quarta-feira, janeiro 19, 2011

Crónica da Valada

«Se já está se está andar tão bem agora, imagina quando chegarem as primeiras clássicas!» Esta afirmação, no final da volta do passado domingo, para a Valada, de alguém impressionado com o bom nível de andamento que marcou, principalmente, a segunda parte daquela jornada não deve, de maneira alguma, ser interpretada à letra, em reflexo de um nível muito elevado potencialmente precoce para a fase da temporada. Nem tão pouco, se deve assumir como uma previsão alarmista, que coloque a fasquia das clássicas vindouras demasiado alta.
Expliquemos: desde logo, a média final, ligeiramente acima dos 32 km/h, não é brilhante num terreno totalmente plano, muito menos sinónimo de louca e incessante cavalgada. A metade inicial, com cerca de 65 km, foi percorrida em ritmo quase sempre moderado, condicionado pela oposição do vento e por abrandamentos provocados por pequenos incidentes, como furos. Até a fase teoricamente mais difícil (a ligeira subida da estação do Reguengo para Cruz do Campo) foi realizada em toada de passeio, devido a um desses impasses.
Na segunda parte, a partir de Cruz do Campo, então sim, a velocidade disparou, mas, tal como na semana transacta, fruto do empenho colectivo, num revezamento ao estilo de contra-relógio por equipas, que promove a cooperação e não o aventureirismo.
Este exercício voltou a demonstrar que permite manter velocidade de cruzeiro elevada durante longos períodos, com esforço partilhado, logo a todos mais motivador. Vide a ligação Cruz do Campo a Vila Franca (por Azambuja e Carregado), com cerca de 30 km, efectuada à excelente média de 39 km/h!
Já antes, porém, de Salvaterra a Muge, com a liderança entregue aos mais afoitos; e a seguir, de Vila Franca a Alverca, aqui com preponderância dos mais resistentes, a média tinha atingido relevantes 37 km/h. Mas só na parte final da subida da Sagres (após Alverca) houve mudanças bruscas de velocidades (foi, de resto, momento único em toda a volta), com o habitual sprint para a rotunda do Cabo de Vialonga, e seguimento a alta velocidade em direcção ao Tojal.
Todavia, que esta opinião pessoal não desvalorize, nem um «milímetro» sequer, o desempenho do pelotão, numeroso e bem recheado, que se apresentou à partida de Loures, e em que marcaram presença elementos menos habituais, que se saúdam, com destaque para o André (agora), o Paulo Pais, Runa e os camaradas da Ciclomix, Silveira, Arraiolos e Feijão. Mas também o Jorge, Carlos Cunha, Jony, Duarte, Capela, Eurico, entre outros, engrossaram o lote de figuras, algumas em nítido crescendo de forma. Entre os «nossos», neste registo está, sem dúvida, o Pina (esperemos que perdure), enquanto o Gonçalo e o Alex estiveram «tocados» pela extensa maratona de mais de 5 horas da véspera (Jony e Duarte incluídos). Mas também houve estreias, que, pelos vistos, provaram e gostaram...
Esta forte adesão, sim, foi o melhor augúrio para a temporada que se avizinha.

2 comentários:

Gonçalo disse...

Boas gostava de deixar aqui uma sugestão para as volta uma mera opinião minha ,estamos a fazer passeios com distâncias superiores a 100kms acho que seria interessante parar ao km 50 +/-para um cafezinho indo até lá em andamento moderado sem DEIXAR
ninguém para trás e depois deixar ao critério de cada um o andamento a levar é óbvio que vai haver divergências mas é possível
PS. o Gonçalo ficou «tocado» mas a verdade é que andei 2kms no início deixei cair o bidon e ninguem reparou(viram bem alguns)depois de 30 kms vi que nao conseguia telefonei ao pina (sempre bombeiro de serviço)encostei ao pelotao apos terem parado a esperar tb por um furo do antonio mas foi sol de pouca dura (15minutos)vi 1 depois 2 parados com furos e tb parei sai disparado para pedir auxilio ao pelotao acabei por ir por caminhos diferentes acabei por fazer o trajeto sozinho . eu sei que não é facil nos apercebermo-nos quando o andamento já é algo elevado mas o problema é que ninguém gosta de ficar para tras ...
Gonçalo

Pedro Fernandes disse...

Parabéns ao elevado número de participantes.

Claro, muito bonito ver na estrada um elevado numero de atletas "Pros" incluindo.

Efectivamente entre Loures-Vila Franca, a hora de passagem prevista era às 09h19m, km 24 mencionado no Briefpaper do Director de Volta - Ricardo Costa (a deslocar-se numa mota de nome Cannondale…ehhhh) e superado em 25 segundos, upsss…é obra

Assim, meus caros, um grupo tão numeroso a andar assim é extraordinário, bonito…

Ver-se jovens de idade avançada no grupo, então, é brilhante.

Efectivamente, não relatado na excelente crónica do Director deste Jornal, que, o grupo dividiu-se, mas o importante é o gosto pelo desporto.

Companheiros de “grupetto” não existe qualquer problema em deslocar é salutar, há que motivarmos se acontecer, é bom. Andar uns km com os “Pros” já é motivadores per si.

Não esquecer que esta mística semi-exigência de andamento é como nos nossos trabalhos sempre a olhar para os excelentes e tentar alcançá-los, juntos dos medíocres nada seremos (ups… esta saiu bem).

Bonito, bonito

Companheiro do Distrito junta-te a este grupo excelente, para sermos mais e cada vez mais.

Nota: Não esquecer que na vossa declaração de IRS de 2010 há a possibilidade de gerir parte do Orçamento de Estado, escolha uma instituição para que parte do seu IRS entregue ao Estado, seja revertido a favor dessa Instituição. Exemplo: Federação Portuguesa de Ciclismo NIPC = 500110379