segunda-feira, novembro 06, 2006

Ota cumpriu a tradição

Faça chuva ou sol, a curta subida do Vale do Brejo (Ota) é de todos os «pontos quentes» das voltas domingueiras, o único que, de antemão, não passa sem uma empolgante escaramuça. Voltou sê-lo, ontem, no decurso de mais uma edição da sempre espectacular volta da Ota – a segunda ou terceira realizada «extra» calendário este ano, desta vez para variar, com o asfalto seco!
De facto, não deixa de ser curioso que 2 km a pouco mais de 3% de inclinação média sejam tão «picantes», apetecíveis e que despertem tanto a gula de… tantos comilões. As respostas podem até ser óbvias. Desde logo, o facto de ser uma subida acessível, curta e pouco íngreme, embora sempre selectiva («dói» mas passa depressa), e de se encaixar bem no «miolo» de uma etapa com relevo fácil (o esforço ali dispendido não é assim tão penalizador para a fase final do percurso). A verdade é que, invariavelmente, proporciona grandes momentos de competitividade. E ontem houve mais um, e foi ponto alto da jornada, pois claro!
O pelotão, espicaçado como sempre a partir da vila da Ota, entrou na subida compacto e em andamento moderado, propenso a iniciativas madrugadoras. Foi o que o Carlos fez ao arriscar na antecipação, abrindo um fosso apreciável, pois não teve resposta convincente durante a primeira metade da ascensão (até ao ligeiro descanso intercalar).
Todavia, perante a aparente parcimónia do pelotão, o ZT tomou surpreendentemente o comando, acelerando o suficiente para abrir dois ou três metros. No entanto, apesar de voluntarioso, cometeu um erro estratégico crasso, pois gastou forças preciosas que viriam a fazer-lhe falta quando chegasse a hora das «feras» entrarem em acção. E essa hora viria concerteza… («disse-lhe isso mais tarde»).
Este momento previsível não tardou: o Durão sentiu que tinha de assumir a perseguição e depois de forçar o andamento para encurtar significativamente a distância para o fugitivo – desde logo fazendo a selecção decisiva do grupo (eu entre os ficaram fora de combate) –, seguidamente atacou em força, com o Miguel a ser o único a acompanhar o seu andamento até ao alto do Vale do Brejo.
O Carlos, em perda, acabou por ser alcançado à entrada da recta final, entrando depois dos dois primeiros, à frente do ZT e do Fantasma; o primeiro confirmando a ideia que poderia ter ido mais longe se não se tivesse precipitado; e o segundo demonstrando boa forma que evidencia há algumas semanas.
Como é hábito no Vale do Brejo, os demais não se atrasaram muito, tando assim foi que os primeiros quase não precisaram de esperar na rotunda seguinte, provando que o grupo estava bastante nivelado, por cima.
O segundo momento relevante da etapa (que eu tivesse assistido, pois no Carregado fiquei parado com o Pedro, onde celebrámos o seu terceiro furo do dia) foi a ligação entre Azambuja e o Carregado, percorrida a muito bom ritmo, contra o vento, graças a revezamento excelente à cabeça do pelotão, com fantástico contributo colectivo. Alto nível em pleno «defeso», a abrir boas perspectivas para os próximos fins-de-semana.

Notas de observador

Outro bom desempenho nesta volta teve-o o Salvador, sempre muito activo à frente do pelotão, sobressaindo na ligação entre Vale do Brejo e Azambuja. Trabalhos daqueles não são para todos, ainda mais porque continuou até ao Carregado (pelo menos até onde fui com o pelotão). Obviamente, o esforço paga-se. A energia não é inesgotável mas quando é bem aplicada, compensa sempre!

Como é tradição, não há Ota sem incidentes. Desta vez, felizmente foram insignificantes furos. O Pedro encheu o «papinho» com três, o primeiro deles em simultâneo com o Fantasma, à saída de Vila Franca, quando caíram numa cratera em pleno meio-fundo na protecção de um autocarro. Castigo! O Salvador também lá estava, mas escapou «ileso». Logo a seguir foi o Pina, ainda nem tínhamos chegado à rotunda da AE. O Pedro fechou a contagem, com dose dupla no Carregado – ida e regresso. Devido às demoras consequentes, a volta teve de ser encurtada pela Azambuja.

Há muitas semanas que o pelotão não era tão pouco numeroso à saída de Loures. No entanto, ficou mais composto com a entrada do Carlos no Tojal (atrasado, passou na «brasa e nem nos viu, frente ao Café Golo, onde esperávamos que o Pina tomasse a sua dose de cafeína), e mais tarde em Vila Franca, quando se juntaram o Barão e o seu pupilo, aproveitando outro momento da paragem, desta vez o primeiro devido à longa saga de furos.

5 comentários:

Anónimo disse...

Mas que dia, não me lembro de alguma vez ter tido 3 furos seguidos e nem a prepósito logo de manhã o Freitas dizia que durante a semana tinha tido tambem 3 furos seguidos...
Quero AGRADEÇER a ajuda de todos pois sem ela tinha ficado apeado, mais uma vez o meu Obrigado a todos pela colaboração e compreensão pois devido a esta brincadeira(quem mandou ir atras da camioneta!!!!!!) a volta foi alterada e encortada em 10Km's, e com os consequentes atrasos e para arranca.
Quero tambem enaltecer o espirito de grupo que houve e para Domingo
vou mesmo carregadinho (sou eu e o Pai Natal...) de camaras de ar e só não levo outra roda ás costas porque os bolsos são pequenos....

Um Grande Abraço a Todos
Até Domingo
Pedro Fonseca

Anónimo disse...

Furos à parte, foi uma excelente volta!
Aquele SPRINT no regresso a V. Franca ficou-me atravessado!
Grande Durão; Talvez para a próxima!
AB a todos e Bons treinos

Anónimo disse...

tanta poupança para morrer na praia

Anónimo disse...

Quero dar o parabéns ao ZT por, finalmente, ter feito uma volta completa!

Anónimo disse...

Mt obrigado (anónimo!!!).
Embora a observação n esteja inteiramente correcta pq são várias as voltas completas q faço (sabe Deus como...), sei q concerteza é 1 ELOGIO mt sentido. Tb posso dizer q é mt bem recebido por mim já q n é nada fácil "frequentar" ambientes como os q o Grupo Pina Bike "impõe"!
Penso (tenho a certeza até prova em contrário) q sou o ciclómano do Grupo q tem menos kms nas pernas pelo q sei bem do q estou a falar!
Em relação à volta realço:
- a agradável presença do Barão;
- peço ao Ricardo q me permita corrigir q foi equívoco e n precipitação a situação do Vale do Brejo já q pensei q o esforço ía acabar num local e n me apercebi q faltava 1 última curva e 1 falso plano ascente q ainda pedia a "gázada" final;
- o andamento constante do Grupo;
- + 1 dia bem passado a fazer aquilo q tanto gostamos!
Última observação:
Ainda hoje é 4ª já fiz 1 treino de corrida e outro de natação (é p ver se consigo fazer + do q meias voltas...ahahah!).

Boas pedaladas,
ZT

P.S.-Já há volta p Domingo???