domingo, setembro 03, 2006

Rolar ou rolar bem?

Há os que rolam e os que rolam bem. Ponto! Entre uns e outros, as diferenças são significativas e distinguem até quem exibe estados de forma muito aproximados. Quando o relevo não oferece dificuldade apreciável e o peso ou a menor aptidão para exercício de subida não têm especial influência nas performances, sobressaem os ciclistas fortes e possantes que conseguem desenvolver desmultiplicações grandes e consequentemente velocidades de cruzeiro elevadas.
Mesmo contra o vento e muitas vezes sem se aperceberem das dificuldades em que colocam os demais - as que sentem quando enfrentam os trepadores no seu (destes) «habitat»: a montanha. Aliás, no próximo domingo, na Serra da Estrela, haverá oportunidade de constatá-lo. Ou não!
Isto é o que consegue fazer, quase na perfeição, o nosso camarada Durão – classicómano de excepção, mas acima de tudo rolador e sprinter de qualidade indiscutível. Hoje, na lezíria ribatejana, rubricou alguns momentos que comprovam plenamente o estatuto que está na origem do cognome que escolheu para se identificar neste blog.
O primeiro, conduzindo o grupo, numa secção entre Vila Franca e o Porto Alto, sem baixar dos 40 km/h - que meteu muito boa gente (incluindo eu) no «vermelho». Mais tarde, à saída Benavente quando se lançou na peugada do Fantasma (que bem que ia na protecção de um autocarro!) neutralizando rapidamente a sua fuga. Por último, na estrada de Sto. Estevão, quando rolou durante vários km em fuga, sempre a roçar os 40 km/h. E se nas duas primeiras situações, o pelotão enfileirou, como pôde, atrás da locomotiva, já na terceira obrigou a uma perseguição férrea do grupo, que só o bom entendimento entre os seus elementos permitiu que fosse coroada de êxito. Renovo os parabéns ao desempenho individual e colectivo!
Estes foram, de resto, os momentos mais destacados de uma volta (reedição da Clássica de Sto. Estevão) realizada a uma média excepcional de quase 32 km/h (e houve algumas quebras e paragens. Por exemplo, não me sai da memória a visão do Fantasma a tentar equilibrar a delicadíssima Six13 no espesso areal da largada de touros em Sto. Estevão), e onde o comportamento e empenho do grupo merece, sem contemplações, rasgados elogios, demonstrando que as baterias estão quase no ponto para a Serra da Estrela, que é já no próximo domingo.
Mais: através das boas indicações deixadas, percebe-se que há um punhado de unidades em estado de forma muito aproximado, deixando em aberto algumas interrogações sobre o desempenho final na etapa serrana. Refiro-me ao trio João, Salvador e ZT, cuja presença à partida do Fundão está confirmada, e que, à parte da certeza de que reúnem todas as condições para realizar muito bem a etapa, haverá, da minha parte, uma certa curiosidade em saber como se irão sair, tendo em conta a elevadíssima selectividade da tirada.
Na perspectiva de observador atento, creio que haverá factores, digamos, indirectos, como a gestão do esforço e a própria leitura das incidências, que poderão ajudar a definir as diferenças finais, podendo diluir condicionantes quase sempre determinantes como os km acumulados durante o ano e o nível de treino. Na minha opinião, até ver este será o núcleo duro dos participantes no percurso B, que terão tudo a ganhar se unirem esforços, pois o maior desafio de todos é chegar à Torre.
Quanto ao percurso A, existe apenas a certeza antecipada de que não será fácil a ninguém. Logo que o tempo ajude, há tudo para ser uma memorável jornada de ciclismo!

5 comentários:

Anónimo disse...

Olá a todos,
Mt fixe a jornada de ontem! Embora goste mt + de terrenos com "outras" inclinações, confesso q c 1 "Grupo deste calibre" dá mt gozo fazer 1 tirada como a de ontem! É empolgante andar por longos períodos a 40Km/h(e por vezes +!) mesmo q para isso tenhamos de andar a 180b.p.m.! Pois é, qd era a minha vez de passar pela frente atrás desse "ganda maluco" q é o Durão, o coração "upa, upa".
N era o tipo de volta q eu + precisava, dado o atraso na preparação, mas ainda assim deu p limpar os carburadores!
Nunca pensei q fossem acontecer "certas" baixas p a Serra mas cada 1 responde por si...
Sei q vai haver + 1 confirmação mas deixo ao próprio fazer aqui o seu anúncio! Aliás, até já tenho OK p lhe reservar quarto amanhã!

1 grd ab e boas pedaladas,
ZT

Anónimo disse...

Ricardo,
As distâncias q apresentas são c o regresso incluído?

Informação à navegação: já n há quartos no "Alambique".

1ab,
ZT

Ricardo Costa disse...

Caro ZT, as distancias dos percursos (A e B) nao incluem o regresso.
No caso do Fundao, sao mais 35 km (20 para descer para a Covilha e mais 15 para o Fundao). Todavia, estes trajectos nunca colocam grandes problemas, mesmo com fadiga. Fazem-se bem desde que nao esteja mau tempo na descida, mas, de qualquer maneira, recomenda-se sempre muito cuidado.
Como alternativa, penso que se as coisas forem bem planeadas, os que nao quiserem regressar de bicicleta sempre poderao faze-lo de carro. Neste caso, o ideal seria cada pessoa tentar arranjar a sua propria alternativa (meio de transporte), atraves de um familiar ou acompanhante, ou entao deixar o carro, por exemplo, na Covilha, porque o que custa mais 'e daqui para o Fundao.
Alias, com o Alambique esgotado, os hoteis da Covilha deverao ser a melhor opcao.

Ricardo Costa disse...

Estive a investigar na net e descobri no Fundao um hotel muito simpatico (4 estrelas) chamado Principe da Beira. Os precos sao a partir de 80 euros (quarto duplo). Quem estiver interessado pode procurar em www.hotelprincipedasbeira.pt

Na Covilha, entre outros, existem o Sta. Eufemia e o Dona (ou Sta?) Maria, para nao falar no mais exclusivo e carote, Varadas dos Carqueijais, ou o Hotel da Serra da Estrela, que tambem tem bungalows a precos razoaveis.

Anónimo disse...

Hoje, 8:05' a.m. Cannondale em direcção a Norte a passar por Ponte de Lousa...cá p mim andam a fazer bi-diários!
Como se n bastasse ligaram-me às 18:00' p ir p a pista da Malveira...n há hipotese c estas motas...treina-se mt no Grupo PinaBike!

1ab, boas pedaladas e q venha a Serra.
ZT