À terceira saída, apenas, em 15 dias, no rescaldo da quadra natalícia mais ociosa dos últimos anos, o meu regresso às lides do grupo teve desfecho previsível: uma manhã de ciclismo mal... pedalado! E nem o percurso ou o andamento, maioritariamente suaves, serviram de atenuante.
Por isso, contas, só as devo pedir à prolongada inactividade que descambou em nítido abaixamento de forma e de ritmo, as pernas amorfas e as pulsações upa, upa. Afinal, o castigo merecido (e aguardado) para tamanha preguiça...
Como referi, o relevo praticamente plano da volta do Reguengo, e o ritmo, que apenas a espaços foi mais intenso, não impuseram dificuldades especiais ao grupo numeroso que saiu e regressou a Loures, sempre sob persistente nevoeiro. O seu andamento foi incerto, marcado por impasses vários motivados por um ou outro atraso à partida e a dificuldade dos mais fracos no final da primeira metade do traçado, nos topos após a Azambuja, e nalgumas paragens devido a furos e ligeiros contratempos.
Os momentos mais espevitados foram monopolizados pelo Rui Torpes e o Jorge, os únicos que compatibilizaram vontade e capacidade para meter o velocímetro acima dos 40 km/h por períodos duradouros na vasta lezíria ribatejana. Quando o faziam, a coesão do pelotão ressentia-se imediatamente, e daí, a velocidade de cruzeiro mais ajustada ao interesse colectivo ter oscilado entre 33 e 35 km/h, para uma média final ligeiramente superior a 30 km/h.
A fase mais exigente da volta foi a ligação Azambuja-Carregado, por obra do Torpes, em demonstração de excelente forma, sem aparente desgaste, num trabalho à frente do pelotão similar ao de uma série contínua de cerca de 20 minutos, segundo o próprio confessou, a 160 pulsações.
Eu, durante esse sector e até deixar, muito mais tarde, o convívio do grupo (Vialonga), remeti-me à retaguarda, sempre protegido. Esse resguardo, todavia, não me deu imunidade, durante longos períodos, ao desconforto em patamar cardíaco inflacionado.
Contra o «dolce fare niente» do final de ano, afinal, não há milagres... Assisti, ainda, a algumas demonstrações de boa condição física. Não apenas dos dois elementos mais activos da jornada, mas também do Pedro Fernandes, Carlos Cunha e do Ricardo (BH), também responsáveis por não deixar que o andamento caísse.
No meu caso pessoal, a ilação a retirar da primeira saída de grupo de 2011 é óbvia: acabar imediatamente com o «corpo mole» das últimas duas semanas e retomar o percurso (positivo) realizado até aí...
3 comentários:
"dolce fare niente". como diria o jorge, "é preciso castigar o corpo". tens de começar a "dormir" com ela para recuperar a forma. Foi bom sentir uma melhoria de forma por parte de alguns elementos. dá-nos hipótese de andar um pouco mais.
Boas pedaladas a todos.
Carlos Cunha
olá a todos cumprimentos espero começar a andar outra vez brevemente depois de mais de um mês sem ter dado um unica pedalada o que se reflecte no peso, tinha chegado a 72-73kg e agora estou nos 77-78kg mas a altura natalicia passou me fatura e os doces não se me resistiram lool
um abraço a todos
Pedro (Kuota)
Caro Cunha, para veres, já esta semana tenho seguido escrupulosamente a tal máxima de «castigar o corpo».
É preciso gostar muito disto para se justificar a minha figura esta manhã, de bicicleta sob chuva diluviana e um vento que se danava!
Mas como dizia o outro: alguém vai ter de as pagar...
Quanto a ti, Pedro, sejas bem «aparecido». És daqueles que não podem parar e comer mais qualquer coisinha, que ganham logo (demasiado) peso. Controla isso e regressa às lides o quanto antes, porque tens uma enorme responsabilidade pessoal este ano: tentar melhorar o excelente ano passado!
Bons treinos
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