quarta-feira, março 21, 2007

Gradil e agora... Barril

Depois do Gradil, o Barril. Uma tirada que não é, de todo, fácil, depois das chagas abertas no último domingo, no carrossel da Tapada de Mafra, e no final de uma semana bem intensa. Foram 145 km, com saída ainda de madrugada para dupla passagem pela Granja (nova); ascensão quentinha ao Forte de Alqueidão no andamento forte do «regressado» Carlos (bem haja, depois do descalabro de Évora), um escaldante Gradil, no limite da resistência para aguentar o último km poderosíssimo do Freitas (está como nunca a subir! E agora que as suas capacidades aumentaram vertiginosamente neste tipo de terreno ele próprio já se apercebeu os seus novos argumentos e que, por isso, daqui para o futuro a conversa começará a ser outra...); e terminar em beleza em Malha Pão, em andamento vivinho (para mim), com sensações que nem parecia ter 130 km nas pernas. No final: 5h20m. Super!
Destaque para o excelente estado de forma que Freitas e Jony já demonstram, ainda a meio caminho do longo trajecto para a Etapa do Tour, motivo de optimismo partilhado. Grande disponibilidade, para a altura da época, tanto em endurance como em intensidade, uma óptima plataforma para o apuro físico que ainda se pretende atingir, mas também razão para acautelar eventuais «picos» de forma precoces ou saturação muscular, tendo como consequência pouco recomendável «overtraining». Aliás, esta espécie de «barrete» também me serve na perfeição. O Jony é, sem dúvida, uma agradável confirmação: o homem faz-se! E se continuar como até aqui (recorde-se que começou a acumular horas de selim só a partir de metade do ano passado), a sua margem de progressão será elevadíssima e será vê-lo... voar baixinho, como já o faz em cada sprint...
De resto, na volta do Gradil ficou bem vincada a boa condição do Fantasma e do João, este último a capitalizar os km’s de treino e o facto de estar a abordar de maneira diferente as incidências das tiradas e respectivo percurso, agora mais ponderada do que fazia antes, cujos resultados estão bem à vista.
Outra evidente subida de forma, esta ainda mais paulatina, regista o Steven. O seu contributo entre Pêro Negro e Enxara do Bispo para o pelotão recuperar para o trio da frente (Freitas, Salvador e Fantasma) foi mais importante do que, porventura, poderia ter parecido. Oportuno, voluntarioso e demonstrativo de boa capacidade. Os perseguidores agradeceram!

O percurso da Clássica do Barril é o seguinte: Loures-Guerreiros-Lousa-Venda-Malveira-Mafra-Paz-Achada (à dir. P/ Sto. Isidoro)-Sto. Isidoro-Ribamar-Barril (à dir. p/ S. Pedro Cadeira)-S. Pedro da Cadeira-Encarnação-Picanceira-Barreiralva-Murgueira-Paz-Mafra-Malveira-Venda-Loures
Distância: 102 km

4 comentários:

Ricardo Costa disse...

Oi Pintainho. Como é que é? Para quando as histórias da incursão a Montejunto e principalmente ao Avenal? Não subiste por Vila Verde porque é para fraquinhos, está visto! Mas deverias ter continuado a partir de Pragança até ao alto. Dá estaleca!
Gostaria de estar na posse de todas as informações úteis antes da próxima sexta-feira, dia em que tenho previsto uma deslocação higiénica à Varanda da Estremadura, como tão bem a baptizaste...

Abraço

pintainho disse...

Oi rapaz.
Já tenho quase finalizados os textos, fotos e dados da escalada a Montejunto. Não subi de Pragança até ao alto (apenas até ao cruzamento para Abrigada), pois iria ter de passar de novo nesse troço vindo de Abrigada. E também não subi de Vila Verde Francos ao alto (apenas até ao cruzamento para o Avenal), pois já o tinha feito logo na primeira rampa do dia (Avenal). Assim, fiquei na posse dos dados das 4 vertentes, por junção de troços, após 60 Kms com 1.700 mts de acumulado.

Posso desde já adiantar que a escalada pelo Avenal é uma claríssima 1ª Categoria, na minha opinião ligeiramente mais exigente que a mítica Sª da Graça!! Ficam aqui os dados das duas, para comparação:

Alto de Montejunto (Dados):
Vertente - Vilar: distância - 9,350 mts; altitude - 658 mts; desnível - 578 mts; pendente média - 6,1%; pendente máxima - 24%; Km más duro - >14%; Coef APM - 153; Coef APM a cada 100 mts - 210,5.

Sª da Graça (Dados):
Vertente - Mondim de Basto: distância - 8.000 mts; altitude - 951mts; desnível - 603 mts; pendente média - 7,5%; Km más duro - ~11%; Coef APM - 148.

O Km mais duro da Sª da Graça tem aproximadamente 11% de pendente média, enquanto Montejunto (por Vilar) tem um Km mortal a mais de 14% e outro, após a aldeia de Montejunto, acima dos 11%.

Por dificuldade, a ordenação das vertentes de Montejunto é: Vilar (Avenal); Abrigada; Pragança; Vila Verde dos Francos.

A minha relação mais leve é 30x24 (roda 650) pelo que quem tiver montadas relações de 32x26; 34x27; 36x29; 38x30 passa as “paredes” do Avenal (embora recontorcendo-se…). E convém não escolher um dia ventoso como aquele em que lá fui, pois a encosta do Avenal fez-me penar como há muito não sucedia (a cena da Louriceira não é para aqui chamada… :-) ).

Anónimo disse...

Para amanhã, convidam-se os VERDADEIRAMENTE DUROS para um passeiozinho de 60 Km na região do Sobral, com 1412m de acumulado incluindo subida à serra do Socorro, banhinho, almoçinho, convívio, etc...
Enfim todos os condimentos para os verdadeiros amantes do trilho!!!

AB e boa volta ao BARRIL!

Ricardo Costa disse...

Para o Barril ou Serra do Socorro, o importante é não esquecer que a hora muda! (adianta uma hora)

Mas como sempre, para os «Pina Bike», a partida das bombas da BP é às 8h30!

Esperemos que o vento afrouxe...