segunda-feira, abril 07, 2008

A «primeira do ano», em Montejunto

Ontem foi a minha estreia, este ano, em Montejunto. Dia com excelentes condições para subir a Serra: seco, ameno e sem vento, e aproveitando a «boleia» do grupo até ao cruzamento da Abrigada, ascendendo, uma primeira vez, por essa vertente – já com quase 90 km nas pernas – e depois por Vila Verde dos Francos.
Há muito tempo que não subia pela Abrigada: em 2007 não fez parte do cardápio, que, como constatei analisando o diário da época passada, incluiu 15 subidas pelas vertentes de Pragança (apenas duas) e Vila Verde dos Francos.
Sabe-se que, para fazer a estreia do ano, em montanha, a subida da Abrigada não é a mais recomendável. Por dois motivos principais: os 5 km entre a Abrigada e o início da subida sempre muito expostos ao vento frontal; e a forte inclinação das primeiras centenas de metros da ascensão, que dificulta a entrada no ritmo certo. E, claro, a partir do cruzamento de Pragança, a famosa rampa dos 15%.
A subida de ontem não contrariou a experiência adquirida. Mesmo sem forçar, a rolha não se deixou apanhar até ao carrossel que precede as rampas iniciais, mas após este sector, com o vento de feição a permitir entrar bem nos 15% de pedaleira grande, as sensações foram positivas – embora os músculos ainda não tivessem recuperado do exigente treino de sexta-feira – deixando margem para fazer a subida sem grandes preocupações de controlar o desgaste.
A segunda subida foi por Vila Verde dos Francos, sem dúvida, a vertente mais doce – se é que existem em Montejunto. Tudo dentro dos parâmetros esperados, tendo em conta a acumulação de esforço, numa altura em que o conta-quilómetros ultrapassava os 100 km.
Um treino produtivo, que, além das indicações serviu para aguçar o apetite pela alta montanha.

Super-Clássica de Fátima é já no próximo domingo

No próximo domingo realiza-se a edição de 2008 da Super-Clássica de Fátima, este ano com percurso inédito, mais extenso em cerca de 20 km e só por esse motivo mais exigente. As características do traçado não se alteram significativamente, embora as principais dificuldades do relevo (subidas) estejam mais dispersas e não, como habitualmente, entre a Ota e Rio Maior. A chegada pela Batalha e Reguengo do Fetal mantém-se.
Deste modo, a modificação mais expressiva é, sem dúvida, o aumento da distância em apreciáveis 20 km – de 130 para 150 km, o que implica ter «depósito» com maior autonomia, o que se vai fazer sentir, com especial relevância, nas subidas após a Batalha (últimos 15 km).
A tirada inicia-se, como é habitual, nas bombas da BP, em Loures, e segue em direcção a Guerreiros (logo aí, em subida: 4,2 km a 2,7%), Lousa e Venda do Pinheiro (1,2 km a 7%). Daí, para a Malveira, descendo para Vila Franca do Rosário (estrada de Torres: EN8). Antes desta cidade, nova subida, em Catefica (2 km a 4,4%). Entra-se em Torres Vedras com 38 km.
A partir daqui, em direcção ao Bombarral, com alguns sobe e desde nos primeiros quilómetros, seguidos de longa descida, onde só o vento (se soprar de frente) poderá causar «mossa».
Do Bombarral para Óbidos e para as Caldas da Rainha (84 km), sem dificuldades de relevo. Estas iniciam-se cerca de 12 km (de rectas) após as Caldas, junto ao cruzamento para Alfazeirão (96 km). São 2,6 km a 6%, até ao alto de Pardo, seguidos de longa e acentuada descida para Alcobaça (115 km). À entrada desta cidade há um prato que pode ser complicado de digerir: um topo de apenas 800 metros mas com forte inclinação (9%... de média!) no início da nova variante que evita o centro urbano, sendo que, após se descer rapidamente, entra-se, praticamente de imediato, em nova subida, para Aljubarrota (2,3 km a 5,8%) – já com 120 km.
A partir daqui, há 10 km até ao cruzamento com a EN1 (perigoso!!!!!) e apenas mais 6 km até à Batalha (136 km), onde se inicia a dura... batalha para chegar a Fátima transpondo a dupla subida do Reguengo do Fetal (2,4 a 4,7% e 2,8 km a 6,1%, intercaladas com descida de 1,5 km). Então, faltarão «apenas» 7 km, em terreno parte-pernas, para a chegada triunfal na rotunda, à entrada de Fátima.

Informações importantes:

1- A hora de partida está prevista para as 7h30 (concentração às 7h15)

2- Estabeleceu-se que o andamento do pelotão vai ser controlado (entenda-se, evitando picos de intensidade resultantes do andamento demasiado elevado em subida, ataques ou esticões) até ao início da subida de Alfazeirão (96 km). De qualquer modo, deve recordar-se que este tipo de Super-Clássicas tem características especiais, que exigem, da parte dos seus participantes, condição física adaptada às exigências naturalmente superiores do evento.

3- Solicita-se ainda aos participantes interessados em regressar de autocarro a Loures (como foi estreado, com sucesso, em Évora), devem comunicá-lo, o quanto antes, na loja Pina Bike, ou através do contacto: 96.6628814.

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