E ao terceiro domingo do
ano, as coisas puseram-se sérias... Aos que arriscaram, e bem, desafiar a
ameaça do clima após a atemorizadora tempestade do dia anterior, a saída de
grupo para Pontével proporcionou alguns dos condimentos das melhores e mais
disputadas jornadas da época «alta», lá mais para diante na temporada, já sob o (desejado)
sol da primavera.
O arranque de Loures até
foi tímido, pouco promissor, apenas com menos de meia dúzia a fazer-se aos mais de 120
km a enfrentar naquela fria e cinzenta manhã, ainda com o piso molhado. No entanto, pouco mais tarde, no cada vez mais
costumeiro encontro na Variante, o grupo não só se compôs em número (na ordem
das 15 unidades), como desde logo o andamento passou a um nível bem acima. O
mote foi dado pelo António (Prates) de Vialonga, que quando foram recolhidos os
derradeiros elementos, perto da rotunda do Cabo de Vialonga, já tinha metido a
comboio a boa embalagem. E não demorou a que o primeiro condutor recebesse
ajuda dos mais disponíveis, com destaque para o Carlos Santos (Azuribike), o Capela,
Nuno Mendes, Bruno Felizardo e o seu homónimo de Alverca. Até aos 40 km/h de
velocidade de cruzeiro foi um ápice, e à chegada a Vila Franca já a média
(desde o início) atingia simpáticos 34 km/h – com 38 km/h desde os semáforos do
Pingo Doce do Morgado.
E que bem aviada ia a malta! Depois das cautelas no empredrado
molhado de Vila Franca, desde aqui ao Carregado meteu-se o ponteiro nos 36,
chegando aos 40 até a Azambuja (de média!). Refira-se que as responsabilidades
continuaram a ser repartidas pelo quinteto que rendeu o António, que desde
aquela altura se... apagou.
À passagem da Azambuja, na
iminência de uma ligeira alteração do relevo (para mais ondulado) houve um
(previsível, digo eu) abrandamento do ímpeto dos cinco, então, agora com cada
elemento a mostrar-se reservado a assumir das despesas. Assim, decidi dar o
meu contributo (o primeiro nesse dia, após longos 40 km), e meti alguma
intensidade nos topos até ao cruzamento de Cruz do Campo, o último dos quais, o
mais exigente (após o cruzamento de Aveiras), contando com o estímulo e depois
a... roda do Capela – que iniciava aí uma espécie de «específico», carregando
nalguns pontos exigentes do percurso, demonstrando (e exercitando) a sua
boa forma já nesta altura. Chegámos a ganhar alguns metros – custando-me o pico cardíaco do dia
(183 bpm) – e por vontade do meu conterrâneo a coisa tinha ido até... dar. Mas,
«dar»... mais, era coisa que eu, definitivamente, já não podia!
Esta passou a ser a toada
da volta: sem prolongados momentos de descanso e muito mais frequentes achaques
de intensidade, embora com cada vez menos protagonistas. Pelo menos até ao
troço parte-pernas, entre Pontével e Aveiras, dividido entre mim e o Capela,
com final musculado no topo de Casais Penedos. Duro!
A partir daí, o alisamento
do terreno desde a Ota teve notória influência na moderação do andamento, até
ao topo da Variante de Alenquer, novamente bem atacado e ainda pelo irrequieto
Capela, que apenas teve resposta, eficaz, do Bruno de Alverca.
Até Vila Franca rolou-se
bem, mas sem mais clímax! E desde aí até Alverca, bem mais repousadamente... a
recuperar. Como tem sido habitual – e bem! - nesta fase da época.
A partir de Alverca alguns
resistentes seguiram pela EN10 até Sta. Iria, transpondo a serra para a
Variante (zona do MARL). Na subida, o Carlos Santos impôs um andamento muito
bom, levando na roda o Capela, eu e um outro elemento com uma bicicleta
«descaracterizada» (talvez um estreante!?), bastante abnegado e que mostrou
estar à altura dos acontecimentos. Promissor! A prestação final do Carlos
Santos confirmou o seu bom momento. Nas derradeiras centenas de metros da
subida, o Capela mudou mais uma vez o ritmo, no culminar de um treino bem
puxadinho...
Nota: no próximo domingo a
volta é a Valada (Muge), com a tradicional passagem na ponte férrea. Facto que
deve ter impor consideração ao estado do tempo nesse dia, e dele depender: é arriscado
transpor a ponte com o piso molhado. Se tal suceder, recomendam-se alternativas ao percurso. Talvez a volta do Infantado.
Nesse mesmo dia, o
camarada Paulo Pais convida a reunir as tropas no Livramento para uma saída
rumo ao Bombarral, Vilar, Sarge, Torres e regresso ao Livramento. Saída às
9h00.
3 comentários:
Meu caro
Deixo aqui as sensações de quem veio até Pontével no elástico: essa da crónica limitar-se a 36 ou 40km de média é pura ironia, com picos de intensidade 47kmh e depois volta as 34 e novamente aos 45kmh é uma sensação de elástico difícil de gerir por quem vai nos limites, ehhh.
Depois dos disparos do companheiro Capela com a sua ironia dizia: vai vai, com o FCmax na zona 5, bemm!..Zona 4 e 5 foi a constante até Cruz de Campo, pronto ok o meu coração é de passarinho, aahhh.
Best Regards meu caro Ricardo
Pedro Fernandes (Carregado)
Ricardo
A volta do Paulo Pais se for idêntica há do ano 2012 a saída era em Caneira Velha, este ano é no Livrameento? E há Arroz Doce ou acabou-se o açucar lá em casa, ehhh.
Upss do Carregado ao Livramento, volta (porrada) e regressar ao Carregado será duro mas duro, ehh
Um abraço
Pedro Fernandes (Carregado)
bom dia ciclistas da treta voces ainda sao piores do ke eu ke sou caçador e gosto de dar umas voltinhas de jorbi mas sempre tive o conta km avariado mas vou estar no livramento com a minha ekipa de elite
Enviar um comentário