A volta do Barril, realizada no passado fim de semana, é
daquelas que não engana. Um percurso que inclui a saída de Loures para Lousa
até à Venda do Pinheiro, Mafra por Alcainça, e regresso por S. Pedro da
Cadeira, Encarnação, Picanceira, Gradil e finalmente Vila Franca do Rosário, impõe
um nível de exigência e seletividade elevado. Foi precisamente o que se
confirmou, mesmo que o andamento não tivesse sido «inflacionado», à exceção de
alguns pontos-quentes.
O primeiro foi a subida para a Venda, após um arranque
tranquilo de Loures a caminho de Guerreiros. Os 1,2 km a 6,5% daquela ascensão percorridos
a «top», com um registo ótimo a rondar 3.30 minutos – que, no meu caso, implicou
um regime cardíaco médio de 170 ppm. O Paulo Bike (triatlo) agitou as águas, o
Gonçalo correspondeu, mas foi o André a acertar o passo pesado até ao topo. Aí,
sem surpresas, assistiu-se à primeira desagregação do bem composto pelotão.
Mas, sem paragens, apenas com abrandamento do ritmo, o grupo
estava novamente reunido à passagem pela Malveira, antes de descer a boa
velocidade em direção a Alcainça, para voltar a subir a ritmo certo e moderado
até à rotunda da Abrunheira – mas que não impediu que o pelotão chegasse mais
uma vez desmembrado.
De tal modo que, alguns quilómetros adiante e deixando Mafra para
trás, em Santo Isidoro só restava na dianteira um pequeno grupo: eu, o André,
os Brunos (Alverca e Felizardo), o António Prates (Vialonga), o Gil e o Tiago.
A ligação a Ribamar, a Casais de S. Lourenço, Barris e S. Pedro da Cadeira fez-se
a bom ritmo, numa zona costeira sempre exposta ao vento (apenas com um ligeiro
compasso de espera devido a um percalço mecânico). Neste troço, o Felizardo
(que até aí envolveu-se em constante picardia com o António) destacou-se
algumas dezenas de metros, mas ainda antes do Barril preferiu não insistir na
sua ação. Também o André e o Bruno de Alverca trabalharam bem nesta altura.
Chegava-se então a S. Pedro da Cadeira e a Encarnação, e aí
as coisas tornaram-se mais intensas. Primeiro, com a chegada de rompante do
Paulo Bike, de trás, após longa perseguição em solitário. Mas também de um
grupo, com o Pina, o Torpes e o Filipe Arraiolos, entre outros, mas apenas este
último passou a integrar o nosso após a «lançada» subida da Encarnação, com meu
contributo maior.
Após esta, rápida descida e eis a Picanceira, eu novamente a
meter o andamento. Após o casario já éramos apenas um trio, comigo, o Arraiolos
e o André, que me rendeu até ao topo da Barreiralva, sem aliviar... Lá em cima,
12m30 a 26 km/h – apenas mais 30 segundos do que o meu melhor registo nessa
subida, e apesar de o último topo feito, agora, de forma «tranquila». Boa
subida! Na ligação à Murgueira, o António Prates reentrou, demonstrando mais
uma vez a sua boa forma, às vésperas da participação no campeonato nacional.
[Onde espero que seja feliz, tal como os restantes nossos conhecidos Masters].
A partir da Murgueira, o Gradil e a subida final de Vila
Franca do Rosário foram bastante mais moderadas, assistindo-se à reentrada do
Bruno de Alverca antes da chegada à Malveira, onde também o Felizardo o fez.
Dois bravos, bastante combativos, que ilustram o espírito de superação e de coragem
de encarar o desporto. Têm sido parceiros assíduos nas andanças domingueiras, e
para mim, além do prazer a sua companhia/simpatia, são referências e exemplos a
destacar!
NOTAS:
No próximo domingo, a volta é aliciante: Marginal/Penina – quase
uma Clássica! Fica desde já o percurso.
Na sexta-feira, a apresentação oficial da Clássica da Serra
da Estrela marcada para o dia 26 de Maio. Notícia aqui, todas as informações
úteis em classicaserradaestrela.blogspot.com
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