quarta-feira, dezembro 12, 2012

Crónica de Sobral-Merceana-Alenquer


A volta do último domingo cumpriu os requisitos de um bom treino de pré-temporada, com algum sobe e desce à mistura para estimular o «cardio», para a maioria ainda pouco musculado. O percurso teve a maior parte do desnível acumulado no primeiro terço, com a ligação entre o Tojal e o Forte do Alqueidão (Sobral), principalmente a longa subida desde Bucelas, cumprida a um ritmo que, no meu caso, ainda com a condição física debilitada pela escassez de treino neste arranque de época, foi de endurance alto.

De qualquer modo, os primeiros quilómetros após a saída de Loures foram brandos e marcados por resquícios ainda da volta do domingo anterior (Ota), nomeadamente sobre algumas incidências por mim relatadas na crónica e posterior comentário do Pedro Fernandes. O contraditório partiu do Zé-Tó, o que se destaca pela positiva, por vir de uma das personalidades mais antigas do grupo, por isso com responsabilidades atribuídas e que devem ser (e creio que são) por ele reconhecidas. Foi uma elogiável troca de opiniões, amiúde divergentes em alguns pontos de vista mas unânimes em prol do interesse coletivo. Sinal de vitalidade, à atenção de outros elementos com semelhante peso no seio do grupo, a quem se pedia maior intervenção.

Voltando ao relato da volta, como se previa o Alqueidão foi seletivo e desde logo muito cedo provocou a formação de dois grupos, com andamentos distintos. No primeiro, comandava o Renato Hernandez (que, pelo segundo fim de semana consecutivo escolheu a nossa voltas domingueiras para cumprir o seu plano de preparação nesta fase, o que se ressalva), a impor um ritmo, ainda que pausado, suficiente para criar a cisão no pelotão, e com ele levando cerca de uma dezena de elementos. Atrás, foi o Freitas, até a Arranhó, a liderar o grupo mais lento, em que me incluía e que passei a encabeçar a partir daquela localidade. Numa e noutra posição, o meu registo cardíaco, como já referi, oscilou entre patamares sempre abaixo do limiar anaeróbio, e obviamente na segunda, em que assumi as despesas, esteve muito perto deste.

Após o reagrupamento no Sobral (ainda havia mais elementos que se encontravam para trás), o pelotão desceu rapidamente para as proximidades da Merceana (Aldeia Gavinha) mas no topo da «Quinta», antes do cruzamento de Ribafria, uma aceleração do Jony voltou a quebrar a coluna. Para trás, voltei a ficar eu (as pernas, se bem que «rolam» relativamente à-vontade, ainda não correspondem quando o terreno inclina...) e mais uns quantos: Freitas, o Pedro, o Zé-Tó, e mais tarde integrámos o Jorge e o João Silva, que se tinham «soltado» da dianteira.

Para a frente, num grupo que mantivemos quase sempre à vista até Alenquer, embora sem o conseguirmos alcançar (as despesas estiveram-me quase sempre entregues, e apesar das boas sensações que este facto reflete, não senti disponibilidade física para esse esforço, e admito que preferi não insistir...). À parte do inevitável Renato, no espevitamento do andamento entre os mais rápidos parece ter-se destacado também o Capitão, que está a rentabilizar, sem dúvida, um momento de forma superior à maioria dos demais.

Em Alenquer, a paragem para tomar café separou, em definitivo, os dois grupos, tendo o nosso rolado moderadamente de regresso, agora sob a batuta do Freitas e do João Silva, outro corredor repetente no segundo domingo de dezembro.

 
Próxima saída (dia 16), Santo Estevão, para cumprir mais uma etapa da estação Outono/Inverno.
Em meados da semana que vem será também publicado o calendário da temporada de 2013, com todas as voltas, as famosas clássicas e restantes desafios da época!

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