quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Crónica de Sto. Estevão


A volta de Sto. Estevão foi uma das mais concorridas desta ainda jovem temporada. As condições meteorológicas convidavam – finalmente! – e também já se contam os dias para os primeiros desafios do ano. Por isso, encurta-se o tempo para apurar a forma. Entre as muitas figuras, destacava-se o jovem Fábio Silvestre, que foi a sua primeira aparição no nosso grupo esta época.

Por todos estes fatores não espantou que, à saída e durante vários quilómetros, o pelotão preenchesse bem a sua faixa de rodagem. E também que o andamento não demorasse a colocar-se a bom nível de cruzeiro. Praticamente desde o arranque Loures dei o mote para que tal sucedesse, liderando a grande coluna. Mas não demorou muito a que os homens fortes do momento tomassem as rédeas. Neste caso, tornou-se inevitável, por ser um deles também um dos mais disponíveis para as despesas: já aqui o referimos, em crónicas anteriores, o Ricardo Gonçalves. Desde Vialonga até Vila Franca comandou as hostes praticamente sem ajuda – ponto em que a média de 32 km/h refletia o bom ritmo, certo e perfeitamente suportável que se mantinha desde o início. Mas, deparava-se-nos passagem no empedrado e a subsequente travessia da ponte Marechal Carmona, sempre imprevisíveis... Afinal, nada de especial, a não ser uma aceleração quase no topo da ponte a lançar o pelotão para a delicada ligação ao Porto Alto pela reta do Cabo – tanto mais, que fazia vento lateral. De qualquer modo, já não tinha memória de ter passado tão bem, naquele local que me causa sempre tantos azedumes. Boa colocação, sim, mas não só. Boas sensações... e poucos esticões à frente, sem dúvida! E não tanto por se ter rolado devagar, como demonstra a média naquele setor: 41 km/h.

De qualquer modo, o enorme pelotão fracionou-se, dividindo-se em três grupos com cerca de 15 unidades cada. E após natural (e habitual) abrandamento no Porto Alto voltei à cabeça para não deixar o andamento esmorecer demasiado. Levei-o até à saída de Samora, numa fase em que o vento soprava mais frontal. Até que, a cerca de 3 km de Benavente, um buraco «mal avisado» pelos que seguiam nas posições dianteiras causou um furo (felizmente não mais...) ao Bruno de Alverca e a consequente paragem do pelotão. Mas não passou de uma intenção, de um breve abrandamento que deixaria o meu conterrâneo definitivamente para trás, isolado, se ninguém lá ficasse...

Eu e o Jony – e um camarada não identificado – fomos os únicos que aguardámos. Durante cerca de 7 minutos, antes de retomarmos. Assim, a sentença sobre o (bastante) que nos restava do percurso estava ditada: com atraso tal estávamos condenados a perpétuo isolamento!

No entanto, perdeu-se o convívio, a proteção do pelotão (naquele momento de impasse o segundo que se atrasara na Reta do Cabo reentrou), mas ganhou-se um extraordinário e muito produtivo treino em ótima companhia. Elogio, sem imodéstia, ao esforço contínuo em entreajuda constante que permitiu manter uma velocidade de cruzeiro elevada (médias de 38 km/h até Santo Estevão; e de 35 km/h até Vila Franca), apenas com dois ou três ligeiros «alívios» para tentar manter – embora apenas adiar... - um quarto elemento que «apanhámos» algures na lezíria (o outro quarto que referi também ter parado aquando do furo já chegou a Benavente em dificuldades...). Naqueles dois períodos, para mim boa intensidade: 153 e 151 de pulsação media, respetivamente.

Outro «bónus» deste treino: a partir de Vila Franca passámos a ritmo de desintoxicação, e durante uma boa hora, em que chegámos aos arredores de Sta. Iria e voltámos a Alverca para um retemperador café para «celebrarmos a união».

Antes, porém, quando ainda chegámos a Alverca (1ª passagem) cruzámo-nos com o António que deixara o primeiro pelotão algures na Verdelha/Forte da Casa. Juntou-se à toada de descompressão e admitiu ter ficado surpreendido por já estarmos ali... Prova que ao atraso inicial de 7 minutos acumulámos pouco mais... Ou mesmo quase nada! O que, admitamos, foi outra prova e uma boa recompensa para o nosso esforço solidário.

Para a semana, a primeira volta fora da planície: S. Pedro da Cadeira, lá para as bandas do Oeste. Oportunidade para quem quiser tirar o azimute. Em breve, a publicação do percurso e demais informações.

2 comentários:

Pedro Fernandes disse...

Meu caro Ricardo
Mais uma vez Parabéns pela atitude.
Atitude também de referir pela positiva do jovem Fábio Silvestre e Masters, que como nada têm a provar, comportaram-se com muito fair play, aahhh
Por mim no próximo Domingo irei dar uma volta por terras Alentejanas, S. Teodónio(concelho de Odemira)juntamente com os jovens Ruben (Sub-23)e Tiago (junior) futuras promessas do Tavira, ehhh
Porrada para abrir a pestana, ahhh
Um abraço e boa volta Carnavalesca.

Pedro Fernandes (Carregado)

Anónimo disse...

Amigo não acredito que só tenham ficado vocês com o Bruno um pouco falta de respeito perante o Bruno uma pessoa que sempre ajuda quando é para trabalhar isto hás vezes acontece aos melhores eu não tive opturnidade de estar presente neste domingo mas vou lá estar no próximo haver como corre depois de dois dias de gripe agora já em fase de recuperação para domingo


Hasta