terça-feira, julho 03, 2007

Trepadores, mas poucos

No domingo, cumpriu-se a Clássica dos Trepadores. Com pouca adesão, é certo, mas total empenho dos «resistentes». De resto, o dia foi mesmo de trepadores, já que o motivo para algumas ausências notadas foi... Montejunto. Certamente, o encadeamento de subidas que o percurso da Clássica não era suficiente para tanta ânsia de montanha...
Para mim, foi mais um domingo conturbado. Desta vez, a quebra de um raio da roda traseira, à chegada a Loures, antes do arranque para a volta, deixou-me temporariamente de fora, obrigando-me a regressar a casa para remediar a situação, trocando a roda.
Após isto, fui ao encontro do grupo, por atalhos, subindo o Cabeço da Rosa e S. Tiago dos Velhos, reintegrando-me na Arruda dos Vinhos, imediatamente antes de dar meia volta e subir a Mata. Nessa altura, o pelotão já subira para o Forte de Alqueidão.
No centro de Arruda, cruzei-me com o Fantasma e o Pintainho, em andamento empenhado, denunciando, desde logo, o seu estatuto de fugitivos. Pensei que o pelotão viria rapidamente no seu encalço. Mas não. O duo já «coleccionava» 3 a 4 minutos de vantagem, embora devido a desencontros e esperas no Sobral. Destes não houve mais sinal até ao final da tirada, tanto mais que as recuperações nas diversas subidas, perdiam-se nas respectivas neutralizações nos cumes.
A Mata foi intensa e mostrou um homem em grande forma: o Luís Runa (que, por via disso, ontem ganhou uma prova do calendário da federação na sua categoria, obtendo o quarto lugar na geral). Trepador por excelência, meteu o seu «passo» desde o início da subida e rapidamente abriu cerca de 20-25 segundos para o Freitas e mais 10 ou 15 para mim, que nunca consegui fechar o espaço para este. Tanto mais, que a partir das «casas», forçou o ritmo, conseguindo juntar-se ao fugitivo a cerca de 1 km do alto. Eu não tive alternativa que atenuar os «prejuízos».
O segundo ponto alto da jornada (pelo menos, em que estive presente) foi Ribas, onde o Runa se mostrou intocável, isolando-se desde a primeira rampa e até final, ganhando, inclusive, tempo ao longo da subida. Foi limpinho. Desta vez, cá atrás, a perseguição foi a dois, entre mim e o Freitas, embora ele tenha sempre mostrado mais capacidade e «frescura», que lhe permitiu forçar nos últimos metros e distanciar-se ligeiramente. Eu estava definitivamente em dia «Diesel», por isso contentei-me pelo trabalho em alta intensidade.
O «osso» seguinte foi Montemuro. Desta vez, sem Runa e quase todo restante grupo, cujas (poucas) unidades foram abdicando com o acumular das dificuldades. O ZT foi o único resistente. Desta vez, os papéis inverteram-se entre mim e o Freitas, tendo sido eu a impor o ritmo e a colocá-lo sob pressão. Bom indicador para mim, e também para ele, que resistiu muito bem até ao alto. O ZT não demorou muito a chegar, provando estar em forma muito aceitável, além do empenho no cumprimento do percurso na íntegra.
Para culminar, a curta ascensão a S. Estevão das Galés e Sta. Eulália. Forte, forte... para não destoar, e sem um milímetro para ceder. Mais uma vez, o ZT não perdeu muito, de tal modo que passou directo para a Ponte de Lousa sem reparar que tínhamos parado na fonte de Sta. Eulália.

Para mim, no total foram 145 km e um regresso ainda muito «composto» a Alverca, onde me cruzei com os homens de Montejunto... onde saudei a presença do Nando.

2 comentários:

Anónimo disse...

Para o grupo que irá apresentar-se à partida da etapa do Tour no dia 16 desejo a maior sorte e que todos consigam atingir os seus objectivos pessoais, que passa por chegarem todos bem ao fim.

Pessoalmente apos a nascimento da minha 2ª filha à 15 dias, estou completamente parado (estacionado mesmo) mas desejo começar e voltar ao contacto com todo o grupo, pois é um grupo completamente espectacular, só tenho pena de não ter +++ pernas..... pois para ir com o pessoal muito justo e fazer má figura, não gosto muito...

Como não sei se no Domingo o pessoal vai reunir-se (ou já vão de férias para a etapa do Tour) aproveitei para vos desejar antecipadamente muito boa sorte para o vosso desafio.

Um Abraço a todos
Pedro Fonseca

ps- como dizia o outro ..."i will be back!!!"

Anónimo disse...

Caros amigos, tive noticias de um companheiro ter feito Loures-Montejunto-Loures, subindo pelo famoso Avenal, dizendo que nem pedaleira pequena utilizou, realmente o que é o Avenal comparado com aquelas autênticas parades no Trilho, aí sim, verdadeiras paredes!
Convido todo o pessoal da estrada a realizar a clássica Infantrilheira, Infantado-Socorro-Infantado, com roda grossa.

Saudações Infantrilheiras