segunda-feira, junho 25, 2007

Apenas percalços, quero crer

A recta final da preparação para a Etapa do Tour não está a ser favorável. Muito pelo contrário. A cerca de três semanas do grande dia, a situação está longe de estar... «controlada». Os contratempos não têm parado.
Após o interregno de quatro dias nos treinos, para gozo de férias, ainda no decurso destas, o regresso à estrada trouxe uma dor aguda na região lombar, agravada com o esforço em subida. Logo em subida, o que vinha mesmo a calhar!
Foi assim, com queixas, que passei toda a última semana, embora sem desviar-me do esquema de preparação delineado, e mesmo correndo o risco de agravar uma eventual lesão muscular (distensão, rotura, etc) e com limitações nas subidas (e houve tantas para explorar na magnífica serra algarvia de Monchique).
Até pode ser que tenha sido melhor assim! A dor tem vindo a diminuir mas ainda incomoda, e nem quero pensar que não recupero totalmente até dia 16.

Mas não parou por aqui. Na manhã de domingo, após o regresso de férias na véspera, voltei a pesar-me. Choque! Mais 4,5 kg que há uma semana! Na balança: 78,5 kg! Perguntei-me como terá sido possível ganhar tanto peso em tão pouco tempo? Principalmente, sem comer doces ou fritos, apenas alguns excessos (em quantidade) às refeições. Para mais, em plena actividade. Os únicos indicadores do aumento da massa corporal foram os elogios para minha mulher na praia. Sempre pensei que fosse do bronzeado e do... calor das férias!
Sinceramente, jamais pensei que estivesse a ganhar tanto peso. Curioso é o facto de a massa gorda ter inclusive diminuído, para muito bons 5% - o que deveria pressupor o peso de forma ou muito próximo deste – que apontei para 73 kg, contra 72 kg dos últimos anos, uma vez esta época ganhei massa muscular nas pernas, compensando com acréscimo de força esse ligeiro aumento de peso.
Aliás, tudo estava a correr dentro do estipulado – até há última semana, quando restava perder apenas 1 kg! Assim, agora estou a mais de 5 kg desse objectivo. Pouca coisa!
Resta-me, portanto, procurar «queimar» o mais possível no pouco tempo que resta, correndo o risco de perder também o que não devo. Todavia, perder o quê? Que gordura, se não a tenho! Por isso, ainda estou intrigado com este súbito aumento de peso...

Para terminar em beleza a semana, no domingo, de regresso às voltas com o grupo, caí algures entre a Feliteira e Dois Portos, quando a rosca da biela cedeu soltando o pedal. Felizmente, ia devagar, a não mais de 25 km/h, instantes depois de ter descido a mais de 60 km/h. Resultado: além do treino interrompido, a avaria na bicicleta sem reparação previsível (ainda que o insuperável Pina já me tenha desenrascado) e alguns arranhões nos «cromados». Apenas percalços, quero crer!

Mas nem tudo vai menos bem, felizmente. Referência muito positiva para a participação do Miguel Marcelino e do Nuno Garcia em mais uma edição da Quebrantahuesos. Mais uma vez em posições meritórias. Além da fantástica experiência, terá sido, acima de tudo, óptimo teste para a Etapa do Tour.

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