O pelotão do Pina Bike continua a acumular quilómetros
nesta pré-temporada. Fá-lo como tradicionalmente, em terreno plano, mas agora
com surpreendente ineditismo: a ritmos moderados, muito mais recomendáveis do
que os habituais inícios de época musculados e a intensidade alta.
A volta do passado domingo, do Reguengo, foi mais uma que
confirmou a nova tendência desde o reatamento dos treinos. Rolou-se quase
sempre a ritmo de endurance, umas vezes mais baixo, outras mais elevado,
promovendo-se a camaradagem e, tal como tem sucedido amiúde – e com aplauso -,
exercitou-se alguns movimentos de cooperação à cabeça do pelotão, que estimulam
igualmente o coletivismo. Aguardemos pelos proveitos quando a próxima temporada
entrar. Ela está logo ali...
Desde Loures a Alverca, andamento tranquilo, mas até Vila
Franca houve diversos elementos a quererem estimulá-lo. Dois ou três km/h mais,
e perante o relaxe dos que comandavam as operações não tardou a que o grupo se
fracionasse. Primeiro, apenas quatro ou cinco unidades a adiantarem-se, mas não
demorou a que os «principais» saltassem de trás. A esmagadora maioria deles,
uns para a roda dos outros... Atravessávamos a zona de Alhandra.
Dois grupos com claríssimas diferenças de «peso». Por
isso, não convinha que se separassem demasiado numa fase tão madrugadora da
volta, impondo uma perseguição, nem que fosse para controlar. Mas, após o empedrado
de Vila Franca, era certo que o reagrupamento ficaria dependente da vontade dos
poderosos da frente. Se decidissem «carregar» (e ainda mais colaborar entre si)
dificilmente os veríamos mais. Não quiseram, felizmente. E eu e o Richie Porte
levámos os de trás até ao convívio dos da frente, ainda passávamos pela
Castanheira - e sem grande esforço...
Daí em diante, velocidade de cruzeiro de 35 km/h até Cruz
do Campo, com intervenção partilhada, entre outros, eu, Jony, Tiago Pereira, Bruno
e o Zé-Tó, com a sua «cabra». Os topos antecedentes não fizeram mossa, e depois
da reta da Valada, cafezinho retemperador nesta vila. Ao belo solinho...
No reatamento, eu e o Jony, em parceria, levámos o grande
grupo ainda àquela velocidade, pela pitoresca estrada da lezíria de regresso à
Azambuja. Endurance! Pouco depois de reentrar na EN3, a caminho do Carregado, o
Renato Ferreira tomou as rédeas e o andamento passou a um nível acima – para os
40! O jovem bucelense teve a colaboração de mais três ou quatro elementos,
entre eles, o Carlos Santos, mantendo o ritmo. Por curiosidade, agora que eu
estava na roda, o pulso continuou como quando estava com o peito ao vento. A
partir do Carregado até Vila Franca, dos 40 de média passou-se aos 42, com
algum estímulo extra, por exemplo, do Freitas, que tinha ido ao nosso encontro.
E então, pelo segundo fim de semana consecutivo houve
sprint em Vila Franca. Bem-haja! Bem lançado (pelo Freitas) e melhor terminado pelo
Jony, a fazer jus à sua superioridade neste tipo de situações e a impor-se ao
Hugo Arraiolos (os três tinham feito o Troia-Sagres na véspera!...) e ao André.
Eu, sem sprintar, apenas mantendo a cadência e escolhendo a boas rodas, cheguei
pouco atrás. No registo do indesmentível Strava, num segmento de 900 metros
(cerca de 100 metros após a rotunda da A1 e até 50 metros antes dos semáforos),
estabeleceu-se o segundo melhor tempo dos stravianos (Arraiolos), com uma média
de 51.5 km/h, a apenas 4 segundos (apenas é relativo...) do mais rápido, o «pro»
António Barbio (55.2 km/h). Uma marca que ao Jony, no seu melhor, não deverá
escapar.
Até Loures não se baixou muito a bitola: 35 km/h (quando
dei a volta no Tojal), experimentando-se, inclusive, uma aceleração no final da
subida da Sagres (Cabo). Quiçá, já a pensar na Clássica de Santarém...
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