No rescaldo de uma
Clássica exigente e rijamente disputada, como a de Santarém, e perante
fortíssima ameaça de intempérie – que felizmente não se confirmou –, era
previsível que a volta do passado domingo, da Ereira, registasse reduzida
adesão. Uma das mais fracas da temporada: não mais do que eu, o Jorge, o Duarte
Salvaterra, os Brunos de Alverca e Felizardo e o Fernando Duarte, além de, em
breves quilómetros apenas, o Pina (até à saída de Bucelas...), o Gonçalo, o Jorge
de Vialonga e o Pedro Fonseca (apanhados algures entre Malveira e Torres, e só
até esta cidade...).
De qualquer modo, para quem
ainda tinha bem presente as intensidades da Clássica escalabitana, certamente que
esta volta, cujo percurso é bem acidentado, com destaque para a subida que lhe
dá o nome, a da Ereira, não ficou muito aquém. Arrisco afirmar que, a espaços, sob
a oposição do vento forte que se fez sentir e com o empenho colocado nalgumas
subidas, chegou a superar-se os pontos máximos de dificuldade da estrondosa
jornada de Santarém.
O principal dinamizador do
ritmo foi o Fernando Duarte, visitante repetente (após ter estar presente na
recente Clássica), a ultimar a preparação para a primeira corrida da época dos
Masters, tal como o seu homónimo de apelido Salvaterra. Desde Bucelas tomou o comando
do grupo com ímpeto, depois de eu tê-lo levado de Loures, mas mais
moderadamente... E esse entusiasmo foi a razão de o Pina ter tido uma passagem
tão fugaz no nosso convívio (ele que já estava condicionado pelo horário de
regresso): ficou na primeira rampa após Bucelas em direção ao Freixial, sob ritmo
forte imposto pelo FD, em parceria com o Bruno de Alverca. Ambos meteram os
restantes em respeito, «fechados» na sua roda, durante toda a longa ascensão até
à Venda do Pinheiro, feita à excelente média de 28 km/h e com uma desaceleração
devido à «oportuna»... para todos nós!: a queda da corrente da Bianchi do Bruno
alverquense antes do Forno do Coelho. Deu para respirar!
Da Venda até ao início da
subida de Catefica, agora num terreno maioritariamente em «rolante» cumpriu-se
uma média de 37,5 km/h, mantendo assim acesa a chama, e que se avivou logo de
seguida, a «trepar» para Torres. O FD, que não abdicara da frente do grupo,
manteve a toada da primeira subida e causou uma seleção maior: apenas eu
cheguei na sua roda... Os demais preferiram certamente poupar algumas energias
para o (muito) que ainda faltava. E não tardou. Desde logo, o Sarge, comigo a
abrir caminho e o FD a rematar, enquanto os quatro restantes revelavam-se
firmes no nosso encalço.
Até que chegou a Ereira, e
aí o homem mais ativo do dia mostrou credenciais de trepador, especialmente pela
forma como recuperou cerca de 200 metros para mim e para o Jorge, que nos adiantámos
no início da subida. O Master não se limitou a fechar esse espaço, passou
direto e abriu rapidamente algumas dezenas de metros, e mesmo com um ou outro
compasso de espera (dúvidas sobre a direção do percurso) mostrou estar uns bons
furos acima dos mais diretos perseguidores. No alto, após nós os três (com o
Jorge a desbravar caminho para a boa forma), o Bruno de Alverca não demorou
muito mais, tal como o Duarte e o Felizardo.
Encarrilados rumo à Merceana,
esperava-nos mais um pitéu do dia: a subida para o Sobral, com uma fortíssima
agravante: o vento! Dureza, principalmente a parte final, quando o inevitável
FD voltou a forçar o ritmo, comigo a sofrer à sua ilharga – «contra» a ventania
que parecia tornar a suave pendente numa de 10%! A coesão do quinteto à chegada
ao Sobral foi prova da boa condição física de todos.
E, por último, quando se
poderia prever que a subida final para o Alqueidão – para mais batida a vento
como estava! – voltasse a elevar os regimes cardíacos, foi a descida para
Bucelas que o fez. Motivo: proporcionou-se um corte logo no início, que desencadeou
a perseguição. À frente, o trio Felizardo, FD e Duarte; atrás eu e os meus
conterrâneos. Mas estes duraram pouco na caçada, deixando-me por conta e risco ainda
antes de Arranhó. Pouco depois alcançava os fugitivos à custa de «mil esforços»,
e estes contavam com o instigador na sua melhor fase do dia: o Felizardo. No
entanto, quase em simultâneo com a minha chegada, o Duarte abriu um espaço, e
deixou-me com ele, novamente «cortado». Logo voltei à carga, agora beneficiando
da sua preciosa para voltar a encostar ao duo, já perto da Bemposta. Neste, o
FD agora era agora muito mais levado pelo Felizardo, ao contrário o fizera até
esta descida, embora compreensivelmente após tanta energia que desbaratara.
Está em boa forma!
Para ele e para todos os Masters da nossa região, boa sorte
para a Abertura, já este fim de semana.
2 comentários:
Boa sorte aos Pinamasters!
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