quarta-feira, novembro 19, 2008

Surpresa ou talvez não!

Surpresa ou talvez não! Quem mais contribuiu, na última semana, para reanimar este espaço de tertúlia ciclista, e que pelos vistos continua, e muito bem, a re-dinamizá-lo – falo do camarada Manso Cancellara, com as suas compreensíveis dúvidas sobre como se meter ao ponto na próxima temporada –, foi também o principal foco de animação na volta do último domingo: S. Pedro da Cadeira.
Digo animação, mas também não desdenharia se afirmasse... de instabilidade. Porque desde o momento que, na Venda do Pinheiro, se juntou ao grupo que saíra de Loures sob o andamento pausado do Freitas, não houve mais calmaria. Primeiro a subir para Alcainça e Abrunheira, e depois para a Murgueira, onde se deu o «corte» decisivo no pelotão – que se dividiu em dois grupos até à Malveira, quase no final, assim decorrendo toda a parte nuclear do percurso.
Na frente, cavou-se ainda mais o fosso na descida da Picanceira, local que tantas vezes é subida de fazer a diferença. Juntando-se, ao referido Cance, nas suas sete quintas, o também regressado Rocha, o Salvador, Carlos do Barro, Evaristo, André, eu, Capitão e um «outsider» com as cores da Liberty. No grupo de trás, onde o grande Abel se debatia com precoces dificuldades, ainda estavam o Freitas, Pina, Steven, o Zé Henrique... não me apercebi de mais.
Entre os que seguiam agrupados na dianteira, a subida de Encarnação causou a primeira dispersão. O Carlos do Barro meteu «passo» e o Capitão foi o primeiro a ceder (definitivamente!), e o Cance e Rocha duraram só até à vila. No alto, o André e eu na frente. logo a seguir o Carlos e o Evaristo.
Demorou até S. Pedro da Cadeira para que reentrasse toda a gente, sendo que os últimos foram o Cance e o Rocha, nesta altura já a pagar a afoiteza desajustada ao dia de regresso às lides após paragem prolongada. Eu, o André e o Carlos do Barros parecíamos os mais firmes, mas lá estava o Salvador e o Evaristo sempre abnegados.
Seguiu-se a interessante ligação pelo troço da Ventosa, com os seus dois rudes topos a voltar a desfazer a unidade do pequeno grupo. Por essas alturas, e a partir daí, apareci mais frequentemente na frente, e quando chegámos ao cruzamento com a EN8 (Serra da Vila/Turcifal) já se contavam as forças entre os mais resistentes. E ainda faltava a longa subida de Vila Franca do Rosário.
Até lá, o Cancellara e o Rocha voltaram a entrar depois de mais uma tenaz recuperação. Mantive-me a puxar. E já foi sem o Liberty (que rumou ao Gradil) e o Carlos do Barro (que deu meia volta à procura do velocímetro perdido) que se abordou as principais rampas do Rosário, aguentaram-se os que puderam. Impus o ritmo, sem forçar, agora com a ajuda do Filipe (ainda fresco, porque nos interceptou em sentido contrário pelas bandas da Caneira), mas logo voltaram a quedar-se os instáveis Cance e Rocha, enquanto o Evaristo e o Salvador demonstravam querer resistir o mais possível – mas claudicaram quando o André mudou, por instantes, o andamento.
Quando voltei às rédeas, sempre a marcar o «Tempo», no topo de Vale da Guarda, só o André permanecia comigo, e manteve-se na roda até à Malveira sem sequer esboçar um golpe da sua habitual «agressividade». Às tantas, estranhei... O «puto» estaria «justo» ou ainda melindrado pelo episódio de A-dos-Arcos. O facto de, no final da subida, ter-me felicitado pelo «bom trabalho» foi a prova cabal do seu desportivismo.
O Filipe chegou logo a seguir, e mais tarde o Evaristo e o Salvador. Só alguns minutos depois o «suicida» Cancellara e o seu fiel companheiro Rocha. O Carlos do Barro, já com o velocímetro, terminou em boa pedalada – demonstrando que se teria contado com ele na subida.

P.S. Em particular, peço desculpa aos elementos que ficaram no grupo de trás pelo eventual contributo que tenha tido para que o grupo da frente não tivesse esperado

23 comentários:

Anónimo disse...

Boas amigo Ricardo qual é voltinha de Domingo?

Jony.

Ricardo Costa disse...

Volta de domingo:

Loures-Frielas (esq. p/ Unhos)-Unhos-Sacavém-Sta. Iria Azóia-Alverca-Vila Franca-Carregado-Alenquer (subida pelo interior da vila)-Santana da Carnota (subida)-Freiria-Sobral-Seramena-Forte de Alqueidão-Arranhó-Bucelas-Tojal-Loures

Distância: aprox. 95 km

Anónimo disse...

Caro Ricardo,

Só hoje me foi possível visionar o blog.
Constato que a volta de Domingo passado deixou sequelas no seio do grupo. De outra forma não te sentiriras na necessidade de pedires desculpas!
Naquilo que me diz respeito poderia acrescentar muitas outras coisas. Saliento apenas que o grupo continua igual a si mesmo. Quando se pedala a direito ninguém quer assumir as rédeas nem as despesas e quando toca a subir continuas a verdadeira referência na medida em que o objectivo é marcar-te. Justiça seja feita ao Carlos do Barro que na súbida da Encarnação meteu passo, com muita autoridade, e deu o 1º abanão na fuga.
Questiono-me acerca da estratégia das voltas - Quando é que nos organizamos? Quando é vamos conseguir estar em sintonia como grupo e conseguir definir pontos de encontro de modo a que ninguém fique pendurado ou perdido (aconteceu com o Capitão que quando chegou a Loures já todos tinham saído...)
Relembro o contra-relógio de Ponte do Rol - boa média, excelente coordenação. Contra-relógio de Almeirim - Quase 38 Km/h para uma distância de 80 Km! Ainda que menos bom em termos de organização foi fantástica a parte final com o despique com a equipa de veteranos em que o grupo Pinabike conseguiu ganhar na parte final com 2 ou 3 elementos na frente. Cada um deu o seu contributo da melhor forma que podia e tenho a certeza que ninguém se sentiu diminuido por ter chegado um pouco mais atrás!
No dia em que tivermos a coragem de não nos marcar-mos por sistema e apenas esporadicamente, quando começarmos a ter espirito de equipa, é minha convicção de que as médias vão ser melhoradas e que, principalmente, a diversão vai sair reforçada.
Como grupo só funcionamos quando entramos ao despique com outros em determinados eventos... sabe-se lá porquê!
Aproveito para desejar a todos uma boa volta na vossa próxima saída.
Abraço
J. Manso

Anónimo disse...

Tem de haver o mesmo pensamento quando nas voltas a rolar. Será que existe a mesma preocupação? ou só vale quando a coisa sobe?

Anónimo disse...

Relativemente ao último comentário, (saliento que acho mais correcto assinarem-se os mesmos), penso o seguinte:
Quando o terreno é plano ou tendencialmente plano as diferenças são manifestamente atenuadas visto que o efeito aerodinâmico ganha preponderância e muito mais facilmente um ciclista em menor forma física consegue acompanhar o ritmo resguardando-se dentro do pelotão. Ainda neste ponto saliento que acho que a melhor atitude é não cair para a cauda do pelotão visto que nas acelerações mais fortes tende-se a andar na ponta do elástico, isto é, quem vai mais atrás não se apercebe bem das acelerações e para compensar tem picos de intensidade frequente para não descolar.
O maior problema reside fundamentalmente nas etapas de montanha, onde as diferenças são muito maiores. Aqui não há efeito de cone e os esforços são mais intensos por períodos de tempo mais alargados.
Facilmente verificamos que nas etapas mais difíceis os tempos de chegada são mais diferenciados.
Independentemente do tipo de etapa o importante é ninguém ficar para trás!
Pode parecer impossível compatibilizar estas etapas com os diferentes níveis de cada um mas há várias alternativas.
1º) Liderança(s) - Se houver alguém que consiga definir possíveis pontos de reunião sanam-se a maior parte dos problemas. A este propósito o trabalho do Ricardo de publicar as voltas facilita desde logo a identificação dos hipotéticos locais.
2º) Capacidade de avaliarmos o nosso momento de forma.
3º) Definir dentro do percurso uma parte inicial de andamento controlado.
4º) Não ficar niguém isolado em último. Pelo menos 2 pessoas têm de fechar o grupo.
5º) Todos os elementos devem ir para a volta com telemóvel.
6º) Definir uma zona onde acabem as picardias regressando ao ponto de partida, de preferência, em grupo ou com a maior parte dos elementos do grupo.
7º) Possibilidade de se definirem percursos alternativos para mais facilmente se chegar aos pontos de reunião em caso de manifestas dificuldades físicas
Em resumo - As voltas devem, na minha opinião, ter condimentos para agradarem a gregos e troianos! É imperativo que haja diversão e boa disposição! Quem está bem ou em melhor momento de forma deve ter a hipótese de fugir, quer seja a subir ou a descer. Aqueles que estão mais em baixo de forma e que querem continuar a dar as voltas de domingo não devem ser, nem sentirem-se, excluídos.
Em jeito de conclusão digo apenas que este(s) problema(s) devem ser discutidos no seio do grupo, através do blog ou não, sendo certo que penso que nunca somos detentores de toda a razão. O grupo Pinabike tem fama de boas prestações desportivas, é verdade, mas não é menos verdadeiro afirmar-se que não prima pelo exemplar companheirismo na medida em que quando há diferendos, perfeitamente admissíveis pelos mais diversos motivos, raras vezes os mesmos são resolvidos saudavelmente.
Possivelmente somos todos muito lutadores na estrada - se tivéssemos a mesma atitude em termos de coesão do grupo seriamos muito mais do que isso!
Voltando à questão dos contra-relógios por equipas, que na minha modesta opinião deveriam ser mais frequentes, em Ponte do Rol vi o Paulo Pais não permitir que um conhecido dele, que não estava a participar no evento, se colocasse à frente a puxar, porque o Pinabike não precisava de favores! Foi bonito, nesse dia com a organização do referido Paulo e do Freitas estivemos muito bem e fomos um grupo digno desse nome.
Cumprimentos,
J. Manso

Ricardo Costa disse...

Amigo Cancellara, percebo o teu ponto de vista e concordo em grande parte com ele. Mas devo esclarecer que, ao endereçar o pedido de desculpas aos elementos do grupo que ficou mais para trás, não o fiz por ter conhecimento de eventuais «sequelas» (não sei se realmente houve...) e nem porque senti ter sido eu responsável (no mau sentido) por não ter havido junção. Simplesmente, porque não é habitual (nem deve ser...) o grupo rodar dividido durante tanto tempo. Mas, tal como eu e tu, os demais que estavam na frente viram como é que a separação se deu e porque é que durou. Que fique claro: não houve qualquer intenção de distanciar quem vinha trás, mas sim o fruto do ímpeto que se gerou à frente ainda muito antes da descida da Picanceira. Por isso, creio que não houve motivos para caso, nem «sequelas».

E mais: Desde já lavro a minha revolta com a malta que desceu da Venda para Bucelas no fim da volta, sem ter esperado por mim. Pouparia-me ao incómodo de me ter arrastado, a 25 km/h. Tal era o «ritmo» do empeno que não consegui passar despercebido aos dois Pina Bike que se refrescavam tranquilamente no interior das bombas de Vila de Rei. Pelo menos, tiveram a delicadeza de acompanhar-me em andamento de arrasto pela Romeira acima.
Todavia, comigo não houve nada de anormal, só a factura de exageros fora de época...

Para me «vingar» de mim próprio, fui jogar à bola na quinta-feira. E eis o resultado final:Ricardo-0,rotura muscular-1!

Anónimo disse...

Amigo Ricardo,

Quando referi a situação de possíveis sequelas saliento que estava já a prevenir possíveis desentendimentos semelhantes a alguns que ocorreram durante este ano em que eu e o Rocha fomos confrontados com a origem de algum mal estar no seio do grupo...
Ainda relativemente ao domingo passado a ideia da fuga inicial não foi minha... Mas admito que a partir do momento em que entrei na mesma não me fiz rogado em contribuir para o sucesso da mesma.
Aliás o que me deixou algo desiludido foi mesmo o meu companheiro de fuga ter cessado as hostildades no alto da Carapinheira, onde cheguei bem ofegante, tendo, depois disso rodado o mais calmo possível para permitir a reentrada do grupo. Algo suicida a minha volta, concordo, mas saí sem nenhum objectivo definido...
As considerações que coloquei continuo a achá-las pertinentes, porque ou definimos um perfil tipo nas voltas ou então alguém tem de dizer em que voltas é que se podem abrir as hostildades...
Relativamente ao facto de acabares a volta sozinho, independentemente de estares bem ou não, acho deplorável na medida em que poderia ter algo corrido menos bem... e se era para seguires sozinho mais valia nem teres parado...
Ainda relativamente ao teu jogo de futebol, cuidado com as lesões!, porque é que não apareces em Mafra Terças-feiras às 22h00?
Abraço,
J. Manso

Anónimo disse...

Amigo Ricardo,

Quando referi a situação de possíveis sequelas saliento que estava já a prevenir possíveis desentendimentos semelhantes a alguns que ocorreram durante este ano em que eu e o Rocha fomos confrontados com a origem de algum mal estar no seio do grupo...
Ainda relativemente ao domingo passado a ideia da fuga inicial não foi minha... Mas admito que a partir do momento em que entrei na mesma não me fiz rogado em contribuir para o sucesso da mesma.
Aliás o que me deixou algo desiludido foi mesmo o meu companheiro de fuga ter cessado as hostildades no alto da Carapinheira, onde cheguei bem ofegante, tendo, depois disso rodado o mais calmo possível para permitir a reentrada do grupo. Algo suicida a minha volta, concordo, mas saí sem nenhum objectivo definido...
As considerações que coloquei continuo a achá-las pertinentes, porque ou definimos um perfil tipo nas voltas ou então alguém tem de dizer em que voltas é que se podem abrir as hostildades...
Relativamente ao facto de acabares a volta sozinho, independentemente de estares bem ou não, acho deplorável na medida em que poderia ter algo corrido menos bem... e se era para seguires sozinho mais valia nem teres parado...
Ainda relativamente ao teu jogo de futebol, cuidado com as lesões!, porque é que não apareces em Mafra Terças-feiras às 22h00?
Abraço,
J. Manso

Anónimo disse...

Amigo Ricardo,

Quando referi a situação de possíveis sequelas saliento que estava já a prevenir possíveis desentendimentos semelhantes a alguns que ocorreram durante este ano em que eu e o Rocha fomos confrontados com a origem de algum mal estar no seio do grupo...
Ainda relativemente ao domingo passado a ideia da fuga inicial não foi minha... Mas admito que a partir do momento em que entrei na mesma não me fiz rogado em contribuir para o sucesso da mesma.
Aliás o que me deixou algo desiludido foi mesmo o meu companheiro de fuga ter cessado as hostildades no alto da Carapinheira, onde cheguei bem ofegante, tendo, depois disso rodado o mais calmo possível para permitir a reentrada do grupo. Algo suicida a minha volta, concordo, mas saí sem nenhum objectivo definido...
As considerações que coloquei continuo a achá-las pertinentes, porque ou definimos um perfil tipo nas voltas ou então alguém tem de dizer em que voltas é que se podem abrir as hostildades...
Relativamente ao facto de acabares a volta sozinho, independentemente de estares bem ou não, acho deplorável na medida em que poderia ter algo corrido menos bem... e se era para seguires sozinho mais valia nem teres parado...
Ainda relativamente ao teu jogo de futebol, cuidado com as lesões!, porque é que não apareces em Mafra Terças-feiras às 22h00?
Abraço,
J. Manso

Ricardo Costa disse...

Oi amigo Cance, gostaria muito de ver debatido o tal cariz das voltas que referes, as actuais e as futuras, em prol de melhor entendimento nas saídas e no próprio grupo, mas isso passaria pela unanimidade dos principais elementos, os domingueiros mais assíduos, os que têm maiores responsabilidade por serem mais «fortes», logo líderes. Mas penso que tal como antes, não existe grande vontade... política.

Quando às minhas «queixas» sobre não terem esperado no final da volta do passado finm-de-semana, estava apenas brincar com a situação, só isso! Não é caso para bateres também...

E obrigado pelo convite para o futebol. Mas além de só vir a jogar novamente quando estiver totalmente recuperado da lesão, às terças saio muito tarde do trabalho, e para mais é em Mafra...

De resto, este domingo fiquei de «baixa», a recuperar das mazelas, o físico e o mental antes de iniciar definitivamente a pré-temporada. Por isso, fico à espera do relato das principais incidências de uma volta cujo percurso aprecio bastante...

Abraço

Anónimo disse...

Para quando o comentário da última corrida?

Anónimo disse...

Para quando alguem tiver a iniciativa de o fazer.
Mesmo que não seja o Ricardo.
Abraço.
JASS

Ricardo Costa disse...

Boa noite. Reitero os pedidos anteriores, porque não estive na volta de domingo: também gostaria de saber das incidências.

Abraço

Anónimo disse...

Amigo Ricardo,

No domingo passado eu e o Rocha acompanhados por um jovem de 50 anos fomos fazer a mítica súbida da serra do Socorro em BTT num total de 80 km com uma média final bastante razoàvel. Volta sem grandes precalços onde se destacaram a descida para o Lobo Ibérico feita em muito bom ritmo e a referida súbida pelo lado mais agreste com pendentes superiores a 20% onde chegámos a bradar aos céus por uns pulmões com o dobro do volume... de referir que fomos ultrapassados por uma pick up que patinava por tudo o que era sítio carregada com as bicicletas de freeride (a cara daquele pessoal...)
Para este próximo fim de semana estou a programar (se a chuva não aparecer) uma volta solitária pela serra da estrela, em estrada, bem ao meu estilo "suicida". Aproximadamente 170 Km com a escalada pela vertente de Manteigas e com regresso à Guarda pelo lado de Seia culminando na ascensão à cidade pelo lado do Porto da Carne numa pequena súbida com 15 Km. Talvez algo inadequado para o momento de forma mas vou fazer 34 anos e não encontro outro presente mais apropriado!
Tenho receio das temperaturas negativas da Torre, pelo que se aceitam conselhos térmicos e nutricionais para esta aventura.
Depois, caso sobreviva, conto como foi!
Abraço
J. Manso
PS - Manuel, caso estejas "à escuta" agadecia os teus conselhos!

Anónimo disse...

Boa noite, J. Manso

Não sei se estou a ler bem, então o companheiro quer ir á Serra da Estrela com temperaturas negativas ou perto disso ?
Que conselhos posso eu dar ? O melhor que me ocorre é, não faça isso.

Se quer mesmo ir, deve levar ou ter em atenção;
- Andamentos leves, mínimo 39x25.
- Impermeável, para usar pelo menos nas descidas, mesmo que não chova.
- Usar calças e não calções
- Luvas de inverno
- Capas de inverno
- Gorro
- Casaco térmico
- Usar por dentro do térmico uma camisola térmica idêntica ás que usam os surfistas, permite molhar-se e manter a temperatura do corpo.
- Levar bidons térmicos que permitam levar dentro bebidas quentes, o chá bem açucarado é óptimo para o frio.
- Levar abastecimento rico em calorias.
- Levar o telemóvel (dentro de um saco)
- Pulsometro
- Ter uma muda de roupa preparada no carro, uma toalha e um termo com bebida quente
- Tomar um bom pequeno almoço
- Massajar as pernas com um pomada de aquecimento antes de sair para o treino

Um Abraço

Anónimo disse...

No post anterior deixo lhe alguns conselhos, mas o melhor conselho é sem duvida não ir.

Abraço
mgomes

Ricardo Costa disse...

«Cance», nem penses fazer-te à Serra com temperaturas negativas - nesta altura do ano e ainda por cima com previsão de chuva para o fim-de-semana. Não é pelo esforço - mas porque é gravemente prejudicial à saúde!!! Verdadeiro atentado. Ponto final.

Segue o nosso conselho, meu e do sensato amigo Gomes e comemora as 34 primaveras com «outras» loucuras... bem menos arriscadas. A Serra, essa pode esperar por melhores dias. E que saudades eu tenho dela!

Abraço

Anónimo disse...

Boas,

O meu obrigado pelos vossos comentários.
É ponto assente que se chover nem sequer penso em fazer-me à estrada! Há 2 anos fiz uma volta de BTT, com neve, e a parte final, já depois de terminar, foi dramática... em poucos minutos entrei em hipotermia e demorei mais de meia hora para estabilizar.
Curiosamente faz agora um ano que comprei a bicicleta ao Pina. No ano passado, a 2ª vez que andei na bicicleta de estrada fui fazer o percurso Guarda-Torre. Arranquei todo protegido contra o frio e desidratei! A vertente de Manteigas estava abrigada de qualquer vento e a temperatura anormalmente alta para a época. Cheguei lá em cima sem àgua e só depois de encontrar a estrada que vem da Covilhã é que o frio se fez sentir mas sem a intensidade aguardada.
Para a volta deste fim-de-semana aquilo que mais receio é a parte inicial da saída de Manteigas - se a estrada estiver húmida não dá para subir porque a roda desliza... e a descida para Seia, (Não há carro, é partir e chegar à Guarda), visto que com o andamento mais leve de 39/25 (não há outro...) penso que as coisas vão aquecer na súbida e depois a longa descida é feita sem esforço e a temperatura corporal pode baixar demasiado. Depois, até à súbida final, para a Guarda o percurso é acessível não devendo haver problemas de maior.
Esta súbida é relativamente acessível para se fazer em 39/25 e tem como maior dificuldade a temperatura que se faz sentir nos dias com vento. As bermas geladas não enganam e o piso escorregadio (com humidade) convidam a um passo certinho sem levantar o rabo do selim.
A descida, já no interior da Guarda é pequena e mesmo que arrefeça chego rapidamente a casa para um banho quente!
Estou a pensar levar o camel-back do BTT (térmico) atestado de chá quente e um bidon com hidratos de carbono dissolvidos em àgua.
De resto, assim ajude S. Pedro, estou com vontade de me fazer à estrada!
De referir ainda que o objectivo é fazer tudo de seguida, inclusivé a alimentação, para não arrefecer. Estimo como tempo total para o percurso qualquer coisa como 6h30m (média de 26 Km/h) de modo a conseguir partir e chegar no periodo menos frio do dia.
Plano alternativo caso surjam complicações demasido graves - voltar para trás e subir por Valhelas (20 Km) para a Guarda.
(Distância da Guarda à Torre 81 Km)
E pronto, visto desta maneira até parece simples!
Abraços
J. Manso

Anónimo disse...

Companheiros,
Neste momento estão uns simpáticos 3 ºC na cidade mais alta de Portugal e ainda não choveu nem nevou. Em Manteigas está 1 ºC acompanhado de chuva pelo que a escalada à Torre começa a ficar comprometida (A estrada vai ficar gelada durante a noite...)
De qualquer modo já montei as barras na carrinha e vou levar a bicicleta...
Verifiquei a lista dos conselhos e só me falta tratar da comida. O resto está pronto!
Como alternativa estou a considerar a hipótese de fazer a volta Guarda-Sabugal-Vilar Formoso-Guarda que é manifestamente mais rolante (150 Km) e ainda não choveu nestas paragens pelo que o piso deve estar mais praticável. Neste percurso destacam-se apenas 2 súbidas que obrigam a cuidados de maior. A de Alfaiates com 2 km acessíveis, tirando uns 400/500 m com uma pendente bem acentuada, e a do rio Côa (Vilar Formoso-Guarda) que é mais extensa, com piso degradado e com uma pendente média na ordem dos 10%.
Início a viagem lá para o fim do dia e devo chegar à Guarda lá pelas 23h00, sendo por essa altura que tomo a decisão final quanto ao percurso.
Eventualmente consigo arranjar forma de me ligar à net e depois informo das actualizações.
Abraço
J. Manso
PS - A idade não ajuda! O Rocha que completou ontem 34 anitos cortou-se à volta... Quando ele tinha 33 anitos era mais afoito e era homenzinho para me acompanhar... agora é vê-lo de cobertor e pantufas agarrado ao sofá a beber um cházinho quente acompanhado por umas bolachinhas de àgua e sal! eh, eh, eh...

Ricardo Costa disse...

Caro amigo «Cancellara», opta desde já pelo percurso mais acessível - esse dos 150 km mesmo que... abaixo de zero! - e deixa as pendentes e o rigor da serra para outras datas.
De qualquer modo, tenho de reconhecer que continuas a surpreender pela positiva, com esse espírito afoito que desconhecia de todo, e que demonstra, para já, enorme motivação «desportiva» nesta altura do ano.
Pode até ser prematuro, é verdade, mas não deixa de ser bom indicador para a próxima temporada. Em que deveremos ter «homem»!
Por isso, lanço-te desde já o repto para promovermos, a seu tempo, e com quem quiser alinhar, alguns desafios interessantes, que também aprecio bastante, mas por vezes ficam por concretizar.
Mas, primeiro, vamos ver como entra o ano...

Boa sorte para a tirada

Anónimo disse...

Amigo Ricardo,
Começou a contagem final! A viagem foi um mar de tormentas tendo sido aborrecida e, especialmente na passagem da serra da Gardunha, perigosa com os Bridgestone Potenza a ameaçarem aquaplaning demasiadas vezes para o meu gosto... (que saudades dos Michelin pilot exalto - manifestamente superiores em chuva ainda que ligeiramente mais fracos em seco).
Considerações automobilísticas à parte, a desilusão pelo tempo de chuva iniciou-se durante a tarde, com a minha familia a avisar de que chovia com alguma intensidade e que na serra nevava (a ligação por Piornos está cortada). A boa notícia é que sempre que chove, nos climas tipicamente continentais, a temperatura sobe. Assim temos uns acessíveis 5ºC que em termos desportivos não inspiram tantas precauções quanto as temperaturas negativas. Como está vento tenho alguma esperança que durante a noite as nuvens aliviem parte da carga excessiva e que a estrada fique algo seca.
O objectivo principal está definitivamente adiado a não ser que até ao final de domingo as coisas mudem drasticamente e assim na segunda-feira fazia uma perninha até à Torre, ou seja a metade mais interessante do percurso.
Resumindo, a segunda opção passou a ser a única passível de escolha neste momento, isto caso pare de chover, porque caso contrário vou ter que andar nos arredores da Guarda para não comprometer demasiado a saúde... (Sempre posso dar um salto ao Porto da Carne e fazer a última súbida que tinha programado...)
Sinceramente não faço ideia do que vou fazer em função de tantas condicionantes... Amanhã decido, porque se a bicicleta veio o caminho toda a tremer com o frio o mínimo que posso fazer é dar-lhe um aquecimento não vá ela procurar outras companhias!
Relativamente ao teu repto informo-te que está aceite! Quando quiseres arranjamos um tempo e debatemos com mais profundidade.
A título de curiosidade informo-te que gosto de desafios que ultrapassam o meu limiar físico, isto é, gosto de fazer algumas etapas (quase sempre em solitário por falta de companhia) em que sei que estou a ultrapassar os meus limites conhecidos e onde a componente mental ganha preponderância. Por este motivo é que por volta desta altura (faço anos em 8 de Dezembro) arranjo sempre alguma "pequena loucura" para fazer.
Até breve,
Grande abraço
Manso

Ricardo Costa disse...

Alô Guarda! Como é que evoluem as condições climatéricas? Por aqui (em Alverca, cerca das 12.30), o S. Pedro faz tréguas e até já desponta o sol. No entanto, pelas previsões deverá ser de pouca dura.
Vamos a ver se a nossa volta de amanhã também não fica comprometida...

Anónimo disse...

Alô Alverca - daqui Guarda. Às 2h30 da madrugada deixou de chover e pensei que pudesse sair por volta das 09h00. Levantei-me às 08h00 e perante tanto silêncio na rua suspeitei que a neve tivesse aparecido... Afinal eram só uns cm... coisa pouca para quem se desloca num veículo todo-o-terreno!
Hoje o dia ficou irremediavelmente comprometido. Parece, no entanto, que as nuvens ameaçam dar algumas tréguas. Por isso vou esperar para ver...
Actualizações no final do dia.
Passo a emissão para os estúdios de Alverca!
J. Manso