segunda-feira, julho 30, 2007

O dia mais quente!

Depois do calor das fortes inclinações, em Montejunto, na quinta-feira, eis o calor... a sério, no domingo. Verdadeiramente infernal! Quatro horas e meia de pedalada, 130 km em terreno acidentado e sob temperatura que chegou aos 42 graus: a etapa da volta à serra (de Montejunto), que, para alguns, foi alternativa à segunda subida em apenas quatro dias.
Houve quem subisse, novamente por Vila Verde dos Francos (como na última quinta-feira), embora estando previsto ser por Pragança: o Nuno Garcia, Jony (o único repetente), o «bem-aparecido» Miguel Marcelino e um seu colega fizeram-se à encosta de Vila Verde dos Francos. Para eles, a manhã terá sido ainda mais escaldante!
Quanto aos restantes – mas também bons! – que optaram por circunscrever a serra, não tiveram tarefa muito mais fácil. Com tanto calor desde as primeiras horas da manhã, a prioridade foi gerir muito bem as forças e, acima de tudo, manter a boa hidratação para completar o longo percurso «parte-pernas», que já se sabia ser exigente. Com temperatura tão alta, tornou-se mais ainda!
Apesar das condições climatéricas adversas, o grupo esteve muito bem, cumprindo uma média bastante apreciável, sensivelmente de 29 km/h (a minha), quando, há alguns meses, no mesmo percurso, em sentido inverso, foi «só» de 30 km/h.
O Abel, em dia de maiores dificuldades, deu cabal demonstração da sua fibra. Mais uma! Ontem, como estive de serviço na ajuda aos seus momentos mais difíceis (na falta do Freitas, que assume quase sempre este importante papel), fiquei com melhor percepção do sofrimento por que, muitas vezes, passa para superar as dificuldades do terreno e... do andamento! Por essa e muitas outras razões ele é «grande» e merece-nos o respeito profundo.
Num dia em que a gestão e a colaboração entre os elementos do grupo prevaleceu sobre a «performance», só a passagem nos topos da Espinheira, de Alenquer (para a variante) e a aproximação a Vila Franca elevou (ainda mais) a temperatura que se fez sentir. Neste âmbito, não há desempenhos que justifiquem destaque especial, mas sim a capacidade superação do grupo em geral.
De qualquer modo, apraz-me realçar o Renato Hernandez, como referência à sua perfeita integração no grupo e atitude muito positiva (oriunda das suas bases competitivas noutra modalidade, o remo). Ele que ontem não teve a companhia do Paulo (o franzino!), mas a do seu primo (quem diria!) Luís Hernandez, nosso velho conhecido (sai ao primo na envergadura), e que tem no seu familiar bom exemplo a seguir para, por fim, regressar à boa forma, aliás, como pretende. Como o próprio Hernandes (o Renato) afirmou: «Daqui a mais 5000 km e menos... 5 kg» vai ser certamente um osso (ainda mais) duro de roer.
Além dele, completaram a volta do «braseiro», além de mim, Abel, Salvador, ZT, Samuel, Zé Filipe e um estreante, da mesma faixa etária deste e também em forma muito aceitável. Também para ele, as «portas» do grupo estarão sempre abertas!

Em breve, a crónica de Montejunto (no passado dia 26)

1 comentário:

Anónimo disse...

passear á volta de Montejunto ? sem subir? é como ir a Roma e não ir ao Vaticano.

o Papa dos ciclistas