quinta-feira, janeiro 09, 2014

Crónica de Pontével-Aveiras


Na volta do último domingo, casa cheia e uma visita especial: Fábio Silvestre, corredor da Leopard Trek, jovem (grande) promessa do ciclismo português, que algumas vezes desce da Seramena/Sobral para se juntar ao nosso grupo. Além da sua presença honrosa, é um exemplo de discrição e humildade, qualidades próprias dos vencedores – que certamente será!

Mas não foi só o «neo pro» a engrossar o pelotão. Muita gente da competição escolheu o dia de tréguas de S. Pedro (ai, a véspera, que tempestade!) para fazer quilómetros e experimentar a assimilação de treino nesta fase madrugadora da temporada. Consequência disso, naturalmente, o aumento de nível do andamento. E desde os primeiros quilómetros, em Alverca, quando os «masters» Cunha, Duarte (principalmente estes) se juntaram ao pelotão, ao qual o Ricardo Gonçalves já vinha adiantado.

A partir de Alverca (pouco depois o Ricardo aliviou o ritmo e foi reintegrado) e até Azambuja e Cruz do Campo, a média não deixa dúvidas sobre o nível a que se rolou: quase, quase 40 km/h. Foi possível através de uma boa cooperação entre os mais disponíveis, embora, reforce-se, com contributo maior dos referidos Cunha e Duarte, que rapidamente fizeram perceber intenções de espremer um pouco do sumo da sua pré-época. E têm muito, sem dúvida, mostrando, a espaços, que já debitam muitos watts.

Mas não são os únicos. O pelotão, nesta altura, já tem muitos frutos suculentos que naturalmente elevam-lhe o nível. Resultado: os que têm a preparação mais atrasada passam por dificuldades. Mesmo num percurso maioritariamente plano, como o desta volta por Pontével-Aveiras.

De qualquer modo, foi neste troço que dá o nome à volta que o relevo se «acidenta», ainda que ligeiramente, mas o suficiente para colocar em evidência essas diferenças de preparação. E ainda mais, depois de uma primeira fase em que se acumulou desgaste, com poucos ou nenhuns momentos de relaxe. Assim, depois de Cruz do Campo até Pontével, e daqui a Aveiras, o pelotão desagregou-se formando um grupo na dianteira com cerca de 15 unidades. Nessa altura, era o Hugo Ferro a comandar as operações com boa genica e coadjuvado pelo Mota (numa forma sem paralelo há muito tempo) e alguns outros, ainda e sempre, com destaque para os «masters».

No grupo, só para dar uma ideia do seu bom recheio, alguns nomes: além dos que já referi, ainda o Fábio Silvestre (que nunca assumiu qualquer protagonismo, deixando-se literalmente ir à nossa boleia…), o André e o Hugo Arraiolos (ambos, igualmente, sem passar pela frente: o segundo certamente por estar em plena tirada de 220 km, já a preparar a enorme aventura que será o Tour de Flandres, em abril), o Bruno, o Mendes, o Felizardo, o Ricardo Afonso, o Gonçalves, o Tiago Pereira, o Carlos Santos, o Renato Ferreira, e outros… – todos com gabarito e trabalharem, o que explica a boa média apesar de a partir da Ota o vento se ter posto de frente (em Vila Franca, 36 km/h).

A toado manteve-se e em Alverca segui-se em frente para Sacavém - já com fadiga a transparecer... Desde aí, passei para a frente e lá me iam deixando – com algum revezamento do Bruno e do Félix – até nos depararmos com um acidente envolvendo um ciclista, entre S. João da Talha e Bobadela (antes do topo da Robiallac). Parámos para nos inteirarmos do estado da vítima – felizmente, pouco depois, recuperou sem mazelas e só a bicicleta estava maltratada -, mas o aparato causou muita curiosidade aos que passavam e houve mesmo quem decidisse fazer «peritagens», mesmo que a «fama» própria fizesse duvidar da bondade do «auxílio» e ainda mais de eventual… «orçamento».
 
A coisa estava para durar – o acidente ter-se-á dado por o carro estar parado na berma e o ciclista não o ter visto (?!) e batido por trás, não se sabendo se o impasse se devia a do embate ter resultado alguma mossa no veículo e o condutor quisesse que o ciclista assumisse os danos (!?) -, de tal forma que tive tempo de seguir para Sacavém, subir para até Apelação (com o Ricardo Gonçalves) e depois descer de regresso ao mesmo local, enquanto a situação parecia estar longe de ficar resolvida – então já com a polícia e bombeiros à mistura.

2 comentários:

Pedro Fernandes disse...

Buenos tardes a todos
Además muchas gracias por un buen día de deporte en bici
Y, un excelente “Fair play” de Fabio Silvestre (no tiene nada a probar) y un bueno comportamiento de los “másteres” e además “Pros”.
Es verdad Ricardo un grupo de respecto con un excelente ritmo y ante de todo un bueno comportamiento y actuación en toda la carrera.
Huso triste por ter de regresar en Alverca porque tenía de ir andar de bici con mi chica de 10 años.
La formación de la escuela de Carretera Alexandre Ruas, en Casais da Marmeleira ha comenzado.
Así si tienen chicos o chicas que quieren andar de bici son siempre bienvenidos.
AAAAAHHH gostaram querem mais??
Boas pedaladas
Pedro Fernandes (Carregado)

Anónimo disse...

Qual "Laudelino Cubino"!!!

Grd Ab,
Zeto