A volta do último domingo
cumpriu os requisitos de um bom treino de pré-temporada, com algum sobe e desce
à mistura para estimular o «cardio», para a maioria ainda pouco musculado. O
percurso teve a maior parte do desnível acumulado no primeiro terço, com a
ligação entre o Tojal e o Forte do Alqueidão (Sobral), principalmente a longa
subida desde Bucelas, cumprida a um ritmo que, no meu caso, ainda com a
condição física debilitada pela escassez de treino neste arranque de época, foi
de endurance alto.
De qualquer modo, os
primeiros quilómetros após a saída de Loures foram brandos e marcados por resquícios
ainda da volta do domingo anterior (Ota), nomeadamente sobre algumas
incidências por mim relatadas na crónica e posterior comentário do Pedro
Fernandes. O contraditório partiu do Zé-Tó, o que se destaca pela positiva, por
vir de uma das personalidades mais antigas do grupo, por isso com responsabilidades
atribuídas e que devem ser (e creio que são) por ele reconhecidas. Foi uma
elogiável troca de opiniões, amiúde divergentes em alguns pontos de vista mas unânimes
em prol do interesse coletivo. Sinal de vitalidade, à atenção de outros
elementos com semelhante peso no seio do grupo, a quem se pedia maior
intervenção.
Voltando ao relato da volta,
como se previa o Alqueidão foi seletivo e desde logo muito cedo provocou a
formação de dois grupos, com andamentos distintos. No primeiro, comandava o
Renato Hernandez (que, pelo segundo fim de semana consecutivo escolheu a nossa
voltas domingueiras para cumprir o seu plano de preparação nesta fase, o que se
ressalva), a impor um ritmo, ainda que pausado, suficiente para criar a cisão
no pelotão, e com ele levando cerca de uma dezena de elementos. Atrás, foi o
Freitas, até a Arranhó, a liderar o grupo mais lento, em que me incluía e que
passei a encabeçar a partir daquela localidade. Numa e noutra posição, o meu
registo cardíaco, como já referi, oscilou entre patamares sempre abaixo do
limiar anaeróbio, e obviamente na segunda, em que assumi as despesas, esteve muito
perto deste.
Após o reagrupamento no
Sobral (ainda havia mais elementos que se encontravam para trás), o pelotão
desceu rapidamente para as proximidades da Merceana (Aldeia Gavinha) mas no
topo da «Quinta», antes do cruzamento de Ribafria, uma aceleração do Jony
voltou a quebrar a coluna. Para trás, voltei a ficar eu (as pernas, se bem que «rolam»
relativamente à-vontade, ainda não correspondem quando o terreno inclina...) e
mais uns quantos: Freitas, o Pedro, o Zé-Tó, e mais tarde integrámos o Jorge e
o João Silva, que se tinham «soltado» da dianteira.
Para a frente, num grupo
que mantivemos quase sempre à vista até Alenquer, embora sem o conseguirmos
alcançar (as despesas estiveram-me quase sempre entregues, e apesar das boas
sensações que este facto reflete, não senti disponibilidade física para esse
esforço, e admito que preferi não insistir...). À parte do inevitável Renato, no
espevitamento do andamento entre os mais rápidos parece ter-se destacado também
o Capitão, que está a rentabilizar, sem dúvida, um momento de forma superior à
maioria dos demais.
Em Alenquer, a paragem
para tomar café separou, em definitivo, os dois grupos, tendo o nosso rolado
moderadamente de regresso, agora sob a batuta do Freitas e do João Silva, outro
corredor repetente no segundo domingo de dezembro.
Em meados da semana que
vem será também publicado o calendário da temporada de 2013, com todas as
voltas, as famosas clássicas e restantes desafios da época!
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