segunda-feira, dezembro 24, 2012

Crónica de Alcoentre


Na volta do último domingo acusei um ligeiro retrocesso de forma no rescaldo de uma semana aziaga, marcada pela acumulação de fadiga após as primeiras três semanas de pré-temporada de bicicleta e, reconheçamos, uma certa dose de preguiça. Como alguém disse sabiamente: «o nosso corpo é mandrião!». Assim, resolvi compensar, castigando-o para aliviar a alma, expondo-me a trabalho mais extensivo do que o habitual, a espaços até intensivo, à frente do pelotão. Ou melhor, do grupo mais numeroso de dois que, uma vez mais, se formaram desde muito cedo em consequência de percalços (avarias e furos e não de andamentos díspares) que ocorreram nos primeiros quilómetros da jornada que nos levou até lá para às bandas da Espinheira, Alcoentre e Aveiras, na respeitável distância de 120 km.
Destaque-se, em mais uma semana consecutiva, a adesão numerosa, com a presença de participantes dos mais diversos «quadrantes» e com objetivos diametralmente opostos, desde os competidores aos domingueiros. O camarada Rocha (não é que faça parte destes últimos!!) foi agradável surpresa, proveniente das profundezas saloias, e o Renato Hernandez (este, claramente os primeiros!) lá estava também, à partida de Loures, tendo sido dos poucos (apenas mais o Ricardo Gonçalves) que aguardaram pela minha saída tardia (e a do Jony) devido a um café que demorou dois ou três minutos para lá das 8h30. Ao quarteto juntaram-se o Carlos do Barro e o Filipe Arraiolos, também com atraso na chegada à concentração. De qualquer modo, o grupo numeroso que saiu, em ponto, manteve-se a um ritmo lento q.b. que permitiu, sem necessidade de forçar a perseguição, a recolagem no final da Variante de Vialonga.

O reagrupamento foi, todavia, breve e fugaz. No início da descida da Cervejeira uma avaria (corrente partida) originou o primeiro impasse. Os que acabavam de chegar (exceto eu) imediatamente partiram (definitivamente devido ao atraso provocado pela reparação), levando com eles um ou outro elemento do grupo que acabávamos de alcançar. Lamenta-se, mas compreende-se. Está difícil partilhar a saída domingueira em pelotão único, principalmente com o Renato, que, realça-se, tem marcado presença assídua às voltas nesta pré-temporada, o que também se saúda.

Cá atrás, após o reatamento, não demorei a assumir as despesas, ainda que com as pernas presas e ainda maçadas de um trabalho aturado de musculação (por eletroestimulação). Estava em plena labuta, até que à passagem por Castanheira deparámo-nos com o Jony: furado. Mais uma paragem, demorada, e o subsequente retomar da pedalada, ainda com a minha predisposição para o sacrifício (entenda-se, generosidade... – afinal é Natal!) na liderança de um grupo com cerca de 15 unidades, que se satisfazia com o andamento que eu impunha. O Jony, entretanto, também não demorou a emparceirar. A ele, tal como a mim, também faltam quilómetros neste início de época.

A abordagem ao carrossel da Espinheira foi moderada, com o Norberto a surgir à dianteira, tal como o Jony e o Freitas, este último a fechar, lá no topo, um espaço criado pelo ligeiro adiantamento do Zé, que apareceu empertigado para esta volta e não perdeu ensejo de, amiúde, espicaçar o ritmo – e a ordem vigente. Sangue na guelra, que se espera e recomenda que corra nas veias da maioria, mas, de preferência, lá mais para a frente... De qualquer modo, o andamento nunca foi baixo, com a média a rondar, desde o início, 30/32 km/h (Espinheira, à parte, mas ainda assim com 28,5 km/h), e a atingir já apreciáveis 35 km/h entre Alcoentre e Aveiras, onde se parou para tomar retemperador café.

E para não quebrar o ritmo de intensa queima de calorias para compensar as mesas fartas desta quadra, continuou-se a pedalar com empenho na longa planície de regresso, com o esforço um pouco mais (mas não muito...) partilhado entre os elementos do pelotão. Alguns puxados quase pelas... orelhas. 
 
Boas Festas e Boas Pedaladas                        

2 comentários:

Pedro Fernandes disse...

Meu caro Ricardo
E eu a pensar que estavas a dormir uma boa soneca...
Pois, quando sai do Carregado encontrei um grupo, numeroso (30 unidades), dentro de Alverca, como eram quase todos PROs tentei efetuar o percurso com o objetivo de levar mais um domingo bem passado. Espetacular, os Masters mostraram-se uns verdadeiros senhores, efetuando o percurso sem qualquer envolvimento no ritmo imposto na frente, parabéns para eles.
Os domingueiros, eu, fui como sempre para além dos limites, no qual no regresso a casa me deu cãibras em tudo que era músculo nas pernas, em que tive de me colocar a pé com dores musculares dignas de quem passou muito para além dos seus limites, com gritos de morte, ehhh.
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No dia 30/12/2012 o companheiro Miguel de Ota vai efetuar um evento, roda livre, (existe dois percursos), eis:
Venho por este meio convidar-vos a PARTICIPAR, na nossa 7ª VOLTA FIM ANO, este ano com carater SOLIDÁRIO, pois vamos AJUDAR O DIOGO A REUNIR O MÁXIMO DE TAMPIHAS , para aquisição de uma CADEIRA DE RODAS, podem também AJUDAR MONETARIAMENTE, para isso terão de comparecer no dia 30/12/12 no CSRD Ota,pelas 8,30, e dar o vosso CONTRIBUTO.....indo ou não andar de BICICLETA, gostaria que todos pudessem contribuir com ALGO, pois "HOJE POR ELE, AMANHÃ...."

Vamos realizar 2 voltas, uma com cerca de 97kms, e outra que terá o nome de VOLTA SOLIDÁRIA, com cerca de 40kms, esta volta não vai estar marcada como a de 97kms, mas terá o seguinte trajeto: OTA, AVEIRAS CIMA, AVEIRAS BAIXO, AZAMBUJA, CARREGADO, ALENQUER,OTA.

Os andamentos serão livres e todos podem participar, com qualquer BICICLETA, seja de estrada, btt , pasteleira. fixed.......etc. Mas aconselhamos a quem participar nos 97kms a trazer bicicleta de ESTRADA.

VAMOS LÁ TODOS A PARTICIPAR E ACIMA DE TUDO A DIVULGAR AO MÁXIMO ESTA INICIATIVA.......

BEM HAJA..

BOAS FESTAS PARA TODOS VÓS... (Miguel de Ota)

Já agora um Bom Ano de 2013 com muito trabalho e saúde para todos.
Pedro Fernandes (Carregado)

Anónimo disse...

E volta para amanha qual ser ??????