quarta-feira, abril 11, 2012

Crónica do Reguengo

A volta do Reguengo, no domingo passado, foi disputada em ritmo moderado, mas não foi falha de momentos de animação que fazem sempre o gosto nestas saídas domingueiras.
Talvez pelos compromissos pascais, a adesão não foi tão elevada como noutras ocasiões, principalmente em percursos planos, mas o grupo, de cerca de 15 a 20 unidades, desde cedo assumiu as «responsabilidades» da fase já avançada da época e à cabeça imprimiu-se, desde a variante de Vialonga, após recomendável aquecimento, um andamento de cruzeiro a rondar os 35-40 km/h.
Com este, naturalmente, a coluna manteve-se compacta, mas não demorou a que alguns elementos mais empertigados espevitassem a toada, com ligeiras acelerações que fomentaram cortes que originassem fugas e consequentes perseguições. Uma intenção lúdica que não se critica, aliás, até se aprecia. Digo eu...
Mas todas as primeiras iniciativas causaram cisões no pelotão que deixaram na frente um lote demasiado numeroso e forte para o necessário equilíbrio de forças entre fugitivos e perseguidores. Por isso, o pelotão nunca permitiu que as fugas pegassem. A única ocasião, até ao Carregado, em que foi concedida essa «autorização», coube-a ao André, mas em solitário. Todavia, o jovem abdicou após um ou dois quilómetros em que a vantagem parecia consolidar-se. Sozinho seria uma tarefa árdua, sem dúvida...
Mas, à passagem pelo Carregado, finalmente pegou uma fuga, e totalmente em contraponto com o que referi antes e que seria aconselhável. Ou seja, destacou-se um grupo numeroso e forte. E ainda mais, quando teve o consentimento do pelotão. Estranho, podia pensar-se... Mas houve um motivo: o André estava entre os que ficaram atrás, e como é seu timbre, rapidamente demonstrou que o esforço de perseguição ficaria para... outros. Mas desta vez teve azar. Ninguém se voluntariou, à exceção de um elemento do Ciclismo 2640, que nem se apercebeu da situação e até Azambuja dedicou-se a meter um andamento bom, mas abaixo do que seria necessário a uma perseguição efetiva. Refira-se que, na frente, rolavam elementos como o Filipe Arraiolos (de quem partiu a iniciativa), o Jorge, Runa, Aurélio, Duarte, António...
Logo, o André rapidamente se sentiu «aprisionado» perante a falta de disponibilidade dos que o poderiam levar aos da frente: entre estes, eu, o Freitas, o Alex, o Ruben (que algures tentou fazer a transição «a solo», sem êxito). Mas nunca deu o exemplo, de dar a cara ao vento. Aliás, o elemento do Ciclismo 2640 confidenciou, mais tarde, que, numa altura precoce da fuga, em que não estava consolidada, ele lhe tinha sugerido para não... puxar. Ou seja, acreditando que deveriam ser outros a levá-lo até à frente. Repito: enganou-se e, como referi, ficou «retido» atrás, como eu ou o Freitas e todos os outros...   
De facto, a fuga estava consolidada e ganhava avanço a cada quilómetro. E assim continuaria se, após a Azambuja, quando se entrou na estrada do Reguengo/Valada, os fugitivos não abdicassem, permitindo que o pelotão se reagrupasse. Surpresa: nessa altura já o André abandonara o comboio. Não estava nos seus dias, definitivamente... Tal como na semana anterior, em Montejunto. Depois de duas Clássicas favoráveis. Para Santa Cruz, aguentem-no!
A partir daí e durante longos quilómetros, inclusive no regresso, não voltou a haver mexidas relevantes, apenas um andamento elevado, sob principal responsabilidade do Filipe Arraiolos (excelente forma) e a espaços do Aurélio (idem). Por isso, à chegada a Loures, a média estava em apreciáveis 34,5 km/h.
Ressalva, ainda, para um último momento de «calor». E o mais intenso da jornada: lançado na reta da Sagres (Vialonga), pelo Freitas (magnífico ritmo na subida), «atirei-me» pela Variante a toda a velocidade, primeiro na companhia do Aurélio, e depois na zona do MARL, do António (ótima forma também), numa correria que fixou uma média (deste setor) até Loures de 44 km/h. De trás, ainda vieram o Arraiolos e o Freitas em frenética perseguição que se consumou já no Tojal, e que lhes permitiu lançarem-se, em forte aceleração, no topo de S. Roque, num grande final de jornada, deixando os demais para trás...
Que venha a Clássica Santa Cruz!  (ATENÇÃO: VER ANTECIPAÇÃO E INFORMAÇÕES NO «POST» ANTERIOR)          

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