A volta do último domingo aproximou-se razoavelmente do que deveriam ser em época de defeso. Digo razoável porque o andamento de cruzeiro foi quase sempre acima do recomendado – embora acessível para quem seguia protegido no aconchego do pelotão. O percurso foi plano em mais de primeira metade da distância, entre Loures, Azambuja e o Carregado, passando, a partir daí, a acidentado até Arruda e em subida suave para A-dos-Arcos, terminando em descida para Bucelas e depois para Loures.
Para quem não pretendeu meter ácido nos músculos foi uma jornada a calhar. Só se esforçou, acima desses limites, quem quis conduzir o pelotão acima dos 35 km/h pela lezíria ribatejana. Ou então, os que estavam mais limitados em subida, nomeadamente em A-dos-Arcos, que até foi realizada apenas em ritmo... médio alto – que só poderia deixar em dificuldades, como disse, os menos preparados.
Uma das excepções ao domingo de «folga» foi o Carlos Gomes, a quem pertenceu a esmagadora maioria das despesas à frente do pelotão e dos pouquíssimos que imprimiram um andamento acima do moderado. Tal sucedeu, amiúde, no regresso de Azambuja para o Carregado, quando se rolou acima dos 40 km/h, ainda e sempre com o forte contributo do camarada Gomes – que está a atravessar um momento de forma, arrisco dizê-lo, sem precedentes desde que participa nas voltas com o grupo.
De qualquer modo, não houve tentativas de fuga, ataques ou outras iniciativas fracturantes, rolando-se sempre em pelotão compacto em andamento que, reforço, esteve quase sempre ao alcance de todos os níveis e capacidades dos participantes. De resto, à entrada para o sector teoricamente mais selectivo (a partir do Carregado para Arruda, e depois para A-dos-Arcos), o grupo dividiu-se devido a um contratempo na neutralização. Aí resultou que um pequeno pelotão tivesse seguido para Arruda, bem à frente de um grupo que me incluía, tal como o Freitas, o Steven, ZT, o seu pai.
E que, por terem saído mais cedo da neutralização do Carregado, tanto o Salvador como o Pintainho seguiram isolados do próprio minipelotão, subindo destacados a A-dos-Arcos. De resto, após o reagrupamento entre os retardatários (onde eu estava) e o minipelotão já depois da recta da Fresca, também estes abordaram a subida dos Arcos com enorme tranquilidade. E só, à medida em que se ascendia, é o andamento foi aumentando, tornando-se apenas acessível a um pequeno grupo. O ritmo, paulatino, foi de responsabilidade partilhada entre o Freitas e o Jony, que «o» levaram até aos derradeiros metros da subida, com quase inexistentes e de todo inconsequentes acelerações. À passagem por A-dos-Arcos, o grupo da frente ainda alcançou o Salvador e o Pintainho.
Mais intensa acabou por ser, para alguns, a descida para Bucelas, «espicaçada» no início por alguns sprints em força «de reinação» entre mim e o Jony. Tais, tiveram o condão de despoletar a ira do Carlos Gomes, que, às tantas, se cansou dos repelões e passou ele a impor o andamento... decidido. Levou na sua roda o Gil, o João Lopes (ex-Gesink...) e o «Bianchi Pantani-98» (ex-camisola azul!), cada vez mais já dois «habitués» aos domingos.
O Jony saltou com facilidade para grupo, que passou a quinteto, e logo que o Gomes começou a vacilar, passou ele para a frente, e a manter (e a aumentar mesmo) o andamento. Eu, descarregado dos sprints recentes, fiquei cortado, e com os homens fortes do grupo da dianteira tão empenhados limitei-me a juntar, para o meu, os que entretanto iam «caindo» da frente. O Lopes, primeiro, depois o Gil, que ainda colaborou na perseguição... sem sucesso. Contentámo-nos em não perder terreno até Bucelas.
Estas foram os únicos ritmos na volta que ultrapassaram os limites do recomendável para o «defeso». Defeso que, aliás, nunca houve no nosso grupo! Inverno sempre foi para... continuar a carregar!
No próximo domingo, entra Novembro: a volta é a de Marginal-Alcoitão. Mais informações em breve.
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