Com a «nossa» Super-Clássica de Fátima em horizonte próximo – é já no dia 13 de Abril – ainda o Ota-Fátima-Ota do passado dia 21 não passou à história desta época. Os motivos para ainda animar algumas conversas de bastidores são mais que justificados, como a de hoje (sábado), em final de treino matinal na companhia do Capitão. Recordava ele que entre os 10 primeiros a completarem o percurso de 170 km estiveram (todos) os seis representantes do Pina Bike naquele evento – e que isso, com inteira justiça, reflecte bem o bom nível do nosso grupo.
Dessa verdadeira epopeia em Sexta-Feira Santa fica na retina o andamento verdadeiramente exigente até Rio Maior (28 km), onde a média registava mais de 34 km/h, com os topos da Espinheira e o carrossel que se segue a Alcoentre. O Nuno Garcia, nessa altura, definiu a acção de «altamente selectiva», tendo como objectivo separar, desde cedo, o «trigo do joio». Mas acabou por ir muito mais além...
A correria só abrandou quando, após Rio Maior, o pelotão deixou (finalmente!) sair os autores desse afogadilho. Homens da «casa», que, todavia, viram gorados os seus intentos devido a um furo por volta dos 45 km. A partir daí, o pelotão pôde finalmente descansar durante cerca de 20 km/h, em que se rolou em passo de... impasse, para assim voltar a reunir as tropas antes do ataque à subida para Fátima, por Minde e Covão do Coelho.
Foi uma subida demasiado intensa, pelo menos para o que esperava, considerando que culminou (apenas) na primeira metade do percurso, aos 85 km. Ao invés, foi abordada pelo grupo da frente como se a tirada terminasse aí, deixando-me com alguns receios sobre as consequências de tantas hostilidades no longo e exigente traçado que ainda faltava percorrer. Para mais, estando entre nós diversos elementos que se tinham juntado apenas em Rio Maior e aí ficariam no regresso. Ou seja, poupando 60 km em relação aos demais!
De qualquer maneira, os receios sobre os malefícios daquelas intensidades madrugadoras na minha condição física não se confirmaram e o regresso foi, sem sombra de dúvida, em grande estilo, cumprindo, o trio que chegou primeiro à Ota (eu, Freitas e César, da equipa de Salvaterra), uma média de 36 km/h nos referidos 85 km/h, para uma média final superior a 33 km/h. A vantagem sobre o próximo dos demais foi superior a 10 minutos.
Melhor do que isso só teria sido chegar isolado à Ota, mas foi objectivo impossível de atingir com tal concorrência. No primeiro topo da Espinheira e no último, na Abrigada, jogaram-se as derradeiras cartadas, mas o trio não se desfez. O César demonstrou enorme capacidade e, para mais, nunca houve a mínima esboço da minha parte e da do Freitas para qualquer jogo de equipa. Na minha opinião seria infrutífero. Pela minha parte, reconheço, que não havia forças para tentar escapar ao duo e depois de ter forçado o andamento ao máximo que podia na dura rampa da Espinheira, esfumaram-se todas as hipóteses de o conseguir. E o Freitas não o tentou sequer.
Em suma, foi uma óptima experiência, a repetir em 2009.
1 comentário:
O pessoal anda todo a treinar que nem tempo têm de vir aqui postar...
Bom, apartir de Domingo vou tentar andar outra vez com o pessoal, já tou com saudades de apanhar chumbo grosso e de empenar apartir do Tojal.... (+ uma - valia para o grupo .....)
Até Domigo
Abraço a todos e contunuação de bons treinos
Pedro Fonseca
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