quarta-feira, janeiro 23, 2013

Crónica de Pontével


E ao terceiro domingo do ano, as coisas puseram-se sérias... Aos que arriscaram, e bem, desafiar a ameaça do clima após a atemorizadora tempestade do dia anterior, a saída de grupo para Pontével proporcionou alguns dos condimentos das melhores e mais disputadas jornadas da época «alta», lá mais para diante na temporada, já sob o (desejado) sol da primavera.

O arranque de Loures até foi tímido, pouco promissor, apenas com menos de meia dúzia a fazer-se aos mais de 120 km a enfrentar naquela fria e cinzenta manhã, ainda com o piso molhado. No entanto, pouco mais tarde, no cada vez mais costumeiro encontro na Variante, o grupo não só se compôs em número (na ordem das 15 unidades), como desde logo o andamento passou a um nível bem acima. O mote foi dado pelo António (Prates) de Vialonga, que quando foram recolhidos os derradeiros elementos, perto da rotunda do Cabo de Vialonga, já tinha metido a comboio a boa embalagem. E não demorou a que o primeiro condutor recebesse ajuda dos mais disponíveis, com destaque para o Carlos Santos (Azuribike), o Capela, Nuno Mendes, Bruno Felizardo e o seu homónimo de Alverca. Até aos 40 km/h de velocidade de cruzeiro foi um ápice, e à chegada a Vila Franca já a média (desde o início) atingia simpáticos 34 km/h – com 38 km/h desde os semáforos do Pingo Doce do Morgado.
 
E que bem aviada ia a malta! Depois das cautelas no empredrado molhado de Vila Franca, desde aqui ao Carregado meteu-se o ponteiro nos 36, chegando aos 40 até a Azambuja (de média!). Refira-se que as responsabilidades continuaram a ser repartidas pelo quinteto que rendeu o António, que desde aquela altura se... apagou.

À passagem da Azambuja, na iminência de uma ligeira alteração do relevo (para mais ondulado) houve um (previsível, digo eu) abrandamento do ímpeto dos cinco, então, agora com cada elemento a mostrar-se reservado a assumir das despesas. Assim, decidi dar o meu contributo (o primeiro nesse dia, após longos 40 km), e meti alguma intensidade nos topos até ao cruzamento de Cruz do Campo, o último dos quais, o mais exigente (após o cruzamento de Aveiras), contando com o estímulo e depois a... roda do Capela – que iniciava aí uma espécie de «específico», carregando nalguns pontos exigentes do percurso, demonstrando (e exercitando) a sua boa forma já nesta altura. Chegámos a ganhar alguns metros – custando-me o pico cardíaco do dia (183 bpm) – e por vontade do meu conterrâneo a coisa tinha ido até... dar. Mas, «dar»... mais, era coisa que eu, definitivamente, já não podia!

Esta passou a ser a toada da volta: sem prolongados momentos de descanso e muito mais frequentes achaques de intensidade, embora com cada vez menos protagonistas. Pelo menos até ao troço parte-pernas, entre Pontével e Aveiras, dividido entre mim e o Capela, com final musculado no topo de Casais Penedos. Duro!

A partir daí, o alisamento do terreno desde a Ota teve notória influência na moderação do andamento, até ao topo da Variante de Alenquer, novamente bem atacado e ainda pelo irrequieto Capela, que apenas teve resposta, eficaz, do Bruno de Alverca.

Até Vila Franca rolou-se bem, mas sem mais clímax! E desde aí até Alverca, bem mais repousadamente... a recuperar. Como tem sido habitual – e bem! - nesta fase da época.

A partir de Alverca alguns resistentes seguiram pela EN10 até Sta. Iria, transpondo a serra para a Variante (zona do MARL). Na subida, o Carlos Santos impôs um andamento muito bom, levando na roda o Capela, eu e um outro elemento com uma bicicleta «descaracterizada» (talvez um estreante!?), bastante abnegado e que mostrou estar à altura dos acontecimentos. Promissor! A prestação final do Carlos Santos confirmou o seu bom momento. Nas derradeiras centenas de metros da subida, o Capela mudou mais uma vez o ritmo, no culminar de um treino bem puxadinho... 

 
Nota: no próximo domingo a volta é a Valada (Muge), com a tradicional passagem na ponte férrea. Facto que deve ter impor consideração ao estado do tempo nesse dia, e dele depender: é arriscado transpor a ponte com o piso molhado. Se tal suceder, recomendam-se alternativas ao percurso. Talvez a volta do Infantado.

Nesse mesmo dia, o camarada Paulo Pais convida a reunir as tropas no Livramento para uma saída rumo ao Bombarral, Vilar, Sarge, Torres e regresso ao Livramento. Saída às 9h00.  

3 comentários:

Pedro Fernandes disse...

Meu caro
Deixo aqui as sensações de quem veio até Pontével no elástico: essa da crónica limitar-se a 36 ou 40km de média é pura ironia, com picos de intensidade 47kmh e depois volta as 34 e novamente aos 45kmh é uma sensação de elástico difícil de gerir por quem vai nos limites, ehhh.
Depois dos disparos do companheiro Capela com a sua ironia dizia: vai vai, com o FCmax na zona 5, bemm!..Zona 4 e 5 foi a constante até Cruz de Campo, pronto ok o meu coração é de passarinho, aahhh.
Best Regards meu caro Ricardo

Pedro Fernandes (Carregado)

Pedro Fernandes disse...

Ricardo
A volta do Paulo Pais se for idêntica há do ano 2012 a saída era em Caneira Velha, este ano é no Livrameento? E há Arroz Doce ou acabou-se o açucar lá em casa, ehhh.
Upss do Carregado ao Livramento, volta (porrada) e regressar ao Carregado será duro mas duro, ehh

Um abraço
Pedro Fernandes (Carregado)

Anónimo disse...

bom dia ciclistas da treta voces ainda sao piores do ke eu ke sou caçador e gosto de dar umas voltinhas de jorbi mas sempre tive o conta km avariado mas vou estar no livramento com a minha ekipa de elite