A volta do Parque Eólico da Carvoeira, no passado
domingo, coincidiu com o «pico» do Verão, entalado entre as duas quinzenas do
tradicional mês do ócio: agosto. Talvez por isso a adesão de participantes
tenha estado abaixo das mais recentes concentrações, para mais considerando o
interesse do percurso. De qualquer modo, o tempo convidava mais a uma ida à
praia do que a enfrentar, principalmente, as duras rampas, de mais de 15%, que
são final de etapa do Grande Prémio Joaquim Agostinho.
No entanto, apesar do encurtado pelotão – era mais um
pequeno grupo... – que saiu de Loures (eu, Jony, Bruno, Tiago e Pedro
Fernandes), ao que ainda nos primeiros quilómetros se juntaram o Alexandre, o
Salvador e o surpreendente Zé (é para continuar a aparecer, camarada!), o
andamento foi vivo desde o Tojal para Bucelas, quase sempre estimulado pelo
Jony, que o tornou ainda mais intenso a caminho do Vale de S. Gião. Neste setor
alcançamos o trio Zé-Tó, Carlos do Barro e Samuel já muito perto da neutralização
na rotunda de S. Gião, onde aguardámos, em vão, pelo Salvador que se tinha atrasado
na subida face à inclemência do Jony, que insistiu, em quase toda a extensão
daquela, num andamento rijo, qual Renato Hernandez, na ausência deste...
A partir daquele ponto, também já com o André (que descia
com os Duros, com que nos cruzámos perto de Casais da Serra), rumou-se a Dois
Portos pela estrada da Póvoa da Galega e Sapataria, agora com um passo bem mais
moderado – e por isso com mais elementos a passarem pela frente. E ainda outro
se juntou: o camarada Xico Aniceto, do Ciclismo 2640, uma presença que sempre se
saúda!
Quase até ao início da subida principal do dia, para o
Parque Eólico, o andamento foi tranquilo, certo, facilitando a integração de todos
os participantes na volta. Quase, porque nos derradeiros quilómetros o André
forçou o ritmo para não deixar ninguém entrar «fresquinho» na ascensão, e desde
os primeiros metros meteu o seu ritmo, destacando-se imediatamente. Apenas o
Xico, até ao primeiro «muro», conseguiu acompanhá-lo. Algumas dezenas de metros
atrás, eu lidava com pinças as limitações musculares face às fortíssimas
percentagens duas principais rampas da subida, no rescaldo de uma semana de
treinos durinhos (acima de tudo a véspera). Entretanto, o Jony – que pareceu em
recuperação – assomou-se ao meu lado e deixou-me para trás na fase final do
segundo «muro», alcançando o topo após o André e o Xico.
Os restantes não tardaram, com o Bruno e o Tiago a
demonstrarem que estão em forma e são valores confirmados no nosso grupo, tal
como o abnegado Alex, que chegou numa recuperação para aqueles em grande estilo
à chegada ao alto (relembre-se que a subida só termina junto às ventoinhas e
não no cruzamento...), com o esforço estampado no rosto, confirmando que é um «Pina»
de fibra. O Pedro Fernandes e o Zé seguiram-se.
Após a ligação à Ereira, a descida para Casais Brancos e
Merceana, o prato seguinte estava pronto a ser servido. Sem os suspeitos do costume,
pensou-se que ninguém assumiria despesas muito elevadas, mas foi engano. O
André (?!) e o Xico tomaram a rédeas e até este último nos deixar, em Carmões,
partilharam a liderança do grupo com um ritmo médio-alto, sempre certinho. Depois,
mesmo sozinho, o André continuou a insistir (invulgar nele ou nem tanto, por
não sentir «ameaça», na ausência dos ditos... suspeitos do costume), e à
passagem pela Freiria tornou o andamento acima do limite para as minhas
«doridas» pernas. Mas só para as minhas, porque as dos restantes, com mais ou
menos facilidade, não o deixaram muito tempo isolado. O Jony foi o que respondeu mais prontamente, apesar de forçado a fechar o espaço para o André, que se abriu quando abdiquei. De resto, até eu, depois
de uns instantes em que os quadríceps ficaram em brasa e tive de arrefecê-los,
recuperei mais facilmente do que previa.
Até ao Sobral e depois para o Alqueidão a ordem manteve-se
sem mais achaques. E depois, nada melhor que a longa descida para Bucelas para sacudir
as pernas...
No próximo domingo, uma das voltas mais interessantes, em
minha opinião, da temporada: Ericeira pelo Carvalhal. Bela, intensa,
estimulante... como se quer! Em breve, a apresentação.
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