava, e que se deseja se multipliquem nos tempos vindouros. Uma experiência certamente a repetir pela esmagadora maioria dos ciclistas que cumpriram no passado dia 13, na Lousã, as provas de Granfondo e Mediofondo, nas distâncias de 154 km e 95 km, respetivamente. Fui um deles e asseguro, desde já, que tudo farei regressar em 2013!

A «estória» da minha participação, todavia, não é tão rica em experiências – boas e menos boas, e também... más - como é habitual em participações em eventos desta natureza, nos diversos em que estive presente, em Espanha e França, ao longo dos últimos 14 anos. De qualquer modo, o rescaldo do grandfondo é, do ponto de vista pessoal, 100% positivo – um objetivo cumprido sem mácula. Expliquemos, então, a razão deste sabor agridoce.

Boa posição ao arranque, que foi, desde logo, em ritmo animado à cabeça do pelotão de oito centenas de unidades, pautado pelas suas principais figuras. E eram muitas, algumas do primeiro plano nacional, casos de Vítor Gamito e de José Silva (vencedores das duas «modalidades» da prova, mediofondo e grandfondo, respetivamente), mas também David Rosa, atleta olímpico de BTT, entre outros, em que se poderão incluir, sem exagero, os nossos camaradas Renato Hernandez e Rui Torpes, cujos desempenhos na prova justificam esse estatuto.
Primeiros quilómetros logo a subir, pendente suave (4%) mas em andamento longe de ser confortável (a rondar os 25 km/h de média). Não tardou a fazer-se a seleção. À cabeça, cerca de 70 a 80 ciclistas, e eis que a coluna começa a fracionar-se... quase à minha frente! Momento nevrálgico da (minha) prova – digo-o à posteriori, porque naquele momento não o vislumbrava tão determinante -, em que renego ao esforço, que seria por algum tempo elevado, para recolar, quando o meu CPU biológico recomendava que não o fizesse, mas que antes mantivesse um ritmo mais cómodo, num grupo menos «vivo», porque muito havia a percorrer. As sensações eram boas, mas a pulsação estava no limiar anaeróbio. Decisão voluntária, portanto. Arrependimento? Talvez, um pouco, sabendo agora o que viria a suceder no desenrolar da prova. Estavam decorridos pouco mais de 12 km, de uma primeira ascensão que só terminaria aos 40... Falta-me o sentido de competição!

Ultrapassado este momento (que considero) crucial, sigo num grupo restrito, com cerca de uma dezena de unidades, que entre os «conhecidos» incluía apenas o Tiago Martins. Com o elevar da cota do terreno, com o desgaste da subida e do andamento bastante bom que se levava, somavam-se as «vítimas» no meu «grupetto». Então, a minha perceção dos acontecimentos começou a mudar... No último terço, até ao alto da Serra do Açor, quedo-me na interessante roda do Marco Romão, da MoveFree, camarada do Paulo Pais, incansável trabalhador naquela fase, a impor um andamento vivo e a reduzir a um trio o que fora um grupo bem composto (o Tiago era o único a resistir, com tenacidade e o meu constante incentivo).

Depois de atingirmos, por duas vezes, a cota máxima, a quase 1000 metros de altitude – demonstrativo do relevo irregular da primeira subida, descemos (os três) vertiginosamente (velocidade máxima na prova: 83 km/h) para os 600 metros, ao nível do paredão da barragem de Sta. Luzia, a vertente inclina-se abruptamente, em direção ao céu. Um muro! Como ameaçava o road book: 1,6 km a média de 12%! 36x25 requerido! O Tiago fica-se logo nos primeiros metros, deu tudo, tinha de encontrar o seu próprio ritmo. O Marco, ao invés, parecia bem, adiantara-se alguns metros, quando apanhamos o Xico Aniceto, em perda ao não conseguir seguir no grupo mais adiantado em que seguia. Integrámo-lo antes de começarmos a descer novamente, durante 17 km, para Pampilhosa da Serra.
E foi por aí que se a «coisa» mudou totalmente. Depois do Xico ter esclarecido que iria parar no próximo abastecimento (Pampilhosa) e por isso descesse mais relaxadamente, estava longe de esperar que o Marco, pura e simplesmente perdesse também o contacto. Eu não me apercebi, vinha a marcar o ritmo sem forçar/arriscar um milímetro na descida, e só me dei conta da sua falta já à saída da Pampilhosa, após o muro em empedrado com que se inicia a subida seguinte, a única que tem inclinações mais aproximadas às de montanha (7% em 5 km). Quando me apercebo onde parava o meu parceiro, que perspetivava ser o meu (fiel) comparsa para o que restava da jornada, eis que o vejo... distantíssimo! Miséria, penso! Fico sozinho aos 78 km, a meio do percurso!! Procuro alguém para apanhar, vislumbro dois ou três, espaçados na subida. Não tenho grandes esperanças no seu contributo, estariam certamente em perda. Mas eis que reparo num grupo de cerca de 10 a 15 unidades... do outro lado da encosta. Seria complicado alcançá-los. Meço as distâncias: cerca de 2 minutos. Recuperáveis. Sinto-me bem, no melhor momento até então. Carrego nos crenques com violência: faço a subida a 174 de pulso médio, sem quebras. Pondero sobre as consequências. Atiro as reservas às malvas, já me causado esta situação. Atinjo o cume ainda isolado, depois de ter dobrado três ou quatro elementos – pareciam parados...

Na passagem para a pedaleira grande, a corrente salta para fora do prato grande. Fd....-se! Paro. Cerca de 30 segundos perdidos. Uma eternidade naquela altura fundamental. Não desisto. Estou com a «alma» toda. Lanço-me na descida a toda a velocidade. Esta é longa e como sempre neste percurso, irregular, com uma sucessão de topos, nem um metro a direito. Mais do que as subidas é esta característica de sobe e desde do relevo que torna esta prova exigente. E claro, o andamento que adota! Continuo a dobrar alguns ciclistas, todos em andamento muito inferior. Nem 200 metros seguem comigo, e a descer... Faturas pesadas que se pagam por se querer seguir ritmos desadequados. Quem me dera tê-lo arriscado no início, penso. E só depois esperar que a fatura chegasse. Agora estou entregue a mim próprio, nem para trás, nem (muito) para a frente! Deveria ter forçado nos quilómetros iniciais para me integrar no (tal) primeiro grupo, que depois também se selecionou, naturalmente. Talvez tivesse mais probabilidades de estar entre elementos do meu nível, e acima de tudo a desfrutar do mais «fator ciclismo» da prova.
A cada ciclista que encontrava, perguntava: «Vai algum grupo aí mais à frente?» Resposta invariável: «Sim, mas já está longe»; «Sim, mas está a andar bem, desde que a equipa profissional do Tavira o alcançou e começou a puxar». Tinham parado num abastecimento. [Ressalva para uma crítica construtiva: os profissionais, cuja presença se saúda e contribuiu para prestigiar a prova, proporcionando oportunidade única aos amadores partilharem a estrada com os melhores; uma ideia em tudo acertada da organização. Contudo, dispensava-se que eles, os prós, interferissem das incidências da prova, que influenciassem o seu normal desenvolvimento, por exemplo, impondo andamentos nos grupos/pelotões ou perseguindo fugas. A rever em futuras edições]. 
Perante esta última informação, não havia mais nada a fazer, a não ser continuar a aproveitar as boas sensações, a levar-me por elas. À medida que ia apanhando elementos mais adiantados, as respostas começavam a ser mais... azedas. «Sim, sim, mas nunca os vais apanhar, vão a andar nas horas...», desabafou um dos ciclistas de um duo do Mortágua. Ainda alcanço um do Tavira, a subir para... Picha. Nem fez um esforço por me acompanhar.

Só na fase final desta subida, longa mas suave (10 km a 3,5%), começo a demorar mais a alcançar outros elementos. Dois deles, finalmente, agarram a minha roda e descemos, em trio, para Castanheira de Pera. Para a subida final, à Serra da Lousã. Estou ansioso pelas primeiras pendentes, assinaladas, km a km, com a inclinação média de cada um (cortesia da organização, à imagem dos «cols» pirenaicos, e mais uma demonstração de esmero dos responsáveis da UltraSpirit). Durante a primeira metade da subida (total: 13,8 km a 4%) meti o passo, mantendo os dois companheiros na roda. Excesso de confiança: as forças não poderiam durar, em alta, para sempre... A 5 km do alto começo a descarregar, sou forçado a baixar o ímpeto. Os dois não demoram a assumir o comando, revezando-se. Deveria ter promovido esta partilha de esforço desde o início da subida, mas, enfim, insisto: já tinha a minha dose de parcimónia naquele dia.

Do km 4 para 3, sou forçado a ceder, perco alguns metros, que se vão acumulando até ao cume, onde cruzo com duas ciclistas (Celina Carpinteiro e Mónica Magro) em animada cavaqueira. Descontraídas, quase as abalroo. Encontro-me novamente sozinho, agora na interminável descida para a meta. Faço-a sem stress. Desfrutando. Está feito! Ultrapasso, ainda, diversos retardatários do circuito mediofondo e, às tantas, também um dos dois com quem fiz a subida: partira o pedal. Infortúnio, mas felizmente numa altura em que quase já não precisava dele...
Desço bem, depois de tomar mais um gel passaram as más sensações. Chego à meta com o segundo elemento (Bruno da Silva, da Motorreis) à vista. Tempo final: 5h07, à média de 30,2 km/h; desnível acumulado: 2900 metros;  pulso médio 154, máximo: 180. Classificação absoluta: 50º; na categoria (Master): 12º.

O bom é inimigo do ótimo. Poderia ter sido melhor, certamente. Mas foi muitíssimo positivo. Fantásticas sensações, prova superada, objetivo cumprido com distinção. Contudo, mais importante do que ter feito melhor tempo ou ficado mais acima na classificação foram as vivências da prova que foram de menos, as estórias dos pelotões que ficaram por contar. Por isso, um nadinha de depressão «pós-laboral». Para o ano há mais! Ou muito mais!

Nota final para as destacadas presenças, extraordinárias performances e o saudável espírito de camaradagem dos nossos bem conhecidos: Jorge Garção, Paulo Pais, Xico Aniceto, Dario Teixeira, Pedrix, Renato Hernandez, Rui Torpes, Ricardo Gonçalves, Tiago Martins, Hugo Arraiolos, Hugo Silva (Feijão), Jorge Damas, Nuno Garcia, Miguel Marcelino (bem hajas!), Marco «Cancellara» e Jerónimo Cruz. Para o ano seremos mais ainda!

sexta-feira, outubro 12, 2012

Domingo: Ericeira/Terrugem

A volta do próximo domingo é a de Ericeira/Terrugem. O percurso é o seguinte (clicar):

quarta-feira, outubro 10, 2012

Granfondo Sky Road é já no sábado!



Chega tardio, mas está aí, para muitos, o maior objetivo da temporada de 2012: o Granfondo Sky Road, Aldeias do Xisto, a realizar no próximo sábado na distância de aproximadamente 150 km e em percurso montanhoso. O evento, único no nosso país dedicado ao ciclismo puramente amador, que se saúda pelo pioneirismo, reunirá à partida da serrana cidade da Lousã quase 800 participantes nas duas vertentes: Mediofondo e Granfondo, diferindo na quilometragem e no desnível do traçado.
Estará presente uma numerosa representação de ciclistas oriundos da nossa região que não quiseram deixar de responder ao interessante e exigente desafio, o qual, reforce-se, poderá ser embrião de outras iniciativas do género de que se espera serem, por esta primeira, exemplo a seguir. As condições para que tal aconteça parecem estar todas reunidas no evento da Lousã.

Pela frente os participantes do Granfondo, um percurso ao nível das clássicas ciclodesportivas espanholas e francesas, embora sem o «peso» da alta montanha, como o da mais exigentes provas do género que se realizam naquelas paragens, casos das célebres Quebrantahuesos ou Etapa do Tour, entre as principais referências. De qualquer modo, cinco subidas em destaque: Açor, Barragem de Sta. Luzia, Pampilhosa da Serra, Picha e Serra da Lousã. Nenhum colosso, é certo, mas a exigência sentir-se-á com o acumular da distância e o acidentado do relevo, naturalmente com a relação entre o andamento e a condição física de cada participante a impor-se.
Numa apreciação mais cuidada ao percurso, mais do que a importância da primeira ascensão não demorar mais de 5 km e prolongar-se por mais 31 (!), certamente propiciadora de imediata seleção no enormíssimo pelotão, considero determinante a segunda fase, precisamente partir dos 75 km, com isso adquirindo especial relevância a criteriosa gestão de esforços até este ponto - quando, sublinhe-se, já estarão percorridos 75 km, em que, além da trintena da Serra do Açor haverá uma agreste passagem por um muro de 1,6 km a 12%, na barragem de Sta. Luzia – iniciando-se com a subida de Pampilhosa (5,3 km a 6,7%), a que se seguirá cerca de 15 km rápidos até ao duplo encadeamento final, das subidas de Picha e da Serra da Lousã, desde Castanheira de Pera, que juntas somam 23 km a uma inclinação média próxima dos 4%, intercaladas por nova descida abrupta. Aos 130 km, no alto da serra, o mais difícil estará então superado, restando descer, sem mais interrupções, para a meta, embora ainda durante longos 20 km, em que a fadiga poderá proporcionar desconcentrações perigosas.

A todos os participantes, muito boa sorte          


sexta-feira, outubro 05, 2012

Domingo: Belas

A volta do próximo domingo é a de Belas, num percurso extremanente interessante, diversificado e com um grau «respeitável» de exigência, com a extensão de 103 km. A melhor maneira de encerrar um fim de semana prolongado de... pedal!
Deste modo, sugerem-se os seguintes pontos de neutralização para eventuais reagrupamentos:
- Rotunda do Vale de S. Gião (km 44)
- Venda do Pinheiro, rotunda da A8 (km 55)
- Carapinheira, rotunda (km 63)
- Pêro Pinheiro, após alto de Cheleiros (km 73)
- Belas (km 87)

Hora e local de saída: 8h30 nas bombas da BP de Loures

Nota: por motivos de indisponibilidade (ainda) não foi publicada a crónica da Clássica dos Campeões, realizada no último domingo, e que teve momentos de muito bom ciclismo! Em breve... 

quarta-feira, setembro 26, 2012

Domingo: Clássica dos Campeões!

Aí está a penúltima Clássica da temporada - a pretensionamente chamada «Dos Campeões». O percurso é a condizer com a denominação, não apenas pelo grau de exigência (sem ser exagerado para a altura da época, creio), como pela sua espetacularidade.
Para vencer três dificuldades «maiores», como se pode observar no gráfico da altimetria: Forte de Alqueidão (desde a Bemposta), Vila Verde dos Franco (desde o Rodeio), Sobral (desde o cruzamento da EN9 para Ribafria) e finalmente, Pontes de Monfalim. No resto, é um relevo parte pernas, sem grandes troços totalmente planos. Distância total: aprox. 120 km.
A hora de partida das bombas da BP de Loures é às 8h00 (como em todas as Clássicas).
Uma grande jornada de ciclismo em perspetiva!    

quarta-feira, setembro 19, 2012

Domingo: Oeste


Desde já, registo o meu lamento por não ter podido participar no Roteiro dos Muros, por motivos de força maior, e que, pelos relatos que me chegaram, decorreu dentro da normalidade (exceção ao incidente com o jovem Tiago, mordido por um cão... na Capelã).

A volta do próximo domingo é do Oeste. Não tem o azedume dos Muros, mas nem por isso será pera doce. O percurso é completo, no típico sobe e desce da região saloia, e com as passagens mais íngremes, por Guerreiros, Venda do Pinheiro (Freixeira), Catefica, Encarnação, Picanceira e Cabeço de Montachique (de Vale de S. Gião). De qualquer modo, haverá bastante terreno para se rolar a boa velocidade...

sexta-feira, setembro 14, 2012

Domingo: Roteiro dos Muros


No próximo domingo, a volta é «especial»: o célebre Roteiro dos Muros.

O percurso tem 110 km e (este ano... ) 14 duras subidas. Para se irem riscando, conforme se forem ultrapassando. A grande novidade desta edição de 2012 é a terrível Capelã, que se subirá após a N. Sra. da Ajuda, e será a 5.ª ascensão da jornada. Atenção, porque no gráfico do percurso não consta esta inédita passagem pela Capelã (trata-se do trajeto do ano passado), pelo que após a N. Sr. da Ajuda desce-se a Mata.

Obviamente, a inclusão desta subida elevará, mais ainda, o nível de dificuldade da volta.  

1ª Serra da Alrota

2ª Bucelas (antenas)

3ª Santiago dos Velhos

4ª N. Sra. da Ajuda (Contradinha)

5ª Capelã

6ª S. Quintino

7ª Casais de S. Quintino

8ª Molhados (Sapataria)

9ª Charneca

10ª Choutaria

11ª Alto da Urzeira

12ª Monte Gordo

13ª Salemas

14ª Ribas de Baixo (Fanhões)

 

ATENÇÃO: Partida das bombas da BP, em Loures, às 8h00

 

Esta é, por excelência, uma prova de superação extremamente exigente. A todos os participantes ressalva-se a importância de adequarem o seu ritmo às suas capacidades. As boas sensações que se poderão ter na primeira fase não, de todo, são fiáveis - a qualquer momento, tudo poderá mudar. É assim neste tipo de percurso, em que, ora se sobe (e de forma geralmente abrupta) ou se desce... da mesma maneira.

Como é tradicional, esta é uma prova marcada pela filosofia de interajuda, de incentivo. Durante o maior número de subidas deve respeitar-se neutralizações no alto para reagrupamento de eventuais retardatários. De qualquer modo, igualmente a estes se pede que tenham noção que não podem «atrasar» demasiado e sistematicamente os demais, bem como o normal desenrolar do evento. A todos, pede-se a consciência que, a qualquer momento, poderão ter de abdicar e seguir em auto-suficiência, ou até, naturalmente, optar por não prosseguir.

O Roteiro dos Muros tem a sua mística muito especial - iremos respeitá-la e perpetuá-la!

segunda-feira, setembro 10, 2012

Crónica de Montejunto (Pragança)



Enormíssima jornada de ciclismo, a Clássica de Montejunto (Pragança) de 2012 dos Duros do Pedal! Adesão numerosa, ambiente fantástico e grandes momentos de ciclismo.

A ajudar à festa, as condições climatéricas bastante favoráveis (tempo seco, temperatura amena e vento quase inexistente), um dos motivos para que o ritmo fosse rápido na longa subida para o Alqueidão (27 km/h), com o Freitas e o Alex a tomarem o controlo do grande grupo, composto por várias dezenas de unidades. Andamento adequado, num esforço meritório de ambos, que nunca excedeu o nível moderado e com algumas iniciativas para o espicaçar: primeiro a do Capela, mas só para isso, e depois a do André e o David, de uma forma consolidada, concretizando a primeira fuga do dia.

Depois do controlo até ao Alqueidão, iniciou-se a perseguição ao duo de fugitivos, com uma vertiginosa descida para o Sobral e daí para a Merceana, com o contributo de vários elementos a não deixar o andamento baixar, deixando logo antever que os escapados não ganhariam mais tempo. E que a continuar a assim estariam a prazo. Todavia, deles ainda nem sombras...

A partir da Merceana, com a entrada no sobe e desde que leva até Atalaia, foi a vez do jovem com o equipamento da Lotto chegar-se à frente, com forte empenho, impondo a primeira grande seleção no pelotão até ao Freixial do Meio. Esta aceleração precipitou, então, o final da fuga: o André e o David eram absorvidos antes da Atalaia.

Na ligação a Vila Verde dos Francos, surgiram outros protagonistas. Um deles, o Lopes (Carboom), autor de algumas movimentações à cabeça de um pelotão que já se esforçava por se manter unido. O Capela manteve-se atento e nunca perdeu o ensejo de estar entre os que se adiantavam, mas cuja vantagem raramente ultrapassou a dezena de metros. Reforce-se: nesta altura, o grupo estava já bastante espremido e era cada vez menor a tolerância a iniciativas que colocassem em perigo a sua coesão na iminente aproximação a Montejunto. Aliás, a média entre o Sobral e o Vilar foi de elucidativos 40 km/h! Ou seja, à prova de fugas!

Mas, nem tanto! Eis que me armo em Contador - em «projeto», claro! -, ao tentar antecipar-me na entrada na subida a Montejunto. Primeiro, apostei numa iniciativa (uma de várias) do Lopes à passagem pelo topo de Martim Joanes, que obrigou o pelotão a tenaz perseguição, e depois, coincidindo com a chegada deste – e ao seu natural momento de relaxamento -, mantive a intensidade e acabei por ganhar rapidamente algum avanço... apreciável. No entanto, as «trutas» não me deram grande liberdade, perseguindo à distância (que não deverá ter excedido nunca os 30 segundos) até à base da subida, em que entrei ainda isolado. Foram 167 pulsações por cada um dos intensos 16 minutos de fuga - e ainda faltava a... subida!  

Conclusão: objetivo não alcançado! Principalmente, pelo motivo que referi: o pelotão não ter autorizado que ganhasse avanço mais substancial, mas que valeu a pena por ter tido boas sensações e o «prazer» que dá estes momentos em que nos armamos em ciclistas. Assim, à saída de Pragança, com a pendente voltar a subir vertiginosamente, sou ultrapassado pelas «principais» figuras - as que procurei surpreender com a fuga! -, sem possibilidade de seguir o seu andamento. Ainda assim, apesar do esforço despendido, encontrei rapidamente um ritmo razoável, a curta distância daquelas. Por outro lado, fruto da perseguição, houve uma parte dos elementos do pelotão que «ficaram» logo no início da subida.

A meio da rampa dos «15%», o duo André e o jovem da Lotto já tinha consolidado a sua supremacia, deixando para trás o David, que tinha tentado segui-los e entrou em perda. Atrás, um quarteto: Capela, um elemento com o equipamento da Efapel, e três Duros, um com uma Vinner, outro com uma Specialized e outro com «jersey» de campeão nacional. Eu, a seguir a estes, na expectativa, e o Lopes, mais atrás, em recuperação.

Até ao descanso da subida, após a curva do cruzeiro, já tinham estoirado os três Duros, mantendo-se o Capela e o Efapel à minha frente, e o David um pouco mais à frente, ainda em perda. Entretanto, o Lopes tinha-me alcançado e, juntos, tentámos chegar àquele duo (Capela/Efapel) após o quartel. No entanto, apenas encurtámos a distância para cerca de 20/30 metros à chegada ao cume, onde o André e o Lotto tinham chegado com claro avanço.

Nota: além destes que descrevi, foram muito poucos os que subiram até ao alto de Montejunto (incluo, entre os que vislumbrei, o Pedro da Amadora, o Bruno e o Pina da Bianchi «Mercatone Uno», e mais dois ou três Duros), o que não deixa de ser algo absurdo, quando o principal motivo da jornada – e que lhe dá o nome - era precisamente esse: subir Montejunto, por Pragança! Porque houve quem subisse por Vila Verde dos Francos...

No regresso, do «nosso» percurso, por Abrigada, Alenquer e Vila Franca, um pequeno grupo que comigo, integrava o Capela, o Lopes, o Pedro da Amadora, o Bruno e o Pina da Bianchi, fixou, a média final em excelentes 32 km/h (115 km).
E para a semana há o exclusivíssimo Roteiro dos Muros!                                 

quinta-feira, setembro 06, 2012

Domingo: Volta... Clássica Montejunto, Pragança

No próximo domingo, a volta mistura-se com... Clássica. Expliquemos: é dia, sempre «santo», de subir a Montejunto, desta vez pela rude vertente de Pragança. Será a mais difícil ou a mais fácil? As opiniões dividem-se! De qualquer modo, consensual é o facto de o percurso (principalmente até chegar à base da serra) ser o mais exigente: Bucelas-Alqueidão-Merceana-Atalaia-Vila Verde dos Francos-Vilar-Pragança. Bem mais acessível é o regresso por Abrigada-Alenquer-Vila Franca.
Mas, e a tal mistura? Sim, a nossa volta coincide com a Clássica dos nossos camaradas Duros do Pedal, que passam pelas bombas da BP, em Loures, precisamente à hora da nossa partida (8h30).
Naturalmente, não podemos deixar de alinhar...

sexta-feira, agosto 31, 2012

Domingo: Marginal, Peninha


A volta do próximo domingo poderia muito bem ter estatuto de Clássica. É a da Marginal, com subida à Peninha de Sintra. Uma das «grandes» do nosso calendário, com percurso supercompleto e que normalmente mobiliza numerosa e conceituada adesão.

Infelizmente não poderei estar presente, portanto, não se percam! E desfrutem... 
 
NOTA: A concentração e partida VOLTA AO LOCAL HABITUAL - AS BOMBAS DA BP DE LOURES. Partida às 8h30. 

quarta-feira, agosto 29, 2012

Crónica da Ericeira, Carvalhal


Pois é!... Não foi a falta de aviso que a volta da Ericeira, pelo Carvalhal, no último domingo, se revelou um osso duríssimo de roer para grande parte dos seus participantes. O percurso acidentado, autêntico parte-pernas, a distância a ultrapassar os 100 km e o fator-extra do vento moderado que soprou desfavorável durante a primeira metade do trajeto, recomendavam a uma criteriosa gestão de esforços, principalmente na fase inicial, pela oposição do referido agente natural, e porque as dificuldades do relevo não tardaram – além de se apresentarem em castigadora sucessão.

Logo, o ímpeto, principalmente a partir de Bucelas para a longa ascensão à Venda do Pinheiro, pareceu desaconselhável. Ressalvo que, no meu caso, tive como objetivo predefinido avaliar o estado de forma e, sempre que fosse possível, não me pouparia a desgastes.

De qualquer modo, foi apenas a espaços que passei pela frente nessa subida, depois de ter encabeçado quase sempre o grupo de Loures a Bucelas, em parceria com o Rui Torpes. A partir de Bucelas, foi mais o Pedro da Amadora a alinhar com aquele, e os dois, bem animados, elevaram o andamento para lá do expectável, tendo em conta o muito que havia a percorrer... E mais ainda o Pedro, que desbaratou força em algumas acelerações (violentas!) nas passagens mais rudes da Chamboeira, obrigando a maioria dos elementos do pelotão a terem de se empenhar para não perder o comboio. Ficou desde logo explícito que o entusiasmo - digo eu, exagerado... – deixava madrugadoras marcas de desgaste nas pernas. Quando se atingiu o topo, o grupo já estava obviamente fracionado, cumprindo-se a prevista neutralização.

A ligação entre a Malveira e o cruzamento do Livramento fez-se a boa velocidade, aproveitando a descida rápida e com o surgimento de mais elementos a passar pela frente, alguns dos que não tiveram essa oportunidade na subida anterior. Mas, desde que saímos da estrada nacional para a subida que leva ao interior da localidade, tomei as rédeas, forçando o andamento e mantendo-o, já depois, a caminho do cruzamento na base da Pincanceira, por um terreno em sobe e desce, exposto ao vento. E voltei a insistir na mesma toada na ascensão para a Encarnação e ainda no interessante carrossel até à rampa final, na Galiza.

No início desta, o Torpes acelerou e teve resposta pronta do Pedro, ambos se mantendo com cerca de 20 metros de vantagem durante a subida para um grupo de perseguidores liderado por mim, que acabou por perder quase todas as «peças» até ao alto. Aqui, o duo chegou ligeiramente destacado, demonstrando que o Pedro se encontra numa boa forma. No entanto, ainda estávamos longe do final desta árdua volta...

De imediato, deparamo-nos com as duras rampas de Ribamar e Ribeira d’Ilhas... para massacrar mais um pouco – e à passagem pela Ericeira já eram evidentes os sinais de fadiga no seio do pelotão. Ainda assim, foram poucos os que «tiraram bilhete» logo no início da subida para o Pobral (Foz do Lizandro), perante o ritmo, mais uma vez intenso, que imprimi. Mas, quando, de forma impressionante, o Torpes saiu disparado de trás, ganhando várias dezenas de metros com enorme rapidez (e subíamos a 30 km/h!), só sobraram os mais fortes. Eu procurava não perder muito mais (nos limites!!) e sentia na minha roda apenas um elemento: o Pedro, até aos derradeiros 500 metros. No entanto, no alto, comigo já na companhia do Torpes, foi o Bruno que primeiro chegou a nós, depois de ultrapassar o Pedro.

E ainda não era tudo: faltava ainda o principal prato do dia: a subida do Carvalhal. Novamente, desde a base passei para a frente, ficando rapidamente apenas com o Torpes, que, apesar de em diversos pontos da ascensão demonstrar que partiria isolado, fez questão de me oferecer a roda, num fantástico incentivo que, a espaços, fez superar-me. Um esforço a «top»! Seguindo os melhores se progride...
 
No alto, o Bruno demonstrou que é um trepador «suave» mas muito resistente, chegando destacado dos demais, todos com fortes sinais de fadiga. Para alguns, era o início de um suplício até ao final... Ao ponto, de partir de Igreja-a-Nova, apesar do andamento moderado, mais ninguém ter seguido o quarteto composto por mim, o Torpes, o Bruno e um dos elementos do «jersey azul e branco» - que se manteve até à Malveira, quase sempre liderado pelo Torpes, amiúde experimentando progressões mais fortes que contribuíram, no meu caso, para limitar a autonomia dos depósitos ao – felizmente pouco... - que ainda faltava cumprir. E que foi, na boa companhia do Bruno, a ligação a Alverca por Bucelas e a Romeira, já em descompressão.

E ficou feito!... Até que, a meio da tarde, começo a receber sms do Alex a dar-me conta dos «empenos», a que ele próprio admitia não ter escapado. E que o Pedro Fernandes, outra vítima (agravada por morar muito mais longe...), também já relatou em comentário ao «post» anterior a esta crónica. Afinal, sem surpresa. Esta volta tem tanto de espetacular como de exigente!

sexta-feira, agosto 24, 2012

Domingo: Ericeira (Carvalhal)

No domingo, a volta é a da Ericeira, com a passagem pela subida do Carvalhal. Um percurso bastante interessante e exigente, dos que mais aprecio no nosso calendário. Dada a sua natureza, recomenda-se alguns pontos de neutralização para reagrupamento, caso seja necessário:
-Venda do Pinheiro (ou rotunda da Malveira)
-Final da subida de Quintas (no cruzamento com a estrada de Ribamar-Ericeira)
-Final da subida do Carvalhal (Igreja-a-Nova)

Recorde-se que a concentração é nas bombas da Galp, junto ao parque da cidade de Loures.
Partida às 8h30.

quarta-feira, agosto 22, 2012

Crónica do Parque Eólico da Carvoeira


A volta do Parque Eólico da Carvoeira, no passado domingo, coincidiu com o «pico» do Verão, entalado entre as duas quinzenas do tradicional mês do ócio: agosto. Talvez por isso a adesão de participantes tenha estado abaixo das mais recentes concentrações, para mais considerando o interesse do percurso. De qualquer modo, o tempo convidava mais a uma ida à praia do que a enfrentar, principalmente, as duras rampas, de mais de 15%, que são final de etapa do Grande Prémio Joaquim Agostinho.

No entanto, apesar do encurtado pelotão – era mais um pequeno grupo... – que saiu de Loures (eu, Jony, Bruno, Tiago e Pedro Fernandes), ao que ainda nos primeiros quilómetros se juntaram o Alexandre, o Salvador e o surpreendente Zé (é para continuar a aparecer, camarada!), o andamento foi vivo desde o Tojal para Bucelas, quase sempre estimulado pelo Jony, que o tornou ainda mais intenso a caminho do Vale de S. Gião. Neste setor alcançamos o trio Zé-Tó, Carlos do Barro e Samuel já muito perto da neutralização na rotunda de S. Gião, onde aguardámos, em vão, pelo Salvador que se tinha atrasado na subida face à inclemência do Jony, que insistiu, em quase toda a extensão daquela, num andamento rijo, qual Renato Hernandez, na ausência deste...

A partir daquele ponto, também já com o André (que descia com os Duros, com que nos cruzámos perto de Casais da Serra), rumou-se a Dois Portos pela estrada da Póvoa da Galega e Sapataria, agora com um passo bem mais moderado – e por isso com mais elementos a passarem pela frente. E ainda outro se juntou: o camarada Xico Aniceto, do Ciclismo 2640, uma presença que sempre se saúda!

Quase até ao início da subida principal do dia, para o Parque Eólico, o andamento foi tranquilo, certo, facilitando a integração de todos os participantes na volta. Quase, porque nos derradeiros quilómetros o André forçou o ritmo para não deixar ninguém entrar «fresquinho» na ascensão, e desde os primeiros metros meteu o seu ritmo, destacando-se imediatamente. Apenas o Xico, até ao primeiro «muro», conseguiu acompanhá-lo. Algumas dezenas de metros atrás, eu lidava com pinças as limitações musculares face às fortíssimas percentagens duas principais rampas da subida, no rescaldo de uma semana de treinos durinhos (acima de tudo a véspera). Entretanto, o Jony – que pareceu em recuperação – assomou-se ao meu lado e deixou-me para trás na fase final do segundo «muro», alcançando o topo após o André e o Xico.

Os restantes não tardaram, com o Bruno e o Tiago a demonstrarem que estão em forma e são valores confirmados no nosso grupo, tal como o abnegado Alex, que chegou numa recuperação para aqueles em grande estilo à chegada ao alto (relembre-se que a subida só termina junto às ventoinhas e não no cruzamento...), com o esforço estampado no rosto, confirmando que é um «Pina» de fibra. O Pedro Fernandes e o Zé seguiram-se.

Após a ligação à Ereira, a descida para Casais Brancos e Merceana, o prato seguinte estava pronto a ser servido. Sem os suspeitos do costume, pensou-se que ninguém assumiria despesas muito elevadas, mas foi engano. O André (?!) e o Xico tomaram a rédeas e até este último nos deixar, em Carmões, partilharam a liderança do grupo com um ritmo médio-alto, sempre certinho. Depois, mesmo sozinho, o André continuou a insistir (invulgar nele ou nem tanto, por não sentir «ameaça», na ausência dos ditos... suspeitos do costume), e à passagem pela Freiria tornou o andamento acima do limite para as minhas «doridas» pernas. Mas só para as minhas, porque as dos restantes, com mais ou menos facilidade, não o deixaram muito tempo isolado. O Jony foi o que respondeu mais prontamente, apesar de forçado a fechar o espaço para o André, que se abriu quando abdiquei. De resto, até eu, depois de uns instantes em que os quadríceps ficaram em brasa e tive de arrefecê-los, recuperei mais facilmente do que previa.

Até ao Sobral e depois para o Alqueidão a ordem manteve-se sem mais achaques. E depois, nada melhor que a longa descida para Bucelas para sacudir as pernas...

No próximo domingo, uma das voltas mais interessantes, em minha opinião, da temporada: Ericeira pelo Carvalhal. Bela, intensa, estimulante... como se quer! Em breve, a apresentação.  

     

sexta-feira, agosto 17, 2012

Crónica da Abrigada... Parque Eólico da Carvoeira

A volta da Abrigada voltou a confirmar o atual bom momento de forma dos elementos que, globalmente, se apresentam aos domingos. Todavia, num percurso que teve de quase tudo, as exigências da fase final, coincidentes com a elevação da intensidade do andamento, foram rigoroso exame às capacidades dos participantes, aplicando-lhes uma fortíssima triagem.

O Renato Hernandez apresentou-se à partida, mas desde cedo surpreendeu... Ao contrário do que lhe é habitual, dispensou esforços contínuos à frente do pelotão, preferindo empregar a energia em pontos específicos, cirurgicamente. Diga-se que, acima de tudo, ganhou o pelotão, onde outros intervenientes puderam participar na condução do grande grupo – embora não tantos quanto seria expectável dada a «ausência» do trem do Infantado! Por isso, acabei por passar mais frequentemente que o habitual à cabeça, o que também foi uma prova de subida de forma – e de um dia em que tive, quase sempre, boas sensações.

O primeiro momento de «calor» ocorreu no topo da variante de Alenquer, com o Hernandez e o Jony a imprimirem uma passada vigorosa que causou o estiramento do pelotão, que voltou a compactar-se até à Ota. Para logo voltar a sufocar-se, alongando-se na subida das Marés devido à primeira intervenção «cirúrgica» do Hernandez. Bastante forte! Mas o grosso da coluna resistiu estoicamente – e esta foi, talvez, a principal demonstração do bom nível global.

Da Abrigada à Atalaia andou-se moderadamente em carrossel, promovendo a cavaqueira e laivos de fina ironia sobre os «jovens com pernas que não fazem gastar uma caloria sequer a puxar pelos outros».

Franqueada a Atalaia, os topos do Freixial mostraram muito boas pernas... mas do Jony, que lançou o pelotão, cada vez mais desgastado, sem lhe dar tempo de recuperar o fôlego, em vertiginosa descida até à Merceana. E quando se pensava que haveria esse tempo, embora curto, até ao início da longa ascensão para o Sobral, eis que o Renato volta a surpreender, desta vez antecipando-se, em velocidade – não em esticão -, à frente do grupo, abrindo-se desde logo um espaço que, num primeiro momento, só o Jony fechou – e que mais tarde, quando já era considerável, também o Duarte transpôs com êxito! Estava lançada a subida, ainda um pouco antes de se iniciar...

Na primeira fase da inclinação, a mais acentuada, o trio pareceu coeso, com o Jony e o Duarte bem fechados na roda do Hernandez – que, por instantes, aliviou, permitindo que, de trás, um pequeno grupo encabeçado pelo «puto» Tiago (que me incluía, ao André e ao Bruno) conseguisse encostar aos escapados. Mas foi sol de pouca dura: o Renato voltou à carga. E não apenas os que acabavam de chegar (o Tiago começou a vacilar), mas também os parceiros do batetista tiveram de abdicar, acabando por ser absorvidos pelo nosso quarteto, que agora era eu que conduzia.

Às tantas, o figurino pareceu definido, com o Renato a destacar-se, imparável, e um restrito lote de perseguidores. No entanto, outra surpresa! O líder alivia os crenques ainda antes de começar a subir para Carmões e aguarda pela nossa chegada, desde logo retomando o seu passo mortal... Seria sadismo!

De qualquer modo, a partir desta fase, mais suave, já se tornava menos difícil manter-nos na roda e o único a considerar que ainda era demais foi o Duarte, certamente porque competira na véspera. A subida fez-se em tempo recorde (pessoal), com 17.53 minutos, à média de 32,3 km/h.

A partir do Sobral, onde parei para cumprimentar os camaradas do Ciclismo 2640, passei a integral um grupo de seguia mais atrasado, que inclui o Pina, o Freitas, o Alex, o Felizardo e um estreante, subindo ao Alqueidão tranquilamente e descendo para Bucelas já nem tanto... À média de 50 km/h! Um deleite depois das agruras da ligação Merceana-Sobral!

A volta do próximo domingo é a do Parque Eólico da Carvoeira, onde se acede pela duríssima rampa que é chegada da etapa-rainha do Grande Prémio Joaquim Agostinho. Mas este é apenas o ponto mais quente do percurso, cujo final repete o da semana passada (Merceana-Sobral-Bucelas). A saída é às 8h30, das bombas da Galp, em Loures, junto ao parque da cidade.                       

terça-feira, agosto 14, 2012

Volta do feriado

Volta de amanhã, quarta-feira, dia 15 (feriado nacional... pela última vez!): partida às 8h30 das bombas da Galp, em Loures (junto ao Parque da Cidade). Percurso a definir no momento.

quarta-feira, agosto 08, 2012

Domingo: Abrigada

No passado domingo, o grupo voltou a «animar-se» em mais uma volta exigente, a de Santana da Carnota. Por ter estado ausente, não poderei redigir a habitual crónica, resumindo-a a alguns destaques que me foram transmitidos por participantes.
Assim, uma semana após a rija Clássica do Cartaxo, o pelotão voltou a rechear-se de elementos com elevado nível de preparação - casos dos repetentes Renato Hernandez e Renato Ferreira, Rui Torpes, Jony, entre outros -, sempre disponíveis a colocar os níveis de intensidade nos píncaros, impondo andamentos que puxam pelo coiro e a forma dos demais. Há que aproveitá-los!
No próximo domingo, a volta é a da Abrigada, com percurso menos seletivo que o das anteriores e que se caracteriza por uma primeira metade mais plana, até ao eixo à Ota, ao que se segue um terreno parte-pernas, no eixo Ota-Abrigada-Atalaia-Merceana. E finalmente, uma derradeira fase mais desnivelada, com as subidas para o Sobral e Forte do Alqueidão, antes de nos fazermos à descida para Bucelas e Loures. Distância total: 103 km. ATENÇÃO: LOCAL DE PARTIDA: BOMBAS DA GALP, JUNTO AO PARQUE DA CIDADE.

Entretanto, com agosto já bem adentro, perfilam-se os derradeiros grandes desafios da presente temporada. Desde logo, antes do especialíssimo Roteiro dos Muros, este ano integrado no calendário domingueiro (dia 16 de setembro), encarreiram-se S. Julião e a sua terrível ascensão ao parque eólico da Carvoeira (imediatamente a seguir à volta da Abrigada, dia 19 de agosto), a Ericeira com a passagem pela interessante subida do Carvalhal (na semana seguinte), Marginal-Sintra, pela famosa rampa da Penina (no dia 2 de setembro, ao que deverei faltar, com lamento...) e Montejunto (por Prajança), que certamente terá presença massiva (os camaradas dos Duros devem juntar-se), a realizar no dia 9 de setembro – uma semana antes do Roteiro dos Muros.

Por fim, a Clássica dos Campeões – no dia 30 de setembro, com o seu superpercurso - será a antecâmara do GranFondo Sky Road Aldeias do Xisto, (dia 3 de outubro), e só depois a temporada culminará na Clássica Pina Bike (dia 21 de outubro), cujo trajeto estará, certamente, ao nível dos pergaminhos deste forte e competitivo grupo de ciclismo.        

sexta-feira, agosto 03, 2012

Clássica do Cartaxo: a crónica


A Clássica do Cartaxo-2012 confirmou o estatuto ascendente desta incursão ribatejana à de terceira mais importante, mais participada e que maior interesse motiva entre as que compõe o nosso calendário, para já apenas atrás da Clássica de Évora e de Santarém. Esta edição, realizada no passado domingo, reuniu uma vez mais um pelotão numeroso e bem recheado, que graças ao contributo de algumas figuras proeminentes teve um andamento digno de uma prova de maior gabarito, com a média final a rondar os 37 km/h.

Devemo-lo a um lote muitíssimo restrito de elementos que abrilhantaram o pelotão com a sua presença destacada e generosa disponibilidade, em especial o inevitável Renato Hernandez e o estreante - mas que dispensa apresentações - Sérgio Marques, triatleta federado com importantes resultados a nível nacional e reputado participante em Iron Man. Praticamente, mano a mano, conduziram o pelotão de cerca de 70 a 80 unidades, impondo um ritmo que poucas vezes permitiu que outros partilhassem a liderança, assegurando nível idêntico. Por isso, aos demais restava resistir à extraordinária e incansável boleia que durou esmagadora parte do percurso, e não apenas quando foi mais favorável a rolar, como durante toda a primeira metade, até ao Cartaxo. Basta dizer que Sérgio Marques apresentou-se com bicicleta de triatlo.

Mas se, pelo seu esforço, foram estas as principais figuras desta Clássica, não terá sido por falta de parceiros com créditos firmados nas andanças do ciclismo amador da nossa região que se mantiveram praticamente sem ajuda na sua tarefa. Esta Clássica terá sido, reforça-se, uma das que mais «bons nomes» reuniu, e que apenas começaram a assomar-se das posições cimeiras na passagem pelo primeiro setor mais seletivo, na Espinheira, onde houve o primeiro abalo à toada reinante, com acelerações e contra-ataques que causaram a primeira grande machadada no pelotão, até bem coeso e compacto. Todavia, a maioria passou e manteve-se integrado.

De qualquer modo, devido a mais constantes alterações de ritmo, à chegada ao Carregado, antes do segundo troço mais acidentado (Cadafais-Arruda) restava a terça parte do pelotão que arrancou de Loures. E esperava-se que até Arruda, muito maior desbaste houvesse. Todavia, se tal sucedeu, não foram tantas como ser de prever, e ocorreram mais pela fadiga acumulada do que pelo andamento. Frise-se que, ainda nesta altura, o comando continuava a ser hegemonicamente partilhado pelo Hernandez e o Marques, que não permitiram que algumas iniciativas ténues fossem muito longe (recordo-me de uma do Vítor Mata-a-Velha...)

Após Arruda, chegava, enfim, o que poderia ser o primeiro ponto quente, a causar mossa entre os melhores preparados: a subida de A-do-Barriga. Contudo, as locomotivas pediram tréguas em jeito de paragem para reabastecimento, logo no início da subida, devido à escassez de líquidos nos bidões. Mas apenas alguns cumpriram (respeitaram!), quando, no mínimo, seria uma questão de princípio, pelas naturais necessidades dos que mais energias gastaram. De qualquer modo, esta situação em nada desvirtua o sucesso da Clássica, apenas lhe retirou, digamos, uniformidade.

No reatamento, encontrava-me num grupo de elite, com o Hernandez, o Marques, o Renato Ferreira, o Rui Torpes, o Jony, e mais um ou outro elemento, que se fez a A-do-Barriga com intensidade. E em que, surpreendentemente, eu dei o mote para animar o ritmo (em melhoria evidente de sensações desde o início da tirada e a anos-luz do empeno da semana transata, em Sto. Estevão). Perto do topo, o Jony rendeu-me em altíssimo regime. No limite!

Desde que o andamento se tornou mais rijo na subida, o Hernandez começou a sentir dificuldades e teve de moderar o ritmo, provavelmente sucumbindo ao cansaço. Justificava-se. E isso tornou-se mais evidente, no Cabeço da Rosa, que subiu em ritmo de contenção. Quem não parecia acusar o esforço era o Sérgio Marques, que subiu à ilharga do Torpes, cujo desgaste não poderia ser comparável – e que demonstra não apenas a categoria do triatleta, como o seu ótimo momento de forma.

No encalço destes, mas a distância crescente, eu e o Renato Ferreira - o que só abona a meu favor, e apesar deste ter mantido um passo nitidamente económico... – como que a antever que no alto estaria o seu pai a aguardá-lo, devidamente apetrechado (de bike) para o levar, em segurança e na melhor companhia que poderia ter, até casa, um pouco adiante, em Bucelas.

Destaco ainda a ótima subida do Tiago (jovem recruta do Pina Bike), que confirmou as boas indicações que tinha deixado na volta de Torres, há três semanas. Parece que o não engana: há ali trepador! Até ao Tojal, ainda reentraram mais alguns elementos (Nuno Mendes, Hernandez, Bruno) dos poucos que subiram o Cabeço da Rosa e que estavam no grupo que neutralizou em Arruda e do que foi alcançado em Alverca (seguiu em andamento moderado). Desconheço as incidências no grupo que nesse ponto preferiu continuar...

Uma última palavra, de conforto, para o ciclista que sofreu uma queda pouco antes de Cruz do Campo. Parece que fraturou o pulso: rápidas melhoras! E ainda para a presença sempre destacada do camarada Paulo Pais. Bem hajas!

 No próximo domingo, a volta é de Santana da Carnota (ver percurso).
ATENÇÃO: ALTERAÇÃO DO LOCAL DE PARTIDA DEVIDO AO ENCERRAMENTO DURANTE O MÊS DE AGOSTO DAS BOMBAS DA BP, POR MOTIVO DE OBRAS. O NOVO LOCAL DE CONCENTRAÇÃO SÃO AS BOMBAS DA GALP, JUNTO AO PARQUE DA CIDADE (LOURES). A HORA MANTÉM-SE: 8H30