terça-feira, novembro 28, 2006

Alcoentre... e ninguém escapou!

Muito bom percurso, este de Alcoentre. Relevo maioritariamente plano, mas com alguns pontos-chave que lhe conferem nível mínimo de selectividade, indispensável ao interesse de qualquer volta domingueira. Desde logo, a distância. Toda a que ultrapasse os 120 km pesa nas pernas, ainda mais se na fase final tiver um ou outro «pico» manhoso. Os pontos-chave desta volta são, basicamente, o carrossel entre Ota e Espinheira, cuja exigência foi acentuada pelo ritmo «castigador» aí imposto pelo Durão e e o João Santos, sempre bem coadjuvados pelo inseparável duo Fantasma e Salvador. Depois desta sucessão de topo, sempre a subir em altitude, é a entrada de Azambuja que mais mói – claro está, se o andamento for forte. E é sempre!
Só assim se explica que uma subida como a da Cervejeira, em Vialonga, curta e suave, fizesse a única capaz de fazer a selecção do pelotão que até aí, durante 110 km, se mantivera sempre compacto. Nessa altura do percurso, em que as forças já estavam mais débeis, as diferenças evidenciaram-se, embora pequenas. E só andamento forte desfez o equilíbrio que tem imperado no grupo, principalmente quando os percursos têm pouco desnível, e que estes tão bem promovem, contribuindo assim para dar às tiradas «rolantes» o interesse que as mais montanhosas, pelos motivos referidos, muitas vezes não têm…
Notas de observador
Estamos em plena pré-temporada e o nível médio do grupo continua a evoluir. Ou pelo menos, o nível do grupo que participou nesta volta é bastante satisfatório. A prova está na boa capacidade de resposta, no geral, às dificuldades do terreno (embora escassas) e às mudanças de ritmo eventualmente selectivas. Só na subida da Cervejeira se fizeram algumas diferenças, e como também já se disse, foram escassas.

A dupla Fantasma-Salvador teve mais um curioso despique. O Salvador continua a jogar as suas cartas no terreno acidentado, onde o seu parceiro/rival se defende cada vez melhor. O pior é que a forte exposição ao desgaste a que ele próprio se submete começa a virar-se contra si. O Fantasma, sempre muito protegido nas alturas de maior «calor», poupa energia preciosa para os momentos certos e está a saber aplicá-la melhor que nunca. Fantástico sprint em Vila Franca, ó Fantasma, chegar na roda do Durão não é para todos!

Quanto ao Salvador, na aproximação ao Carregado cometeu um lapso grave ao «facilitar» após uma rendição, em que terá passado por um «momento mau», perdendo o comboio do pelotão que ia a pleno vapor. Eu que ía atrás dele depois de Vila Nova da Rainha, estranhei que tivesse baixado tanto o ritmo na recta antes do topo de Casal do Ouro, e quando eu passei para a frente forcei o andamento e ele deve ter tido dificuldades em apanmhar a roda do último homem. Estes sintomas de debilidade resultaram em previsível KO, já com o peso de mais algumas dezenas de quilómetros, em Vialonga, no apertão final da Cervejeira. O Salvador passou, já na variante, a fechar o grupo. Pois é, caro ZT, como eu disse na crónica da semana passada, a energia não é inesgotável. Mesmo para quem tem para dar e vender… De qualquer modo, nada retira mérito ao poderoso Salvador, enormíssimo exemplo de gosto pela prática de ciclismo – com que me identifico bastante. E bom camarada, sempre de língua afiada!

O ZT teve mais um dia de maratona, desta vez deve ter ultrapassado os 150 km. Espero que tenha chegado bem a Alcainça. Elogio-lhe a coragem e o empenho em progredir. O seu esforço não será em vão, pois os resultados vão certamente aparecer. Desta vez, devido à elevada quilometragem da volta, não se mostrou como na semana passada. Opção sensata.

Quanto a mim: passei bem mal no carrossel da Espinheira, quando o João Santos decidiu, segundo ele, «manter o ritmo» numa das subidas. Para mais, estava a fazer a ponte entre os quatro da frente (João, Freitas e os inseparáveis Fantasma e Salvador) e quando deixava o elástico esticar para aliviar um pouco esforço, ninguém atrás de mim apareceu para dar um jeitinho. Felizmente recuperei bem na descida e na altura em que o Rui (Scott) e o Salvador meteram o comboio a 45 km/h. Há coisas que não se explicam…

Finalmente, destaque para o regresso do Samuel, que «aguentou» muito bem o ritmo até atalhar para a Ota. Fez muito bem, e na hora certa, pois foi logo a seguir que o andamento acelerou. No regresso, após Vila Franca, voltou a juntar-se ao grupo. Estás a fazer as coisas bem, rapaz!

11 comentários:

Anónimo disse...

Boas Companheiros!

Mais um domingo...e mais uma tareiazinha!
"...o nível do grupo que participou nesta volta é bastante satisfatório."; escreve a dada altura o nosso cronista predilecto acerca da ultima volta a Alcoentre.
Considerar 120 Km a uma velocidade média de cerca de 31 Km/h satisfatório, implica no futuro, velocidades de 35 ou mais!... para uma classificação de nível bom/excelente; Espero não estar presente nessas voltas...a bem do meu precioso musculo cardíaco!!!
Se os topos entre OTA e Espinheira tivessem mais 100/200m, saltava-me a "cabeça do motor"!... Muito antes da "brincadeira" acabar (no alto da Espinheira) já eu estava com vontade de os mandar todos aquela parte...
Bem fez o Samuel que retirou na hora H.
Mais uma vez o rapaz Durão não facilitou o SPRINT em V. Franca...
Talvez um dia...alguém mais novinho...o empurre para a valeta!...Mas tentar não custa, não é amigo?
Apesar de tudo, estou um bocadinho triste por ver o PODEROSO Salvador tão pouco diponível para ajudar lá na frente!!!...
HEHEHE
AB A TODOS E BONS TREINOS!!!

PS: Nuno e Miguel voltem que estão perdoados!!!...

João, AMIGO, quando te passar a BIIIIIRRRRRRRRAAAAAAA vem andar com os AMIGOS!!!....

Anónimo disse...

Boa noite ciclómanos!
Bom, depois do q li resta pouco p dizer.
Ricardo, "apenas" fiz 144Km. pq já n regressei a casa. Tb n pude "mostrar serviço" pq isso ía comprometer o objectivo da distância, aliás, n tenho ligado mt aos Kms mas sim às horas em cima "dela" e isso tem de ser aumentado gradualmente.
É verdade, n estava à espera de ver o Salvador passar dificuldades mas penso q isso é devido ao facto de ele andar a maior parte do tempo na frente o q n acontece c + ninguém!
O Grupo (q aparece) tá mesmo a andar bem!!! Só assim seria possível a passagem pelos topos depois da Ota aquela velocidade...!
Fixe o regresso do Samuel q havia feito 75Km no dia anterior! Depressa estará "a jeito".

1 ab e boas pedaladas,
ZT

P.S. - No feriado há volta???

Ricardo Costa disse...

É verdade, meu caro Fantasma. Os topos da Ota/Espinheira foram realmente «picantes» - mas foi exactamente isso que referi, e também o motivo por ter sido o momento em que senti mais dificuldades em toda a volta. De resto, os dados do Polar comprovam-o: em subida nunca se baixou dos 25 km/h e a média andou sempre muito mais perto dos 30 km/h, com alguns passagens acima dessa velocidade.
No entanto, os responsáveis estão bem identificados, ou não?! Além disso, há sempre uma alternativa que não me canso de defender: por que razão não se deixa ir quem está disposto/capaz de impor esses ritmos? Pois é, porque ficar a vê-los ainda custa mais que... aguentá-los!

Quanto ao feriado, penso que sim, que há volta. Resta saber qual.

Abraço

pintainho disse...

Oi camaradas.
Se estiverem com dificuldades para delinear o percurso para o feriado ... falem comigo!! :-)

... rolam ... rolam ... rolam ...
... é só "fraquinhos" ...

Anónimo disse...

ora meus carissimos amigos, muito bons dias. venho por este meio delinear as voltas de sexta e domingo respectivamente:
saida da bp ás 8.30
bucelas
forte de alqueidão
sobral
merceana
alenquer
carregado
cadafais
arruda
á-do-barriga
alverca
sacavém
apelação
frielas
loures(bp) pelo infantado
esta volta ronda aproximadamente os 100kms
NO DOMINGO:
loures bp saida ás 8.30
pinheiro de loures
alto de guerreiros
ponte de lousa
lousa
freixeira
venda do pinheiro
malveira
vila franca do rosário
turcifal
carvalhal
catefica
torres vedras
runa
dois portos
sobral
forte de alqueidão
bucelas
loures
aproximadamente 90kms e até convém devido ás incidências do percurso.
sem mais de momento"um dos autores dos famosos topos da ota/espinheira"
DURÃO

Ricardo Costa disse...

Camarada Pintainho! Tudo bem?
Sei ao que te referes, mas a malta do asfalto por esta altura prefere a planura. Mesmo que, por vezes, a 40 km/h ou mais!
Bem, nâo é bem o mesmo que subir a Choutaria, mas é o que se recomenda, para daqui a alguns meses passar lá em 36x25 com o mínimo de dignidade.
Além disso, é que deve ser feito para estar em pleno no Giro dos Muros, que já está mais ou menos definido. A saber:
Alverca-Tojal-Bucelas-Bemposta-Serra da Alrota (junto ao cruz. p/ Tesoureira)-Bucelas-S. Tiago dos Velhos-Nossa Sra. da Ajuda-Louriceira-Pontes de Monfalim-S. Quintino-Seramena-Casais de S. Quintino-Sapataria-à esquerda por dentro de Sapataria para uma subida que nao sei bem o nome-Milharado-Póvoa da Galega-Portela-Venda-Lousa-Ponte de Lousa-Choutaria-Montemuro-Alto da Urzeira-Venda-Lousa-Salemas-Ribas-Bucelas-Cab. Rosa-Alverca.
Se o início/chegada for em Loures, a parte final do percurso, a seguir a Salemas é por Ribas-Ribas de Baixo (à dir.)-Fanhoes-Tojal.
Nao sei a distância e o desnível, mas... muitos!
É a teu gosto? Diz qualquer coisa!

pintainho disse...

Este sim ... já me parece um Giro digno para os "Selvagens do Asfalto"! Contem comigo. (De certeza que o Fantasma e o Steven também gostam da ideia...)

Anónimo disse...

Não tenho a certeza mas acho que nesse dia tenho um baptizado e lamenávelmente...não vou poder ir!
Mas prometo que em espírito estarei convosco!!!

AB

Anónimo disse...

será que o amigo pintainho na dita volta leva andamentos á homem ou por outro lado, leva aqueles andamentos de (fazer cócegas aos pedais) como já vai sendo tradição?
irá ele aderir definitivamente aos "selvagens do asfalto"?
mas desde já lhe digo que as longas rectas e as descidas vertiginosas como lhe chama fazem parte das tiradas também, porque meu amigo para que eu sofra no teu terreno predilecto(e acredita que sofro bastante)também tu tens que nos estender a mesma cortesia.
P.S-não leves a mal, são só ideias de um ciclómano inveterado.
um abraço grande a todos
DURÃO

pintainho disse...

Prometo que quando for mais crescido adopto esses tais andamentos … “à homem”!
Até lá … vou fazendo cócegas aos pedais! :-)

Quanto a uma possível adesão à “selvajaria” … isso é complicado, pois exigiria tempo para pedalar mais, certos “cortes” nos bons prazeres da vida e uma atitude mais competitiva que não é, de todo, característica que possua. Contudo, fico muito contente em “acompanhar” a “Cavalaria Pesada” em pendentes … “à homem”!

Sofres no meu terreno predilecto?! Deves ‘tar a reinar comigo… Brincalhone! :-)

Abraço

Anónimo disse...

pintainho o homem das montanhas numa volta de 3 faz duas a outra os canivetes berram, os fraquinhos passam e dizem: olá PINTAINHO!!!