A anual Clássica da Serra da Estrela oferece, na edição deste ano, a possibilidade de opção entre o percurso tradicional, com a subida à Torre antecedida de uma pequena ligação (habitualmente do Fundão) para aquecer motores, e uma verdadeira etapa de alta montanha, com 130 km e três contagens de montanha de 1ª categoria.
A Clássica, a disputar no fim-de-semana de 4 e 5 de Setembro) tem percurso (ver em anexo) que se inicia na Covilhã (parque de estacionamento do McDonald’s) em plena alameda que liga a EN18 ao centro da cidade, e segue-se por esta estrada nacional em direcção a Belmonte, num trajecto com alguns desníveis. Apenas 5 km após esta cidade, e continuando pela mesma estrada, «eleva-se» a primeira subida da etapa, Gonçalo, com 10 km a 4,7%. A inclusão desta ascensão no percurso foi sugerida pelo camarada Manso «Cancellara», dinamizador desta jornada serrana, e sobre ela, adianto, não tenho qualquer conhecimento. Segundo o próprio, arranca com as inclinações mais fortes e vai suavizando à medida em que subimos na cota, sempre com uma pendente que diz ser algo irregular. A subida atravessa as localidade de Gonçalo e de Seixo Amarelo, culminando com a intercepção da N18-1 que liga Guarda a Valhelhas, já em pleno Parque Nacional da Serra da Estrela.
A descida tem 13 km para Valhelhas, que conheci em 2009, na Super-Clássica Guarda-Torre-Guarda, na companhia do Rui Torpes (e da sua mulher), do Xico Aniceto e do Vasa, e tem algumas parte técnicas mas um declive moderado.
A partir de Valhelas, vira-se à direita para Manteigas, onde se chega após 16 km de falso plano (progressivamente) ascendente. Nesta ligação, que convida a velocidade elevadas não convém cometer exageros!
Em Manteigas inicia-se a segunda montanha do dia, Penhas Douradas: 15 km a 4,4%. Ou seja, longa mas suave. Sem dúvida, uma montanha rolante, sem inclinações fortes e uma pendente regular! Conheço-a apenas em descida, e adianto desde já que é... fantástica! Faz a transição da cota de 760 metros para a de 1414 metros, elevando-se praticamente sobre Manteigas através de um emaranhado de pequenas rectas e ganchos e proporcionando um esplêndida visão do Vale Glaciar do Zêzere, que vai ficando debaixo dos nossos pés...
A partir de Penhas Douradas (e da passagem próximo do seu Observatório Meteorológico), desce-se para o Sabugueiro saindo da N232 que continua para Gouveia. Depois deste cruzamento (à esquerda), são 5 km em descida até ao Sabugueiro (a aldeia mais elevada de Portugal Continental) numa estrada com piso irregular e muito desabrigada.
A junção com a subida Seia-Torre faz-se antes do Sabugueiro, ainda em descida acentuada (a tal passagem características desta subida, por onde irá passar uma das etapas da Volta este ano), para logo se iniciar a subida final para a Torre (imediatamente a seguir à aldeia). Serão 17 km a 5,5%, e para o poucos que não conhecem esta subida, a percentagem média de inclinação está longe de reflectir a sua dificuldade.
Nos 5 km seguintes ao Sabugueiro, é a doer e sem tréguas! Surge, então, uma descanso que antecede a passagem pela Lagoa Comprida. Depois, a pendente torna-se irregular, com secções bastante inclinadas e outras brandas, chegando mesmo a descer-se. A aproximação à Torre faz-se por patamares...
No cume de Portugal Continental, estaremos com cerca de 110 km... e etapa praticamente concluída. Todavia, resta voltar «vertiginosamente» para a Covilhã, em descida íngreme e com troços muitíssimo técnicos. Aí, os grandes descedores vão estar em palco privilegiado.
Quanto à data do evento, coloca-se desde já à discussão. Domingo (dia 5) é o dia original, mas a antecipação para sábado permitiria aos que têm de regressar a Lisboa e, especialmente, aos que têm de trabalhar na segunda-feira, desfrutar de um dia de descanso ou uma viagem mais tranquila para as suas casas (alerte-se que a duração da prova não deverá ser inferior a 5 horas, à (melhor) média prevista de 25 km/h).
Em relação à hora do início: aponta-se, inicialmente, para as 9h00 (quer seja no domingo ou no sábado).
2 comentários:
Ricardo,
Relativamente a esta saída parece-me bem que a mesma seja feita no sábado. Como bem referes a duração não será pequena e caso se apanhe muito calor (com este ano atípico nunca se sabe) corremos o risco de ter que fazer muitas paragens pela serra a cima.
A 1ª súbida é um bom "pequeno-almoço". Apenas a desci uma vez e pareceu-me excelente para se fazer como abordagem a uma verdadeira incursão serrana para uma etapa de alta montanha. Tem na sua maioria bom piso e permite rolar lado a lado sem grandes preocupações com trânsito.
Quanto à segunda considero-a a melhor súbida, em termos de paisagem, a nível nacional. Faz-nos lembrar que estamos numa etapa do Tour. Caso haja muito calor há muitas fontes pelo caminho e temos a vantagem de poder reabatecer mesmo no final. É a mais abrigada no inverno e no verão não é tão exposta quanto as outras (Covilhã, Manteigas1 e Seia)
A última apenas a fiz numa longa jornada solitária e até à lagoa muito se vai ter de sofrer...
Espero não adoecer durante as férias como no ano passado...
Conta comigo!
Abraço
Olá Ricardo
O grande Democráta
Claro, é sempre dificil de agradar a gregos e a troianos, no entanto, parabéns pela inicativa.
No que me toca se o meu trabalho permitir e se for um grupo dos "descolas" tentarei ir, passando assim, um fim de semana na região com a familia.
No entanto se a saida for ao sábado teremos mais transito na estrada (não?) e sempre ter-se-á de pernoitar na 6ª feira para um melhor descanço!...
Parabéns ao grupo pela iniciativa
O "forasteiro"
Pedro Fernandes (Carregado)
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