A mudança de características do percurso da volta do último domingo, em relação aos anteriores, alterou muito pouco a maneira como aquelas têm decorrido: em regime de pré-temporada. O sobe-e-desce saloio até à Ericeira e regresso pela subida de Sto. Isidoro foi muitíssimo diferente de anos transactos em igual fase da época, em que os fortes andamentos foram, mais do que inevitáveis, previsíveis...
Desta feita, imperou a moderação, o ritmo de cruzeiro acessível que tem permitido, à maioria, gerir as limitações do ainda recente defeso. Desde Loures a Bucelas, até à Venda do Pinheiro, não se saiu do regime de endurance; e de Malveira a Mafra, mais a ligação a Ericeira, o regime foi quase o mesmo.
A subida de Sto. Isidoro foi a excepção. Aliás, porque a malta andava ávida de uma bela picardia, de um jorro de adrenalina que não existe na toada comedida que, por agora, se aconselha. A aproximação à subida, logo picante na rampa que atravessa a localidade, motivou alguns excessos de ímpeto, confirmados às primeiras inclinações da bela ascensão (4 km a 5%), criando, desde logo, a ruptura no pelotão.
O Jorge, alguns furos acima dos demais nesta altura do ano, destacou-se imediatamente e com aparente facilidade. Teve um desempenho, para já, de «outro» campeonato. Ainda houve quem o tentasse seguir, mas felizmente (para este) foi a tempo para emendar o erro.
Atrás, formou-se um trio encabeçado pelo Freitas, que incluía o Pedro Fernandes e o Salvador, este, também em momento de forma mais adiantado (e a capitalizá-lo em presença frequente nos postos cimentos do grupo...).
De resto, tal como o camarada do Carregado, que começou ali a (sua) jornada mais activa de que há (tenho) memória, igualmente reflexo de condição adiantada. Depois de um ano de adaptação (em que se desdobrou na angariação de grupettos do seu nível... quase sempre a pregar no deserto), terá (e continua) a criar bases para a desejada evolução que o seu empenho bem merece...
Ainda mais atrás, o pelotão era liderado pelo Renato (Bucelas) - que nesta manhã de ciclismo fez-se acompanhar do pai (pessoa muito simpática). Aquele pareceu reservar-se, tentando limitar ao mínimo a sobrecarga física. Partilhávamos intenções, portanto. Daí, decidi escolher a sua roda. Connosco, vários elementos do grande grupo: Pina, Alex, ZT, entre outros que fizeram uma excelente subida.
Com a aproximação ao cume, o Freitas fica sem companhia. Primeiro, o Pedro, depois o Salvador. Na peugada destes, o pelotão, cá atrás, acelerava progressivamente, sempre comandado pelo Renato. O ritmo foi aumentando até atingir, nas derradeiras centenas de metros, patamar muito elevado – ao nível dos mais altos, reconheça-se... Na fase terminal da subida (e da aceleração) só eu resistia na roda do jovem ciclista, às voltas já frenéticas com o meu prato 36. Em consequência, o Pedro e o Salvador foram ultrapassados e a vantagem do Freitas diluiu-se num ápice.
No regresso, após retemperadora neutralização na muito concorrida zona pasteleira de Mafra, ainda se cerrou os dentes à chegada à Malveira – nada demasiado castigador - e mais tarde, no topo do depósito de rações, nas imediações de Bucelas – com o Jorge a disputar um musculado sprint com o Freitas. Ah, pois! Para quem tinha dúvidas sobre o «andamento» do Contador de Alverca...
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