segunda-feira, dezembro 03, 2007

Crónica de Alcoentre

Excelente tirada em terreno maioritariamente plano, que demonstrou, uma vez mais, que é necessário ter «brevet» de boa de forma para integrar, em boas condições e em toda a extensão do percurso, as voltas domingueiras do grupo do Pina Bike. De resto, isso nem sequer é novidade, quer se goste quer não...
De qualquer modo, o que se assistiu ontem, durante os cerca de 120 km (distância importante mesmo em relevo plano), foi a um desempenho muitíssimo elevado da esmagadora maioria dos elementos do pelotão. Precisamente, por ter sido a «esmagadora maioria» é que é mais louvável. Tal desempenho, reflecte-se, não pelo natural abaixamento de forma dos «papa-quilómetros» nesta altura do ano, mas por maior apuro físico e envolvimento dos demais. Saúda-se, portanto!
Para mais, nem sequer se pode alegar que o andamento foi brando ao ponto de «poupar» os que treinam menos, e embora a ausência de subidas selectivas tivesse ajudado a atenuar as diferenças, a verdade é que foi evidente o bom nível de alguns habitualmente mais reservados: casos do Samuel, do João do Brinco e do ZT, entre outros. Repito: saúda-se!
Aliás, como se disse, a velocidade não foi justificação, pois, na maioria do percurso o ritmo de cruzeiro andou bem acima dos 30 km/h, sem que houvesse, da parte de nenhum desses elementos, qualquer sinal evidente de fraqueza. Pelo contrário!
Trabalho apreciável fez o Renato, a estrear o prato... 53! Durante mais de metade do trajecto utilizou-o e bem, conduzindo o pelotão sem «esperar» grande ajuda. A velocidade que imprimiu foi, todavia, moderada, beneficiando-o, - e à sessão de treino que certamente pretendia cumprir - e beneficiando, com isso, a coesão geral.
Obviamente, não puderam faltar alguns momentos de maior intensidade – principalmente no topo de Alenquer; na passagem sempre rude pelo carrossel da Espinheira e à chegada ao Carregado -, em que outros também contribuíram. Em todas as situações, o pelotão não vacilou ou vacilou pouco, e ainda menos perante as diversas tentativas de três ou quatro «forasteiros» (que se juntaram na primeira passagem pelo Carregado), que a partir de Azambuja agitaram o andamento. Foi uma série de mudanças bruscas de ritmo – sendo o mais activo um jovem corredor da equipa Fonotel, certamente a aproveitar para treinar –, mas com o pelotão a rolar a 40 km/h era difícil a quem quer que fosse ir longe...

Notas de observador

Nem sequer vale a pena classificar o empedrado de Vila Franca! Como tal, o mínimo que se deveria fazer para atenuar o seu efeito nefasto no corpo e no próprio material era passar por lá com especial moderação, o que cada vez menos sucede. Além desse desgaste duplo, existe outra consequência ainda mais evitável: esfrangalha-se por completo o pelotão, sendo causa, não raras vezes, de irremediável atraso de alguns elementos com mais dificuldades em «absorver» a trepidação – entre eles, destaca-se o sr. Zé (pai do ZT), cujo empenho em tentar acompanhar o maior tempo possível o grupo nas voltas é indesmentível... e não menos louvável. Essa intenção tem muito mais probabilidades de se concretizar em terreno plano, como no eixo Loures-Alenquer ou Azambuja, do que quando a volta envereda rapidamente por relevo mais desnivelado, mas as suas esperanças caiem por terra quase sempre no pavé de Vila Franca. Demasiado cedo. Não havia necessidade, digo eu!

Mais um caso de falta de conhecimento do percurso e de iniciativas desnecessárias: o Salvador pensava que o caminho, a partir de Alcoentre, era em direcção a Manique do Intendente, e decidiu cortar no cruzamento... certo, no interior dessa localidade. Só que o percurso não era esse – era para Aveiras. O pelotão ainda o alertou, mas o bom do Salvador não se deve ter apercebido – certamente pensava que era o grupo que estava enganado e que poderia ganhar alguma vantagem com a escolha acertada -, e assim foi à sua vida... sozinho. Por isso, mais uma vez alerta-se para o facto de, em caso de dúvidas sobre o trajecto da volta, estas devem ser esclarecidas no início com quem o saiba fazer e muito menos se devem tomar decisões isoladas a meio do percurso. Quando se deu pela sua falta, em Aveiras, o telefonema do Pina já foi tardio!

11 comentários:

Anónimo disse...

o plutao tem grandes elementos superdotados. so' aparecem quando estao em forma. e' que o plutao anda devagarinho

o tubarão

Anónimo disse...

andam devagarinho?! mas utilizam gasolina aditivada de cor amarela.

o gaso'leo

Anónimo disse...

Sempre as mesmas insinuações e conversa dsa treta, pq não chamam os bois pelos nomes?

Anónimo disse...

Têm medo de dar a cara será simples cobardia ou falta de pernas eheheh.

Jony.

Anónimo disse...

Ver pessoal a andar bem deve fazer impressão a muito boa gente!Mas desenganem-se não é com a receita de sofa e TV que conseguem andar na roda deles...

Anónimo disse...

Ver pessoal a andar bem deve fazer impressão a muito boa gente!Mas desenganem-se não é com a receita de sofa e TV que conseguem andar na roda deles...

Anónimo disse...

Digo mais. Vão ser cada vez maiores as dificuldades para todos e não só para os desgraçadinhos dos chupa-rodas. Pois quando a coisa começa a meter pré-temporada à risca, treinos específicos, treinadores, não há km/ano com mais de 4 digitos que possam valer. A receita de sofá e TV é para esquecer, mas andar por aí só a carregar nos crenques ao disparate também não vai chegar nem para a roda. Ou muito me engano.

Anónimo disse...

o mal é andar muito depressa , na altura do ano em que se devia andar um pouco mais devagar...há de chegar a altura em que se quer andar depressa , mas com os erros do inicio de época ... dão o berro

o "bate na Avó"

Anónimo disse...

Mais um teorico da batata

Ricardo Costa disse...

Antes, muito antes, praticamente no início, este blog servia para as pessoas, perfeitamente identificadas, formularem as suas opiniões e pontos de vista sobre as voltas de domingo e não só. Também sobre os treinos, o seu momento de forma e outros variadíssimos temas.E naturalmente também mandar «recados» e fazer umas picardias salutares.
Bom hábito que se perdeu, digo eu!

Narciso disse...

Muito bem dito Ricardo! esse pessoal não passam de ciclistas frustrados. No grupo de amigos com quem costumo andar, em Samora Correia, temos um grande exemplo de espirito de sacrificio, um Sr. com 73 anos de idade a fazer 90Km... isso é obra!!!!!!!!esses senhores quem mandam bocas talvez gostassem de ser envergonhados por esse SR. Falam Muito.... um abraço do L.Narciso