terça-feira, abril 22, 2008

No sobe-e-desce da Ericeira

No último domingo, quatro resistentes desafiaram a intempérie matinal que se augurava - mas que felizmente não se confirmou -, cumprindo a exigente Clássica da Ericeira, que, desta vez, não passou pelo terrível «muro» de Montelavar. A substitui-lo, no entanto, houve inédita subida do Carvalhal (3,6 km a 5,5% de inclinação média), a culminar uma tirada marcada, em determinados locais, por vento que soprou em fortes rajadas e estrada muito molhada nos primeiros quilómetros.
Pontos mais altos: a subida da Galiza, depois do duro carrossel que se seguiu à descida de Vila Franca do Rosário e os topos de Ribamar e do Pobral - «pedaladas» a ritmo forte, tal como a do Carvalhal.
Além de mim, o Freitas, o ZT (que se junto ao grupo na Malveira e ficou em Alcainça no regresso por outra montanha russa, desde Igreja-a-Nova) e o Salvador.
Ficou na retina o desempenho do ZT, apesar de subtraída a parte inicial, de Loures à Malveira, que, todavia, foi feita em andamento bastante moderado – pelo menos, em relação ao que é hábito a partir do Freixial. De tal modo, que esteve sempre à altura do Salvador, incomparavelmente bastante mais rodado, acompanhando-o em todas as subidas. E nem o facto de este estar em dia menos bom desvaloriza a prestação do fervoroso adepto do «Iron Man».
Noutro patamar, o Freitas continua a demonstrar condição sem precedentes na história do grupo (pelo menos desde que a este pertenço), nomeadamente no exercício de subida, que sempre foi ponto em que demonstrou sempre maiores fraquezas. Para ele, o dia também serviu para treinar cadência elevada, em virtude de a quebra do cabo das mudanças tê-lo obrigado a fazer metade do percurso em roda pedaleira pequena. No Carvalhal, onde há várias rampas acima dos 8%, discutiu palmo a palmo comigo a subida de quase 4 km. Quanto a mim, registo com agrado progressos em subida, fruto de maior preponderância deste tipo de treinos nas últimas semanas, que se manterá durante o próximo mês. Os indicadores, quer de sensações, quer de «performance» pura, registados em algumas subidas-referência durante recentes sessões semanais têm confirmado esse apuro de forma. Todavia, ainda há margem importante para melhorar até atingir a forma ideal em meados de Junho. Para isso, os ciclos já iniciados e que se prolongarão até final de Maio serão fundamentais.

Nota: o nosso camarada Jony continua a progredir na competição, melhorando a cada corrida, fruto de cada vez melhor adaptação ao ritmo. Prova disso é uma maior integração nas lides do pelotão e, como se isso não bastasse, no último fim-de-semana chegou entre os primeiros. Vê-la se tens uma folga para levares «tareia» do grupo!

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