Por isso, os pontos de neutralização voltam a ser fundamentais (actualizado):
- Vale de S. Gião (rotunda)
- Venda do Pinheiro (rotunda)
- Carapinheira (rotunda)
- Alto de Cheleiros (Pêro Pinheiro)
- Belas (centro)

Espaço aberto à opinião dos ciclómanos sobre ciclismo. De simples entusiastas da modalidade aos que a praticam. Sítio de tertúlia, onde fluem conversas de ciclistas sobre ciclismo.
Há quem diga que a região Oeste tem os seus encantos... mesmo que, por vezes, escondidos. E não é que, quando mal se espera, ainda nos surpreende! A volta do passado domingo, para as bandas da Malveira, Torres Vedras e Mafra – no Oeste (quase) profundo -, trouxe inesperadas emoções, que (mais que) animaram o compacto e coeso pelotão de dez unidades que saiu de Loures.
Arrisco que nunca a testosterona atingiu «picos» tão elevados como nesta jornada saloia, e há ocasiões em que anda mesmo aos saltos! E não disparou pelos motivos custumeiros: o frenesim das grandes cavalgadas. Pelo contrário, a toada foi bem calma, a espaços apenas moderada para os melhores treinados e raramente fora do alcance dos que se apresentaram condicionados, de que sou exemplo. Mas há «outros» factores exógenos que fazem disparar as hormonas masculinas, está-se a ver quais. E que factores, meus amigos, que desplante, que atrevimento ainda regado por agitada noite saloia! Nada de mais ou de mal que os ciclistas, essa espécie respeitadora de brandos custumes, não soubesse controlar, e bem lidar. Sem qualquer espanto, os nossos estiveram à altura (não literalmente) das solicitações e preveniram-se de eventuais danos colaterais. Mas não sem tenaz resistência do inimigo, que parecia disposto a elevar o tom do confronto até consequências, senão últimas, muito perto de sê-las!Parante isto, (não, não me arrancarão mais nada!), diria que a volta foi monótona. Talvez, mas só por isso! Porque há muito (e descontando o trimestre em que tive ausente) não corria tão bem, em que tudo se passou de acordo com os cânones das «boas práticas» velocipédicas em grupo. Para tal, contribui a referida coesão do minipelotão (10 unidades à partida, nove à chegada com a ausência do ainda debilitado Morais, que «mandou seguir» os demais após a neutralização de Catefica).
De início, o ritmo foi tranquilo, para mim afrodisíaco (ai, ai) para tomar a liderança em toda a subida de Guerreiros – imagina-se, logo quando previa que daí dificilmente passaria integrado no grupo. Desde já agradeço aos demais elementos a oportunidade de fazer toda a volta a um excelente nível.
A máquina aguentou em Guerreiros, mas já não na subida para a Venda (Freixeira), mais íngreme e castigadora, em que «meti» rapidamente o meu andamento, observando, detrás, a tenacidade dos restantes em continuarem agrupados apesar do incremento paulatino do ritmo pelos mais disponíveis do momento. Entre os que estiveram presentes, destaco a boa forma e disponibilidade do Cunha e do Duarte, que, após o reagrupamento na Venda, fizeram uma ligação a ritmo fantástico entre a Malveira e o Turcifal, a uma média a roçar os 40 km/h, com momentos a 45 km/h, beneficiados pela quase ausência de vento. Esforço maior, só a eles coube, porque todos iam embalados nas suas rodas.
Na subida de Catefica, a minha falta de pernas voltou a manifestar-se, mas não o suficiente para demorar o grupo, a partir desta altura reduzido a nove elementos.
Tranquilamente atravessou-se Torres e desde a saída desta cidade até uma (tal) paragem (imprevista) para tomar café em Coutada, rolou-se em amena cavaqueira e... algo mais.
Regressando à estrada, deparou-se-nos Encarnação: óptimo ritmo de subida imposto, a «mielas», pelo Jony e o Duarte, a levar-nos rapidamente ao topo e a lançar-nos rapidamente para o vale da Picanceira. Uma vez na mais longa e empenhativa ascensão da jornada, o pelotão separou-se como ainda não sucedera até aí. Em dois: à frente, um grupo liderado pelo Rui Torpes integrava o inevitável Cunha, o Capela e o Filipe Arraiolos. Atrás, sem capacidade (ou interesse) de perseguição, o Jony, o Duarte e o Jorge permitiam que tanto eu como o Alex resistissemos a toda a subida. Ainda que, em ambos os (nossos) casos, com manifesta dificuldade e à custa de muito esforço – mas não demasiado exagerado.
Na rotunda da Barreiralva, altura para nova neutralização, a distância não era significativa. Mais uma prova do equilíbrio, harmonia e coesão com que se desenrolou a tirada.
Até ao final, a tradicional chegada «intensa» a Malveira, em que apenas eu claudiquei – apenas o Torpes, segundo ele, para «moralizar o seu chefe-de-fila»; e o Jony, solidário com as minhas limitações, permaneceram voluntariamente atrás -, ainda que a curta distância do pelotão. E a descida divertidíssima para Bucelas (pelo Freixial), a alta velocidade e constantes ataques, todos sem sucesso, e culminados com sprint massivo para o derradeiro topo. Tudo com cabeça, segurança e espírito aguerrido. Em Bucelas, mais cafeína, agora sem motivos externos, a não ser o adiantamento em relação ao horário previsto de passagem. Afinal, a média final superava os 29 km/h. Tranquilamente...
Para a semana, a volta é a de Belas. Excelente percurso, por caminhos pouco habituais!! Até ao final da semana, a será divulgado o seu traçado, bem como o da Clássica Pina Bike, marcada para o dia 23 de Outubro, no encerramento, em grande e são convívio, da temporada de 2011.
ATENÇÃO, ERRO NA DATA: JÁ RECTIFICADO!
Acertem as vossas agendas! A Clássica Pina Bike 2011 que encerrará o calendário deste tipo de voltas na presente temporada, prevista para dia 2 de Outubro, será adiada para o dia 16 seguinte, em parte, em virtude da realização, no dia 5, do tradicional Cascais-Fátima.
A primeira edição da Clássica Pina Bike (evento com traçado que será diferente todos os anos) tem um percurso aliciante, que, para já, ainda se mantém no segredo dos Deuses. A sua revelação, na íntegra, será feita em breve, neste blog, mas podemos adiantar que terá distância total de quase 130 km, com início e chegada a Loures (posto de abastecimento da BP), embora com os 10 últimos apenas de ligação (neutralizados).
A jornada, como referi, tem um percurso muito interessante, com «ponto alto» na passagem da Serra Alta, entre Matacães e a Ereira, e o seu famoso «muro» da Zurrigueira. Todavia, nesta altura ainda estarão cumpridos cerca de 80 km de um traçado que, uma vez mais, respeita a norma das Clássicas: misto com longa fase inicial plana, acentuação gradual das dificuldades e «grande» final! - no Alto do Andrade, vertente do Cabeço de Montachique.
Em breve, todas as informações sobre o percurso e horário.
O meu regresso às lides do grupo, após prolongada ausência foi do tipo, toca e foge. Ou melhor, toca e fica... logo pendurado! E nas primeiras dificuldades. Mais do que seria previsível, estava previsto. Além da completa incompatibilidade entre a minha condição física e o nível minimamente exigível para integrar, a «tempo inteiro», uma volta do grupo, o percurso era altamente selectivo. Nada menos que Montejunto, por Pragança. Olha que oportuno!
De qualquer modo, esta breve aparição – esperemos que seja, definitivamente, para retomar, devagarinho... – serviu, acima de tudo, para matar saudades do convívio com o pelotão, do matraquear dos carretos, dos esgares de esforço, da amena cavaqueira, ainda que debaixo do silvo do vento quase ciclónico que soprava na longa ascensão do Forte do Alqueidão. Factor que ajudou a precipitar o meu abandono, por alturas de Arranhó, altura em que não resisti à minha incapacidade actual de atender uma chamada e de manter o ritmo de um grupo de bom nível que começava a aquecer motores após alguns impasses iniciais devido a furo antes de Bucelas.
Ressalvo, a presença dos Duros do Pedal, do camarada Tó Monteiro, de alguns dos mafrenses do Ciclismo 2640, entre os quais o Xico Aniceto, o Sergio e o Pedrix (por relato de terceiro, já que não cheguei a durar até à sua entrada), e ainda do Vítor Mata-a-Velha, que, pelo segundo fim-de-semana consecutivo, veio ao nosso encontro (integrou a equipa Pina Bike no recente contra-relógio por equipas, Alverca-Reguengos).
Mas também alguns de habituais nas andanças domingueiras do nosso grupo, casos do Jorge «Contador», Alex, Cunha, Jony, Nuno Garcia, Capela, André, David, entre outros. Todavia, estes foram escassos, quando comparados com adesão massiva dos homens do conjunto de Algueirão – como é habitual e de louvar, não só quando jogam em casa, mas, principalmente, sempre que se deslocam a outro reduto. Eis grande exemplo para outros grupos!
Sobre as incidências da volta, sei pouco. E apenas, uma vez mais, por relato de terceiros, que a volta foi marcada pela oposição do vento e que a subida a Montejunto, pela dura vertente de Pragança, terá sido interessante, bem atacada por todos, mas naturalmente com os trepadores mais conceituados a imporem os seus galões, acompanhados dos restantes que se apresentarem em forma.
Espero na próxima crónica – já na jornada de domingo que vem - possa chegar um pouquinho mais longe no relato... Seria bom sinal!