Eis os apontamentos mais
relevantes sobre a volta do último domingo, organizada pelo camarada Paulo
Pais, lá para as bandas do Oeste:
2. Ricardo Gonçalves: o betetista começa a fazer jus à sua alcunha de «Ricardo Grande» e vai-nos brindando, neste início de temporada, com demonstrações de boa forma impressionantes. O último domingo não foi o primeiro que, em saídas de grupo neste período invernal, foram escassos os períodos em que se manteve ao ritmo daquele, por imprimir andamentos sempre uns bons furos acima. Creio que este facto se deve à sua planificação de treino, e a verdade é que ele pouco parece importar-se por não demorar muito a ficar isolado...
E desde logo nos primeiros
quilómetros, à passagem nos topos do Turcifal e motivando «inevitável» aumento
da intensidade na perseguição na subida de Catefica. Depois, novamente «a solo»
no troço entre Torres e o Bombarral, embora devido a um furo que «forçou» a uma
paragem da maioria dos restantes. Mas, mais impressionante foi, após o
Bombarral, o andamento que imprimiu. Apesar de alguns dos demais já se
encontrarem massacrados por um castigo severo naquele troço – já lá iremos... -,
mal se pôs a carregar nos crenques ninguém encontrou forças/coragem para lhe agarrar
a roda (houve ainda quem tentasse...) e, mais do que isso, num ápice
desapareceu da vista...
Das duas, uma: ou está já num
patamar de forma muito próximo do «pico» (desconheço a calendarização dos seus
objetivos para arriscar dizer que será algo prematuro), marcando por isso uma acentuada
diferença de performance para a maioria; ou sabendo-se que tem um volume/qualidade
de treino ao nível dos seus pressupostos competitivos, considerando a sua
exponencial evolução nos últimos tempos, estará na forja mais um excelente
atleta na nossa região. Muito à imagem e estilo do Renato Hernandez. A
confirmar.
3. Menos surpreendente mas
igualmente impressionante foi mais uma demonstração de força do João Aldeano, semelhante
a tantas outras ao seu melhor... Após o «tal» furo em Torres (que levou a uma
paragem de uns bons 10 minutos), retomámos a rota em direção ao Bombarral. Lado
a lado, cedo imprimimos um bom ritmo com gradual aumento da intensidade de
acordo com as inclinações do relevo, como, primeiro, na passagem pelo Ameal.
Mas, até aí, ainda a «meias», depois, na descida, o Arraiolos rendeu-me. Nos 5
km seguintes a velocidade aumentou significativamente, não permitindo grande
alívio. Mas o «pior» (ou segundo o meu ponto de vista, o «melhor»...) estava
para vir: a parte final, em falso plano ascendente para o Outeiro da Cabeça, onde
nunca se baixou dos 35 km/h! – sempre com o mesmo a puxar! De facto, foi precisamente
essa capacidade - de puxar àquela velocidade e tanto tempo - que impressionou
mais, e não tanto (mas também...) eventual «sufoco terminal» provocado pelo
andamento, embora apenas tenhamos chegado três (eu, Arraiolos e Runa) ao topo,
na sua roda.
Mas não foi só. Depois de
aguardarmos pelos que se atrasaram. Pouco. Eu e o Arraiolos voltámos a animar o
andamento, agora no longo falso plano descendente para o Bombarral. Até aos
últimos 2-3 km, onde o Aldeano voltou a tomar o comando, desta feita raramente
baixando dos... 50 km/h! Os últimos 5 km foram a 47 km/h de média! No Bombarral
aguardava-nos o Ricardo. Disse que nos esperava há 5 minutos... ou seja, tínhamos-lhe
«rapado» outros tantos. No mínimo!
3 comentários:
"Para analisar..." - analise mt simples. andas a treinar menos e, logo, (=) a sofrer mais!
Boa descrição das vossas "aventuras" em pedais, eu presentemente não tenho uma bike de estrada pelo motivo "roubo", ... bom o que é certo é que por aqui ha veia jornalista e dos bons, pois quase sou obrigado a visitar a vossa pagina uma vez por dia na ância de mais novidades.
[Sou ciclista de montanha/estrada ]
Meu caro Ricardo
Indeciso...no trajeto já planeado, ehh
Está como o decisores do pais meu caro, ora avançam, ora recuam ora destruem, ehh.
Por mim está sempre tudo bem, mas se chuveu e ninguém apareceu, isso não quer dizer que ninguém o fez, aahhh.
Rigor meu caro cumprir o calendário dê para onde der, AHHHH.
Um abraço e parabéns por mais uma excelente crónica como é hábito.
Pedro Fernandes (Carregado)
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