quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Clássica da Valada: a descrição

A primeira Clássica do Circuito Pina Bike, no próximo domingo, é a medida do que se pretende para esta altura do ano: extensa e plana. A tirada não é inédita, embora tenha sido disputada uma ou duas vezes apenas, sendo provável que nem toda a gente conheça o seu traçado na íntegra – por exemplo, só recentemente o fiz e, em resumo, posso afirmar que o principal obstáculo será mesmo a distância, pois o percurso é muito rápido. Saindo e chegando a Alverca, o ascendente é de apenas 330 metros, o que diz bem da planura.
Penso que o trajecto entre Loures e Benavente (pelo Porto Alto) não tem segredos para ninguém: plano, plano… E a partir daí, até ao fim do primeiro sector, em Muge, a topografia do terreno não se altera muito, com predominância para falsos planos, ora ascendentes, ora descendentes.
Para dar uma ideia da inexistência de verdadeiras dificuldades «naturais», os 2 km que antecedem Marinhais, o maior ascendente deste sector, tem o mesmo desnível que a ponte de Vila Franca… em apenas 1 km.
À entrada de Muge, vira-se à esquerda em direcção a Valada (Porto de Muge). Depois de descer até à cota zero, deparamo-nos com a ponte de ferro sobre o Rio Tejo, que obriga a fazer uma travessia muito «sui generis» por um corredor estreito, em fila indiana. Além disso, o piso não é asfaltado, rolando-se sobre uma grelha metálica. A sensação causa alguma estranheza.
Saindo da ponte, seguem-se 3,5 km até à discreta aldeia de Valada (afinal de contas, é a que dá o nome a esta Clássica!), prostrada (é bem esse o termo) em plena lezíria ribatejana. Aí, vira-se à direita antes de abordar a longa recta (também de 3,5 km) que vai dar a Ponte do Reguengo. Primeiro a ponte antiga e depois, mais empinada, a nova, iniciando-se depois a subida até ao cruzamento de Cruz do Campo (Estrada Nacional 3). Bem, subida é de facto, mas coisa para 3 km a 1%.
Uma vez na estrada nacional (esq.), até a Azambuja há dois topos inclinados, com menos de 1 km, o primeiro pouco depois do cruzamento de onde viemos (Pontével/Cartaxo), e o segundo, a seguir ao cruzamento de Aveiras – este bem conhecido da volta da Ota. Após a Azambuja, o percurso é sabido… e já foi palco de grandes cavalgadas!

Eventuais dúvidas, basta colocá-las!

10 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia a todos os companheiros de painel.

É impressão minha ou têm andado um pouco desligados do blog, se calhar anda tudo a treinar “de dia e de noite” e nem sequer tem tempo de escrever uma palavrinha.

Depois de grande insistência do “ Relojoeiro ” Pina, fui obrigado a comprar uma BTT, veiculo sobre o qual, nunca sequer tinha tido o privilégio de me montar, ontem depois de grande ausência nas lides do grupo, fiz uma incursão nocturna com 1\2 de companheiros (Pina; Fantasma, Pacheco, Samuel, Hélder, Isidoro e Rui), estes rapazes não perdoam, então toca de pranchar o “Maçarico”, a 1ª parte do percurso até á Expo foi relativamente calma se assim não fosse não sei se não teria dado 1 ou 2 mergulhos nos charcos da Lezíria, pois o meu farol, que mais parece um pirilampo não permite ver a grande distancia a falta de experiência nestes pisos então é gritante, mas com mais ou menos dificuldade consegui chegar até a Expo sem experimentar a temperatura da lama, a passagem por este sitio foi relativamente calma até encontra-mos outro grupo que também passava pelo mesmo local, ai, pronto acabou a calmaria, eram escadas, montes com relva, passagens estreitas e o ritmo cada vez mais alto uma correria até á Terreiro do Paço, local de paragem por 2 minutos para retemperar a forças, depois meus amigos até ao Saldanha sempre a bombar, na chegada ao Marquês comecei a ficar para trás mas com grande esforço consegui recolar, o meu polar vinha sempre a apitar pois tenho o meu LIM2 para esta altura de época a 165, do Saldanha até ao Lumiar foi sempre a andar forte tive a sensação que íamos tão depressa com se levasse-mos as nossas “montadas” de Estrada, nesta altura o coração vinha sempre acima dos 170, o pneu que uso é tão largo como o de uma mota disseram-me que deve ser assim para treinar a sério, a realidade é que, os deles são quase tão estreitos como os de estrada, por fim acabei por descolar na chegada ao Lumiar, mas os espirito de camaradagem que existe no grupo fê-los esperar por min e acabei por recolar no inicio da descida da estrada do Desvio, depois até Loures foi uma verdadeira corrida desenfreada pois o Helder, Fantasma e Samuel á vez sempre a carregar no pedal como se não houvesse amanhã e eu atras a tentar não descolar, lá consegui manter-me como o grupo até ao Infantado que chegamos por volta das 22.30H, estava um frio de rachar o qual só me apercebi quando diminuí o ritmo.
Apesar de não estar em grandes condições, adorei esta incursão nocturna com este pessoal e vou-me manter fiel a estas saídas a meio da Semana, convido todo o pessoal a participar porque, quantos mais melhor e um treino a meio da semana faz sempre bem para tirar o “carvão” com diz o Fantasma. No Domingo é outra história pois não sei se nas condições em que estou consigo aguentar uma volta com 130 Km e a um ritmo que concerteza não será baixo, de qualquer das forma conto aparecer para começar a ganhar ritmo e se vir que não consigo ir até ao fim farei um atalho, até lá um abraço para todos.

Morales

P.S. quando íamos da Expo para o Terreiro do Paço, quem é que vimos a treinar estrada sozinho e com um speed que quase não o conseguia-mos identificar: um dos Internacionais.

Anónimo disse...

Miguel, ainda bem que a recuperação está a andar. Qualquer dia és tu que tamém estará a "andar"!
Morales, bem vindo de volta Às lides!
Aparece Domingo que o meu Pai também vai(até onde puder) e caso precises de companhia no regresso vais tê-la.

1ab e boas pedaladas,
ZT

Anónimo disse...

Quem quiser dar uma vista de olhos.

http://www.opintainho.blogspot.com/

Ricardo Costa disse...

Morales, não é impressão tua, a malta «desligou» um bocadinho, provavelmente como reflexo de uma «ligação» aos elevados andamentos que cada vez mais amiúde se praticam nas voltas domingueiras. A este facto também não estará decerto alheia a exponencial e rápida subida de forma de um ou outro elemento, que aliada a um elevado espírito de combatividade pessoal, tem contribuído para elevar a fasquia da competitividade para níveis que supostamente (para alguns) são passíveis de provocar «decalages» demasiado significativas.
Mesmo que não subscreva a razão dos que se inquietam, crei que numa altura em que (parece) estarmos empenhados em que a experiência pioneira do Circuito de Clássicas resulte, não é demais voltar a recomendar contenção - para que a corrente de entusiasmo e participação volte a «ligar-se».

Anónimo disse...

Ricardo Costa, sou o Eduardo Ananias, aquele que sonha um dia andar no vosso grupo, mas só comecei a andar em Set/2005 e claro tenho 50 anos, e conhecemo-nos na oficina do sr. Pina, meu querido amigo qual vai ser a média desta classica? mais ou menos.
ainda é muito cedo para ir com vocês??? comecei a minha preparação em Janeiro e fiz 400km mas em regime de resistência aerobica, muito calminho, só nas subidas para o sobral é que cheguo às 150 bpm. um abraço e muitas felicidades para todos do vosso grupo.
Ananias (Odivelas)

Ricardo Costa disse...

Caro Eduardo

Trata-se de um percurso quase sempre plano, que permite manter velocidades de cruzeiro elevadas, embora a distância grande (quase 130 km) aconselhe não só a alguma moderação, como deverá propiciar inevitáveis incidentes de percurso, como furos ou cortes no pelotão, que custumam forçar a paragens ou a reduzir bastante a velocidade.
De qualquer maneira, se calcularmos a média excluíndo esses períodos «mortos», e tendo em conta as voltas deste tipo que realizamos, é provável que ultrapasse os 30 km/h.

Espero que os seus treinos estejam a correr bem, e quando quiser juntar-se a nós será sempre bem-vindo.

Um abraço

Ricardo Costa disse...

Como alguns não se podem dar ao luxo de descansar na véspera das Clássicas, amanhã estarei na estrada para mais uns «centos». Assim, vou aproveitar para fazer o reconhecimento da Clássica de S. Pedro da Cadeira, do próximo fim-de-semana, e «passarei» nas bombas da BP às 9h00 para ver se mais alguém não tem medo do... domingo ;). A final, de Loures, são apenas 90 km. E o andamento, higiénico, como se quer!

Anónimo disse...

Bolas!... Agora é que tenho mesmo o Glutamina à perna! Vieram aqui meter o endereço do blog onde pus uma foto do gajo com a “burra” às costas.
Eh, eh, ao menos serve para a malta da estrada ver a “especial” recepção que tem quando aparece nas voltas de pneu cheio de cardos! “Paredes” com eles!
Pois é Ricardo, por aqui os “estradistas” … andam (muito) a pé!

‘tou a ver que andam numa de etapas rolantes. Quando é que a “coisa” vai “empinar”? Continuo com a ideia de vos tentar fazer companhia quando as voltinhas forem mais ao meu gosto. Claro que terei de ir montado noutro “bicho”, pois com este não me safo. E com toda a certeza não me servirá um “tractor medieval” que ali tenho, já com uns milhares na “cambota”. Que relações de andamentos tens montadas (mais leve e mais pesada)? E já agora, dá-me aí dois ou três exemplos de etapas “montanhosas” que estejam a pensar fazer.
Saudações aí para o vosso companheiro acidentado (Miguel). As melhoras.

Ainda não percebo como conseguem subir os Lagos … com o Angliru ali ao lado! Brrr … ainda tenho horríveis pesadelos com a maldita Rionda…

Boa volta domingueira

Ricardo Costa disse...

Caro Pintainho, assim é que é, pôr a malta da roda fina a penar no vosso terreno. Mas sempre que a malta das rodas cardadas quiser alinhar connosco (com montadas de estrada, é claro), teremos todo o prazer em oferecer-lhes semelhante tratamento.
Mais a sério. Durante Fevereiro e Março, vamos andar quase sempre a rolar, à excepção do próximo fim-de-semana, em que está marcada uma Clássica classificada com grau Elevado (no nosso Circuito 2006, não sei se já te apercebeste?), que é a de S. Pedro da Cadeira. Não se pode considerar montanhosa, mas apresenta um perfil muito irregular.
Ou seja, montanha (mais ou menos) a sério ao domingo só a partir de Abril, com algumas tiradas exigentes (Sintra, Belas, Ericeira) No entanto, para verdadeiros trepadores (que penso que és), só Montejunto (6 de Maio e 26 de Agosto).
Mas há um punhado que inclui subidas já exigentes (da nossa região), como a Mata, Ribas, A-dos-Loucos, Casaínhos (Fanhões).
Entre todas, destaco a Clássica dos Trepadores (nem mais a propósito), em 23 de Julho, que certamente fará o gosto de quem (tal como eu) gosta muito de subir: inclui o Sobral, Mata, Ribas e Montemuro. Também realço a da N. Sra. da Ajuda, com a subida de A-do-Barriga (desde Alverca), Mata, o «muro» da N. Sra. da Ajuda, Tesoureira e Ribas.
De qualquer forma, a partir de Março, aos sábados, faço desde já o convite para que alinhes num ou noutro treino de subida, como lhes chamo, e que são uma espécie de condensado «tudo em um», ou então uma incursão a Montejunto, com dupla escalada: Abrigada-Pragança.
Companhia é coisa rara e por isso nunca a dispenso.

Um abraço

Ricardo Costa disse...

A propósito de notícias em sites, há alguns dias li algumas declarações do Lance Armstrong prespectivando o Tour 2006, em que ele diz peremptoriamente que o Jan Ullrich irá ganhar a competição com cerca de 5 minutos de vantagem. E justificou o seu vaticínio dizendo que o alemão foi sempre o seu principal adversário e alvo a abater. Para isso, toda a estratégia da equipa estava focalizada para o colocar em dificuldades nas etapas mais montanhosas.
Achei a revelação curiosa... E que ao mesmo tempo diz muito do que muitas vezes a nós espectadores, mesmo não leigos, nos escapa. E também é um ponto de vista interessante para o que se passará no próximo Tour, o primeiro da nova era sem o seu grande dominador.
Será que a CSC terá a mesma capacidade da Discovery para ajudar o seu chefe-de-fila, ou o Ivan Basso conseguirá fazer, sozinho, a diferença?
E o que fará o Vinokourov agora como líder inconstestado? E a grande esperança espanhol, Valverde, ciclista muito aprecio desportivamente pela sua combatividade, e pessoalmente pela enorme clareza de espírito e franqueza? De resto, li que ele está a empenhar-se fortemente na preparação do Tour, tendo para isso consultado um especialista em biomecânica, que lhe corrigiu a posição das travessas. Com isso aumentou a cadência de padalada para um estilo muito parecido com o de Armstrong. É esperar para ver. Este ano talvez ainda não, mas nos vindouros quem sabe...