terça-feira, janeiro 22, 2008

Momentos raros...

Há momentos raros no ciclismo, para quem o pratica de forma totalmente amadora e recreativa, mesmo com a regularidade, dedicação e o empenho que se sabe, e em busca da melhores performances. No último domingo, aconteceu um deles, durante a volta de Santo Estêvão, proporcionado por contingências que não valem a pena sequer mencionar, porque geradoras de repetida controvérsia e de consenso impossível. Adiante!
Importa, então, comentar – e principalmente elogiar! – o desempenho de dois verdadeiros poderosos destas lides que personificam o espírito de superação e o modo competitivo (goste-se ou não!) de encarar este formidável desporto: o Capitão e o Salvador, que comigo partilharam um esforço intenso de muitos quilómetros, resultando em experiência enriquecedora e de indiscutível satisfação pessoal para os três e – arrisco mesmo dizê-lo – para qualquer ciclómano que se preze.
Essa experiência consistiu numa espécie de contra-relógio de equipa (resumida a apenas três elementos), desde o Porto Alto a Loures (aprox. 80 km do percurso da volta, que tem 120 km no total), à excelente média de 36 km/h! Tal prestação, mesmo em terreno quase sempre plano, não é só resultado de inegável apuro de forma, como apenas foi possível por ter havido, da parte de todos os intervenientes, uma entrega sem restrições ao esforço, confiança inabalável e coordenação total. Fisicamente foi muito exigente, obrigando a sofrer nalgumas passagens, a gerir criteriosamente a energia e a não descurar a alimentação. Mas a pesada fadiga, no final, foi certamente recompensada com a convicção do excelente - quiçá surpreendente - desempenho.
Por isso, reitero o elogio aos meus «companheiros» nesta tirada atípica. que não pretendia ser um treino (admito que nunca fiz nenhum que se assemelhasse a tais características!), mas acabou por sê-lo, e de grande qualidade. Para mais, porque nutro – já o disse várias vezes neste blog – especial predilecção por este género de exercício do ciclismo, tipo contra-relógio colectivo, em que, mais do que a forma física de cada elemento, o que conta é o entrosamento colectivo e a entrega de todos os participantes, além de indispensável confiança e respeito mútuos. Foi precisamente esse princípio que nunca esteve em causa durante esta magnífica jornada – e que a tornou possível.
Depois dela – e dirijo-me especialmente para o Capitão e o Salvador – subiram-se mais alguns degraus na «escadaria» do desportivismo. Foram bravos, parabéns!

13 comentários:

Anónimo disse...

86% de FC Média...
Ai tanta dor!!!...
Sem subidas é sempre mais fácil...
Grande volta!
AB e bons treinos!

Anónimo disse...

"Sto. Estevão: + 1 belo empeno c as belas das dores de costas e afins associadas..."
Mt fixe a volta de Domingo.
Boas condições climatéricas, Grupo extenso e a rolar compacto o q proporcionou boa média final.
Saudações à novidade do Grupo: 1 bela Trek com "sapatos de Princesa"(belas rodas) a deixar vaidoso (e com razões p isso) o Filipe, seu proprietário. Boa sorte e boas curvas.
Azar do destino, a queda do "lobo" Abel. Momento de infortúnio, quiçá distracção, q só ele poderá explicar mas o facto é q n são os momentos q + gostamos de recordar. Penso q de vez em quando temos de reflectir sobre os mesmos para que a segurança seja 1 máxima a ter em conta permanentemente.
Abel, espero q estejas bem e recuperado das "amolgadelas".
Por falar em amolgadelas: João, como é q vai a "asa"?
A preocupação com a ída a Évora é notória. A volta foi extensa mas 1 pequeno grupo ainda teve coragem p seguir p Expo/Apelação para meter + Kms...

Nota: estranho q n tenham aparecido na volta de domingo 3 dos habituais “PinaBikes”, a saber, Farinha/Salvador/Ricardo.

Ab p eles.
Apareçam.

Boas pedaladas,
ZT

Anónimo disse...

enquanto uns aparecem todos empenados, por andarem a rebocar os coitadinhos, que dizem que nao podem puxar mas no fim já têm pernas para meterem quilómetros na Apelação. A que horas é a partida d domingo? É meia hora antes do plutão para poupanças?
Eu parto com o plutão...porque só ando ao domingo!

"o coxo"

Anónimo disse...

ZT, o farinha,o salvador e o ricardo foram embora? e tu nao foste ou ainda na conseguiste derreter os rolos do papá?

" o ferreiro "

Anónimo disse...

domingo, a bem do espírito de grupo, só podem pedalar de mãos dadas, estando proibidos de passar dos 10km/h

Ricardo Costa disse...

ZT, o que eu, o Farinha, o Salvador fizemos, foi o que todo o grupo poderia ter feito, melhor e com muito mais facilidade (numa volta como esta, a rolar!) se, ao invés, não cegasse as mentes o único objectivo de aproveitar TODO E QUALQUER MOMENTO para tentar ganhar vantagem. Mesmo que seja nos locais em que, por hábito (antigamente por uma espécie de «princípio») se passava mais devagar e sem hostilidades.
Por esse motivo, e só por esse, devias ser mais criterioso e selectivo na ironia.

Abraço e bons treinos

Anónimo disse...

Ricardo, cool!
Sem dúvida q foi 1 comentário algo irónico mas n é p beliscar ninguém até pq já encontrei o Farinha e falámos "na boa" no q se passou. Pelo menos a mim n me afecta minimamente pq a volta foi o normal, em Grupo, como todos os Domingos.
Por mim, o q aconteceu, pode voltar a acontecer pq n estou nem nunca estarei na disposição de passar no empedrado a fundo pelo q inevitavelmente significará sp irremediável atraso (mas como este tipo de "atraso" n me preocupa, tá tudo bem!).
Respeito a v/ vontade de querer fazer "o q quiserem" mas b n és alheio ao comentário de à pouco tempo qd dizias q n fazia sentido deixar o meu Pai pregado logo em V.F.Xira qd ainda falta a maior parte do percurso, certo?
Ainda assim, acho q cada 1 faz o q bem entende e como tal n há nada a discutir.
Só quis animar o "blog" e isso parece q aconteceu...ahahah (leia-se: Apelação, empenados, uns foram embora e tu n foste "toma toma", rolos do papá - q por acaso têm 1 ano e nunca foram estreados, por isso devem voltar p o Pina e depois o anónimo pode engoli-los!!!, blá, blá, blá).

Aliás, já aqui escrevi q se devia fazer de vez em quando 1 contra-relógio por "equipas" ou individual em data e percurso a combinar.

Grd ab e toca a treinar.
ZT

Ricardo Costa disse...

Ainda com as incidências de Santo Estevão a agitar a semana, lança-se desde já a volta do próximo domingo, de Manique do Intendente, cujo percurso é desconhecido para a maioria. Segundo creio, o grupo correu-o apenas uma vez: curiosamente no último dia de 2006, já lá vai mais de um ano!
Nessa ocasião, descobriu-se um trajecto bastante interessante, que nada tem a ver com o de Santo Estevão, por exemplo. Sem ter um revelo particularmente difícil ou mesmo muito acidentado (o acumulado ronda apenas 800 metros para 130 km), acaba por ter algumas secções importantes, principalmente a que se inicia após a Ota, seguindo pelo topos da Espinheira e já depois, a partir de Alcoentre (onde se vira à esquerda após a prisão – para Manique do Intendente – para onde o Salvador foi quando passámos por ali, na volta de dia 2 de Dezembro, a caminho de Aveiras).
Aí inicia-se um troço de altos e baixos, bom para fazer os topo aproveitando a embalagem das descidas (logo o vento ajude), seguindo-se uma descida longa e suave que leva até à única subida mais complicada do percurso – em Maçussa -, que culmina, no interior da vila, com uma rampa «respeitável». A partir daqui, uma longa descida e a ligação a Pontével e Cruz do Campo, onde se toma a Estrada Nacional 3, em direcção a Azambuja e Carregado.
Por falar em Carregado, consultando os arquivos, foi possível trazer à memória as histórias dessa volta de há mais de um ano, que, pelos vistos, ficou marcada por uma longa fuga do Salvador (nem mais a propósito...), iniciada precisamente na primeira passagem pelo Carregado (aos 30 km) e durou até... à segunda passagem pelo mesmo local (+95 km), ao fim de mais de 65 km em solitário. Essa lembrança trouxe-me à memória que, na aproximação à tal subida da Maçussa, o pequeno pelotão (não mais de 5 unidades) chegou a ter o fugitivo à vista, mas, quando se previa a anulação da fuga para breve, no final da tal subida íngreme, surgiu a dúvida sobre o sentido certo do trajecto. Aliás, teve mesmo de se perguntar a alguém que passava, que, além disso, nos deu uma informação preciosa sobre o escapado. Dizia ele, enquanto amanhava a terra, que se andávamos atrás «do tipo passou por há bocado», era melhor apressarmo-nos porque «ia... com fogo nos pés»!. Por isso, acabámos por voltar a perdê-lo... até ao Carregado.
Mas isso foi há mais de um ano... E agora, como será!

Anónimo disse...

eeeeee que empeno que apanhei nesse dia(para variar)!!!!!!!!!!!!!!!!

Ricardo Costa disse...

Hoje de manhã, no Ameal (Torres Vedras) cruzei-me com a equipa da Liberty. Ia quase todo o plantel (cerca de 15 a 20 elementos), carro de apoio e tudo (com Américo Silva ao volante)e pelo andamento deveria ser um treino de conjunto... daqueles!

Anónimo disse...

Estiveram em estágio no Bombarral até ontem.
http://www.superciclismo.pt/content/view/1020/1/
Para quem aborda o cilismo de forma tão "cicloturistica"não andas a fazer treinos muito longos?
LOL

Ricardo Costa disse...

«Cicloturística», eu!!?? Essa palavra até me causa arrepios! Principalmente no conceito genuinamente português. Já o disse várias vezes neste blog, que o termo cicloturismo é desde logo menos apropriado quando para tal se utilizam bicicletas concebidas para a performance.

Quanto ao treino, foi longo, de facto! ;)

Anónimo disse...

Pessoal,

Domingo, qual é a volta...Boas pedaladas.