segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Clássica da Valada: correria danada!

A Clássica da Valada, a primeira do Circuito Pina Bike 2006, foi uma correria danada para mim! Por diversos motivos, alguns que considero algo controversos. Mesmo considerando que a tirada era extensa, com quase 130 km, já se previa que a planura do terreno propiciava a velocidades elevadas e a maior disponibilidade individual para a exposição ao desgaste.
Desassombradamente vou aqui expor o meu ponto de vista pessoal sobre o que passou de «menos bom» no último domingo, sem que isso reflicta menor convicção sobre os pressupostos que prevaleceram à criação do Circuito, de que me orgulho ser um dos principais mentores.
Por questões que considero – garantidamente! - nada terem a ver com pequenas «corridas» personalizadas, decorrentes de excesso de competitividade menos recomendável na perspectiva do grupo, incorreu-se na velha falha de «para a frente é que é e quem vem atrás que se cuide», que leva à falta de discernimento sobre as incidências da própria tirada e à consequente incúria sobre o que destas pode resultar.
Penso que nada de interessante e motivador pode advir de uma situação em que existe um grupo bem constituído à frente e um ou mais elementos, reunidos ou não, a perseguirem indefinidamente… Quando logo à saída de Alverca a velocidade aumentou à cabeça, fraccionando o pelotão de 14 unidades que partida de Loures, repetiu-se uma situação há muito vista. Os primeiros, mais atentos em empenhados, organizaram-se, e os outros, alguns ainda em amena cavaqueira ou por passividade, perderam duas ou três centenas de metros. Às tantas, constatou-se que a corrida estava lançada, e a perseguição iniciou-se. Assumi as «responsabilidades» e liderei-a, levando atrás um grupo composto por: Daniel, Abel, Zé-Tó e o seu pai, João, Steven e o Carlos. À frente: Nuno Garcia, Hélder, Freitas, Vidigueira, Farinha e o Pina. Às primeiras pedaladas mais vigorosas, conclui que na dianteira rolava-se depressa (35 km/h) e por isso restava estabilizar a diferença, assim preservando-me e os outros do meu grupo a desgastes acentuados desaconselháveis quando ainda faltavam percorrer mais de 100 km – e esperando que no habitual próximo «hot spot» - Vila Franca - houvesse uma acalmia à frente para facilitar o reagrupamento.
Puro engano. O empedrado, tradicionalmente local de descansado martírio, não o foi. E à chegada a ponte, acabaram-se as dúvidas que os da frente não faziam a mínima intenção de refrear o ímpeto. Resultado: as primeiras «vítimas». Depois da ponte, só restávamos eu, o Daniel, Abel; e o Steven e o Zé-Tó, que devem ter tardado a aperceberem-se da (dura) realidade.
A perseguição durou até ao Porto Alto já com a ajuda do Freitas que entretanto parou para urinar, e deveu-se não à benevolência dos líderes, mas ao empenho dos perseguidores – embora se tenha procurado limitar ao máximo os desgastes.
Mesmo assim, entre o início do empedrado de Vila Franca e o Porto Alto: 32 km/h e 161 bpm.
Daqui até cerca de 1 km de Benavente rolou-se em pelotão compacto (já sem o Pina, que deu meia volta em Samora Correia). E o «pior» estava para vir. Com a bexiga a rebentar tentava encontrar a melhor altura (será que há!?) para a aliviar e decidi-me quando o Hélder também o fez, pensando que a perseguição inevitável seria assim mais fácil. Novo engano. Tive mais de 2 minutos a urinar – tal era o aperto – e quando voltámos à estrada, ele verbalizou o que eu já concluíra. «Vamos ver-nos loucos para os apanhar». Pus-me à frente, a cerca de 35 km/h, mas à saída de Benavente, na longa recta depois do viaduto, percebi que era preciso dar mais, muito mais: PORQUE LÁ À FRENTE ROLAVA-SE À MESMA VELOCIDADE! Pergunto: qual é o interesse de deixar seja quem for para atrás (para mais devido a uma paragem forçada), insistindo em mantê-lo nessa situação durante quilómetros a fio… Bastava meter o comboio a 30/32 km/h, velocidade bem razoável mesmo em plano (para mais com vento de cara), para que dois elementos fortes conseguissem recolar mais km menos km, sem terem de ir a «tope» e de ficarem irremediavelmente condicionados pelo esforço a que se submeteram.
Para agravar a situação, à primeira vez que «ofereci» a despesa ao Hélder reparei que ele ia muito «curto» e não haveria a colaboração que precisávamos.
Em Salvaterra, nova surpresa. O Carlos, o Steven e o Abel tinham deslocado do primeiro grupo. Não soube bem porquê! O quinteto pouco durou, e no falso plano ascendente antes de Marinhais também o duo original se desfez, ficando eu a «solo». A perseguição terminou finalmente já entre Marinhais e Muge, de 15 km à média de 35 km/ e 174 bpm. Sempre com a cara ao vento! Quando cheguei ao grupo, havia uma animada discussão sobre a melhor forma de se organizarem… a passar pela frente!
Mais tarde, novo golpe de teatro, do qual eu também sou responsável por estar incluído. Depois de uma fase de descompressão entre Muge e Ponte do Reguengo, quando foram avistados os quatro retardatários, a não mais de 200 metros, – numa altura em que o Freitas parara para recuperar o bidão –, às tantas, a coisa voltou a animar, sai um, responde outro, e pronto… mais uma vez não se esperou por quem vinha a recuperar tão estoicamente. E a situação repetiu-se nos topos antes da Azambuja. Desta vez, sem remédio, porque até ao Carregado fez-se uma média superior a 37 km/h.
Por favor, caros membros deste painel, exponham as suas opiniões como forma de contribuir para «limar» estas arestas que, a não serem desbastadas, podem ferir a harmonia do nosso imbatível grupo. E pensem que para a semana há mais uma batalha! E é bem dura, aviso-vos já!

P.S. No meio de tanta correria sobressaiu a enorme prestação do Fantasma. O próprio. Num traçado que lhe é de feição esteve verdadeiramente assombroso. Andou sempre na frente, liderou o pelotão, não se coibiu de acelerar amiúde, de se aventurar em solitário e de sprintar. O próprio afirmou: «Há dias assim, mas também ajudou não haver subidas». Um espírito… aberto.

19 comentários:

Anónimo disse...

Olá a todos,
Antes de mais vou falar sobre o Homem do dia.
Fantasma, és 1 "monstro do asfalto”…ahahah…imparável, inesgotável, 1 pulmão enorme!
Como muito bem diz o Ricardo, andou sempre na frente, deu a cara ao vento, nunca deixou cair o passo. Sei muito bem o que estou a dizer porque a caminho de V.F.Xira quando “mais uma vez” ele forçou o andamento (e já só eramos 6) fiquei irremediavelmente a solo e curiosamente com o Vidigueira à vista até à chegada, quero dizer, passei por ele na Quinta Nova quando encostou à berma e desmontou cheio de caimbras!!!!!
Ricardo, por ironia do destino e após ter ficado a solo, apareceu 1 ciclómano na minha roda! Pouco depois meteu conversa e descobri que era…o Eduardo Ananias. Ele tem “participado nos comentários neste blog e tem a ambição de andar connosco, lembras-te?
Quero deixar-lhe 1 abraço e agradecer a simpática companhia/conversa que facilitou em muito o meu regresso.
Saudo também o regresso do meu Pai que já não andava desde 11Dez. e pego na deixa para a reflexão que se impõe!
Talvez 1 pouco distraído com ele não me apercebi (conforme diz o Ricardo e bem) que em V.F.X. não ía haver reagrupamento. Foi assim que à saída do empedrado vi que estava só! O L-Glutamina seguia alguns metros à frente e só depois da Ponte consegui chegar, colocar-me na posição (imaginária) de contra-relógio e com 188b.p.m. trazê-lo à roda do Ricardo/Daniel/Abel!
Depois, o que se passou, já está muito bem descrito pelo Ricardo.
Há 1 situação que ilustra como é que se está a andar: depois de inúmeros ataques, dá-se o corte do Glutamina/Carlos/Abel “sem necessidade nenhuma”! Bem, para não falar no João que parou no empedrado de V.F.X, logo depois na Praça de Touros e não teve hipotese de se chegar à frente!
Ainda não tínhamos feito meia volta e metade do grupo estava “out”. Qual o interesse de deixar 1, 2, 3,… elementos a solo a 60/70/80…Km de casa?
Pois é, esta é a “ferida” que nos “arde”…nem andamos em “corridas” nem em “voltas" e depois acontece o que se passou ontem.
Também fiquei a solo num momento curioso…com +/- 100Km e a pouco + de 20 de casa! Tenho as ideias muito claras sobre o que se deveria fazer (que já expus noutros comentários) só apareço porque quero, logo, sei ao que ando!
É assim que se está a andar…porque queremos…porque somos nós que estamos lá, ou seja, só temos de nos queixar…de nós!
A Qualidade de qualquer coisa, está na Atitude, é aí que temos de “trabalhar” e é isso que tem/deve ser alterado para “não se ferir a harmonia do Grupo”.

1ab e boas pedaladas,
ZT

Anónimo disse...

olá amigos, muito menos eloquente que os meus camaradas que comentaram anteriormente quero no entanto expressar de alguma forma o meu "pesar" pela forma menos correcta como decorreu a última volta do NOSSO GRUPO e friso novamente,NOSSO GRUPO.também eu tive no passado domingo a minha quota-parte de culpa no desenrolar daquele desaire, gostava por isso de tentar retratar-me e tentar futuramente eliminar as anomalias que tantos e tão indesejáveis estragos (não sei se irreparáveis mas espero que não)fizeram no nosso pelotão. queria portanto convidar todos vós a participar na volta do próximo domingo"s. pedro da cadeira" que prometo não se realizar dentro dos mesmos moldes da anterior, creio ser esta a vontade de todos os participantes deste nosso convívio domingueiro.
UM ABRAÇO GRANDE DESTE VOSSO COMPANHEIRO
LUIS FREITAS

Anónimo disse...

Bravo "Durão"! Obrigado por fazeres "mea culpa"!
No meu comentário estive para me referir a ti porque como sabemos de facto foste 1 dos que + contribuiu para deixar alguns ciclómanos pregados ao longo das diversas terras por onde passámos. Aproveito para contar 1 história, eu p.e. não fiquei pregado num momento de tua autoria mas "escangalhei-me" a rir quando te vi passares por mim(ía eu a 32Km/h a solo) +/- ao dobro da velocidade na "roda" de 1 "triciclo" e imaginei a reacção dos da frente! Infelizmnte o tal "triciclo" virou logo a seguir e apenas o Vidigueira presenciou a velocidade que levavas e ainda por cima quando passaste por ele fizeste 1 sprint...!!! E nada mais há a dizer, o Homem tá Bruto!
De facto é bom que a "forma" se altere, sem prejuízo de momentos + acesos, fugas, etc...mas que permitam reagrupamentos porque como todos concordam não faz sentido fazer-se 60/70Km com 1 grupo à vista 500m. atrás!!!
Soube em conversa com o Glutamina que o Daniel partiu a corrente e que por "acaso" vinha o Abel atrás que o terá ajudado a reparar a avaria...e se assim n fosse...???
São vários os exemplos dos problemas que podem gerar 1 "corrida a eliminar", por isso espero vivamente que algo se altere para bem...do Grupo!

1ab e boas pedaladas,
ZT

Anónimo disse...

Bom dia Pessoal,

O meu 1º comentário vai para o facto de, não ter participado na volta de domingo, não por como de costume ter adormecido mas, porque no sábado na continuação da minha adaptação ao BTT dei dois trambolhões que me deixaram um joelho mal tratado e por isso não pude ir no Domingo.

Em relação ao que aqui já foi relatado pelo Ricardo/ZT/Freitas, direi o seguinte:

Acho que existe uma diferença muito grande em termos de treino e ritmo de competição dos ditos Internacionais e o restante grupo que treina uma ou duas vezes por semana, e parece-me que com “voltas” tão extensas deverá haver por parte destes uma maior consciência em relação a este facto, eu falo por min porque para participar numa saída e a meio do percurso ter de voltar para trás porque não aguento o ritmo é deveras desmotivante, para isso fico em casa e o facto que me levou a participar nestas voltas domingueiras foi efectivamente o espirito que existia quando comecei a participar, espirito competitivo sim, mas que não se sobrepunha ao de camaradagem, porque na realidade anda-mos a tentar competir contra quem?

Um abraço a todos e amanhã para quem quiser teremos o nosso passeio nocturno de BTT a partir das 19h45 no Pina


Morales

Anónimo disse...

Olá Amigos

Sou o Eduardo Ananias "o principiante" e tive o prazer de conhecer no domingo, por mero acaso,quando regressava a casa de mais um treino, um dos vossos
"campeões/internacionais", o Jovem atleta Zé Tó, como ele vinha já em relaxe consegui colar à roda dele e meti conversa e então apercebi-
me que estava na presença de um
craque do grupo do PINABIKE, que durante o percurso me deu algumas dicas sobre o ciclismo e e sobre os vossos andamentos (ainda fiquei mais assustado porque percebi que nunca vou conseguir andar nesses andamentos)tambem me deu algumas motivações que me vão
ajudar a treinar mais e não desistir, por isso quero agradecer-lhe publicamente a sua simpatia e disponibilidade por ter vindo a aturar-me desde Vila Franca. Um grande abraço para todos
Eduardo Ananias

Anónimo disse...

Oi Morales, Viva.
Já sei que gostaste muito das "nocturnas", ainda bem, metes + uns treinos o que ajuda sempre!
Tens corrido?
Eduardo, obrigado pelos elogios mas devo fazer 1 correcção, eu estou/sinto-me incluído no pelotão dos "Nacionais".
Como disse então, penso que deves aparecer rapidamente até porque pelo que vi estás em condições de andar com o grupo dos Nacionais já que também aí por vezes há 1º e 2º grupos!
Como nota final e à imagem do Ricardo, tenho curiosidade em perceber porque é que o "contador" do blog não pára e as intervenções são escassas???

1ab,
ZT

Anónimo disse...

Amigos,
Há já algum tempo que não participava neste blog, por achar que as conversas são tão técnicas (ritmos cardíacos, médias de velocidade, etc) que confesso ficar com sono só de as ler. O espírito que eu procurava neste blog era o de uma cavaqueira mais em tom de brincadeiras e picardias de amigos que “em grupo” fazem ciclismo ao melhor nível possível, mas nunca esquecendo o espírito de entreajuda do grupo.

Falando agora sobre a volta de domingo em concreto, e, tendo sido no passado um dos maiores críticos de acontecimentos semelhantes, considero que o momento chave que deu origem a mais um dia negro para o nosso grupo foi quando o Helder e o Ricardo pararam para mudar a água às azeitonas. Nesse momento o grupo rolava compacto, mas a paragem do Ricardo teve um efeito “afrodisíaco”, pois alguns elementos ficaram tão “excitados”, que desataram a acelerar – Ricardo, ser o melhor também tem as suas desvantagens... és um “alvo a abater”.
Neste momento, tanto eu como o Carlos e o Abel decidimos, de forma ingénua, seguir a ritmo moderado (entre os 32 e os 33Kmh de modo a “esperar” pelo Ricardo e o Helder, e pensámos que os elementos que estavam mais à frente tivessem o mesmo sentido de colectivo. Mas, mais uma vez, estavamos enganados, pois o espírito competitivo prevaleceu novamente em detrimento do espírito colectivo.

L-Glutamina - Over and Out

Anónimo disse...

L-Glutamina, vê lá se tiras a BTT da arrecadação, que deve estar cheia de pó a apareces amanhã, ou tens medo da lama.

ZT não tenho corrido porque, das duas uma ou tenho uma pubalgia ou uma hérnia enginal, o que faz com que depois de correr fique como imensas dores, na semana passada era para fazer um exame mas baldei-me, talvez esta semana fique a saber o que tenho, reflexos da idade.

um abraço
Morales

Anónimo disse...

Ah! Andar em perseguições sem fim calha a todos!

chris charmichael

Ricardo Costa disse...

Dois pontos interessantes da interpretação dos comentários subsequentes à crónica da Clássica da Valada:

1- Fez-se luz em definitivo sobre os fundamentos daquilo que se passou no domingo. De certo modo, eu já suspeitava que eram os que foram, e sublinho que não tenho quaisquer constrangimentos em ser «alvo», tenho é o direto de pedir aos «caçadores» um pouco mais de lealdade - tanto mais, que glória tem abater uma «presa» indefesa?

2- No fundo, penso só que há uma certa falta de lógica no meio disso tudo. Com certeza, não vão faltar oportunidades, e pelos vistos força, para me encostarem às cordas. Deixem-me é esvaziar a bexiga à vontade!

3- Saúdo o regresso do L-Glutamina e retenho as suas críticas ao teor actual do blog. No entanto, tenho a dizer que reflectem um certo afastamento das línguas mais viperinas, que constrasta com o fulgor das suas prestações no asfalto. Espero, eu também, que regressem rapidamente as picardias - é sinal o sangue continua quente.

4- Por isso, lanço já o repto para domingo. A Clássica é fantástica mas é dura!

Anónimo disse...

Companheiros E AMIGOS!

Desde já as minhas desculpas por esta ausência...mas como se andavam a planear provas de alta competição,...considerando a minha veterania, achei mais prudente abster-me de comentários, pois, já não tenho pernas para essas andanças!...
Subscrevo, assim, na integra, a opinião do L-Glutamina.
As minhas desculpas também, por ter ajudado a "mal tratar" quem por descuido ou necessidade se atrasou; GARANTO QUE NÃO FOI INTENCIONAL, MAS DEIXÁ-LOS IR (os da frente)...SÓ SE NÃO PUDER!...
Como desde cedo tentei andar na frente (PROMETO QUE DOMINGO NÃO VAI SER ASSIM...HEHEHE) nem me apercebi das paragens que aconteceram.
No entanto, só sofreu quem teve força e vontade para encostar à frente!... Não se esqueçam, que o esforço gerador de sofrimento no desporto, é sempre um acto VOLUNTÁRIO, próprio de quem gosta de se FLAGELAR!!!
Apesar de concordar com praticamente tudo o que aqui já foi escrito, recordo que, numa famosa e atribulada volta a Sintra,... como outros noutras voltas, fiquei a "falar sozinho" + o Carlos e o Miguel,...no meio da serra, ARRASTANDO ESTA "VELHA CARCAÇA" bastante mal tratada, até Loures!...Lembram-se?
SÃO INEVITAVEIS OSSOS DO OFÍCIO, DE QUE NUNCA ME QUEIXEI NEM QUEIXAREI, POIS, CONSIDERO IMPENSÁVEL PARA OS DA FRENTE ESPERAREM 15 OU 20 MINUTOS PELO “VELHOTE”, OU POR QUALQUER OUTRO, DESDE QUE NÃO SEJA POR ACIDENTE OU LESÃO!
Certamente que, nesta fase, todos tem consciência que as voltas de Domingo dificilmente poderão acontecer em ritmo de passeio, não só por força do volume e qualidade do treino que neste momento se levam a cabo, como principalmente pela competitividade que se instalou no seio do grupo (é só a minha opinião).
Mesmo que seja eu (como já aconteceu) a chegar com 15 ou 20 minutos de atraso, reitero aqui mais uma vez, que “sem um cheirinho a sangue" isto não tem graça nenhuma (não é novidade para quem me conhece)!!!
Sinceramente, não vejo de que forma é que o espírito de grupo possa sair beliscado pela referida competitividade (inevitável na minha opinião), uma vez que, só depende de nós não andar/ andar com o turbo ligado, mesmo estragando/ não etragando, o treino aos PRÓS!
Por mim, prometo só andar na roda (se tiver pernas), respeitando os andamentos suaves, desde que as “FERAS” ASSIM O PERMITAM E MANTENHAM!!!
GRANDE ABRAÇO A TODOS, BONS TREINOS E NÃO SE ESQUEÇAM...
SÓ OS DUROS É QUE PENETRAM!!!
FANTASMA

PS: Amigo HELDER...ou mudas de montada...ou tens que treinar mais!!!...
Olha que estou só a brincar...e... amanhã é para ir devagar!!!
HEHEHE
AB

Ricardo Costa disse...

As ideias lançadas pelo Nuno são sensatas e perfeitamente exequíveis desde que - e já tantas vezes avancei este ponto de vista -os mais «fortes» façam um esforço efectivo por controlarem o seu andamento e deixarem o protagonismo para quem quiser tê-lo, para os que o Nuno diz «poderem necessitar de estar sós»...
Também concordo: porquê ir atrás sempre que alguém se adianta. Mais quando simplesmente alguém acelera à cabeça do pelotão? Por exemplo, se o Nuno e o Freitas não tivessem ido no engodo do Hélder à saída de Alverca, será que ele continuaria durante tanto tempo? E os outros que foram, será que iriam com ele, podendo pagar a factura, ainda mais tendo os «fortes» optado por ficar na expectiva e só mais tarde lançar a perseguição.
Creio que, nestas situações, se os mais bem treinados refrearem os seus ímpetos, principalmente, na «marcação» que fazem entre si, podem proporcionar maior liberdade aos restantes e assim tornar a tirada mais aberta, com mais gente a destacar-se na prova - e não como quase sempre acontece, a lutar para resistir ao andamento. É óbvio que, no meio disso tudo, os mais «fortes» também terão direito aos seus momentos, mas têm de limitar ao mínimo a sua atitude guerreira durante o grosso das voltas. A estes estaria reservado um papel e aos restantes outro. Ao contracenarem, a peça poderia ser bem mais interessante. As voltas de Carmões, Carnota e Runa são, julgo, bons exemplos.

P.S. Miguel, ficámos sem saber se qual a «outra forma de encarar os domingos» que sugeres. E o que disse o médico?

Anónimo disse...

Ricardo, passei ontem no Pina e ele disse-me que a volta de S.P.Cadeira é ao contrário da volta que fizemos quando a minha máquina ía com 1 avaria mecânica nas mudanças! Verdade?

1ab,
ZT

Ricardo Costa disse...

Oi ZT. É praticamente ao contrário, mas com uma diferença importante. Ao chegarmos a S. Pedro da Cadeira - no sentido contrário ao que seguimos na volta em que tiveste a avaria, ou seja, de Mafra para Torres - viramos à direita para a Ventosa, para uma estrada que nos levará ao cruzamento da Serra da Vila, perto do Turcifal. É um troço de pouco mais de 11 km, muito bonito (aliás, como quase toda a volta), com dois topos de aproximadamente com 900 metros cada e 5 e 6% de inclinação média, respectivamente. Depois segue-se em direcção a Vila Franca do Rosário.

Anónimo disse...

Ricardo e esse "atalho" encurta ou aumenta a volta?

ZT

Anónimo disse...

Glutamina, discordo do teu ponto de vista (do início do comentário), respeito no entanto a tua opinião mas penso que o blog se quer tão abrangente e diversificado nos seus temas quanto possível, com isso só teremos a aprender e pessoalmente gosto em particular das exposições do Ricardo em relação às médias, ritmos, % de inclinações, etc...
Morales, 1 ab e as melhoras para a lesão, vai tratar-te rapidamente senão “comprometes a época de Duatlos”! E para quando 1 Triatlo?
Ricardo, assertivo nos comentários mas o que é que queres dizer exactamente no 4º ponto??? Porque será que vou entender melhor na estrada...ahahah.
Fantasma, concordo com os teus comentários, talvez pelo seu Realismo
Acho que se pode andar forte, sentir de quando em quando o fio de sangue na boca mas sem ser a “eliminar”! Esperar 15/20’ por quem vem atrás também não é razoável! Acho que no fundo continuamos com dificuldade em encontrar o “tal equilíbrio”...mas acredito que vamos encontrar “1 modelo”.
Eu já falei sobre isto anteriormente e penso que não se assume as voltas como corridas que por vezes o são, mas também não efectuamos treinos nas ditas voltas. Há muito que deixámos de fazer voltas, até porque o nível/vontade do Grupo já não se encaixa nisso.
Nuno, gostei do ponto de vista que a volta de Domingo correu muito bem.
Miguel, já vi que a recuperação está a correr bem e depressa, ainda bem. Rápidas melhoras. 1 ab.

1ab e boas pedaladas,
ZT

Ricardo Costa disse...

ZT, a Clássica de S. Pedro da Cadeira tem menos 9 km que a do Oeste, a tal em que tiveste a avaria. Mas tem (ligeiramente) maior ascendente acumulado.

Anónimo disse...

Fantasma e Jackie Durão, quantos «internacionais» é que vão descarregar no domingo? Ou haverá paragem da caravana para «necessidades»?

Alessandro Patacas

Ricardo Costa disse...

Tá feito! Hoje, às 11h41 minutos (hora francesa) entrou nos serviços administrativos da Organização da L'Etape du Tour a minha ficha de inscrição para a edição deste ano da prova-rainha das ciclodesportivas internacionais. Agora é só rezar para que sejamos - eu, o Miguel e o Nuno - uns dos 8500 seleccionados para estar no próximo dia 10 de Julho, à partida, de Gap rumo ao Alpe d'Huez.
Como dizia o outro, que os deuses do ciclismo estejam connosco!