A volta do último domingo, para Azambuja e A-dos-Arcos, decorreu sob o signo do bom tempo. Finalmente, após as borrascas dos pretéritos fim-de-semanas, o sol brilhou durante toda a manhã. Notou-se no tamanho do pelotão e na disposição das suas gentes.
Até Azambuja, rolou-se tranquilamente, mas a partir daí o figurino da tirada mudou. O Cancellara (de regresso às lides, tal como o Rocha. Saúdam-se) e o Ruben (bem aparecido!) decidiram fazer um «mano-a-mano» na condução do pelotão, levando-o aos 40 km/h. Deixou-se de ouvir vozes, só respirações ofegantes. Pior ficaram, quando o Duarte (bem haja, companheiro, já em boa forma e a simpatia de sempre!), em Vila Nova da Rainha, desferiu um bom golpe, destacando-se cerca de 30/40 metros perante a contemplação do grupo, ainda entregue àqueles dois trabalhadores de serviço - e que partilharam dificuldades em manter a perseguição. Então, o Freitas decide saltar, juntando-se ao Duarte. Mas teve efeito de contágio aos demais, que, em bloco, fecharam rapidamente a distância.
Descansou-se, mas pouco. Entre o Carregado e Arruda, o andamento voltou a avivar-se, e quem o impôs foram o Salvador e o Capitão, num excelente trabalho em terreno difícil. Repito, o andamento foi muito bom, suficiente para meter o pelotão em sentido. Naturalmente, na subida de A-dos-Arcos, ambos acusaram o esforço e fizeram-na em ritmo de passeio. Mas o esforço já estava feito, e com nível.
Na subida de A-dos-Arcos, ao início, o andamento foi moderado, mas depois do cruzamento de S. Quintino, o Ruben começou a «tirar», estirando o grupo. A partir daí, foi uma prova de eliminação, que se tornou ainda mais selectiva quando o Freitas rendeu o jovem trepador, mantendo o ritmo elevado. E já foi com um grupo reduzido a 5 unidades (Freitas, André, Ruben, Duarte e eu), que surgiu a alteração de ritmo decisiva... quando o Duarte ataca a 1 km da povoação obrigando os restantes a responderem. Desde logo, foi demais para mim, que vinha muito justo... há muito tempo! Na passagem por A-dos-Arcos o Duarte e o Ruben também cederam, deixando ao Freitas (numa forma já bem apreciável, ou terá sido impressão minha?...) e ao André a discussão da subida. Fizeram-no ao sprint, abrindo cerca de 30 metros para o Duarte e o Ruben, e estes cerca de 50 para mim. O Jony (de regresso aos treinos após forte carraspana) chegou um pouco mais tarde, e não muito depois um grupo que incluia o Pina (muito bem!), o Carlos do Barro e o Rocha.
O tempo de subida em A-dos-Arcos foi de 13.03 m (o meu), ou seja, 1 minuto superior ao que eu tinha realizado no dia 26 de Outubro, na última vez que o grupo por lá tinha passado (na volta em que o Freitas e o André andaram fugidos). Àquele tempo, deve descontar-se aproximadamente 30 segundos para calcular o tempo dos primeiros a chegarem ao alto (curiosamente, os dois fugitivos «caçados» naquele dia). Cerca de 30 segundos é uma diferença ainda significativa para este tipo de subida, mas deve ressalvar-se o facto de os momentos da temporada serem díspares, tal com as voltas terem decorrido em condições também completamente distintas. De qualquer modo, creio que, no domingo, a segunda metade da subida foi muito boa, mais rápida que a de Outubro. O início é que foi mais lento.
Na descida para Bucelas, andou-se outra vez bastante depressa, na peugada do Jony e do Salvador, que se tinham adiantado. Mas a estas incidências já não assisti... por ter perdido o comboio ainda este embalava.
No final, entre Tojal e Alverca, o Ruben foi, uma vez mais, boa companhia na partilha de um empeno. Mas que mais importa são os benefícios deste treino de conjunto com mais de 4 horas.
Aos elementos que sentiram mais dificuldades na parte final, nomeadamente, em A-dos-Arcos, principalmente a alguns que já tinham vindo a trabalhar durante a volta, digo para não retirarem ilações precipitadas desse momento de menor rendimento. É perfeitamente natural e previsível nesta altura da época. A-dos-Arcos pode ter sido, para muitos, a primeira subida da pré-temporada de saídas em grupo, e uma prestação menos boa não traz nada de preocupante.
Dou o exemplo do Salvador e do Capitão, que trabalharam muitíssimo bem no carrossel de Cadafais/Arruda, cumprindo componente importante dos seus treinos. Não se precipitem a mudar a programa de progressão por vós estabelecido em função de não terem sido capazes de acompanhar alguns elementos da sua igualha. A paciência faz parte da base para a óptima forma.
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