Enormíssima jornada de ciclismo, a Clássica de Montejunto
(Pragança) de 2012 dos Duros do Pedal! Adesão numerosa, ambiente fantástico e
grandes momentos de ciclismo.
A ajudar à festa, as condições climatéricas bastante favoráveis (tempo seco,
temperatura amena e vento quase inexistente), um dos
motivos para que o ritmo fosse rápido na longa subida para o Alqueidão (27
km/h), com o Freitas e o Alex a tomarem o controlo do grande grupo, composto
por várias dezenas de unidades. Andamento adequado, num esforço meritório de
ambos, que nunca excedeu o nível moderado e com algumas iniciativas para o
espicaçar: primeiro a do Capela, mas só para isso, e depois a do André e o
David, de uma forma consolidada, concretizando a primeira fuga do dia.
Depois do controlo até ao Alqueidão, iniciou-se a perseguição
ao duo de fugitivos, com uma vertiginosa descida para o Sobral e daí para a
Merceana, com o contributo de vários elementos a não deixar o andamento baixar,
deixando logo antever que os escapados não ganhariam mais tempo. E que a continuar a assim estariam a prazo. Todavia,
deles ainda nem sombras...
A partir da Merceana, com a entrada no sobe e desde que leva
até Atalaia, foi a vez do jovem com o equipamento da Lotto chegar-se à frente, com
forte empenho, impondo a primeira grande seleção no pelotão até ao Freixial do Meio. Esta aceleração precipitou, então, o final da fuga: o André e o David eram absorvidos antes da
Atalaia.
Na ligação a Vila Verde dos Francos, surgiram outros
protagonistas. Um deles, o Lopes (Carboom), autor de algumas movimentações à
cabeça de um pelotão que já se esforçava por se manter unido. O Capela manteve-se
atento e nunca perdeu o ensejo de estar entre os que se adiantavam, mas cuja
vantagem raramente ultrapassou a dezena de metros. Reforce-se: nesta altura, o
grupo estava já bastante espremido e era cada vez menor a tolerância a
iniciativas que colocassem em perigo a sua coesão na iminente aproximação a Montejunto. Aliás, a média entre o
Sobral e o Vilar foi de elucidativos 40 km/h! Ou seja, à prova de fugas!
Mas, nem tanto! Eis que me armo em Contador - em
«projeto», claro! -, ao tentar antecipar-me na entrada na subida a Montejunto.
Primeiro, apostei numa iniciativa (uma de várias) do Lopes à passagem pelo topo
de Martim Joanes, que obrigou o pelotão a tenaz perseguição, e depois,
coincidindo com a chegada deste – e ao seu natural momento de relaxamento -,
mantive a intensidade e acabei por ganhar rapidamente algum avanço... apreciável.
No entanto, as «trutas» não me deram grande liberdade, perseguindo à distância
(que não deverá ter excedido nunca os 30 segundos) até à base da subida, em que
entrei ainda isolado. Foram 167 pulsações por cada um dos intensos 16 minutos
de fuga - e ainda faltava a... subida!
Conclusão: objetivo não alcançado! Principalmente, pelo
motivo que referi: o pelotão não ter autorizado que ganhasse avanço mais
substancial, mas que valeu a pena por ter tido boas sensações e o «prazer» que
dá estes momentos em que nos armamos em ciclistas. Assim, à saída de Pragança,
com a pendente voltar a subir vertiginosamente, sou ultrapassado pelas
«principais» figuras - as que procurei surpreender com a fuga! -, sem possibilidade
de seguir o seu andamento. Ainda assim, apesar do esforço despendido, encontrei
rapidamente um ritmo razoável, a curta distância daquelas. Por outro lado,
fruto da perseguição, houve uma parte dos elementos do pelotão que «ficaram»
logo no início da subida.
A meio da rampa dos «15%», o duo André e o jovem da Lotto já
tinha consolidado a sua supremacia, deixando para trás o David, que tinha
tentado segui-los e entrou em perda. Atrás, um quarteto: Capela, um elemento
com o equipamento da Efapel, e três Duros, um com uma Vinner, outro com uma
Specialized e outro com «jersey» de campeão nacional. Eu, a seguir a estes, na
expectativa, e o Lopes, mais atrás, em recuperação.
Até ao descanso da subida, após a curva do cruzeiro, já
tinham estoirado os três Duros, mantendo-se o Capela e o Efapel à minha frente,
e o David um pouco mais à frente, ainda em perda. Entretanto, o Lopes tinha-me
alcançado e, juntos, tentámos chegar àquele duo (Capela/Efapel) após o quartel.
No entanto, apenas encurtámos a distância para cerca de 20/30 metros à chegada
ao cume, onde o André e o Lotto tinham chegado com claro avanço.
Nota: além destes que descrevi, foram muito poucos os que
subiram até ao alto de Montejunto (incluo, entre os que vislumbrei, o Pedro da
Amadora, o Bruno e o Pina da Bianchi «Mercatone Uno», e mais dois ou três
Duros), o que não deixa de ser algo absurdo, quando o principal motivo da
jornada – e que lhe dá o nome - era precisamente esse: subir Montejunto, por
Pragança! Porque houve quem subisse por Vila Verde dos Francos...
No regresso, do «nosso» percurso, por Abrigada, Alenquer e
Vila Franca, um pequeno grupo que comigo, integrava o Capela, o Lopes, o Pedro
da Amadora, o Bruno e o Pina da Bianchi, fixou, a média final em excelentes 32
km/h (115 km).
E para a semana há o exclusivíssimo Roteiro dos Muros!
2 comentários:
Boas amigos.
Agradecemos por nos terem acompanhado ao Monte Junto.
Alguns de nós não subimos as Antenas e outros subiram por Vila Verde.
Ir lá ao alto fazia com que os da frente esperassem muito tempo depois da descida.
A boa forma física não assiste a todos pois o regresso das ferias trás alguma fraqueza.
O importante é que não houve acidentes e com a forte adesão os amigos divertiram-se.
Até a próxima.
Abraço
TO MONTEIRO
Parabens a todos participantes. Cronica bem escrita que me põe a sonhar como se la estive-se a pedalar.
Grande animação quando se juntam sem duvida continuem, os pinas/Duros/Efapel e tantos outros a salpicar de alegria esforço no asfalto.
Sem mais deixo abraços.
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